Capítulo 64.
Henry...
Olhar para aquele infeliz bem aqui a poucos metros de mim, me encarando com raiva e deboche, não estava sendo fácil, eu queria atravessar esta sala e quebra a cara dele com minhas próprias mãos, ele andou perto de matar a mim e principalmente a minha mulher. Eu quero que ele pague lentamente por tudo que ele fez não só conosco, mas com todas as outras. Com suas outras ex, com a Tulipa, pelo que a Meg me falou a garota é traumatizada, também depois de tudo que ela passou nas mãos desse desgraçado não tem como não ser, quebraria qualquer um, eu não posso nem imaginar uma coisa dessas acontecendo com a Grace, não sei como reagiria a algo assim. Tulipa e Meg tinham se aproximado, minha mulher falou que vai apoiar a garota e eu farei o que estiver ao meu alcance para ajudar, todo mundo merece uma chance de ser feliz, de se reerguer.
Quando o juiz me liberou não esperei duas vezes antes de sair da sala, não queria ficar um segundo a mais que o necessário naquele lugar olhando para aquele infeliz, espero que dessa vez a justiça seja feita.
Sai direto, uma chuva de repórteres caiu sobre mim assim que coloquei os pés fora do tribunal, eles me encheram de perguntas, sobre o atentado, o julgamento, minha relação com Meg, a cirurgia, minha recuperação, eu falei que estou bem e me recuperando da cirurgia e que espero que Patrick pague por todo o mal que ele já causou. John e Tyler vieram me acompanhando, Meg queria vir, mas eu não quero que ela passe tempo desnecessário nesse tribunal, por isso só eles vieram, eles ao meu lado me ajudavam a passar por ali sem problemas, Franck me aguardava ao lado do carro.
- Para a empresa. – Ele me olhou antes de falar alguma coisa.
- Mas, senhor a senhorita disse que devia voltar direto pra casa. – Meg está um pouco paranoica e não me surpreende que eles façam o que ela quer. – Que o senhor precisa descansar.
- Eu sei que preciso, mas, antes vamos passar na empresa. – Falei em um tom que não deixava brecha para discussão, ele assentiu e deu a partida no carro.
As pessoas na empresa me cumprimentaram surpresas, alguns deles cochichavam quando eu passava e a maioria sorriu para mim, eu até imagino o tipo que fofoca que rola, afinal de contas as vezes o ambiente de trabalho mais parece o colegial. Peguei o elevador e subi até o andar onde fica a sala de Meg, eu estou acompanhando os negócios mesmo de longe e agora que estou em casa tenho ajudado minha mãe a gerir corporação. Tenho acompanhado como Meg está se se saindo no novo cargo e ela está indo muito bem, tem feito um trabalho igual ou melhor que o meu, o que me leva a começar a pensar em formas de convence-la a não sair.
Quando me aproximei de sua sala uma mulher de olhar expressivo me encarou um tanto boquiaberta e nada disse, a cumprimentei e entrei na sala sem bater, Meg estava sentada em uma cadeira com os olhos fixos no notebook a sua frente, séria e concentrada, usando um vestido justo, com os cabelos emoldurando seu rosto, ela parecia ter sido feita para estar ali. Me aproximei da mesa e dentre os objetos vi 2 porta-retrato neles, em um tem uma foto dela com seus amigos e Carol e no outro era uma foto nossa na praia, da nossa viagem para a Irlanda.
- Oi. – Ela levantou a cabeça sobressaltada, enfim percebendo que eu estava ali na sua frente.
- Você devia estar em casa. – Me repreendeu.
- Eu irei em seguida, mas tinha que vê minha mulher. – Me aproximei contornando a mesa, girei sua cadeira e me inclinei colocando as mãos nos braços da mesma e lhe beijei.
- Tudo bem. – Ela me respondeu se levantado e me abraçando. – Como foi lá?
- Tranquilo, eu consegui não pular no pescoço dele – Foi tudo o que eu disse, ela sorri. Me recostei na sua mesa e a puxei comigo. – Você está gostando do trabalho? – Mudei de assunto.
- Eu estou adorando na verdade, não esperava por isso. – Ela falou com um brilho os olhos. – Nunca imaginei que fosse tão bom.
Fiquei mais um pouco com ela trocando carinhos antes de sair, não queria atrapalhar seu trabalho por mais tempo e realmente estava precisando repousar um pouco, por isso me despedi dela. Mas, antes de sair da empresa subi até o andar da presidência conversei com minha mãe sobre algumas coisas importantes relacionadas a corporação.
- A senhora trouxe o anel? - O anel de noivado estava com ela desde o hospital e essa era uma boa oportunidade de pega-lo sem que Meg desconfiasse, quero fazer o pedido em breve e quero surpreende-la.
- E você pretende fazer o pedido como? – Minha mãe perguntou me entregando a caixinha vermelha que eu coloquei rapidamente no bolso.
- Eu ainda não sei. Estou tentando pensar em algo perfeito. – Falei pensativo, me lembrando do dia em que nos declaramos na praia. – Quero algo romântico com flores e um jantar, um gesto bonito e com significado. – Estava pensativo. – Acho que algo na praia.
- Parece um bom plano. – Ela sorriu me encorajando.
- Espero que seja mesmo. – Falei um pouco incerto.
- Você a conhece meu amor, vai saber o que fazer. – Ela tocou meu braço, minha mãe realmente gosta de Meg e isso é muito importante pra mim.
- Espero que sim. – Sorri.
- Se precisar de ajuda é só falar meu filho.
- Obrigada mãe. – A abracei.
Depois de conversar com a minha mãe voltei para casa, levei o anel para o cofre, mas, antes de guardar abri a pequena caixa onde ele repousava em meio a veludo vermelho e peguei a peça prateada em minhas mãos. “espero que ela goste" “espero que ela não ache casamento algo precipitado”, fiquei nervoso só de pensar, sorri comigo mesmo e fechei a caixa a guardando ao lado do colar que eu lhe comprei e ela rejeitou quando ainda não éramos um casal, mas eu já estava apaixonado mesmo que sem me dar conta.
Não pude deixar de pensar que alguns meses atrás se me dissessem o rumo que minha vida iria levar eu jamais acreditaria, eu iria rir na cara da pessoa e dizer que ela estava delirando, mas hoje não posso imaginar outro jeito de viver, por que eu a amo com todo o meu coração, com minha alma, acho que a amo além da compreensão, pois todas as palavras não bastam.
**
Meg...
- Carol pelo amor de Deus tem sutiã no sofá. – Reclamei entrando em casa. – Você está transformando o apartamento em um grande cesto de roupa suja?
- Aí, foi de ontem esqueci de recolher. – Ela sorri pegando o sutiã e entrando no quarto da Ellen.
- Você transou no meu sofá? – A segui até o quarto. – Carol?
- Vai dizer que você nunca transou no sofá. – Ela se virou com um sorriso nos lábios.
- Não nesse. – Ela simplesmente e ela deu uma risada.
- Então irmãzinha tudo certo pra hoje? – Tocou minha bochecha ao passar por mim.
- Sim, nós vamos para a Luxis, Henry insistiu que seria melhor a gente ir pra lá. – Falei a seguindo para a cozinha. – Eu o fiz prometer que caso fossem sair depois do jogo não apareceriam por lá.
- Acho bom, noite das garotas significa sem homem. – Ela rio.
Faz mais de um mês que o Henry recebeu alta e deve voltar ao trabalho em breve, já que Nathan o liberou na quarta-feira. Hoje vou sair com as meninas em uma noite das garotas, desde do acontecido não tenho tido muito tempo pra elas, com hospital, recuperação e trabalho, vamos aproveitar o sábado para sair um pouco. Primeiro jantar depois boate. Henry e os meninos vão assistir um jogo de futebol entre Liverpool e Arsenal hoje à tarde e depois vão sair. Quatro homens lindos em blusas de time e gorros soltos em Londres aí, aí.
- Natalie quer sair para fazer compras quer vir conosco? – Perguntei me apoiando no balcão.
- Compras? Claro que sim. – Sabia que ela não recusaria, se tem uma coisa que Carol gosta ale, de foder e trabalhar é de compras.
- Ótimo, vou tomar um banho e saímos.
Depois do banho passei somente um corretivo para disfarçar o sono perdido pelas horas bem gostas em outras atividades e passei um tint nos lábios pra dar uma corzinha. Coloquei um vestido simples branco florido de alças finas que tinha uma saia rodada e aí até o meio das coxas e uma sandália nude baixinha. Não peguei casaco pois não estava frio, mesmo que nessa época do ano costume esfriar.
Quando sai do quarto Natalie na estava na sala conversando com Carol e me esperando. Entramos no carro de Natalie e seguimos para o shopping, caminhamos por algumas lojas, experimentamos algumas roupas, conversamos e rimos a maior parte do tempo.
- É impressão minha ou seus seios estão maiores? – Carol perguntou enquanto eu experimentava um vestido azul escuro.
- Deve ser a modelagem do vestido. – Me olhei no espelho, eles realmente estavam bem marcados pelo vestido, mas não passava disso.
- Pode ser. – Ela se aproximou de mim. – Ou meu cunhado apertou tanto que eles ficaram inchados.
- Meu Deus Carol. – Uma vendedora que passava por perto arregalou os olhos e saiu segurando o riso.
- É uma boa teoria. – Natalie falou não segurando uma gargalhada. – Mas, a modelagem desse vestido ajuda. – Ela explicou.
- Viu. – Falei pra ela me virando e me olhando no espelho.
Depois de comprarmos algumas roupas e outras coisas fomos até a Praça de alimentação, estávamos famintas depois de tanto andar pelo shopping.
- Então, eu estava pensando em levar o Henry pra Jersey. – Falei cortando um pedaço do meu bife.
- Você nunca o levou lá? – Carol questionou surpresa, ela sabe o quanto eu gosto do lugar.
- Não, quando a gente foi pra Irlanda eu falei sobre irmos pra lá, mas acabamos não indo.
- Eu acho uma ótima ideia. – Natalie falou sorridente demais, acho que ela realmente estava com fome. – Vocês podiam ir no próximo fim de semana. – Ela sugeriu.
- É uma boa ideia assim vocês curtem o fim de semana antes de ele voltar ao trabalho. – Carol acrescentou, essas duas estão preocupadas demais com a minha vida,
- Acho que é uma boa, né. – Falei animada. – Vou falar com ele amanhã.
Depois de almoçarmos, fomos tomar sorvete, eu quase me engasguei de tanto rir quando Natalie sujou sua blusa com calda de morango, as vezes ela parecia uma criança. Andamos mais um pouco pelo lugar, entramos em algumas lojas e terminamos em uma loja de lingerie, afinal de contas eu preciso repor as calcinhas que meu namorado rasga.
Quando saímos passei em uma loja com roupas formais por que adorei um vestido preto que vi na vitrine, fiquei muito feliz quando encontrei ele no meu tamanho, já na porta encontrei Abigail Griffin com uma mulher morena de olhos negros e lábios carnudos ao seu lado.
- Margareth. – Ela me cumprimentou. – Como você está?
- Estou bem Abigail, obrigada. – Agradeci por tudo que ela fez, e continuarei agradecendo sempre. – E você?
- Estou bem. – Ela sorriu. – Está é Katherine Devi ela me ajudou no caso.
- Senhorita Devi, eu lhe agradeço muito. – Falei lhe estendendo a mão.
- Apenas fiz o meu trabalho. – Ela esboçou um sorriso. – Espero que ele pague por seus crimes.
- Eu também. – Confirmei. – Essas são Natalie minha amiga e Carol minha irmã.
Elas se cumprimentaram, trocamos algumas palavras e nos despedimos, a agente Devi me parecia uma mulher inteligente e determinada, devia ser uma boa policial, gostei de conhece-la. Era incrível o quanto Abigail era diferente de sua irmã gêmea, apesar der nunca ter trocado uma palavra com Ava seus olhares em minha direção demonstram o que ela pensa ao meu respeito e me mostravam um pouco do tipo de pessoa que ela é, mas sinceramente não quero pensar nela.
- Que horas vamos sair? – Natalie perguntou dando partida no carro.
- Pra que horas você marcou a reserva no restaurante? – Carol questionou.
- Para as 19 horas. – Elas concordaram. – Eu ia me esquecendo, convidei a Tulipa e a amiga para irem com a gente. – Eu realmente tinha me aproximado dela, depois do dia no tribunal ela me ligou conversamos e eu a encaminhei para a minha psicóloga, desde então temos nos falado periodicamente.
- Você realmente gostou dessa garota, não é? – Carol comentou.
- Sim, gostei.
- Ela parece ser uma boa pessoa. – Natalie comentou olhando para o trânsito a nossa frente.
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Pedido de casamento na praia? Interessante.
A vida está voltando ao normal com a glória de Deus.
Até terça. 🥰😘
Vote e comente. 😊😘
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