Ala hospitalar


Hermione acordou desorientada; Ela sabia que estava na enfermaria, mas não conseguia lembrar-se do por que. Com lentidão, sentou-se, soltando um resmungo de dor. Seu corpo estava dolorido, desde as pontas dos pés até a cabeça –que latejava incessantemente, Hermione sentia-se como se tivesse sido atropelada por mil hipogrifos.

-Hermione, que bom que acordou -Papoula Pomfrey exclamou se aproximando a passos rápidos, o seu vestido vermelho longo farfalhando pelo chão de pedra do castelo - Como se sente, querida?

-Bem –Hermione respondeu com a voz arranhando a garganta –Um pouco dolorida.. Minha cabeça dói. O que houve?

- Você foi atingida por um encantamento perigoso, menina –A mulher respondeu com a voz repreensiva – Fora trazia para cá por Tonks e Lupin.

A garota obrigou sua mente sonolenta a lhe mostrar os últimos acontecimentos; Lembrou-se de fugir do castelo para ir ao ministério, da sala de mistérios e profecias, de encontrar sua profecia, de serem cercados por comensais, do plano falho de fugirem, dos duelos e por fim de ser atingida por uma comensal.

-Por quanto tempo dormi? –Hermione perguntou depois de beber tudo que a enfermeira ordenou

-Três dias, sua consciência ia e vinha –A mulher explicou –Algumas vezes você abria os olhos para apagar logo em seguida. Nada preocupante, mas o suficiente para deixar seus amigos nervosos e me obrigar a expulsá-los daqui.

Hermione deu um meio sorriso; ela sabia que aquilo era bem a cara dos seus amigos fazem, principalmente Harry. Esse provavelmente tinha uma enorme ruga de preocupação entre as sobrancelhas.

Assim que a enfermeira se afastou, para avisar o diretor da sua melhora, Hermione colocou a mão sob o local onde tinha sido atingida pelo feitiço daquela comensal; Ela sentia as pontas dos dedos passando pela fina linha que havia ali, e depois de conjurar um espelho, notou que era pouco visível, apenas uma linha esbranquiçada que cortava de ombro a ombro.

-Senhorita Granger –Alvo Dumbledore exclamou se aproximando, suas vestes pouco discretas e tão características dele fizeram Hermione sorrir

- Diretor, o senhor retornou ao castelo –Hermione murmurou contente

-Sim, e é muito bom estar de volta –O velho sorriu –Assim como é bom vê-la acordada. Como se sente?

-Bem –Hermione afirmou –Principalmente depois de tomar algumas poções.

-Ótimo, eu estava ansioso para que a senhorita acordar-se –Dumbledore sentou-se na beirada da cama,cruzando as mãos sob o colo e encarando Hermione por cima dos seus óculos de meia lua – Quando a senhorita fora trazia para cá, também trouxeram junto sua bolsa.

Hermione sentiu o sangue fugir do seu rosto; estava encrencada por ter pegado a profecia? Aquilo era considerado roubo? Estaria com problemas no ministério por isso? Ou pior, seria expulsa do castelo? Quando pegou o redoma, ela sequer pensou nas consequências –ou no fato de estar, tecnicamente, roubando algo do ministério.

-Um curioso artefato estava dentro de sua bolsa, senhorita –O diretor comentou, com um sorriso manso – Imagino que saiba do que estou me referindo, não é mesmo?

-Eu.. eu sei que foi errado pegar –Hermione afirmou nervosa –É que tinha o meu nome e eu fiquei curiosa, ai quando toquei começou a fala umas coisas estranhas e eu não sabia o que fazer, tinha Harry e todo o desaparecimento de Sirius e eu fiquei confusa e decidi guardar para pensar sobre isso depois. Na hora não pensei que aquilo era roubo, eu só estava tão concentrada em Harry que não pensei direito, eu juro que não quis rouba nada do ministério. Estou muito encrencada? O ministro ficou brabo?Vou ser expulsa do castelo?

-Senhorita Granger –O diretor chamou e Hermione calou-se, tentando recuperar o fôlego que havia perdido quando começou a despejar as palavras sem pause algum –Não esta encrencada, pelo contrario. Presumo que fez a coisa certa, se tinha o seu nome, era de seu direito saber do que se trata.

-Então.. –Hermione questionou – Não vou ser expulsa?

-Não, não ir a lugar algum, senhorita –O diretor sorriu bondosamente –Mas, gostaria de lhe pedir algo.

-Sim, o que deseja?

O homem olhou em volta, certificando-se de que estava sozinho, e então pegou o redoma de dentro das vestes.

–Se importa de me dizer o que ela diz?

Hermione observou o redoma; A nevoa branca, o vidro, e a pequena etiqueta dourada com o seu nome escrito junto com iniciais que Hermione não reconheceu.

Com lentidão, ela pegou o redoma; A nevoa se mexeu, tornando-se mais densa e então a voz suave –que Hermione lembrava-se perfeitamente – proferiu:

Nascida no mês de setembro

Aquela que é inteligente

Achara um jeito de se aliar ao lorde das Trevas

Com o destino nos dois lados

A ambos deve servir

No jogo do poder, ciente entrara

Consciente dos perigos, ela deve estar

Acolhida pelas trevas mais com o coração puro ela é

Com o destino cercado de morte e dor

Ela precisara saber jogar

Pro bem vencer o mal na batalha final

Pelo que Hermione achou ser intermináveis minutos, Alvo Dumbledore não falou absolutamente nada; Seus olhos mantinham-se presos no redoma, mas estavam distantes deixando claro que sua mente não estava nem um pouco por perto. Hermione aguardou até que o diretor terminasse suas reflexões, mesmo que sua impaciência disse-se para sacudir o diretor até ele voltar para a terra.

-Presumo que a senhorita tenha perguntas –O homem comentou

-O senhor sabia sobre ela? –Hermione perguntou, notando que Dumbledore não teve reação alguma diante da profecia

-Eu havia ouvido rumores sobre ela, mas nunca cheguei a procurar por confirmações –O homem respondeu – Agora, vejo que devia ter feito.

- É a minha profecia, não é? Quer dizer, ela não fala sobre outra pessoa, não é?

- Receio que não, uma profecia só pode ser tocada pela pessoa a quem ela se refere – O diretor respondeu

-Mas, eu nasci em setembro –Hermione murmurou confusa

– Senhorita, se me permite, gostaria de procurar respostas sobre essa profecia.

-Claro, acho que eu também preciso de respostas –Hermione respondeu –Afinal, o que quer dizer "Com o destino nos dois lados,a ambos deve servir?".

Ela também queria comentar sobre a parte do "cercado de morte e dor", mas se calou quando as portas da enfermaria foram abertas e seus amigos entraram, ansiosos para vê-la.

-Hermione –Harry foi o primeiro a notar que ela estava acordada

-Olá, Harry –Hermione respondeu sorrindo para o amigo

- Bem, irei me retirar agora –Dumbledore se levantou, escondendo a profecia nas vestes - Tenha um bom dia, senhorita Granger.

-Obrigada, diretor –Hermione respondeu

-Crianças –O diretor passou pelos amigos dela, fazendo uma leve reverencia com a cabeça, e então saiu da ala hospitalar

-Como você esta, Hermione? –Harry perguntou sentando-se na cama da amiga depois de abraça-la e sento imitado pelos outros

-Bem –Ela respondeu –O que aconteceu no ministério?

Os amigos dela trocaram olhares e então Harry contou sobre o confronto entre Bellatrix e Sirius, e de como o maroto quase morreu se não fosse salvo por Remo, de como Harry perseguiu Bellatrix pelo ministério e então sobre o aparecimento de Voldemort no meio do saguão, de como ele duelou com Dumbledore e de como fugiu quando o ministro chegou com os aurores.

-Uau, muita coisa –Hermione comentou –E como esta Sirius agora?

-Ele esta bem, escondido na ordem, e proibido de sair até segundas ordens –O de óculos respondeu –E eu tenho tentando manter minha mente longe da de Voldemort, para não cair mais nos truques dele.

-Sei que é difícil, Harry –Hermione comentou –Mas, precisa se esforçar. É perigoso deixá-lo entrar na sua mente.

-Sei disso –Harry garantiu frustrado

-Ah, os gêmeos mandaram isso para você –Gina pegou um saco de doces –Mas, o Rony já pegou alguns.

-Ela não precisa de tudo –O ruivo rebateu –Desculpe, mione.

-Tudo bem –Hermione garantiu –E como vocês tão, Neville e Luna?

-Vivos –O garoto respondeu –Vovó não quis me matar quando descobriu que quebrei a varinha do meu pai, mas acho que foi apenas por que a professora McGonagall conversou com ela.

- Papai ficou feliz por eu estar bem –Luna respondeu simplesmente, com sua atenção focada na revista do pasquim

- Você esta mesmo bem,não é? –Gina perguntou preocupada

-Estou –Hermione concordou –Alguém viu quem era a comensal que me atacou?

-Não, depois de te ajudar, Remo e Tonks te tiraram de lá. Ninguém sabia dizer que feitiço te atingiu – Harry explicou –Ficamos com medo de que fosse magia das trevas.

- Ficamos contente de vê que esta bem –Gina segurou na mão da amiga e Hermione a apertou de leve

Quando Hermione voltou a deitar na cama,depois que os amigos foram embora, ela só conseguia pensar na profecia e nas mil perguntas que estavam sem respostas. E ela sabia que os tempos sombrios haviam chegado –para todos.

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