O acaso!
NARRADOR ON .... BRASIL 2019
"O BTS entrou na vida de Chris quando ela mais precisava."
Foi com essa frase que, anos antes, Chris conheceu e passou a acompanhar de perto a trajetória dos seus "meninos", como costuma chamá-los. Ela, uma cartunista, ilustradora e escritora de 30 anos, jamais imaginou que sua vida daria uma volta de 360 graus quando um deles entrasse nela.
De todas as coisas que ela havia alcançado até aquele momento na vida, e olha que estamos falando de uma carreira internacional de sucesso e prêmios pelo material que havia produzido. Existia um sonho que ela ainda não tinha conquistado: ir a um show do BTS. Então, quando os mesmos foram anunciados para 2019, ela e suas duas amigas trataram logo de conseguir seus ingressos. Infelizmente, eles não eram no mesmo setor, mas mesmo assim todas estariam lá.
— Finalmente! - Exclamou Chris ao colocar os pés em terra firme, na chegada ao aeroporto. Ela odiava voar e, na realidade, tinha medo. — Vamos ver onde estão as meninas.
— Chimchim! - Ouviu seu apelido ser chamado e virou-se, correndo em seguida para os braços das amigas.
— Lu! Manu! Ahhh, não acredito! - As três faziam tanto barulho que acabaram chamando a atenção dos demais usuários do aeroporto.
Luiza e Manuela eram tão armys quanto Chris, e estar ali também era o sonho delas.
— Amiga, você está arrasando com essa mochila dos meninos. - Comentou Luiza.
— Fofa, né? - Chris respondeu e as demais concordaram.
— Acho que deveríamos baixar um pouco a bola. - Disse Manu, percebendo que estavam sendo o centro das atenções.
— Então... Metrô ou táxi? - Perguntou Luiza.
— Metrô! - Responderam as outras duas juntas.
As três haviam feito reserva em um hotel que Chris costumava frequentar muito e, o melhor de tudo, ele ficava a apenas um quarteirão do estádio onde o show iria acontecer.
— Temos que ir pra fila né. - Comentou Manu.
— Vamos nos revezar então. Assim não fica cansativo demais pra ninguém. - Falou Chris.
— Ok. Hoje é sexta então fico na fila. - Manu chamou responsabilidade pra si.
— Combinado. Eu posso assumir seu lugar amanhã, mais tem que ser depois da minha reunião. Lá pelas 13 - Falou Chris.
— Amiga, reunião?! Sério. No dia do show? - Indagou Luiza.
— São clientes impirtantes, estão na cidade e me pediram para abrir uma exceção. Como é algo que não aparece todos os dias, eu aceitei. Me julgue!
Logo as três estão no saguão do hotel e Chris acabou ficando para trás resolvendo um imprevisto. Ela costumava se hospedar sempre no nono andar e havia feito reservas para ele. Essas que foram trocadas de última hora, segundo a recepcionista para acomodar uma comitiva de suma importância.
— Senhorita Martins, eu peço desculpa e por sua compreensão também. - Chris estava tão distraída quem não percebeu o grupo que acabara de entrar.
— Sim eu entendo perfeitamente. Apenas gostaria de ter sido informada antes. Não me entenda mal.... E que... Sou metódica com algumas coisas.
Atrás dela um burburinho começa.
— Hyung, veja! Uma army. - Disse Jungkook cutucando Namjoon e chamando a atenção dos demais.
— Ei... Não é uma das moças do aeroporto? - Questionou Hobi.
— É sim. - Respondeu Taehyung sorrindo.
De imediato se lembram de ver as três mulheres se abraçando, e de como elas tinham chamado atenção, não só pela animação, mais pela beleza.
— Jimin, é a moça da qual você falou. - Comentou Jin e o mesmo olhou, erguendo apenas um pouco a cabeça. — Você não me parece bem.
— Minha garganta está incomodando. - Revelou, sem tirar os olhos da recepção.
Ele então ouve um dos novos managers do grupo, fazer um infeliz comentário, esse que ele pretendia Repreender, porém, não teve tempo.
— Não acredito que eles hospedaram uma army. Será que não sabem da importância da palavra descrição? Esse país é uma bagunça. Pelo menos essa aí é gostosa. - Ao finalizar a frase, o homem tem uma desagradável surpresa.
— Perdão? Mas, em primeiro lugar não estou hospedada aqui por ser army, estou por que o serviço do local é impecável e como uma mulher ocupada que sou, preciso de locais assim. Segundo, meu país pode ser uma bagunça, mais isso não lhe dá o direito de falar dele, afinal, nesse exato momento, seu salário está sendo pago por essa "bagunça". E terceiro, não julgue uma mulher pelo corpo dela. Eu não sou um pedaço de carne. - Para surpresa de todos a mulher falava fluentemente o coreano.
— Senhorita Martins! - Chamou a recepcionista.
— Sim!
— Seus pertences já foram levados ao quarto. Mais uma vez, desculpe.
— Está tudo bem. - A mulher pegou suas chaves, olhou uma última vez para o grupo de sete rapazes e se retirou.
Estava chateada com o ocorrido sobre a troca de andares, porém, as palavras do homem logo atrás dela a tiraram do eixo momentaneamente.
Qual não foi a minha surpresa ao se virar e ver que a tal comitiva era na realidade o BTS e seus staffs, seguranças, managers e tudo o mais. Todos estavam ali.
Por dentro, queria gritar. Seu lado army estava implorando por isso, mas por fora, seu repúdio pelo homem parado, a olhando com a cara mais deslavada do mundo, achando que não tinha entendido uma única palavra que saira daquela boca nojenta, era visível.
Não foi mal educada. Isso não era de seu feitil, mas, também não foi um anjo. Respondeu o que tinha que responder. Tendo o prazer de ver aquele sorriso asqueroso sumir do rosto dele. Antes de se retirar, deu uma última olhada nos seus sete meninos. Mesmo com Boné e máscara, reconhece cada um. E então sumiu do campo de visão deles.
Jimin, por sua vez, observava tudo calado, porém, com atenção.
O voo dos Estados Unidos ao Brasil foi especialmente difícil pra ele. Ainda em solo americano, começou a sentir dores de garganta e mesmo cuidando, ela só aumentava. Teve dificuldade para dormir durante o trajeto.
Desembarcaram pela manhã e ainda no saguão do aeroporto pequenos gritos de felicidade chamaram a atenção. Avistou três mulheres e teve certeza que eram armys quando viu a mochila de uma delas. Além de ter o símbolo do Bangtan, Tinha um chaveiro fofo do Chimmy. Cutucou os demais e acabaram rindo com a felicidade delas.
Desta vez optaram por ficarem num hotel o mais próximo possível do estadio. Já que conhecíam a fama do trânsito de São Paulo. Preferiram não arriscar.
Qual não foi a surpresa ao encontrar a mesma moça do aeroporto conversando com a recepcionista do hotel.
Quando Chae Min Suk fez aqueles comentários, Jimin sentiu-se péssimo, porém, foi surpreendido mais uma vez.
Ela falava coreano! A mulher colocou Chae em seu lugar, arrancando um sorriso dos lábios de Jimin.
Todos observam a moça os olhar, quase como se os reconhecesse e logo após se dirigir ao elevador.
— Ele não devia ter dito algo tão nojento. - Comentou JK.
— Aposto que ficou envergonhado. - Disse Tae.
— Esse aí, envergonhado? Até parece. - Respondeu Yoongi.
— Hyung! não acha que devemos nos desculpar? - Perguntou Jimin a Namjoon, que concordoi com a cabeça.
— Melhor seria chutar esse aí da equipe. - Comentou Jin.
— Bem que eu queria, mais ele é sobrindo do senhor Moon. Não há muito o que fazer. - Respondeu Namjoon.
A conversa foi interrompida por Chae, os avisando que podiam subir. Tudo que Jimin queria era uma cama e que aquela dor sumisse o mais rápido possível.
Não muito longe deles, Chris sentia suas pernas tremerem. Tinha estado na presença do BTS e pior, tinha dado um "chega pra lá" daqueles em um de seus managers. Entrou no quarto confortável do oitavo andar e encontrou suas amigas a sua espera.
— Espera, você está com aquela cara de quem sabe de alguma coisa. - Disse Luiza assim que bateu o olho em Chris.
A mesma passou por entre as duas e sentou-se na cama, mordendo o lábio inferior. Faz isso quando fica nervosa.
— Vai, fala logo. - Pediu Manu.
— Bom, o motivo pelo qual fomos mudadas de lugar. O BTS está ocupando o andar de cima inteiro e eu meio que esbarrei neles lá embaixo e dei um " passa fora" num manager. - Jogou tudo em cima delas, encolhendo os ombros e contando até três para que as fichas caíssem.
Quando finalmente aconteceu, tudo que se ouviu no quarto foi a gritaria delas.
— Meninas vamos ser expulsas. Parem de gritar.
— A gente para se você parar de enrolação e contar tudo. - Disse Luiza e Chris relatou tudo nos mínimos detalhes.
— Não acredito nesse cretino. Ah se eu estivesse lá. - Disparou Manu.
— Se você estivesse lá, teria desmaido assim que batesse os olhos no Namjoon. Certeza. - Brincou Luiza.
— Falou aquela que não pode ver Jin e o Hobi.
As três se divertiam com o acontecido e em meio às brincadeiras, são interrompidas por alguém a porta.
— Ué, estão esperando alguém? - Perguntou Chris e vendo as duas negarem, levantou-se, caminhando até a mesma e perguntando do que se tratava.
— Entrega! - Chris abriu uma fresta e viu um funcionário do hotel. Acabou por abrir a porta por completo.
— Senhorita Chris Martins correto? - Ele perguntou.
— Uhumm! - Respondeu curiosa.
— São para senhorita. - Disse ele estendendo a ela um cesta repleta de flores e um cartão. Chris gradeceu ao jovem e fechou a porta.
—De quem são? - Perguntam as duas lhe observando.
Abrindo o delicado cartão, seu coração dispara. Em coreano dizia.
" Nossas mais sinceras desculpas pelo ocorrido a pouco. Nenhuma mulher deveria ser tratada assim.
Com nosso respeito BTS."
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