Capítulo 65.
Meg...
Me olhei no espelho conferindo minha roupa, estou usando um vestido azul escuro colado ao corpo que vai até a altura do joelho com uma fenda em uma coxa e um detalhe trançado no decote, uma sandália de salto preta abraçava meus pés, no rosto eu fiz uma maquiagem leve, um esfumado marrom simples com um delineado marcado e um batom nude clarinho, meus cabelos estavam soltos. Coloquei brincos dourados e peguei minha bolsa saindo do quarto em seguida.
- Caralho. – Carol falou ao me ver parada na porta do quarto. – Meu cunhado que lute com uma mulher gostosa assim. – Falou colocando brincos de argola.
- Olha quem fala, você está linda. – E realmente estava, usava um vestido vermelho brilhoso que ia até pouco depois do meio das coxas, alças finas e um decote nas costas, nos pés estava com um sapato de salto nude, a maquiagem consistia em um olho preto e um batom nude. – Vamos?
Ela apenas assentiu e saímos, mandei uma mensagem para August avisando que eu já estava de saída, sim eu não conseguia mais me livrar do meu motorista/segurança, Henry me venceu pelo cansaço depois de eu reclamar muito ele também ficou irredutível quanto a eu pagar o salário dele, mesmo eu tendo insistido muito afinal de contas se é meu funcionário eu deveria pagar, não é? Não para o meu namorado que as vezes tem tendências neandertais, mas o carro eu devolvi a duas semanas e comprei um para mim, ele reclamou que não fazia sentido eu comprar um carro se ele pode me disponibilizar um dos seus, mas ainda assim eu comprei. Foi a primeira coisa de valor maior que comprei com meu próprio dinheiro, é uma Range Rover vermelha muito linda, mas um pouco grande demais pro meu gosto, só que me apaixonei pelo carro quando vi, parcelei em 24 meses? Parcelei. Mas, foi compro com o meu dinheiro e assim que receber os lucros do livro posso quitar.
Bati na porta de Natalie e ela já abriu pronta para irmos, estava usando uma saia de couro escuro colada que ia até o meio das coxas e um cropped rosa de renda com detalhes trançados na alça, uma sandália de salto dourada e brincos em forma de gota. Sua maquiagem tinha um olho simples e um batom vinho nos lábios.
Ao sairmos do prédio me arrependi de não ter pego um casaco quando uma lufada de ar frio atingiu minha pele exposta, ainda bem que o carro já esperava por nós, August nos olhou dos pés à cabeça com uma expressão surpresa, sorri pra ele e pedi que ele se dirigisse ao apartamento de Grace. Mandei uma mensagem para ela assim que chegamos é não demorou para ela sair do prédio luxuoso onde morava com uma calça jeans colada ao corpo com alguns rasgos pela perna e uma blusa de renda vermelha que deixava seu sutiã preto a mostra, calçava uma bota preta de cano curto e um batom vermelho se destacava em seus lábios.
- Boa noite meninas. – Falou sentando no bando da frente. – Boa noite August.
- Boa noite. – Respondemos juntas.
O restaurante que eu escolhi ficava perto da boate e um pouco longe do apartamento de Grace de modo que demoramos cerca de 30 minutos para chegar no lugar.
- Pensei que íamos ao Salt. – Grace falou assim que o carro parou.
- Não, já chega eu usufruir do dinheiro do meu namorado milionário com a boate. – Falei e elas riram.
- Garanto que seria um prazer pra ele. – Ela falou.
- Ainda assim eu não quero, já chega tudo que ele faz por mim. – Lhe olhei nos olhos. – Vamos está muito frio aqui. – Disse encerrando o assunto e caminhando na direção do restaurante. – Boa noite, reserva em nome de Margareth Taylor. – Falei para a hostess que nos cumprimentou com um sorriso no rosto.
- Por aqui senhora Taylor. – A seguimos até uma mesa grande em um lugar reservado do restaurante.
O restaurante possui um estilo clássico e elegante, as mesas são afastadas umas das outras o que dá privacidade aos seus ocupantes. Sentamos em volta de uma mesa redonda de oito lugares em madeira escura com uma toalha branca por cima. Estávamos em uma próxima de uma janela alta que dava uma visão da rua, as paredes do restaurante eram brancas e pendiam do teto alguns lustres requintados. Pedi uma garrafa de vinho branco enquanto conversávamos e analisávamos o cardápio.
Cerca de 20 minutos depois que chegamos à Hostess caminhou até a nossa mesa com Tulipa e uma garota de cabelos castanhos e olhos escuros ao seu lado. Elas olhavam em volta admirando o lugar que realmente era bem impressionante, não tinha como entrar ali e não se sentir tocado com a sua beleza.
- Boa noite. – Tulipa nos cumprimentou, ela usava uma calça jeans escura com uma parte mais clara na frente, uma blusa branca com um decote discreto, mangas soltinha e uma barra no final da blusa que ficava sobre o cós da calça, uma bota preta de cano baixo em seus pés, praticamente não tinha maquiagem em seu rosto, apenas máscara de cílios e um batom rosado, seus cabelos cacheados estavam soltos emoldurado seu rosto, hoje estava sem óculos. – Essa é a Violet, ela é minha amiga e divide apartamento comigo e Lyanna. – Ela falou depois de ser apresentada a Carol e Grace.
- Boa noite. – Violet nos cumprimentou com um sorriso, ela usava um vestido de azul acinzentado curto e colado de alça fina que emolduravam seu corpo, sapatos vermelhos de salto alto, sua maquiagem era marcante, nos olhos um esfumado preto e nos lábios um batom rosa.
- É um prazer conhecê-la Violet. – Falei sorrindo. – Sentem-se. – Esperei que se acomodassem antes de continuar. – Eu sou Meg, e essas são, Grace, Natalie e Carol. – Falei indicando cada uma com as mãos. Em seguida chamei o garçom para pedir mais duas taças.
- É um prazer conhecer vocês. – Violet falou nos olhando.
- Fico contente que tenham vindo. – Elas sorriam em resposta.
- Então Tulipa com o que você trabalha? – Grace perguntou empenhada em incluir as garotas na conversa.
- Eu, bem na verdade eu trabalho como bolsista do senhor Clarke. – Ela falou um tanto tímida.
- Que legal, você é aluna do senhor Clarke? – Natalie quis saber.
- Sim, aluna de mestrado, sou formada em história, mas faço um mestrado integrado entre história e Letras. – Ela contou um pouco mais sobre seu mestrado e sua formação.
- E você Violet? – Perguntei.
- Eu estou cursando direito. – Ela falou com orgulho.
- Interessante. – Carol se ajeitou na cadeira virando em sua diração. – Você vai trabalhar em qual área?
- Ainda estou em dúvida, mas acho que direito trabalhista ou civil. - Disse sorrindo.
- É uma boa escolha. – Carol falou sorrindo. – Todas as áreas do direito são ótimas, talvez se você tentar atuar em alguma delas fique mais fácil escolher.
- Carol é advogada. – Expliquei para a garota.
- Sério? Que legal.
E elas caíram no lindo mundo do direito e começaram a conversar sobre isso deixando as outras de nós boiando bonito naquela conversa. Começamos a conversar sobre assuntos diversos deixando as duas de lado no limbo onde estavam, fizemos nossos pedidos e continuamos conversando alegremente, agradeci mentalmente por eu ter lembrado de pedir uma mesa bem afastada, pois, seis mulheres juntas falando ao mesmo tempo provoca um pouco de barulho, só um pouco. No fim do jantar nós riamos e apreciamos velhas conhecidas, talvez, só talvez as três garrafas de vinho tenham ajudado, ou foram quatro?
**
Henry...
Saímos do estádio com o sol ainda brilhando no céu, estávamos abraçados cantando animados pela vitória do Arsenal, era uma ótima coincidência que nós quatro torcêssemos para o mesmo time, eu, John e Tyler não tivemos muita escolha já que fomos influenciados por Ricard pai de John, a surpresa mesmo era que Iam também torcesse para o mesmo time.
- 7 a 1. – John gritava sempre que passávamos por um torcedor do Liverpool.
- John nós vamos acabar apanhando. – Iam comentou rindo.
- Melhor se calar, você sabe como torcidas podem ser violentas. – O adverti, uma vez fomos perseguidos de carro por torcedores rivais depois que Tyler os insultou. – E eu não pretendo voltar a um hospital tão cedo.
- Eu lembro daquele dia. – Tyler rio. – Nunca mais quis essa brincadeira.
- Eu quero saber dessa história. – Iam falou nos olhando.
- Então, éramos adolescentes só pra deixar claro. – Tyler começou.
- Tinha um jogo da final do campeonato inglês entre Arsenal e Manchester United. – John continuou. – Na entrada nos acabamos esbarrando em um grupo de torcedores do Manchester.
- Até aí beleza, eles xingaram e nós saímos no meio dos demais torcedores. – Tyler continuou, caminhávamos até o carro lentamente. – Fazendo a egípcia. – Não me contive e ri do seu comentário.
- Então ganhamos e na saída esse idiota aí. – Falei apontando para Tyler. – Achou que seria muito interessante insultar os adversários, ele saiu cantando campeão e quando viu o mesmo grupo de caras de antes os chamou bundões, maricas, perdedores e coisas do tipo. – Iam já começava a rir, pessoas que passavam por nós nos encaravam.
- Como se não fosse o bastante quando um deles nos chamou de moleques idiotas e essa bênção se virou em direção deles e mostrou a bunda. – John falou rindo com a lembrança.
- Mentira. – Iam quase se engasgou de tanto rir.
- Quando eles começaram a correr em nossa direção que eu percebi a merda que tinha feito.
- Corremos pro carro e eles nos seguiram, o pobre do Franck tinha começado a trabalhar pro meu pai naquela semana e já teve que participar de uma perseguição. – Falei rindo.
Entramos no carro ainda rindo, sentei no banco da frente ao lado de Franck e os outros sentaram no banco de trás, seguimos o caminho ainda rindo e soltando piadas com a história. Depois do estádio fomos até um pub grande e movimentado no centro da cidade, nos acomodamos em volta de uma mesa e pedimos uma rodada de cerveja.
O lugar era amplo com uma boa iluminação, nas paredes imagens de times de vários esportes, em uma parede tinha um mural com fotos de estrelas do esporte que já passaram por aqui, esse é um clássico ponto de encontro de torcedores depois de um jogo, mesmo que você não saiba o resultado do jogo ou não se importe com ele, assim que olhar para dentro do pub vai saber pela camisa das pessoas que conversam animadas pelo lugar.
Pedimos hambúrgueres e mais cerveja para acompanhar, agradeci pelo pedido ter chegado rápido, pois eu estava morrendo de fome, mordi meu lanche deixando o gosto de carne, queijo e bacon invadir minha boca, foi impossível não pensar nos dias que eu passei sem poder comer nada sólido e pior ainda na sonda nasogástrica a qual eu fui submetido. Meu Deus como aquilo era ruim.
- Olha quem eu encontrei. – John falou quando voltou do banheiro, ele já estava bem animadinho, por animado ler-se bem bêbado.
- Nathan. – Falei o cumprimentando, ele estava parado ao lado de John com um sorriso sem graça nos lábios. – Senta aí, toma uma cerveja com a gente. – Falei convidando educadamente. – A não ser que você esteja acompanhado de alguma mulher.
- Não estou, vim com alguns colegas de trabalho. – Ele disse se sentando.
- Veio comemorar a vitória? – Iam perguntou sorridente.
- Não, eu torço pro Manchester United. – Falou como se aquilo fosse óbvio e nós caímos na gargalhada. – O que foi? – Ele perguntou confuso.
- Pra encurtar a história uma vez quase brigamos com torcedores do Manchester. – Falei apontando para John e Tyler, ele rio.
Conversamos por alguns minutos como amigos, ele é um cara legal, bem longe do estereótipo de médico esnobe.
- Como está a Grace? – Ele perguntou depois de tomar um gole de cerveja. “O que esse porra quer com a MINHA IRMÃ?”
- Está bem. – Disse um tanto seco. – Ela está em uma noite das garotas com Meg, Natalie, Carol e Tulipa. – Completei de má vontade.
- Cara você sabe o que isso significa né? – John perguntou e eu o encarei confuso. – Essa noite das garotas, elas devem estar planejando o casamento.
- Nossa mano você está ferrado. – Tyler rio e os outros o acompanharam.
- Que planejem então. – Tomei um gole de cerveja antes de continuar. – Assim poupa tempo de planejamento depois, vou pedir ela em casamento na próxima semana. – Eu vi quatro pares de olhos me encarar em surpresa.
- Parabéns. – Nathan foi o primeiro a falar com um sorriso genuíno nos lábios. – Vocês merecem ser felizes. – Os outros me parabenizaram também.
- Nada de falar sobre isso, é uma surpresa, óbvio. – Olhei pro Iam. – E eu falo principalmente com você.
- Pode deixar. - Ele levantou os braços em rendição. - Mas me diz, como vai ser.
- Eu pretendia levá-la pra viajar em um lugar especial e pedi-la em casamento lá. – Comecei empolgado. – Mas, a Natalie me falou hoje que a Meg comentou sobre me levar pra casa da sua avó em Jersey, então vou fazer lá.
- A Meg ama aquela casa. – Iam e Nathan falam ao mesmo tempo, e não consegui controlar a onda de ciúmes que sobe pelo meu corpo, se apresentando em meu semblante sério. Respirei fundo.
- Exatamente por isso eu acho que é perfeito. – Falei sorrindo. – Com licença.
Levantei e fui ao banheiro ainda sentindo ciúmes de Nathan, achei que eu tivesse superado isso, mas é difícil saber que ele a conhece tanto e que se lembra de suas preferências mesmo depois de todo esse tempo. Não que eu ache que ele vai tentar alguma coisa e muito menos que fosse conseguir algo se tentasse, mas eu tenho ciúmes do que eles viveram, é irracional eu sei, e provavelmente ridículo, mas não consigo evitar, tudo que eu posso fazer é controlar isso e não pagar fazer uma cena ridícula e desnecessária. Quando voltei para a mesa Nathan já não estava mais lá, me sentei ouvindo Tyler falar.
- Pois é John, realmente perdemos nosso amigo é triste. – Ele colocou a mão no peito dramático.
- Ainda bem que a vida sempre nos recompensa, levou um soldado e trouxe outro para o lugar. – John completou levantando a mão na direção de Iam que tocou na mão dele sorrindo.
- Não sei por que sou amigo de vocês. - Falei revirando os olhos. - Vocês são ridículos. – Eu disse bebendo da minha cerveja.
- Claro que não somos. – Tyler se defendeu. – Você agora não pertence ao mundo dos solteiros, não é nosso companheiro de farra.
- Daqui a pouco tá com uma criança nos braços. – Iam provocou e eu sorri.
- Essa não é uma má ideia.
Eu mal terminei de falar e os infelizes caíram na gargalhada, boa parte da noite se desenrolou com os três fazendo piadinhas sobre eu está apaixonado, eu quero muito vê cada um deles apaixonado e correndo atrás de alguma mulher, mas, principalmente o Tyler, por que ele é o que tem mais aversão ao romance.
- Olha, você está certo quanto ao pedido? – Iam me perguntando enquanto saíamos do pub, Tyler sumiu a mais de uma hora com uma garçonete e John tinha saído com uma morena que passou metade da noite olhando pra ele.
- Sim, nunca estive tão certo de algo na minha vida. – Falei entrando no carro. – Eu a amo.
- Ótimo. – Ele sentou ao meu lado. – Me prometa que não vai magoa-la, ela merece ser feliz.
- Eu não vou, eu prometo. – Falei o mais sério que meu estado de sobriedade me permitia. – Eu quero está com ela todo dia da minha vida, quero cuidar dela, mesmo que ela não queira.
- Você um bom homem Henry. – Ele tocou meu ombro sorrindo, como só um bêbado sabe fazer.
**
Meg...
- Vamos Tulipa. – Falei ficando de pé, estávamos na área vip Luxis, as outras meninas tinham descido para a pista e eu fiquei com ela que não quis descer pra dançar, eu conhecia seus motivos, mas acho que deveria tentar sair de sua bolha pelo menos um ppico. – A gente dança só um pouco e volta. - Tentei novamente. - E se você se sentir incomodada a gente volta na mesma hora. - Sorri.
- Está bem, mas só um pouco. – Ela sorriu ficando de pé.
Descemos na direção da pista de dança, depois de procurar as meninas avistei Grace e Natalie dançando uma com a outra um pouco afastadas do centro da pista. Violet, dançava com um loiro não muito longe e Carol não era vista por perto, conhecendo minha irmã ela deve ter saído atrás de algum rabo de saia. Levei ela primeiramente em direção ao bar para tomarmos algo.
- Senhora Taylor. – Chloe me cumprimentou sorrindo. – Que bom vê-la.
- Obrigada Chloe. – Lhe sorri. – Está tudo bem?
- Esta sim. – Ela se inclinou sobre o balcão. – Sinto muito pelo que aconteceu.
- Está tudo bem, deu tudo certo no final das contas.
- Sim. – Ela voltou a se endireitar. – Vão querer alguma coisa?
- Duas doses de tequila e duas cervejas. – Tulipa me olhou com receio, mas quando a dose de tequila foi colocada à sua frente ela bebeu fazendo uma grande careta.
Depois de tomarmos a cerveja seguimos para a pista, nos aproximamos das duas que dançavam e começamos a dançar ao som da música, nas primeiras batidas os movimentos de Tulipa eram contidos e meio robóticos, mas à medida que a música ia desenrolando e o álcool ia fazendo efeito em seu corpo ela foi se soltando, seus movimentos ficaram mais naturais e sensuais, ela dançava muito bem. Possuía um gingado bonito de ver, de modo que em pouco tempo percebi algumas pessoas a olhando.
Senti mãos tocando meu quadril enquanto eu rebolava e me virei sobressaltada encontrando Carol sorridente com lábios inchados e os cabelos desalinhados. Peguei sua mão a fazendo girar e começamos a dançar formando um círculo, não tardou e Violet se juntou a nós. Algumas pessoas nos olhavam enquanto nos rebolávamos ao som da música que martelava em nossos ouvidos.
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Violet estuda direito, interessante.
Nathan querendo saber da Grace? Por que será?
Será que o Henry vai ver todos os amigos apaixonados? Eu aguardo isso. Kakakak
Parece que em breve teremos um pedido de casamento. 😊
Essas mulheres dançando em uma boate aí, ai. Os meninos que lutem. Kkkkkkk
Até quinta 🥰😘
Vote e comente. 🥰😍
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