Nós três S2 Capitulo 80
Thomas Baker Clark nasceu em dias que antecediam a primavera, as flores estavam desabrochando e a cidade se tornando colorida outra vez. Mas não foi apenas a cidade que floriu, nosso coração também, mas isso começou quando o descobrimos, eu primeiro claro. Quando Emma falava sobre os sentimentos que desabrocham quando descobrimos a maternidade por vezes pensei ser um exagero vindo do amor.
Não era exagero, eu e Gustavo mudamos quando percebemos que tinha um fruto do nosso amor dentro do meu ventre, e sobre os sentimentos são impossíveis de se colocarem em palavras. Do nosso casamento por diante nossa vida se resumiu a nosso pequeno ser, tudo que fazíamos agora era em três, nossa lua de mel em Paris já foi em família e dali por diante fazíamos tudo juntos. Os meses passavam mais rápido do que gostaríamos, minha barriga cresceu rapidamente, as pessoas nos enchiam de amor e muitos presentes. Thomas era o primeiro neto das duas famílias, e vimos principalmente Nicholas expor o melhor de si pelo neto, quando ainda achava que era uma menina e quando gritou ao saber que era um menino.
Em todos os meses da minha gestação fiz fotos e assim podíamos ver como o tempo realmente fazia meu corpo mudar, os enjoos passaram por volta do quarto mês e engordei dez quilos até o final da gestação, mas era a ultima coisa que me importava desde que nosso bebê estivesse bem. Vê-lo era nossa maior felicidade todos os meses, e descobrimos o sexo no inicio do sexto mês e Gustavo expos sua alegria quando soube que seria pai de um menino.
Antes de saber seu sexo, ainda não tínhamos falamos sobre nomes, mas era certo que seu segundo nome seria Baker e o ultimo Clark. No dia em que o descobrimos deitamos na cama e começamos a falar nomes fortes, foi quando Gustavo falou Thomas, e senti que era esse. Significa aquele que honra a Deus, além de ser de origem grega, que segundo o pai o deixa elegante.
Quando nosso menino se mostrou para nós toda a família vibrou, afinal já tínhamos a princesa Hannah e o rapazinho estava em meu ventre cheio de saúde. Nós mudamos do pequeno e apertado apartamento, para uma casa perto de um lindo lago e provavelmente iriamos pagar ela por anos luz, mas era perfeita para nossa família. Éramos pais preocupados, então quando rimos de Alex por não querer escadas, fizemos o mesmo. Gustavo tapou todas as tomadas possíveis, as quinas da nossa mesa e passou horas colocando algo na porta do quarto do bebê para que não batesse quando o vento aparecesse.
Gustavo passou por algumas crises de confiança nos primeiros meses, era compreensível e sempre buscava o acalmar. Sempre acordava de madrugada para ir ao banheiro e ele estava no quarto do Thomas com sua velha insônia, pensando em como faria para não cometer os mesmos erros do antigo Nicholas, mas eu sabia que tudo não passava de medo junto a ansiedade.
Continuamos fazendo nossa residência plenamente, e percebemos que do inicio podíamos fazer escolhas que nos deixassem tempo para nossos filhos, então mudamos nossa residência de cirúrgica para clinica, o que trouxe paz para o pai mais protetor e ansioso do mundo. Minha barriga foi crescendo, aparecendo, perdi roupas e ganhei amor. Nasceu em mim um sentimento feroz e quando o sentia mexer era como se meu coração fosse explodir, o que sempre me fazia chorar. Gustavo ajudou em tudo desde minhas noites com enjoos, meus desejos, minhas crises de ansiedade ao quarto do nosso filho, ele era um pai presente e sabia muito bem qual berço era o melhor, o que me pegou de surpresa.
Passei os nove meses sendo cercada por cuidados e proteção principalmente da minha mãe e do meu marido, o que as vezes me estressava, mas sabia que era apenas o peso da barriga junto ao inchaço os meus pés e a vontade de comer tudo, sendo que meu estomago estava tão apertado que não entrava nada. Quando cheguei perto dos nove meses, os avos ligavam todos os dias e perguntavam tudo sobre meu dia, Nicholas sempre vinha nos ver e os tios mandavam lindos presentes. Nessa mesma época foi quando minha mãe decidiu que Mary precisava vir morar conosco nos primeiros meses, afinal ela não poderia deixar a casa, os gêmeos e a direção escola.
Como mencionei, ele chegou em dias que antecediam a primavera, em uma tarde de sol na grama senti as dores mais fortes de toda a minha vida, a dor do tiro foi nada perto das contrações, tudo bem, foi um pouco de exagero. Mas senti dores intensas e Gustavo paralisou na grama por vinte minutos, até eu mesma levantar e gritar. Nossa família chegou ao hospital em poucas horas e nosso menino nasceu de um parto normal, demorado, com quase quatro quilos.
Seis meses atrás renascemos quando ele nasceu gordinho, cheio de vida, com muitos cabelos e olhos tão azuis quanto o mar do caribe. Seu choro me fazia chorar junto, toda nossa família o recebeu com todo amor existente. Thomas ganhou avos bobos, tios emocionados e felizes, uma prima que o amou a primeira vista e pais que nasceram com ele.
Hoje, nos acostumamos com as noites em claro, com os brinquedos pelo chão, e alguns que nos faziam escorregar quando pisávamos. Nossa cozinha tinha armários com mamadeiras, copinhos e muitas coisas coloridas. Nossa sala tinha sempre um tapete para bebês no chão, um carinho e muitas vezes uma cadeirinha de alimentação. O quarto do nosso filho era apenas de enfeite, pois seu lugar era entre nós na cama, Gustavo sempre precisava verificar sua respiração. Descobrimos o quão caro são remédios, e que mesmo que fossemos médicos sentíamos medo de algo acontecer.
Meses após seu nascimento, ainda recebíamos muitas visitas e viajávamos muito para ver os avôs e os tios, Mary continuou conosco e percebíamos que Thomas a amava da mesma forma que seu pai a amava. Aos poucos voltamos a nossa residência durante o dia e os plantões eram difíceis, sentia uma saudade absurda do meu filho. Era uma vida corrida, mal tínhamos tempo para respirar ou para noites românticas mas estava tudo bem, estávamos completos e felizes assim, dividíamos as tarefas, todos os trabalhos, noites românticas no sofá, dias difíceis que nos faziam surtar, saímos juntos para nos divertir, levávamos Thomas para conhecer o mundo e claro, a neve.
O sol bateu em meu rosto, e acordei de sobressalto ao tocar a cama e não o sentir. Thomas e Gustavo já não estavam mais lá, e o sol fraco indicava que a manhã estava começando. Coçando os olhos, levantei, vesti meu roupão e estalei o pescoço.
— Dessa vez dormi muito... Estava precisando. — Murmurei para mim mesma, enquanto olhava ao redor. — Deveria ter dormido mais aos dezessete anos.
O quarto estava impecavelmente arrumado, e a casa mergulhada em silêncio. Caminhei até o quarto do Thomas, mas as janelas abertas revelavam um ambiente vazio, sem sinal do bebê.
— Amor, onde vocês estão? — Sussurrei, ainda tentando acordar completamente.
Na sala, encontrei Gustavo. Ele assistia a um jogo de basquete sem som, balançando suavemente o carrinho do Thomas com o pé. Parecia tranquilo, quase despreocupado. Por um momento, fiquei apenas observando de longe, admirando a cena. Era impressionante como eu me apaixonava por ele um pouco mais a cada dia.
Pensava que ele já era o melhor marido do mundo, até vê-lo como pai.
— Querido? Não é muito cedo? Pode ir dormir, eu cuido daqui. — Sentei-me no sofá com cuidado, depois que ele pediu silêncio. — Deveria ter me chamado, consegui recuperar meu sono de dias.
Ele fez um gesto, me chamando para sentar mais perto. Espreguicei-me antes de atender.
— Dormiu bem? — Gustavo perguntou, com um sorriso. — Acordou ainda mais bonita, e, ah, o leite vazando... incrivelmente sexy. — Ele riu, e eu revirei os olhos, lamentando internamente ter insistido para ele tirar a barba. — Já viu que horas são?
Aproximei-me, tocando seu rosto e seus olhos cansados. Ainda lembrava nitidamente do nosso primeiro beijo.
— Faz anos que você acha tudo em mim incrivelmente sexy. E por que, mesmo, tirou a barba? — Perguntei antes de beijá-lo suavemente, depois me aconcheguei, apoiando a cabeça em seu colo. — Dormi muito bem, acordei algumas vezes preocupada por causa das vacinas. e deve ser cinco ou seis da manhã. Está tão lindo esse sábado... Por quê?
Gustavo tentou conter uma risada, tapando a boca, e eu franzi o cenho. A paternidade parecia ter lhe dado uma dose extra de humor.
— Depois das três da madrugada, ele dormiu direto. Aquele remédio que sua mãe recomendou funcionou bem. E, bom, são duas da tarde... de um domingo. — Ele sorriu ao ver minha expressão incrédula e tirou minhas mãos do rosto. — Você precisava descansar, está tudo bem. Organizei algumas coisas, ele já almoçou a papinha de cenoura e acho que ainda dorme por mais meia hora.
Suspirei, sorrindo. Gustavo era incrível.
— E a barba? — Insisti, acariciando seu rosto liso.
— Tirei porque, quando o beijo, ele fica agoniado. — Ele respondeu com simplicidade, e eu ri, encantada.
Senti seus lábios tocarem minha testa, e fechei os olhos, embora o sono já tivesse ido embora. Depois de sete horas de descanso — um verdadeiro luxo para uma mãe —, sentia-me renovada. No berço, Thomas dormia de bruços, vestindo uma camiseta fofa e uma cuequinha da Gucci, presente de Alice pelos seus seis meses.
— Você é um pai incrível, mas também precisa descansar. — Comentei, puxando o lençol enquanto sorria. — Que tal aproveitarmos essa meia hora de sono do nosso pequenininho? Tomarmos um banho juntos... — Acrescentei, deslizando a mão pelo seu abdômen, deixando a sugestão clara.
Gustavo captou o recado imediatamente.
— Claro que vamos. — Respondeu com um sorriso cúmplice. — E a Mary disse que chega amanhã à tarde e... — Antes que pudesse continuar, inclinei-me para beijá-lo, interrompendo suas palavras, e fui envolvida por seus braços. —Temos meia hora no nosso ninho de amor, hoje em silêncio...
Rindo baixinho, corremos para o quarto, tentando não fazer barulho. Mesmo com a porta entreaberta, sabíamos que aquele breve momento era só nosso.
S2
Era final de uma tarde de domingo, amávamos levar Thomas para brincar na grama e comer frutinhas, mesmo ele só gostando de melancia. Esticávamos nosso lençol na grama verde e muitos brinquedos em cima, era assim que aproveitávamos nossa folga e nosso pequeno bebê cabeludo. Thomas era um bebê sorridente, que tinha dois pequenos dentes inferiores para o desespero dos meus seios e falou primeiro papai, o que me deixava ansiosa e Gustavo muito feliz. Ele é fascinado pelo pai, Gustavo possuía toda paciência do mundo e amava apertar suas bochechas, porém o que ninguém negava era que nosso filho era a minha cara.
— Não gostou desse urso? Seu gênio é igual ao da sua mãe? Vamos lá, diga "papai" para mim. — Gustavo comentou, sentado ao meu lado, enquanto beijava Thomas, que brincava entre nós. — Esse urso foi presente do... — Ele pausou, buscando lembrar, e tanto eu quanto Thomas o encaramos, curiosos.
— Tio Josh. — Completei, e Gustavo confirmou com um leve sorriso. — Meu amor, não quer mais melancia? — Perguntei, beijando Thomas, que retribuiu com um sorriso encantador. — Diga "mamãe".
— Pa... — Thomas balbuciou algo, parecendo querer chamar pelo pai. Gustavo gargalhou alto, e Thomas, vendo a reação, sorriu ainda mais para ele.
Eu não pude evitar e acabei sorrindo também.
— Tudo bem, diga "mamãe" no seu tempo, meu amor. — Falei, oferecendo um pouco de água para ele, que, em vez de beber, se divertia molhando as mãozinhas e o rosto com o copo.
Tentei faze-lo comer mais um pouco e não deu certo, o pedaço que entrava em sua pequena boquinha, saia sujando sua roupa. Fazia poucas semanas que ele aprendeu a sentar sem cair, mesmo assim fazíamos uma barreira com nossas pernas, ele balançava os brinquedos com ajuda do pai e os jogava para longe. Thomas era dengoso e amava soltar gritinhos finos quando era contrariado, vê-lo chorar ainda me fazia chorar as vezes e sempre sofremos juntos com as vacinas.
— Quem é o bebê mais lindo do papai? Sua perna ainda dói? Vacina é ruim, mas é necessária, tudo bem? — Gustavo explicou, enquanto acariciava Thomas, que parecia não dar muita atenção ao comentário. — Agulha malvada aquela.
Thomas engatinhou em minha direção, claramente querendo mamar. Peguei-o no colo, e, assim que o fiz, ele começou a pular com uma energia contagiante, arrancando de mim um sorriso imediato. Ao longo dos primeiros seis meses, ele foi amamentado exclusivamente. Há poucas semanas, começamos a introduzir papinhas, sucos e frutas, e Thomas já mostrou ter suas preferências: cenoura e melancia são as favoritas.
— Quanta energia, meu amor! — Comentei, beijando sua bochecha macia. — Você é muito fortão e saudável.
Gustavo observava a cena com um sorriso, encantado ao ver nosso pequeno demonstrando tanta vitalidade, suas perninhas curtas saltando animadas em meu colo.
Gustavo se aproximou de nós e encostou a cabeça em meu braço com calma ao sentir o vento em seu rosto, encarei seus olhos fechados e seus cabelos ao vento. Pouco tempo depois Thomas cansou de pular e quis mamar, Gustavo deitou na grama, com os olhos fechados, mas não parecia dormir.
Encarei Thomas com os olhos arregalados em minha direção e sorri, seu olhar de ternura acalmava meu coração e me fazia feliz. Sua mãozinha segurava o próprio pé e seus dentes arranhavam o meu seio, ficamos ali em nosso momento curtindo o vento do verão que faziam nossos cabelos voarem.
— Está dormindo ou pensando? — perguntei, enquanto encarava o lago. Deitei no lençol ao lado de Gustavo, e Thomas mamava tranquilamente.
Gustavo sorriu, sem abrir os olhos. Acariciei seus cabelos, sentindo a brisa suave ao nosso redor.
— E se tudo isso for um sonho? E se eu acordar daqui a pouco naquele quarto, ainda naquele dia das entregas de café? — Ele abriu os olhos e me olhou profundamente. — Sou tão feliz... Por todos esses anos. Sou casado com a pessoa que amo, tenho um filho lindo com essa pessoa, trabalho ajudando a curar pessoas. Sinto-me tão completo com vocês que, às vezes, tenho medo de que tudo isso seja apenas um sonho.
Ele se aproximou, e Thomas, no meio de nós dois, o cutucou com seu pequeno pé, arrancando um sorriso leve de Gustavo. Observei seu rosto, memorizando cada detalhe enquanto ele falava. Ainda era o mesmo garoto doce de anos atrás, o bobo que sempre me fazia rir.
— Se for um sonho, você volta à padaria, entrega os cafés, joga seu charme, sorri daquele jeito... Deixa seu perfume no ar e me chama de irritante de novo. — Falei, sorrindo ao vê-lo relaxar. — Baker, não é um sonho. Construímos tudo isso juntos, e eu me sinto exatamente como você, juro.
— E se for um sonho e eu fizer tudo aquilo de novo? Vai me cumprimentar dessa vez? — perguntou, arqueando as sobrancelhas.
— Não. Eu ia te beijar logo e garantir que você fosse meu o mais rápido possível. — Levantei a cabeça e o beijei. — Amo você, o Thomas, nossa família.
Abri meu melhor sorriso, mas gemi baixinho ao sentir Thomas morder meu seio. Gustavo riu com os olhos ainda fixos em mim, com o rosto encostado na cabeça do filho, ele o abraçava enquanto Thomas, sempre cheio de energia, se agitava ao ouvir as gracinhas do pai.
O toque do celular interrompeu o momento, Gustavo pegou o aparelho e atendeu uma chamada de vídeo. Era Nicholas Baker, com meu pai dividindo a tela. Ele posicionou a câmera para nos mostrar juntos. Nicholas sorriu animado, acompanhando meu pai que também parecia radiante ao nos ver.
—Como estão? Meu neto lindo, como está? —Meu pai falou animado, acenando para nós.
—Oi pai, tudo bem e por ai? Velho Albert como está? —Perguntei e Gustavo sorriu.
Nos sentamos e com Thomas nos braços, o ensinei a acenar e com uma voz fina, Gustavo falou pelo nosso filho.
—Oi vovôs, estou grande e esperto. Pai e sogro, saudade de vocês.
Os dois senhores com chapéu de pesca, estavam sorridentes.
—Estamos pescando, vamos dormir em uma cabana. Já chegou o verão, quando virão? O menininho mais lindo está tão esperto, morro de saudade de vocês.
Fugindo dos mosquitos, meu pai falava nos fazendo sorrir. Eles sempre fazia programas juntos como pescar e ir ao golfe, reviviam os tempos jovens sempre que podiam. Gustavo sorriu para meu pai e tentou falar.
—Vamos sim sogro, precisamos só finalizar algumas coisas do trabalho para poder pegar nossas quatro semanas de folga. O Thomas está babando e isso significa beijos. —Falei, animada.
Os senhores sorriam com Thomas encarando a tela, ele reconhecia os avôs perfeitamente e adorava a folia. Esperávamos ansiosos para os seis meses, ele assim poderia tomar banho de piscina com meus irmãos e Hannah.
—Ele está lindo e estamos com saudade, venham logo por favor. Isso de vocês morarem longe com nosso único neto, é muito ruim.
Nicholas lamentou a distancia e mandou beijos para Thomas, o senhor totalmente grisalho soltou alguns sorrisos, mesmo sem entender o que falávamos, ele sorria.
—Nós vamos sim, relaxem. Se divirtam, e pesquem muito. —Gustavo pediu e acenou.
Nos despedimos e encerramos a ligação. A noite já começava a cair, e pequenos mosquitos poderiam aparecer por conta do lago calmo à nossa frente. Gustavo recolheu todos os brinquedos e os guardou em uma cesta marrom, dobrando o lençol em seguida, enquanto eu carregava nosso bebê bolinha nos braços.
Caminhamos juntos de volta para casa, conversando sobre o jantar. Todos nós amávamos macarrão, mas isso sempre acabava em muita bagunça, já que Thomas adorava brincar com a comida.
— Vamos de macarrão, limpamos tudo depois. — Falei ao entrar em casa, já me rendendo à ideia. — O senhorzinho pode ficar na cadeirinha enquanto a mamãe faz o jantar?
Coloquei Thomas na cadeirinha, ajustei o cinto e o puxei para perto de mim. Ele sorriu enquanto mexia as pernas, cheio de energia.
— Amor, vou tomar um banho e atender uma paciente que vai ligar para tirar umas dúvidas. Depois arrumo tudo, não se preocupe. — Gustavo se inclinou para beijar Thomas e depois me beijou. — Doce medicina que acaba com nossos cabelos.
— Tudo bem, vá tranquilo!
Rindo, ele correu pelo corredor em direção ao quarto.
Comecei a organizar as coisas, sentindo-me grata por cada detalhe da nossa rotina, que mantinha minha mente ocupada e meu coração cheio. Cozinhando e olhando para Thomas ao meu lado, eu me sentia completa, preenchida por sentimentos que antes pareciam distantes. Nossa vida era simples, sem luxo, mas também sem preocupações. Dias estressantes e noites em claro ainda existiam, mas a felicidade agora era uma constante.
— Só eu e você agora, carinha. — Falei, apontando para Thomas. Ele fez seu bico de choro, como se entendesse a brincadeira. — Seu papai está ocupado, então nada de chorar. Vamos tomar água?
Entreguei-lhe o copinho amarelo, e o bico de choro sumiu num instante. Ele segurou o copo com suas mãozinhas gordinhas, sorrindo, enquanto eu me preparava para continuar o jantar.
Éramos nós três, ainda. Uma mamãe, um papai e um bebê. Éramos uma família tradicional e feliz, completa de tudo que dinheiro jamais compraria, amor e união. No jantar de hoje iriamos comer muito macarrão, e fazer uma sujeira sem tamanho, nós três.
S2
Eu amo uma família, eu estou apaixonada por tudo isso 😭
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