Epílogo.



Meg... 

Nem mesmo depois de sairmos do jato particular no nosso destino, Henry me contou onde estamos, ao invés disso me fez usar uma venda e por tampões em meus ouvidos, segurou minha mão e me conduziu pelo aeroporto cuidadosamente. O dia estava excepcionalmente quente para a estação do ano, a não ser que estivéssemos no hemisfério Sul, refleti sobre aquele pensamento tentando captar os sons ao meu redor, tentando quantificar quanto tempo eu dormi no voo.

Como eu não sabia que o dia estaria quente eu usava uma calça jeans escura colada ao corpo e uma blusa salmão de mangas longas em lã com um pequeno decote e nos pés um tênis confortável, já que não sabia para onde íamos optei pelo conforto.

Ouvi ele falar em inglês com um homem que possuía um sotaque familiar, porém eu não consegui me lembrar de onde. Em seguida saímos do aeroporto por que eu senti o calor do sol tocar a minha pele, a sua claridade entrar pela venda e o barulho de carros indo e vindo. Dessa vez ele falou com uma mulher cujo sotaque era ainda mais carregado que o do homem de minutos atrás. Entramos no carro e senti esse acelerar.

Quando finalmente o carro parou e a porta foi aberta eu pude sentir cheiro de maresia e franzi o cenho me perguntando para qual praia ele tinha me trazido, é  poético estarmos em uma praia já que os pedidos de namoro e casamento foram feitos em uma e eu amo. Adentramos em um ambiente e eu ouvi passos, que cessaram rapidamente, deixando nós dois a sós. Ele tomou minha mão na sua.

- Pronta para sabermos onde estamos? – Falou me guiando para o que eu acredito ser uma varanda pelo fato de eu ser atingida por uma lufada de vento com cheiro de mar.

- Desde antes de desembarcarmos. – Respondi sorrindo.

- Pois então chegou a hora. – Ele se posicionou atrás de mim retirando a venda dos meus olhos, eu pisquei várias vezes focando a visão a fim de distinguir a paisagem.

A minha frente se estendia uma praia de água cristalina e areia rosa algumas pedras se aglomeravam em um ponto, uma faixa de vegetação muito verde emolduravam a praia rosa. Era um sonho, eu não acreditava que ele tinha me trazido no lugar que eu mais queria conhecer, nós só conversamos sobre ele uma vez e ele se lembrou e isso me fez ama-lo ainda mais, se é que isso era possível.

- Você me trouxe... – Minha voz falhou.

- Bem vinda a Spiaggia Rosa. – Ele apontou para a paisagem a nossa frente.

- É perfeito. – Me joguei em seus braços distribuindo beijos por seu rosto. – Obrigada, não podia existir lua de mel melhor. – Toquei seus lábios com os meus, ele aprofundou nosso beijo gemendo quando eu puxei seus cabelos. – Eu amo você. – Sussurrei ainda com a boca na sua.

- Eu te amo. – Falou voltando a me beijar e me colocando prensada contra a varanda da casa onde estávamos.

- Onde estamos? Digo, que casa e essa? – Perguntei lhe encarando.

- Estamos em um bangalô de um resort de George. – Ele falou calmamente. – Na região da Sardenha. Esse bangalô é bem mais afastado que os outros, o que nos proporciona privacidade.

- Gostei disso aí. – Sorri maliciosamente. – Obrigada por me trazer aqui.

- Não precisa agradecer meu anjo, vivo pra lhe agradar. – Ele disse rindo. – Desde o dia que você me falou desse lugar com os olhos brilhando eu penso em uma oportunidade de lhe trazer aqui.

- E que oportunidade melhor do que a nossa lua de mel? – Completei.

- Exatamente. Praia virou o nosso lance. – Ele cheirou meu cabelo.

- Virou mesmo. – Me aconcheguei em seu peito. – Esse lugar é lindo. – Falei olhando para o lado. – E é tão afastado que mal se vê os outros bangalôs.

- Esse é o bangalô que o George usa quando está aqui, por isso é mais afastado, muito bem equipado e está quase sempre desocupado. – Henry falou calmamente sua voz reverberando por seu peito largo. – Apenas ele e clientes vip ficam aqui.

- Eu pensei que vocês fossem concorrentes. – Eu os vi ontem no casamento e eles pareciam se dar bem, e claro se não fosse assim George não teria sido convidado para o nosso casamento.

- Somo concorrentes em alguns negócios, mas não somos inimigos. – Henry afagava meus cabelos enquanto falava. – Nos damos bem, saímos para beber algumas vezes, diria que somos quase amigos. – Aquilo me fez rir.

Estávamos em uma espécie de varanda lateral, podia ver degraus dos dois lados que paravam diretamente na areia rosada, do lado direito da porta tinha uma mesa redonda de madeira com 2 duas cadeiras confortáveis e um guarda-sol a cima. Do lado esquerdo tinha um balanço que mais parecia um sofá confortável suspenso.

Ficamos mais um tempo namorando na varanda, sentados no balanço, antes de entrar no bangalô de madeira branca. A sala era ampla e bem iluminada por janelas largas, um sofá aconchegante e uma lareira que tomavam a maior parte do cômodo, alguns passos de distância tinha uma mesa redonda de dois lugares, um balcão de mármore branco separava a sala da cozinha moderna e bem equipada. Sobre o fogão fora deixando o nosso almoço.

O quarto ocupava o andar de cima inteiro, uma grande cama de dossel alto ocupava a maior parte do cômodo, as finas cortinas brancas que a envolviam estavam amarradas as colunas de madeira detalhada do dossel, sobre colcha de seda branca tinha uma cesta com flores velas, chocolate e vinho, dois móveis um de cada lado da cama e a pequena escrivaninha era toda a mobília presente no cômodo. Uma porta dava para um closet pequeno, no qual nossas roupas foram organizadas no tempo que ficamos observando a praia. Outra porta dava para um grande banheiro amplo todo revestido de mármore branco, a pia dupla era de mármore escuro, bem como a grande banheira, o sanitário era preto. Perto do chuveiro nossos produtos de banho haviam sido distribuídos, sobre a bancada da pia havia algumas necessaires, em uma prateleira próxima a banheira haviam sais e outros produtos para preparar o banho, sabonete líquido e uma bucha.  A parede oposta à porta do quarto era inteira de vidro com uma porta no meio, para além da porta tinha uma varanda que dava uma visão perfeita da praia a baixo, a areia rosa se estendendo até onde a vista alcançava. Um sofá grande parecendo muito confortável tomava grande parte do lugar. Uma parte minha desejava morar ali.

**

Meg...

Estamos a dois dias nesse paraíso, mas eu ainda não me acostumei com esse lugar, certamente dez dias não seriam suficientes para ver tudo que eu queria, para contemplar aquele lugar como deveria. Era meio da tarde e eu fui tomar um banho para podermos dar um passeio pela praia. Tomei uma ducha rápida sem molhar os cabelos, escovei os dentes, quando estava terminando Henry passou por mim dando um tapa na minha bunda e indo em direção ao chuveiro.

Sai do banheiro e fui em direção ao closet escolher algo entre as roupas que Natalie e Ellen colocaram em minha mala, escolhi um biquíni verde com detalhes em folhas brancas no sutiã, vesti ele, coloquei um short jeans curtinho e uma camisa soltinha com uma estampa contento três heroínas (Mulher Maravilha, Supergirl e Batgirl) calcei um chinelo de dedos e ajeitei os cabelos. Passei somente protetor solar no rosto e gloss nos lábios. Henry vestiu um short de banho preto e uma camiseta vermelha. Ajeitei uma bolsa com o celular, uma toalha, uma espécie de toalha de piquenique e protetor solar.

- Vamos? – Ele perguntou quando eu peguei a bolsa na mão.

- Vamos sim marido. – Ri pegando sua mão.

Saímos da casa descendo os degraus em direção a areia, o sol já estava mais baixo no céu e ele parou antes que meus pés tocassem a praia e me pediu para esperar, voltou rapidamente para dentro da casa e saiu pouco depois com dois casacos na mão.

- Caso esfrie muito. – Explicou dando de ombros e eu sorri pela sua preocupação, ele parece sempre pensar em todos os detalhes.

Caminhamos pela praia falando sobre várias coisas, o cheiro de mar entrava pelas minhas narinas tomando conta do meu ser, a muito meus chinelos estavam na minha mão livre e meus pés tocavam a areia. O sol já estava se pondo quando encontramos um lugar para sentar, estendi a toalha de mesa sobre a areia e nos sentamos. 

- Vamos dar um mergulho? – Falei me levantando e tirando a blusa.

- A água deve estar fria. – Ele falou fazendo uma careta.

- Vamos lá. – Ele apenas balançou a cabeça negativamente, dei de ombros tirei o short e caminhei na direção do mar.

Quando meu pé tocou a água tomei um choque pelo frio, realmente ele estava certo, essa porra estava fria demais, tentei dar outro passo, mas acabei desistindo e voltei para onde ele estava quase gargalhando.

- Nem uma palavra. – Me sentei no meio das suas pernas o ouvindo soltar uma risada abafada. Olhei para o horizonte apreciando o pôr do sol que derramava seus últimos raios alaranjados sobre a praia.

Estava distraída olhando para a frente quando senti sua mão deslizar pela lateral do meu corpo indo em direção a parte de baixo meu biquíni, arfei quando ele adentrou o tecido tocando minha intimidade. Seu dedo estimulou meu pontinho me deixando molhada, virei meu rosto para encara-lo e ele se inclinou sobre mim beijando meus lábios com desejo e ferocidade.

Ele se afastou me deitando sobre o tecido, tirou a camiseta a jogando junto das minhas roupas e veio pra cima de mim. “Meu Deus, vou transar na praia que excitante” foi a única coisa que passou pela minha cabeça quando ele voltou a me beijar dessa fez com mais urgência. Em um movimento rápido meu sutiã já estava fora do meu corpo, sua boca deixou a minha e ele arrastou os lábios pelo meu pescoço, roçando a barba em minha pele sensível, desceu a boca na direção dos meus seios deixando uma fila de calor por onde passava. Tomou um seio em sua boca dando atenção ao outro com a mão.

Senti suas mãos pararem nas laterais da minha calcinha e a puxarem pra baixo de uma vez, se afastou para tirar a peça por completo e se livrou de suas próprias roupas, engatinhou no meio das minhas pernas como um felino pronto a atacar, sorri de lado quando seu membro tocou minha entrada sedenta pronta a recebe-lo. Soltei um gemido gutural quando ele me preencheu.

Nossos corpos se chocavam em uma dança ritmada e erótica, iluminados pelos últimos raios solares que desapareciam ao longe, o som das ondas quebrando em algum lugar próximo da praia e de alguns insetos nos serviam de trilha sonora e misturavam aos nossos gemidos despudorados que se dissipavam no ar. Eu sentia cheiro de amor, sexo, maresia e sabonete e acredite era um dos aromas mais agradáveis que eu já senti na vida. 

Rolei nossos corpos ficando por cima, me movimentei para frente e para trás, pra cima e pra baixo rebolando em seu membro que pulsava dentro de mim. Desci minha cabeça em direção ao seu pescoço e suguei a pele o ouvindo gemer e puxar meus cabelos levando minha boca para a sua e me beijando, intensifiquei meus movimentos, senti meu orgasmos se formando dentro de mim, continuei com mais força, mordendo seu lábio inferior ao sentir minhas forças deixarem meu corpo quando o orgasmo me atingiu distribuindo espasmos por todo o meu corpo, apertei seu pau dentro de mim o fazendo explodir em seu próprio clímax gemendo em minha boca.

Cai sobre seu peito com ele ainda duro dentro de mim, me sentia sem forças, sai lentamente se cima dele me deitando ao seu lado, beijei seu peito e me virei para cima olhando para o céu já sem vestígios de sol. Observamos o nascer de uma esplêndida lua cheia deitados abraçados nus sobre a areia com as respirações ainda irregulares, os corações batendo desritmados e a pele suada. Era perfeito, o lugar, o momento, o homem ao meu lado, eu estava inacreditavelmente feliz.

Afastei meus olhos do mais belo luar que eu já vi na vida e me virei para o homem da minha vida, me apoiei em um cotovelo lhe observando com a luz fraca da lua iluminado seu corpo, parecia uma escultura, algo quase divino e poético. Ele me olhava sorrindo e em seus olhos refletia o amor que transbordava nos meus.

- Eu te amo. – Falei tocando seu rosto. 

- Eu amo você. – Ele disse me puxando para um beijo. – Esse virou meu lugar preferido do mundo.

- O meu também. – Sorri me aconchegando em seu peito.

- Acho que agora precisamos de um banho de mar. – Falou se levantando minutos depois.

Peguei sua mão estendida em minha direção e caminhei com ele até que a água do mar tocou minha pele, o frio antes rejeitado, agora era bem vindo, entramos no mar, as ondas passavam a nossa volta, a superfície da água que antes era de um azul cristalino quase verde, havia assumido um tom escuro  com nuances prateadas ao serem tocadas pelos raios da lua. Ele me virou para que ficássemos de frente um para o outro, me abraçou e me beijou. Nossas carícias transpareciam nossos sentimentos, o amor parecia palpável como a água a nossa volta, entrelacei minhas pernas em sua cintura e me apertei ainda mais a ele acabando com o pouco de distância que ainda tinha entre nós.

Naquele momento, ali naquele lugar afastado de tudo, como o homem da minha vida eu me sentia a mulher mais feliz do mundo.


FIM

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Finalmente a Meg conheceu uma praia de areia rosa.

Sexo na praia ap pôr do sol  que romântico.

Chegamos ao fim do livro. Quero agradecer a todos que acompanharam a jornada de Meg e Henry até agora, vocês são muito importantes para mim.

Quero agradecer a todos que me ajudaram com livro, seja com a capa, o título, um personagem, uma dica, uma opinião, uma música, uma foto, ou simplesmente me ouvindo falar sobre ele. Obrigada de coração.

Beijo da tia Leila, nos vemos no próximo livro.


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