Capítulo 53.
Meg...
Nas últimas semanas eu me acostumei a ter três sombras me seguindo pra onde eu ia, o único momento em que os seguranças não me acompanhavam era quando eu estava em casa ou no trabalho, a não que eu estivesse em algum compromisso externo, aí eles me seguiam também. As vezes eu me sentia sufocada com eles em meu encalço a todo momento, mas eu entendo que é para a minha segurança e sei que o Henry fica mais tranquilo sabendo que eles estão comigo.
Hoje minha vó Eva e minha mãe chegam de Manchester para o lançamento do meu livro no sábado, elas vieram antes por que segundo minha avó ela tem algumas consultas para fazer, mas eu sei que ela quer conhecer o Henry antes do evento e se chegassem somente no sábado isso não seria possível.
- Está tudo bem? – Jackson perguntou me tirando dos meus pensamentos, estávamos almoçando em um restaurante perto da empresa.
- Está sim. É que minha mãe e minha avó chegam hoje de viagem e com o lançamento perto eu ando muito aérea. - Isso era a mais pura verdade, estava muito dispersa, mas esses não eram os únicos motivos.
- Te entendo. Já é sábado né. – Hoje é quarta, então estamos muito perto. – Parece que foi ontem que você começou a trabalhar comigo, hoje já tem uma livro que vai ser publicado e um filme que você roteirizou sozinha sendo gravado. - Seu tom de voz transmitia orgulho.
- Sim, as coisas aconteceram muito rápido. – Sorri lembrando de tudo que aconteceu nesses meses. – O filme já está com as filmagens quase concluídas.
Falando de trabalho consegui me distrair um pouco de tudo. Depois do almoço voltamos para a empresa, Jackson no seu carro seguido pelos seguranças e eu no carro que Henry havia designado pra mim com dois seguranças sentados no banco da frente e um em uma moto atrás de nós, é uma visão interessante um homem de terno em uma moto. Quando cheguei sai e contornei o carro parando do lado da porta do motorista para falar com Franck que saiu do carro parando ao lado da porta em uma posição firme.
- Franck como você sabe minha mãe e minha avó chegam hoje.
- Sim senhora, dois seguranças já foram designados para acompanha-las.
- Eu sei, mas eu queria que você fosse com eles para pega-las no aeroporto. – Ele me olhou por alguns segundos antes de falar.
- Senhora eu tenho ordens pra não sair de perto da senhora.
- Por favor, eu preciso que você vá, me sentirei mais segura assim. – Tentei lhe convencer. – August e Jay podem ficar comigo até você voltar e eu não vou sair daqui até estar de volta lhe prometo. – Toquei seu braço e lhe dei meu melhor olhar de filhote abandonado. – Por favor. – Eu realmente quero que ele vá, o aeroporto é grande demais para apenas dois seguranças, e Franck faz a segurança de Henry a tempo o suficiente para ter minha confiança, fora que ele tem anos de treinamento militar.
- Tudo bem senhora. – Ele se deu por vencido e eu sorri. – Mas, não saia até eu voltar.
- Obrigada. – Lhe abracei e o vi ficar sem jeito. – Por favor, diga a elas que não saiam do hotel até eu chegar e que eu explicarei tudo assim que estiver com elas. – Ele assentiu e eu entrei.
Não tinha contado a elas que teriam seguranças, apenas disse que iriam ficar no hotel de Henry, não queria dar explicações pelo telefone e nem causar preocupação nelas, se eu pudesse sequer contaria pra a vovó o que estava acontecendo. Alguma chance dela acreditar que o Henry é muito paranóico e somente isso? Acho que não né.
**
Meg...
- Meu Deus, minha querida. – Minha vó estava horrorizada com tudo que eu havia lhe contado.
- E esse homem continua solto? – Minha mãe perguntou incrédula.
- Sim, como a agente Griffin prometeu está investigando ele e até tentou cumprir uma ordem de detenção para averiguação, mas, ele sumiu. – Quando a polícia foi ao seu apartamento depois do meu depoimento constataram que ele havia fugido o que contribuiu para a sua confissão de culpa. – Quando foram atrás dele, já testava longe, em algum lugar que o dinheiro pode comprar, ou seja, qualquer um. - Disse amarga.
- Então isso explica bem os seguranças.
- Sim, Henry colocou seguranças fazendo a proteção de todas as pessoas ao meu redor, pois podiam ser um alvo em potencial já que o infeliz fez ameaças. – Mexi na xícara de chá em minhas mãos.
- Me admirei com você aceitando o dinheiro dele. – Minha mãe falou e aquilo me atingiu em cheio, sei bem que ela estava me repreendendo por sempre dizer que queria ser independente.
- Eu tentei recusar esse exagero, mas é a segurança dos outros em jogo. – Falei simplesmente.
- Eu entendo querida e tem mais que aceitar mesmo, devemos aceitar ajuda de quem nos ama. – Eva sempre sabia. - Minha vó sutilmente deu ênfase a última parte.
- Está dizendo que eu não amo minha própria filha mamãe?
- Pelo amor de Deus, não vamos começar. Eu não quero discussões. – Falei as interrompendo, sei que minha vó não estava falando da minha mãe, mas sim do meu pai que não me ama, pelo menos não me ama como eu sou. – É um momento de celebração. - Falei suspirando. - Eu já passei por coisa demais não quero vê-las brigando. - Sim eu usei a carta do atentado e foda-se.
- Me desculpe. – As duas falaram.
- Por falar em comemoração, que tal jantarmos amanhã para vocês conhecerem o Henry?
- Estava esperando esse convite. – Minha vó falou logo.
- Pena que a Carol só chegue no sábado.
Conversamos por mais algum tempo, antes de sair minha mãe me pediu desculpas falando que não tinha nada de mal em eu aceitar ajuda do meu namorado e que ela não tinha falado como forma de repreensão, mas por que tinha realmente ficado surpresa com minha atitude. Eu apenas encerrem o assunto.
- Minha filha eu encontrei com o Nathan outro dia e ele me falou que vinha para o lançamento. – Minha vó falou quando eu já estava de pé.
- Sim, eu o convidei, mamãe falou pra ele sobre o lançamento e então em meio a uma conversa eu acabei o convidando.
- Como seu namorado reagiu a isso? – Ela perguntou.
- Melhor do que eu imaginei. – Quando eu lhe disse do convite, esperei que ele reclamasse, mas não, ele foi extremamente civilizado, embora eu saiba que não tenha ficado confortável com a situação.
- Que bom, outro homem teria ciúmes de um ex-namorado.
- Mas, ele tem vó, só que é civilizado, ou tenta ser. - Eu tenho que reconhecer o quanto ele tenta mudar por mim.
- Ele te ama. – Minha mãe disse.
- Sim.
**
Henry...
Hoje o dia foi particularmente cheio, depois de ter reuniões a maior parte do dia, uma delas para resolver os últimos detalhes do lançamento, tive que passar na boate para resolver alguns problemas, dois funcionários brigaram na frente dos clientes e isso não é algo que a gente tolera, depois de muita conversa resolvemos lhes da uma segunda chance, já que até então eles eram funcionários exemplares e já tínhamos dado segundas chances a outras pessoas.
Resolvi alguns outros problemas antes de finalmente voltar pra casa, a mãe de Meg tinha chegado hoje e ela me disse que iria vê-las, então fui para o meu apartamento ligaria para ela depois de chegar, era perto de 9 da noite quando o carro parou na garagem, subi direto para casa, assim que abri a porta o cheiro de bolo invadiu meu nariz, caminhei até a cozinha e a visão que eu tive fez meu coração se aquecer dentro do peito.
Meg estava na cozinha de costas para mim, com um coque nos cabelos e uma camisola azul que mal lhe cobria a bunda, colocando uma forma de cupcake sobre o fogão. No balcão tinha outra forma com bolinhos assados, uma panela com uma geleia de frutas, seu celular e o caderno de roteiros. Ela se abaixou um pouco para fechar o forno e eu tive o vislumbre de sua bunda e puta que pariu, a mulher está sem calcinha, meu pau imediatamente deu sinal de vida.
- Eu posso me acostumar com isso. – Ela deu um salto de susto.
- Caralho, que porra essa sua mania de me assustar. – Ela se virou pra mim.
- Você fica irresistível distraída. – Lhe puxei para mim. – Achei que não viesse hoje.
- Por que está decepcionado com a minha presença? – Ela fingiu tristeza.
- Veja o quanto. – Levei sua mão em direção a minha ereção. – Como foi com elas?
- Melhor do que eu esperava na verdade. – Ela suspirou se afastando e começando a desenformar os bolinhos. – Está tudo certo para o jantar amanhã.
- Ótimo. – Confesso que estou um pouco nervoso com esse jantar.
- E seu dia como foi?
- Cansativo. – Olhei para os bolinhos. – De que são esses bolinhos?
- São de mirtilo com geleia de frutas vermelhas. – Ela falou me olhando. – Estava com desejo e resolvi fazer, ajuda a diminuir a tensão de encontrar minha mãe.
- Eu entendo. – Lhe dei um beijo na cabeça.
- Já comeu?
- Na verdade não.
- Vá tomar um banho que eu esquento comida pra você.
- Sim senhora. – Sorri e fui na direção das escadas.
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A mãe da Meg tá tentando, mas às vezes um deslize acontece.
A avó da Meg uma fofa como sempre, fada sensata.
Espero que tenham gostado desse capítulo calminho.
Até domingo. 😍
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