Se encerra um ciclo ♡ Capítulo 5

Finalmente, estávamos na véspera de Ano Novo. Passados alguns dias da minha aproximação com a Alice, nos vimos quase todos os dias, afinal, somos vizinhas e agora nos falamos normalmente, graças a uma corrida maluca. Saímos para correr e me senti muito bem em sua companhia. 

Hoje, acontecerá o jantar de Ano Novo que os avós do Alex sempre fazem como uma tradição de família e vamos todos à casa dos Ross e, após isso, sairemos para andar, assim como costumávamos fazer eu, Andrew e Alex. Depois, só eu e Alex. Meu amigo pediu para continuarmos com isso porque ajudaria na minha recuperação, e, por incrível que pareça, deu certo. Mais uma vez, contra a minha vontade, acordei cedo e fiz uma faxina em casa com minha mãe. Aspiramos os carpetes e mudamos as coisas de lugar. Infelizmente, comecei a espirrar sem controle devido a alguns cômodos com mofo causados pelo frio. Essa é a parte ruim de ter um problema respiratório crônico: é crônico e não tem cura.

Minha cidade, apesar de ter todas as estações do ano bem definidas, muitas vezes acaba sendo totalmente bipolar em relação ao clima. Estamos no inverno, mas, infelizmente, não neva, ao contrário da minha cidade natal, Wisconsin, um lugar incrível. Este ano, o frio chegou com tudo, junto com a neblina que cobre tudo todas as manhãs. A estação mais linda de todas, com certeza, é a primavera. A cidade fica tomada por flores e árvores cheias, o que é uma benção para quem ama fotografar. 

Na minha parede, existem muitas fotografias de diversas épocas. Lembro-me que entrei em bloqueio e perdi a vontade de tirar fotos após a morte do meu irmão, ele amava minhas fotos. A primeira foto na parede é uma paisagem linda, um jardim com rosas, com o Alex apontando uma rosa para a lente da câmera. É impossível não sorrir ao ver isso. A segunda é uma foto minha tentando ser sexy e séria ao mesmo tempo, tirada pelo meu irmão no meu primeiro dia de aula, ele estava animado por estudarmos juntos, apesar de termos aulas diferentes.

Volto dos meus pensamentos quando minha mãe bate na porta, avisando que há uma moça querendo falar comigo e logo já imagino quem seja. Peço para deixá-la entrar e continuo passando a sequência de fotos sentada no tapete em frente à minha cama. Ouço batidas suaves na porta.

—Oi Anne, posso entrar? —Diz Alice, abrindo a porta. —Ops, já entrando.

Ela coloca a cabeça dentro do quarto e me manda um sorriso.

—Pode sim, vizinha, fique à vontade. Nossa, nunca imaginei que você estaria aqui no meu quarto, ou melhor, como minha amiga. —Digo, tocando no tapete e apontando para que ela se sente ao meu lado.

—Se você está surpresa, imagina eu. Seu quarto é lindo, você realmente ama fotografias. —Ela começa a observar minha parede em frente à cama, tomada por fotos polaroides coladas, e levanta-se para vê-las de perto.

Alice a cada dia que passa parecia mais interessada em tudo a sua volta e em nós.

—Eu amo mesmo fotografar, desde criança. No espelho do banheiro tem mais, e naquelas caixas florais também —Digo, orgulhosa dos meus feitos. —Só que parei há um tempo, quando meu irmão morreu —A encaro e a chamo. —Alice? Terra chamando.

Percebo que ela está dispersa enquanto observa cada foto com atenção.

—Ah, oi. Desculpa. Realmente sinto a emoção que você quis passar em todas essas fotografias. Fez algum curso?

Ela se senta novamente ao meu lado e traz uma das fotos da parede, permanecendo com os olhos fixos na imagem enquanto fala comigo.

—Não, nunca fiz nenhum curso. É só um hobbie mesmo, e eu queria tanto fazer esse bloqueio passar. —Falo, mas percebo que ela ainda está distante, imersa na observação das fotos.

O que será que aconteceu? Percebo um sorriso em seus lábios e toco em seu ombro. Ela me mostra a polaroide em sua mão.

— Andrew. — afirma ela, colocando a fotografia no chão. — Tem algo que preciso que saiba, ou não conseguirei falar depois. — sussurra, encarando-me com seus olhos negros.

Nesse momento, ouço batidas na porta e o Ross entra, tirando os sapatos e pulando na minha cama como se fosse uma cama elástica. O olho e faço uma careta, arrancando um sorriso dele.

— Oi Alice, oi Anne. Desculpa vir sem avisar, não sabia que era uma reunião. Querem donuts? Trouxe do Bell's.

Alex levanta o saco de papel branco, cheio.

— Oi, Alexander, boa tarde. Eu quero, senta aqui. — Alice estende a mão para pegar um donut com cobertura rosa vibrante. — Obrigada.

Ele apenas sorri e se senta ao nosso lado.

— São os melhores. — diz ele, colocando metade de um donut na boca, sem vergonha.

— Pronto, agora que o Alex chegou, podemos começar nosso ritual mágico para trocar nossas almas por bolsas de estudos. — sussurro seriamente. 

Alice põe a mão na boca para não rir da cara de pânico que o Alex estava fazendo, ao deglutir todo o donut, ele me olha assustado, sua inocência ainda me espanta.

— Joanne está louca? Desfaz esse círculo com fotos, tenho medo dessas coisas, está repreendido. — ele fala alto, e escutamos meu pai falando do corredor: "Amém."

Caímos na risada após isso, por meu pai sempre entrar em nossas brincadeiras.

— Foi realmente hilário vê-lo assustado, desculpa, amigo. — digo, abraçando-o pelo pescoço.

Estamos arrumando as fotos que estavam espalhadas pelo chão ao som de Let Her Go, do cantor Passenger. Amo essa música, a melodia calma transmite paz. Ainda estou pensando no que a Alice ia me contar antes do Alex chegar, ela parecia muito querer falar sobre algo e não sei se devo perguntar ou esperar que ela chegue até mim.

Começo a arrumar algumas roupas que estavam em cima da cadeira e ao olhar para trás percebo que o Alex e a Alice estão empolgados conversando sobre algo relacionado à arte. Saio do quarto, e eles nem percebem. 

Passo pela sala de estar, meus pais estavam entretidos em um filme e bebendo vinho Rosé. Aparentemente é um romance, pois minha mãe está super concentrada, então decido fazer waffles com frutas vermelhas e chá gelado. 

Por um momento entre a receita, me pego pensando que devo voltar a fotografar. Tenho um lindo dom e preciso usá-lo. Inclusive, começaram as inscrições aqui na minha cidade para um curso de fotografia, especificamente com o uso de sombras. Não sei se é uma boa oportunidade, mas preciso pensar sobre isso, afinal o bloqueio precisa sair de alguma forma.

De volta ao meu quarto, Alex e Alice continuavam conversando animadamente. Eu estava realmente gostando dessa aproximação entre eles, meu lado cupido estava em alta, mas eu precisava me conter; afinal, eu era a pessoa solteira que distribuía conselhos amorosos a todos, até em casamentos. E minha vida amorosa era simplesmente inexistente—nula.

— Estou entrando com comida. Alguém quer minhas delícias antes do ano acabar? — perguntei animada, colocando a bandeja em cima da cama e sentando ao lado deles. — Waffles com chá gelado — acrescentei, apontando para a bandeja.

Entrei com as comidas e eles se animaram de imediato.

— Nossa, tem alguma coisa na qual não tenha talento? Adote-me. — disse Alice, já com um pedaço do waffle entre os dentes. — Está muito bom. — Ela apontou para a boca e fechou os olhos contente.

— A Anne tem muito talento, Li! — diz Alex, agarrado a um waffle.

Escutei bem? Li? Olha só, apelidos começando. Penso, deixando escapar uma risada maléfica.

— Obrigada, acho que você já provou de todas as minhas comidas. Deixa mais para a Li, como diz você...— digo, e ele cora de imediato enquanto Alice sorri com minha declaração.

O tempo passou rápido, e eu decidi perguntar a Alice o que ela queria conversar comigo poucos minutos antes do Alex chegar. Ela fica um tempo em silêncio, e noto que está buscando maneiras dentro de si para falar algo que aparentemente a deixa sem jeito. 

— Gente, eu nunca tive intimidade com vocês a ponto de chegar e conversar sobre algo. Nunca fui de conversar com ninguém sobre nada, na realidade. Eu moro com meu pai e minha avó. Ou seja, nunca tive muita intimidade em casa... — ela me olha e volta a encarar as próprias mãos com os dedos entrelaçados. Realmente estava ansiosa para ver onde essa conversa iria chegar. — Quando finalmente encontrei uma pessoa, me senti mais leve e feliz, era o começo da minha vida... Ou melhor, de nossas vidas.

Ela declara ainda sem nos encarar:

— Eu passei sete meses completamente apaixonada por um ser maravilhoso e puro. Foi meu primeiro beijo, meu primeiro homem em tudo e a primeira pessoa que eu amei. Anne, eu sofri por muito tempo sozinha e em silêncio ao perdê-lo....

Seus olhos enchem de lágrimas, e ela me entregou a foto do Andrew que havia pego na parede horas atrás.

Olhei para a foto que Alice estava segurando, meu coração acelera ao ver meu irmão. Encarei Alice, que estava visivelmente emocionada, e depois de volta para a foto, minhas mãos tremeram levemente, pegando a foto.

— É o Andrew... — Murmurei, quase num sussurro.

O Alex me olha fixamente, boquiaberto, e eu, completamente em choque, não sabia se chorava ou a abraçava. Ela foi a pessoa misteriosa que o Andrew estava guardando segredo de nós, a aliança misteriosa...

—Sim, éramos namorados, estávamos felizes demais! —Alice sussurrou. —Eu estava ansiosa para conhecer vocês pois estávamos combinando o momento certo principalmente para contarmos ao meu pai, eu tinha acabado de ganhar uma aliança...

Minha única reação foi abraçá-la o mais forte que consegui e chorar. Alex apertou os lábios um contra o outro e cruzou os braços, a fim de segurar as lágrimas, em vão.

— Ei. — Censurei seu choro, enxugando suas lágrimas com a manga da minha blusa de frio. — Obrigada por isso, Alice. Obrigada por ter me deixado saber que meu irmão amou uma pessoa tão boa e gentil. — Não contive meu sorriso ao lembrar dele. — O Alex estava sempre presente quando ele nos contava sobre você, sem revelar quem era. Ele queria te apresentar no momento certo, e posso te dizer que ele realmente te amava! — Ela acenou com a cabeça, concordando, e baixou o olhar.

Alice sorriu, respirando fundo em seguida.

— Moore, não chore. Ele está olhando por todos nós... Com certeza deu uma mãozinha para nos juntar e para que essa amizade começasse, e deu certo.— Declarou Alex com sua voz macia, fazendo com que ela o abraçasse.

Alice nos contou como se conheceram, falou sobre sua relação com meu irmão e o tempo que passaram juntos. O Andrew era uma pessoa extremamente discreta; nunca ficávamos sabendo se ele estava ou não com alguém, o que me deixava tranquila, pois sabia que ele não brincava com as pessoas.

Depois de todo aquele momento de emoção, cada um foi para sua casa a fim de se preparar para a noite de Ano Novo. Em breve, iríamos jantar na casa dos Ross, como manda a nossa tradição. Observei da escada meus pais conversando. Apoiei-me na ilha da cozinha, encarando-os. Meu pai me mandou um sorriso sincero e voltou a fazer sua guacamole — ele realmente ama isso com chips. Minha mãe seguia colocando os pratos na lava-louças depois de ter retirado o excesso de comida.

— Vocês gostaram da Alice? — Perguntei, esperando uma resposta positiva enquanto pegava algumas chips do meu pai. — Sejam sinceros. — Completei.

— Gostei bastante dela, querida. Me parece ser uma moça quieta e muito educada. Já a conhecia por meio de seus avós. — Minha mãe explicou, fazendo meu pai concordar e sinalizar com o polegar.

Temo explicar a eles sobre o que eu estava sabendo, visto que minha mãe é sensível ao falar do Andrew, logo coloco um copo de água cheio para amenizar a pimenta que meu pai insiste em colocar nos temperos da guacamole. Encosto-me ao lado da minha mãe e respiro fundo.

— Ela era a namorada que o Andrew tanto fazia mistério. Fiquei sabendo hoje por ela, ela  justificou que não seria justo esconder de mim. — Falei de uma vez.

Quase entrando em pânico com o silêncio da minha mãe, ela deu a volta por mim e sentou-se na cadeira da mesa de jantar. Meu pai sentou-se de um lado e eu permaneci em pé ao seu lado.

— Meu menino... — A senhora derramou lágrimas em poucos segundos. Com a mão no peito, ela chorou, fazendo meu peito doer.

— Querida... — Meu pai a chamou, e ela o olhou sorrindo. — Está tudo bem, tudo bem mesmo. — Ele enxugou suas lágrimas, e um sorriso apareceu nos lábios dela. — Ele viveu um amor, ele viveu...

— Minhas lágrimas são de alívio, ele amou alguém e foi amado...— Com a mão no peito, ela respirou fundo, fazendo-me sorrir. —Isso é um sentimento tão bom, muito bom.

Sorri, ao vê-la sorrindo.

— Muito bom mesmo, de verdade. — A abracei, acariciando sua cabeça.

No meu quarto, coloco uma música para tocar e me sinto realmente feliz. Pego minha câmera e coloco para carregar, talvez seja o momento de recomeçar, mesmo que doa um pouco. Começo a me arrumar, separando algumas maquiagens. Meu coração está tão feliz hoje que minha vontade é de dançar, e não consigo me conter. Danço dentro do banheiro até sentir que não há mais ar em meus pulmões. Vejo o reflexo do meu sorriso no espelho e lembro que nunca mostro os dentes ao sorrir.

Já pronta, desço as escadas onde meus pais já me esperam sentados no sofá.

— Vamos? Estou pronta. — Digo, rodopiando na frente deles.

Meu pai olha para mim e sorri, passando a mão sob os olhos.

— Nossa, filha, você está enorme. Estou ficando tão velho, agora vamos!— Minha mãe confirma e saímos em direção à casa do Alex.

O trajeto a pé foi rápido, afinal, são nossos vizinhos. Ao chegarmos, todos estavam na sala conversando. A família Ross e a Moore nos cumprimentaram com abraços e sorrisos. Alex veio em minha direção e me abraçou forte como sempre, e precisei cutucar suas costas para avisar sobre a falta de ar. Alice se aproximou, me deu um longo abraço e cochichou no meu ouvido:

— Obrigada por tudo, de verdade.

— Não agradeça, eterna cunhada. — Minha mãe observava Alice de longe e me enviou um sorriso, também parecia feliz.

Quase na hora do jantar, nos sentamos à mesa, que estava muito bem posta e cheia de pessoas comparada aos outros anos. A Sra. Ann bateu com o garfo em uma taça, pedindo atenção de todos. O silêncio tomou conta do ambiente, e ela se levantou para falar. Eu a encarei, e ela me mandou uma piscadinha acompanhada de um sorriso doce.

— Quero agradecer imensamente a presença de todos vocês aqui em minha humilde residência nessa noite tão especial. Hoje temos uma família a mais. Os Moore conosco, é um imenso prazer e queremos que façam parte da nossa tradição familiar. Eu e meu velho desejamos um ano novo de muita luz e paz para todos vocês, que nossas crianças possam ter muito sucesso e belas conquistas sempre com a proteção do nosso Deus.

O Sr. James encheu a taça de todos e propôs um brinde erguendo a sua.

— Um brinde a todos nós. — Todos levantaram as taças, e o barulho dos vidros ecoou entre muitas risadas e festejos.

Definitivamente, este ano novo estava sendo um dos melhores dos últimos anos. Conversamos sobre o futuro, o passado e sobre o quão o presente é importante para sermos realmente quem somos. Meu celular vibrou e mostrou uma mensagem de um número que não estava gravado, era uma mensagem aleatória.  

Feliz ano novo!

Provavelmente deve ser engano, claramente quem deseja feliz ano novo sempre se identifica. Guardo meu celular e não respondo nada, sem remorso. O Alex me cutuca pedindo para lhe passar o arroz e percebo que ele não perde tempo mesmo. Todos estão conversando sem pausas ou falta de assunto, a família da Alice estava muito à vontade e aquilo faz meu coração encher de felicidade.

— Gente, vou pegar minha câmera para tirarmos uma foto aqui na mesa. — Levanto-me e pego a bolsa com os acessórios da minha câmera, monto o tripé em uma posição que captura todos sentados à mesa. Programo a câmera para tirar a foto em dez segundos e corro para o meu lugar.

— Dez segundos e sorriam para o flash. — Aviso enquanto corro de volta, e todos sorriem quando o flash dispara, registrando aquele momento.

Após a foto ser tirada, pego a câmera e mostro a todos o quão boa ficou e prometi que revelarei uma cópia para cada família.

— Faltam dois minutos para a virada de ano, gente! — exclama o Alex em um tom animador, e meu coração dispara.

Este ano, eu não vou pedir nada, nenhum desejo. 

Todos se levantam e caminhamos até a porta da casa à espera da queima de fogos vindo do fim da cidade. Alice agarra eu e o Alex pelo pescoço, nos trazendo para um abraço triplo, enquanto todos estão concentrados na contagem regressiva.

O pai da Alice avisa que a contagem vai começar e todos contam em sincronia.

— Dez, nove, oito... — continuamos no abraço triplo, e todos olham para o céu. — Sete, seis, cinco, quatro, três, dois...

Quando o ano virou, uma retrospectiva rápida passou pela minha mente, relembrando tudo o que eu tinha passado e superado em trezentos e sessenta e cinco dias. Quase no final do ano, eu e o Alex ganhamos uma amiga especial e percebemos que, no passado, nossas vidas foram parcialmente interligadas. Olhando para o céu, não pedi nada, apenas desejei que a vida me surpreendesse da melhor forma possível.

— FELIZ ANO NOVO! — O coral das nossas vozes domina todo o ambiente, entre abraços e risadas.

Olho para o céu e vejo uma enorme estrela brilhando. Sinto meu corpo esquentar; dizem que a estrela mais brilhante do céu próxima a nós é alguém que amamos, olhando por nós. Posso imaginar quem seja a minha.

— Mostrou os dentes ao sorrir dessa vez. — afirma o Alex, me abraçando. Em seguida, com a minha câmera, tira uma foto nossa. — Eu amo você. — Alex beija minha bochecha e tira uma foto de surpresa.

— Eu também amo você, Ross. — Abraço seu pescoço, fazendo-o saltar.

— Ei, Alice, uma foto para a parede da Joanne? — Ela sorri, pula entre nós e manda um beijo para a câmera. Nós fazemos o mesmo, e ali está nossa primeira foto.

— Eu quero uma cópia. — pergunta Alice assim que o flash dispara, nos cegando.

— Eu também quero uma. — rebate Alex, avaliando a qualidade da foto.

Pego meu celular e respondo à mensagem desconhecida.

Feliz ano novo, quem quer que seja. Boa noite.

Sei que era isso que essa pessoa queria receber de volta.

S2

Gostaram do capítulo de hoje? Eu achei bem fofo ♡ 




Bạn đang đọc truyện trên: AzTruyen.Top