Batalha do Departamento de Mistérios
Hermione Granger tropeçou pelos extensos corredores do ministério, mais precisamente pelos extensos corredores da sala de profecias, seus olhos esquadrinhando todas aquelas pequenas esferas enquanto mantinha-se atenta a procura de Sirius Black.
Uma parte de si, alertava-a da idiotice que estava cometendo. E sobre o tanto de regas que ela quebrou para chegar até ali. Enganou uma professora, claro que mesmo Umbridge merecendo ainda era algo errado, fugiu de Hogwatrs –Isso provavelmente a fez quebrar umas cinco regras pelo menos –e agora estava numa sala de acesso proibido. E ainda tinha o fato de que estavam ali para resgatar Sirius de Voldemort. Um bruxo das trevas. Quem em sã consciência encararia uma missão onde, possivelmente, enfrentariam bruxos das trevas para resgatar alguém? Harry Potter, e Hermione jamais deixaria o amigo vir sozinho nisso, então basicamente os dois eram suicidas loucos.
Estava passando pelo corredor de Setembro, Hermione havia reparado que as profecias eram por meses –possivelmente dos meses de nascimento de quem a profecia se referia –quando notou algo que captou sua atenção total. Havia uma profecia ali com o seu nome. Ela tinha uma profecia. Tinha?
M.M para M.M
Hermione Granger
(?)
Com certo receio, Hermione estendeu a mão e pegou o redoma; magicamente a nevoa presa dentro da bola de vidro começou a se mexer e uma voz suave preencheu o ambiente.
Nascida no mês de setembro
Aquela que é inteligente
Achara um jeito de se aliar ao lorde das Trevas
Com o destino nos dois lados
A ambos deve servir
No jogo do poder, ciente entrara
Consciente dos perigos, ela deve estar
Acolhida pelas trevas mais com o coração puro ela é
Com o destino cercado de morte e dor
Ela precisara saber jogar
Pro bem vencer o mal na batalha final
Hermione observou, completamente chocada, a nevoa voltar a se mexer e então ficar imóvel. O que era aquilo? Aquilo era a sua profecia? Como podia? O que significava?
Ainda segurando o objeto com cuidado, ela ouviu passos rápidos, a varinha ergueu-se e Hermione já tinha o feitiço na ponta da língua para se pronunciando quando reconheceu os cabelos loiros cacheados de Luna.
-Harry encontrou uma coisa –Luna chamou
Hermione seguiu Luna,escondendo a esfera dentro da sua bolsa e optando por deixar as duvidas sobre ela de lado –por hora. Ela sabia que, por mais que tivesse sido uma péssima ideia ter ido até ali, precisava salvar Sirius. Ele era a família de Harry. E Hermione moveria até os céus para ajudar o amigo, no que quer que fosse.
Quando as duas se aproximaram do grupo, Hermione viu Harry segurando uma esfera exatamente igual a que ela tinha escondida na bolsa. Se aquilo era uma profecia, e Harry estava segurando-a, significava que era a profecia do amigo. Harry também tinha uma profecia.
-Muito bem, Potter. Agora, nos entregue a profecia – Uma voz arrastada, vindo de trás deles, os fizeram pular de susto
Com Hermione e Rony de cada lado, Harry virou-se, deixando os outros três protegendo suas costas.
-Entregue-nos a profecia – Lucio Malfoy ordenou
Hermione encarou o homem; Como sempre, vestido impecavelmente de preto, cabelos loiros alinhados e a expressão seria. Lucio parecia exalar maldade, como se ela irradiasse de cada poro dele.Mesmo a alguns metros dela, Hermione tremeu quando ele focou os olhos nela.
Dez comensais contra eles. Bruxos das trevas, experientes, contra seis alunos de Hogwatrs. Mesmo Hermione considerando-se muito boa em feitiços, ela era muito melhor em matemática e sabia que não havia chance de vencerem. Precisava de um plano, um bom plano, para saírem dali. E para isso, precisavam enrolar os comensais.
-Harry –Hermione chamou baixinho
O amigo lhe lançou um olhar rápido, de esgueira, e então voltou sua atenção para Lucio.
-Me entregue logo essa profecia, Potter –Lucio ordenou com a voz arrastada –Agora.
- Precisamos de um plano –Hermione murmurou de forma rápida juntos com a voz de Lucio, tornando-o sua voz mais baixa para que ninguém além do amigo conseguisse assimilar suas palavras –Uma distração.
Os olhos de Harry vasculharam a sala, contando os comensais e então procurando uma saída, e depois focaram na amiga. Ele não sabia como sair dali. Hermione fez o mesmo que o amigo, também procurando uma saída e esperando achar um resultado diferente. Bem, ela encontrou. Havia uma porta do outro lado da sala, idêntica a qual eles passaram quando entraram naquele lugar. Podia ser a saída. Mas, o problema era os comensais no meio do caminho. Com os olhos disparando, feito pomos de ouro, Hermione vasculhou a sala atrás de uma distração.
- Profecias –Hermione sussurrou tão baixo, apenas para si própria quando notou o obvio
Estavam cercados por extensas e altas prateleiras, todas cheias de profecias. Prateleiras cheias de redomas de vidros, que continham nevoas mágicas. O que aconteceria se quebrassem? Hermione esperou que, o que acontecesse, fosse o mesmo que sua imaginação respondia.
-As prateleiras –Hermione sussurrou nervosa tentando fazer com que só os amigos ouvissem –Recuem.Quebrem.E corram na direção da porta.
-Que porta? –Luna perguntou atrás dela
-A do outro lado –Hermione respondeu e calou-se quando um dos comensais focou sua atenção nela
Pelo canto do olho, ela notou que Luna passava a informação de modo sutil aos outros. A Granger torceu para que todos entendessem e que desse certo. Um puxão na mão esquerda dela a fez entender que todos tinham entendido, e reunindo sua coragem, ela deu um passo para trás e os amigos a imitaram.
-Onde pensam que vão? –Lucio deu um passo a frente –Não a saída.
Mais um passo para trás, mais um passo a frente dos comensais. Hermione apertou a varinha entre os dedos, sentindo a língua vibrando para poder pronunciar o feitiço. Lançando um olhar rápido a todos os amigos, ela ergueu sua varinha e bradou o feitiço, sendo copiada pelos amigos;
- Reducto! -Os seis gritaram e assim que os feitiços atingiram as mais diferentes prateleiras, elas explodiram causando não só um barulhão enorme como também uma confusão de vidros, nevoa e surpresas
-Corram –Harry ordenou e todos obedeceram correndo para contornar as prateleiras quebradas, os comensais, e tentando alcançar a porta
Hermione acabou perdendo-se dos amigos, tudo que ela conseguia ver era o chão da sala, e conseguia apenas ouvir gritos pouco indecifráveis.
-POTTER, ESTAMOS COM A SUA AMIGA –O grito raivoso de um dos comensais fez o sangue de Hermione gelar –E VAMOS MATÁ-LA!
-NÃO –O grito de Harry fez Hermione perceber que ele estava próximo a ela
-ENTREGUE A PROFECIA –Lucio ordenou, também deixando de lado a falsa calma
-NÃO FAÇA ISSO, HARRY –Luna gritou decidida –NÃO..
-Crucio –Alguém pronunciou e o grito de Luna trouxe uma sensação de dor até Hermione
Com o sangue fervendo, ela apertou a varinha e limpou o ar a sua volta, focando a sua atenção no primeiro comensal que viu, o atingindo-o com o primeiro feitiço que lhe veio à mente. Com certa dificuldade, conseguiu fugir de um cruciatus que veio na sua direção, e tentou revidar com o feitiço estuporante.
- Potter, sua amiga não vai durar se não nos entregar a profecia –Lucio avisou apontando a varinha para Luna
Hermione não conseguiu pensar numa outra solução para Harry, que com os olhos cheios de pavor, estendeu a profecia para Lucio. Hermione sabia o que ele estava pensando: Ele, assim como ela, faria de tudo pelos amigos.
Porém, de modo surpreendente, antes que o Malfoy conseguisse colocar suas mãos na profecia, o som de portas sendo arrombadas ecoou pela sala. Atraídos pelo extrondo, todos encararam a porta explodida, chocando-se ao encontrar Sirius, Lupin, Moody, Tonks e Quim.
E como se tivesse levado uma descarga de energia, Hermione sentiu-se pronta para duelar até que conseguisse sair dali. Por que, além de boa em feitiços, ela era boa em matemática e a conta não mentia: Eles agora eram em onze, e mesmo sendo alguns apenas alunos, eles tinham boas chances de saírem dali.
-Hermione – Tonks chegou até ela, quando feitiços iam e vinham de todos os lados da sala –Você esta bem?
-Vou ficar quando dermos o fora daqui –Hermione garantiu e a metamorfa sorriu em concordância
-Então vamos dar o fora daqui –Tonks garantiu e desviou de um feitiço –Mas, antes, temos que abrir caminho.
Hermione assentiu e junto de Tonks atacaram o comensal mais próximo; Hermione já não sabia dizer quem era que ela atacava, Lucio e Bellatrix eram os únicos que tinham coragem para mostrarem seus rostos, os outros escondia-se atrás das mascaras dos comensais da morte.
Em determinado momento, Hermione separou-se de Tonks, indo socorrer Gina que estava jogada no chão e sendo atacada. Após derrubar o comensal, ela se ajoelhou para certificar-se de que a amiga só estava desmaiada e não morta. Com um suspiro de alivio, notou que Gina tinha batimentos ainda;
Foi então que ela viu. Bellatrix e Sirius duelando. Mesmo estando num duelo mortal, era impossível negar o quão majestoso ambos eram, segurando suas varinhas e deferindo feitiços um contra o outro. Era hipnotizante. Era mágico.
A atenção de Hermione fora tirada daquele duelo por outro comensal, que se aproximava dela.Num rápido movimento, ela se pôs se pé e tentou estuporar o comensal, que sibilou de raiva e contratacou;
-Você é patética, querida – O comensal, que Hermione notou ter uma voz de mulher, avisou – E eu te quero morta! Avada Kedavra !
Com rapidez, Hermione jogou-se para longe do feitiço, caindo de mau jeito no chão e rolando. Ela tinha certeza de que tinha deslocado o ombro, apenas pelo barulho que ele fez ao chocar-se contra o chão. Com uma careta de dor, se colocou de pé, para enfrentar a adversária.
-Patética –A mulher cantarolou bradando feitiços na direção de Hermione, que se defendia do melhor jeito possível, ora com bloqueios ora jogando-se para longe da linha de fogo; Suas roupas estavam todas sujas, alguns cortes espalhavam-se pelo tecido e pele causados pelos cacos de vidros espalhados pela sala, e o suor escorria pela nuca.
Mesmo tendo sua atenção na comensal, Hermione notou que havia uma confusão se formando a sua direita, e notou os traços distintos de Alvo Dumbledore.
-Dumbledore –Hermione sussurrou feliz
A comensal também notou a presença do bruxo, e soltou um sibilado de raiva. Mas, em vez de direcionar essa raiva para Alvo, ela focou em Hermione –já que sabia que não teria a mínima chance contra Alvo Dumbledore.
- Avada Kedavra !
A Granger voltou-se a se jogar no chão, o impacto a fez soltar um chiar de dor. A misteriosa comensal se aproximou, com calma, apreciando a sua iminente vitória. E quando ela ergueu a varinha, Hermione se obrigou a manter os olhos fixos nela; Podia morrer, mas não daria o gostinho da comensal achar que tinha medo disso.
Porém, em vez de pronunciar a maldição da morte, a comensal fez um repentino gesto horizontal com a varinha; um risco de chamas roxas cortou o peito de Hermione de lado a lado. O grito dela pareceu ecoar pela sala, mesmo que existisse mil e um outros barulhos, e tudo que ela viu antes de pagar foi a comensal sendo estuporada e os olhos verdes do amigo.
Bạn đang đọc truyện trên: AzTruyen.Top