Capítulo 58.

Patrick caiu com um tiro na perna gritando de dor, Franck guardou a arma e algemou o homem que também tinha um ferimento superficial em um braço, Henry foi atingido no braço, mas a bala atravessou o braço e entrou por baixo do seu queixo, próximo a intercessão do maxilar com o pescoço, ele estava imóvel.

- Não meu amor, não. – Meg gritou e correu caindo de joelhos e se debruçando sobre o seu namorado caído no chão. – Você não pode morrer, por favor não me deixe, eu te amo tanto. – Todos ao redor estavam paralisados, Grace chorava nos braços de Tyler. – Por favor, sobreviva é culpa minha, devia ser eu, eu. – Ela levou dois dedos ao pescoço de Henry do lado oposto ao ferimento.

- O que aconteceu aqui? – Nathan questionou entrando na sala e vendo as três pessoas no chão correu em direção a Meg. – Meg o que aconteceu?

- Ele foi atingido do braço e na cabeça. – Ela levantou o olhar para Nathan. – Na cabeça Nathan. – Falou começou a chorar.

- MEU FILHO! – Marianne entrou na sala correndo nesse momento, John a segurou a impedindo de se aproximar e ela desabou chorando em seu ombro. – Eu não posso perde-lo. – A culpa consumia Meg, se nunca tivesse entrado na vida deles nada disso teria acontecido.

- Meg... – Nathan a chamou se ajoelhado e checando os sinais vitais dele. – Você está ferida?

- Tiro no abdômen. – Ela falou sem se importar com a dor. – Como ele está?

- Ele tem pulso, fraco mais tem. – Ele falou  e pegando o celular iluminou dentro dos olhos de Henry que estavam opacos. – Pupilas reativas, isso é um bom sinal. – Ao ouvir aquilo Meg se renovou de esperança.

- Você precisa salva-lo Nathan. – Ela sé agarrou ao seu braço deixando marcas de sangue em seu terno cinza.

- Meg, não temos nenhuma garantia dos danos. – Ele falou com sinceridade, sem querer enche-la de esperanças.

- Eu sei, caralho eu sei, mas você tem que tentar, se alguém pode salva-lo é você. – Ela estava em lágrimas e se sentia mais fraca a cada segundo, a ferida em seu abdômen já nem doía tanto, se sentia dormente. – Você é o melhor, por favor me diga que vai operar.

- Meg você precisa se acalmar, está ferida.

- EU NÃO ME IMPORTO COM ISSO AGORA, ME DIGA QUE VAI SALVA-LO, NÃO EXISTE UM NEUROCIRURGIÃO MELHOR DO QUE VOCÊ NESSE PAÍS. – Ela gritou chamando a atenção de todos na sala.

- Meg eu não sei se...

- Nathan a nossa relação no passado não é impedimento. – Ela sentia as mãos um pouco dormente e a vista um tanto turva, sabia que estava a beira de desmaiar.

- Eu não tenho privilégios em nenhum hospital daqui. – O fato é que as chances eram muito ruins e cada segundo que o socorro demorava era um segundo a menos que Henry tinha, Nathan queria que ela soubesse disso e sinceramente não queria ser o médico que dava notícias ruins a ela, mas se precisasse teria de ser.

- Você pode salvar o meu filho? – Marianne perguntou se soltando dos braços de John e se aproximando.

- Ele é a melhor chance do Henry. – Meg disse se sentando ao lado do seu amado e lhe pegando a mão, sabia que estava a ponto de desmaiar.

- Eu posso fazer o meu melhor senhora, mas não posso lhe prometer nada. – Nathan falou com toda a sinceridade. Ele realmente não sabia se conseguiria, mas, tinha que tentar, sabia do que era capaz e apesar do exagero de Meg ele sabia que era bom, um dos melhores, afinal se esforçou a vida inteira para isso.

- Você tem a minha permissão, consiga os privilégios. – Falou a última parte olhando para Tyler que assentiu e pegou o celular discando um número e se afastando dos demais.

- Irmãzinha. – Carol se abaixou perto de Meg que tinha o rosto pálido e o olhar turvo pela vertigem que tomava conta de si.

- Eu vou apagar. – Sua voz saiu fraca e arrastada.

- Fica só mais um pouco acordada. – Carol passou a mão pelos cabelos de sua irmã mais nova, seus olhos estavam turvos de lágrimas. - O socorro já está chegando, você tem que se manter acordada. - Carol sentou no chão apoiando Meg a si.

Nessa hora ouviram passos e duas equipes de paramédicos entraram na sala com seus uniformes verdes, equipamentos e expressões indecifráveis, eles olharam para as três pessoas feridas no chão e pelo rápido pediram mais uma equipe.

- Mulher 28 anos, tiro no abdômen, provável hemorragia interna, sangue O+. – Nathan falou olhando para os paramédicos. – Homem 35 anos, disparo perfurou o braço e a cabeça na altura do maxilar, sinais vitais fracos, pupilas reativas. – Naquele momento ele havia abandonado todas as suas dúvidas quanto a legalidade daquilo ou os sentimentos encolvidos e tinha assumido a postura de médico.

- O senhor é médico? – Uma mulher loira perguntou enquanto preparava uma maca.

- Sim, neurocirurgião, acompanharei ele. – Anunciou em tom firme, sem espaço para discursão.

- E aquele outro? – Um homem de bigode perguntou.

- Homem 34 anos, tiro na perna,  ele é o atirador. – Franck respondeu com uma postura inabalável.

- Ele espera a próxima ambulância. – A parceira da loira falou. – Qual o tipo sanguíneo do senhor Green?

- AB+. – Marianne respondeu. Ela assentiu, com a ajuda de Nathan o colocou na prancha e depois na maca e caminharam para fora apressadamente.

- Salva meu irmão. – Grace pediu lhe segurando o braço. - Por favor Nathan o salve. - Ela tinha o rosto banhado por lágrimas.

- Farei o meu melhor. – Nathan a assegurou lhe olhando nos olhos.

Tyler informou o hospital que deveriam seguir e disse que os privilégios de Nathan já estavam garantidos, que uma equipe aguardava para o atendimento e a sala de cirurgia já estava sendo preparada, eles corriam contra o tempo. Eles assentiram e saíram apressadamente. Os outros paramédicos colocaram Meg desacordada na maca e se encaminhado para saída, com Carol ao lado.

- Minha filha. – Rosemary apareceu nesse momento com Eva que desmaiou ao ver a neta na maca.

- Senhora temos que ir agora para o bem da sua filha. – O homem de bigodes tentou acalma-la enquanto a outra paramédica atendia Eva que estava desfalecida no chão.

- Mãe acompanhe a Meg e a vovó elas precisam da sua força agora. – Carol falou limpando as lágrimas. – Eu encontro vocês assim que possível. – Ela sabia que alguém precisaria ficar para limpar toda aquela bagunça e lidar com polícia e imprensa. Desejava estar ao lado da irmã, mas no momento seria mais útil ali, então era ali que ficaria, seu vestido coral estava sujo de sangue em alguns pontos.

Eva acordou e se levantou amparada pela paramédica e Iam que falou que a ajudaria a chegar a ambulância, saíram atrás da maca,  Rosemary andava apática ao lado deles, parecia que sua vida tinha sido arranca de si, nem lágrimas ela tinha, somente o vazio da dor e culpa, perdera tanto tempo com a filha e agora vendo que poderia não ter mais tempo percebeu o quanto foi mesquinha todos esses anos.

- Eu levo vocês até o hospital. – John chamou a atenção de Grace e Marianne que estavam abraçada. – Vocês vêm comigo? – Falou com Ellen e Natalie que estavam imóveis até o momento. – Pegamos o Iam lá fora.

Elas assentiram e o seguiram para fora da sala, quando estavam quase saindo da livraria a detetive Griffin, seu parceiro Spencer e o detetive Denvers entraram. Os parando rapidamente, John os atualizou por alto sobre o que tinha acontecido e os detetives falaram que entrariam em contato com eles no hospital em breve.

Na sala Tulipa vendo toda a cena desenrolar na sua frente desmoronou no chão de joelhos chorando sem parar, se sentia culpada por tudo aquilo, se ela tivesse tido coragem anos antes pra denunciar ou alertar Meg nada daquilo teria acontecido, a sua omissão pode ter acabado de matar duas pessoas. Ela sequer percebeu alguém falando ao seu lado, o cheiro de sangue estava lhe embrulhado o estômago, se sentia a beira do vômito, seus músculos doíam, sua cabeça latejava e o fato de Patrick ainda está ali a sua frente não ajudava ao seu estado.

Andrew entrou novamente no salão onde antes acontecia a recepção não encontrando Tulipa do lado de fora foi procura-la ali, ela tinha se afastado discretamente enquanto ele conversava com outros professores, mas como não estava em meio aos outros que foram evacuados e com os dois feridos que saíram do lugar ele ficou preocupado e se esgueirou por entre os seguranças em busca dela, sentia-se responsável por ela, afinal era por sua causa que ela estava ali. Se dirigindo para um sala reservada,  viu um homem de pé ao celular, outro homem no chão com a perna sangrando algemado sendo vigiado por um homem que claramente tem treinamento militar, no chão quase no meio da sala tinha uma grande poça de sangue secando, com algumas marcas de pés e arrastado no sangue, provavelmente foi ali que Henry e Meg foram atingidos. O lugar está impregnado pelo odor férreo de sangue a ponto de lhe deixar nauseado.

Sentada sobre os joelhos não muito longe do sangue avistou Tulipa chorando com uma mulher loira abaixada ao seu lado, que lhe tocava o ombro e lhe chamava a atenção sem obter resposta. Caminhou a passos largos  em sua direção e se agachou na sua frente, a loira vendo sua aproximação saiu de perto discretamente.

- Você está ferida? – Perguntou analisando a garota que não se móvel. – Tulipa. – Chamou novamente. – Tulipa. – Só quando balançou levemente seus ombros ela pareceu acordar do transe no qual se encontrava.

- Andrew, a... o... eu... – Ela não conseguiu formular uma frase coerente, sua voz estava embargada pelas lágrimas.

- Eu sei menina, eu sei. – Ele falou a puxando para os seus braços e a abraçando. – Você está machucada? – Perguntou se afastando e lhe analisando rapidamente, tomado por uma onda de preocupação, afinal se não fosse por ele, ela nem estaria ali.

- Não. – Ela conseguiu encontrar voz para proferir tal palavra.

- Ótimo, vamos sair daqui. - Não sabia o motivo, mas sentia uma necessidade de protege-la.

Ele se levantou trazendo ela consigo e a acomodando cuidadosamente em seu peito,  já estavam na porta da sala quando os policiais chegaram e pediram para que não saíssem sem que dessem alguns esclarecimentos ele assentiu e foi em busca de um lugar pra sentar, acabou levando Tulipa até uma mesa próxima  e a fazendo sentar, ela se sentou colocando as mãos sobre o tampo e apoiando a cabeça nela, chorando e repetindo que poderia ter impedido isso tudo, ele passou uma mão por suas costas na tentativa de a acalmar.

- Você não tinha como impedir nada. - Ele falou na tentativa de acalma- la. - Não tinha nada que pudesse fazer.

- Eu... Eu... podia sim. - Ela levantou o rosto banhado em lágrimas em sua direção parecendo prestes a dizer algo e se arrependendo voltou a se calar.

Na cena do crime que já estava cheia de policiais e peritos trabalhando Tyler e Carol falaram com os detetives, dizendo o que sabiam e passando os contatos para futuros depoimentos.

- Quero vocês o quanto antes na delegacia para o depoimento. – Griffin ordenou e eles assentiram.

- Eu vou cuidar dos repórteres. – Tyler falou assim que terminou de falar com os detetives.

- Eu o ajudo com isso. – Carol e Tyler haviam se dado bem apenas com pouca conversa. – Se a circunstância fosse outra eu diria que foi um prazer te conhecer você Mike. – Carol se virou para o detetive seu lado.

- Eu também Carol. – O homem disse com pesar. - Sinto muito.

Dito isso ela seguiu Tyler em direção aos repórteres aglomerados na frente da livraria como galinhas em volta do milho, os policiais conversaram com Franck, deram voz de prisão a Patrick e o acompanharam até o hospital, ele não ficaria sozinho um único minuto até estar em uma cela, para impedir que fugisse. Abigail conhecia muito bem a fama e o poder dos Thompson para deixar o filho sozinho em um hospital, e confiava em poucos policiais naquele momento , por isso pediu a detetive Davi que acompanhasse de perto o homem, mesmo não sendo o trabalho dela, era a pessoa em quem mais confiava depois do seu parceiro e eles não podiam lidar com isso agora, tinham de colher depoimentos, por isso tirou sua amiga de sua folga. Spencer acompanhou Franck até a delegacia com Denvers  para colher depoimento e ela ficou para coordenar as investigações na cena do crime. Deixou os peritos trabalhando na cena e foi em busca do casal que encontrou a pouco.

- Eu sou a detetive Griffin. – Abigail Falou assim que parou em frente a mesa onde estavam sentados Andrew e Tulipa. – Sou a responsável pelo caso Patrick Thompson.

- Eu sou Andrew Clarke e essa é Tulipa Albuquerque. – Ele falou vendo que Tulipa não estava em condições de falar, embora estivesse bem mais calma que antes. – Vocês já tinham alguma suspeita sobre ele? – Perguntou percebendo que a detetive estava familiarizada demais para ter entrado no caso agora.

- Sim, ele ameaçou a senhorita Taylor semanas atrás. – Ele apenas assentiu. – O senhor viu o que aconteceu?

- Não, quando eu entrei Meg e o Green já haviam sido retirados.

- E você senhorita Albuquerque? – Abigail se dirigiu a garota de cabelos cacheados.

- Sim, eu vi. – Tulipa falou depois que conseguiu encontrar sua voz. – Eu estava com Meg e sua amiga quando Patrick apareceu vindo da porta dos fundos.

- Ele já tinha uma arma quando chegou?

- Sim. – Ela tremeu só de lembrar. - Ele carregava a pistola na mão.

- Você já conhecia o senhor Thompson? – Tulipa olhou para a mulher e depois para Andrew, ela não queria falar sobre Patrick na frente dele, ninguém sabia daquela história além dela e Lyanna, que já era sua amiga na época, nem mesmo sua tia ou Violet, a amiga com quem elas dividiam apartamento sabiam daquilo, era algo doloroso demais e vergonhoso demais para falar. – Olha, você deve estar muito abalada com o que aconteceu bem na sua frente. – Abigail falou percebendo o desconforto de Tulipa, já tinha lidado com vítimas demais saber identificar quando uma mulher se sente constrangida para falar de algo e para imaginar o motivo. – Senhor Clarke leve sua...

- Aluna, Tulipa é minha aluna. – O homem falou firme.

- Então, leve sua aluna pra casa, querida você mora sozinha? – Tulipa negou com a cabeça. – Ótimo, não é bom que fique sozinha, pegue meu cartão. – Entregou o cartão para a mulher que recebeu sem falar nada. – E amanhã pela manhã me ligue para marcarmos de você ir até a delegacia prestar depoimento, assim que você estará mais calma e se sentirá mais a vontade. -  A detetive falou gentilmente. - Se você preferir eu posso ir até a sua picada pegar seu depoimento.

- Obrigada detetive. – Tulipa falou sabendo que a mulher tinha entendido sua hesitação em falar na frente de Andrew. E consciente de que teria de contar bem mais do que o que viu naquela noite e isso a revirava o estômago.

- Não tem de que. Até amanhã. – E dizendo isso saiu.

**

Ellen...

Depois de algum tempo e calmantes eu consegui pensar e agir como um ser humano novamente, pois até então eu estava somente andando com os outros anestesiada, como se minha alma estivesse pairando a centímetros de mim. A sala de espera do hospital estava cheia, Eva a avó de Meg estava descansando sedada em um quarto e Rosemary a fazia companhia, a mãe de Henry estava apática e transtornada, mas se recusou a ser dopada, tomando somente um calmante leve. Meg e Henry estão sendo operados a horas e meu coração aperta a cada segundo sem resposta.  Cada médico que passava pela porta eu me agitava achando que eram notícias sobre eles, mas nada.

Não aguentava ficar sentada, me levantei e caminhei por alguns corredores ficar ali naquela sala vendo outras pessoas esperando notícias era sufocante. Mas, como não tinha muitos lugares para andar por aí, acabei voltando para a sala de espera, estava olhando para a porta de onde os médicos vinham para informar aos familiares. Tinha consciência de que começava a parecer paranóica, pois não estava sequer piscando.

- Vai ficar tudo bem. – Uma voz grave falou atrás de mim.

- Você não tem como saber. – Falei me virando para olhar John que me encarava de perto.

- De fato eu não sei, mas prefiro acreditar que eles vão sair dessa. – Seus olhos verdes eram intensos e pareciam exalar algum tipo de poder. – Se Você deixar que os pensamentos ruins invadam sua mente tudo que vai conseguir é mais uma pessoa doente, você precisa ser forte.

- Você tem razão, eu só não consigo controlar. – Respirei fundo derrotada. – Minha melhor amiga está sendo operada agora.

- Meu melhor amigo está agora sendo operado pelo ex-namorado da sua mulher. –  Ele comentou como se para enfatizar o drama da situação.

- O Nathan jamais deixaria que algo assim afetasse o seu trabalho, ele é um bom profissional.

- Eu espero que sim. – Ele mudou o peso do corpo de uma perna para outra. – Vem comigo. - Falou depois de uma silêncio. Não foi uma pergunta.

- Pra onde?

- Relaxar, não quero mais ninguém desmaiando. – Ele tinha uma pontada de divertimento na voz. - Vem.

Concordei e o segui porta a fora, ele me levou até as escadas e caminhou comigo escada acima até pararmos na porta do terraço, ele abriu com um pouco de dificuldade e passou pela porta.

- Nós podemos está aqui? – Questionei passando por ele.

- Provavelmente não. – Ele sorriu, pegou minha mão e me puxou perto da beirada. – Olhe para a cidade, respire lentamente e deixe que o ar gelado tome de conta do seu ser. – Ele falou se colocando atrás de mim  e pousando suas mãos em meus ombros e massageando, seu toque era quente em contraste com minha pele gelada.

A cidade parecia dormir, era algum ponto da madrugada, já próximo ao amanhecer, aos pouco com a massagem e o ar frio eu fui relaxando, seu toque era reconfortante, suave e firme. Permanecemos algum tempo ali conversando e sentindo o vento beijar nossa pele, quando eu me tremi de frio ele me deu seu terno pra usar e foi ainda com ele no corpo voltamos para a sala de espera, algum tempo depois, não saberia dizer se haviam se passado horas ou minutos.

Pouco antes de amanhecer completamente, quando eu estava quase sucumbindo ao sono encolhida com o terno de John em mim, uma médica jovem de roupa verde se aproximou perguntando pela família de Margareth Taylor fazendo todos nós nos levantarmos de um pulo.

- Ela teve hemorragia interna, mas a bala não afetou nenhum órgão vital. – Quando eu ouvi aquilo foi como se o mundo voltasse a ter cor. – Realizamos um procedimento para conter o sangramento, a cirurgia foi um sucesso, ela está sendo transferida para a recuperação e em breve poderão vê-la, ela perdeu bastante sangue, mas passa bem. – Carol não se conteve e abraçou a médica  a agradecendo.

Voltamos a nos sentar esperando notícias de Henry, cerca de duas hora depois Nathan apareceu na sala em uma roupa verde um tanto folgada e uma expressão cansada. Ele caminhou em nossa direção e começou a falar.

- Correu tudo bem na cirurgia,  a bala resvalou em seu maxilar o que resultou uma fratura leve, a mesma coisa com o braço. – Ele falou nos olhando. – Ela sé alojou sob a língua, retiramos o projétil e ele não chegou a atingir nenhuma parte vital, está reagindo bem a estímulos, mas só vamos saber se realmente não ficou sequela alguma quando ele acordar, no momento está em coma induzido para que seu corpo se recupere mais rapidamente do trauma. – Ele falou terminando com um sorriso confiante me fazendo soltar o ar que estava prendendo.

- Obrigada por salvar meu irmão. – Grace falou se jogando nos seus braços com os olhos cheios de lágrimas, ele retribuiu seu abraço esboçando um sorriso. - Muito obrigada.

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Ufa. Que bom que deu tudo certo não é mesmo?

Agora é esperar o Henry acordar e rezar pra ele estar bem.

Cenas dos próximos capítulos.

Até amanhã. 😘

Postarei um capítulo por dia até sábado.

Vote e comente. ❤🥰

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