Capítulo 46.



Meg...

- Me diz uma coisa. – Levantei a cabeça do prato a minha frente e foquei meus olhos nos olhos pretos que me observavam. – Quando seu livro for lançado e você se tornar uma escritora de sucesso vai me largar a emissora?

- Está com medo de ficar seus meus serviços Jackson? – Perguntei sorrindo.

- Claro, você é a melhor roteirista que já trabalhou comigo.

- Me sinto imensamente honrada com isso. – Sorri ainda mais, peguei meu copo de suco e tomei um gole, antes de falar. – Mas, não se preocupe eu não pretendo sair da emissora tão cedo. Eu gosto de trabalhar lá, gosto de trabalhar com roteiros e enquanto eu conseguir conciliar os dois eu pretendo vou fazer.

- Duvido que o Henry não tente te roubar logo mais. – Ele me olhou de um jeito que eu não conseguir identificar.

- Ele pode tentar. – Sorri. – A proposta tem que ser muito boa.

- Garanto que a fortuna dos Green não dobrou de tamanho com ele no comando da Corporação atoa. – Foi a vez dele rir.

- Esse é um ponto. – “E ele sempre pode barganhar com sexo se for comigo claro.”

- Vocês estão bem?

- Sim, estamos ótimos. – Tenho certeza que eu meu rosto estampa um sorriso bobo. – E você e a Cristina?

- Estamos tentando. – Ele falou com os olhos repletos de carinho. – Estamos muito melhor, ela tem se tratado, nós dois temos ido.

Depois do almoço voltamos para a emissora e o resto do dia se passa em piscar de olhos, na verdade os últimos dias tem sido assim, entre trabalho, namorado, amigos e a casa. Não que eu reclame, eu amo minha vida, tudo tem ido muito bem, minha relação com o Henry está ótima, meu livro está prestes a ser lançado, as gravações do filme eu roteirizei terminam em pouco mais de um mês.

A festa de lançamento do meu livro já está organizada, acontecerá na maior livraria da cidade, um lugar já famoso por realizar esse tipo de evento, vai ser uma recepção para convidados e imprensa. A divulgação está sendo feita de maneira maciça, a maioria dos convites já foram entregues, eu estou muito nervosa, mesmo que ainda falta um mês para o evento, quero que tudo dê certo, mas a minha principal ansiedade é para a aceitação do público, espero que minha obra venda bem. "O que eu vou fazer se as pessoas não gostarem?"

**

Henry...

- Então. – Comecei vendo ela tirar os olhos da tela do notebook e focar em mim. – Sabe quando eu viajei para a Irlanda? – Estamos no escritório do meu apartamento em pleno domingo a tarde depois que chegamos da casa da minha mãe que dessa conseguiu se comportar e não falou em netos. Ela está sentada na cadeira de couro caramelo de frente para a mesa de mogno em estilo moderno, com o notebook escrevendo e eu sentado a sua frente, em uma das cadeiras que ficam de frente para a mesa, admirando a mulher mais linda do mundo, ela fica ainda mais bonita concentrada assim como estava até eu lhe tirar dos seus devaneios.

- Sei. – Ela me encarou esperando explicação.

- Vou ter que voltar lá, surgiu uma emergência na obra e eu tenho uma reunião que não tive tempo de fazer da última vez. – Não consegui esperar até o domingo a tarde para voltar pros seus braços e acabei cancelando a reunião que teria naquela manhã.

- Você vai quando? – Perguntou com os olhos tristes.

- É justamente sobre isso que eu quero falar com você. – Me levantei da cadeira e contornei a mesa, me encostando ao seu lado. – Eu estava pensando que eu poderia concentrar meus compromissos no sábado e você podia ir comigo, assim não teríamos que ficar longe um do outro.

- Está me chamando pra ir com você? - Ela quis confirmar.

- Exatamente. – Ela se levantou e ficou no meio das minhas pernas. – A gente podia ir na sexta depois do trabalho e voltar no domingo a noite. O que me diz? – Passei uma mão pelo seu rosto acariciando.

- Eu vou adorar. – Ela se inclinou sobre mim e beijou meus lábios lentamente, intensificando quando uma de suas mãos foi para os meus cabelos e nossas línguas começaram a dança erótica que eu estava viciado.

Enlace sua cintura com um dos braços e segurei seus cabelos  com a outra mão puxando os fios a fazendo gemer, troquei nossas posições a colocando sobre a mesa e a puxando em direção ao meu corpo. Senti suas mãos empurrando meu peito e me afastei contrariado fazendo bico.

- Preciso concluir um raciocínio para o livro e se continuarmos assim eu vou acabar esquecendo. – Ela se pôs de pé, me deu um beijo rápido e voltou a se sentar. – Depois eu lhe recompenso. – Concluiu tocando volume em minha calça e me dando um dos sorrisos que foi minha ruína. - É uma promessa.

- Vou cobrar. – Lhe dei um último beijo, peguei uma pasta em uma gaveta ao seu lado e sai do escritório a deixando sozinha em seu processo criativo.

Eu quero muito que ela venha morar aqui, odeio quando insiste em ficarmos longe, em tão pouco tempo eu já não imagino minha vida diferente, não durmo bem se ela não está ao meu lado, detesto acordar e não ver seu corpo ao meu lado, não sentir seu cheiro em meus lençóis.

Me sentei no sofá e comecei a fazer as ligações necessárias para a nossa viagem, eu quero muito passa e um tempo a sós com ela na praia, ver o seu sorriso ao por do sol. Mas, tem outro motivo pra eu quere-la comigo, o desgraça do Patrick foi visto perto do prédio dela e da emissora depois que fotos nossas saíram na imprensa essa semana, os detetives que eu coloquei na sua cola viram ele rondando mais de uma vez, eu sei bem que ela é teimosa e não aceitaria seguranças, então tenho mantido ela comigo o máximo de tempo possível. E deixei dois seguranças a acompanhando de longe.

Passei as mãos pelos meus cabelos nervoso, eu não vou deixar nada de ruim acontecer com ela, nem que eu tenha que matar ele com minhas próprias mãos, Deus me perdoe, mas por ela eu seria capaz de uma coisas dessas sem pensar duas vezes, se ainda não fiz foi por não querer afastar ela de mim, mas, pela sua segurança eu faço qualquer coisa e pelo visto a justiça não vai ser muito
eficiente nesse quesito.

Eles dizem não poder fazer nada, que não existe nada concreto contra ele e que não temos como provar nada, nem mesmo a corregedoria que segundo o contato de Franck já vem mantendo ele sob vigilância a messes.

**

Meg...

Olho pela milésima vez para as roupas espalhadas sobre a cama, tentando me decidir sobre o que colocar na mala e ao invés de me ajudar Natalie continua trazendo peças de roupa e colocando sobre a cama.

- Natalie chega. – A segurei quando ela fez menção de voltar ao meu closet. – Eu vou passar dois dias fora somente. – Amanhã vou viajar com o Henry para a Irlanda.

- Só estou lhe dando algumas opções. – Ela sorriu empolgada e eu olhou para as roupas sobre a cama. – Acho que você gosta muito de vermelho e azul.

- Gosto mesmo, de preto também. Por que?

- Você devia usar mais verde, da um contraste bonito com o seu cabelo. - Falou tocando meu cabo.

- Por isso você me deu um vestido verde para o lançamento?

- Exatamente. – Sorriu.

- Certo agora me ajuda a escolher tudo tem que caber nessa mala. – Lhe mostrei uma mala pequena e ela torceu a boca em reprovação.

- Você vai levar mala de mão?

- Sim com uma muda de roupa, meus produtos de higiene e minhas maquiagens. – Sempre levo uma bagagem de mão para não ficar em maus lençóis em caso de extravio, não que eu já tenha viajado muito.

Demoramos quase uma hora só para escolher o que ia na mala, levei alguns biquínis, saídas de banho, e algumas roupas. Nada de roupa longa, o verão parece chegar mais cedo e está fazendo um calor dos infernos esses dias, a única coisa comprida que eu levei foi um vestido logo e florido.

- Vai trabalhar no sábado? – Ultimamente Natalie tem trabalhado além do seu horário por que estão com problema de pessoal. Desde que um dos funcionários saiu para abrir seu próprio ateliê. 

- Essa semana não. – Ela levantou as mãos pro céu. – Gosto do meu trabalho, mas também gosto de descanso.

Nesse momento o celular dela tocou e eu vi o nome Tyler M escrito na tela, sim eu espiei o celular da minha amiga, foi mais forte que eu. Ela saiu do meu quarto para atender o telefonema e voltou minutos depois com uma cara de quem foi pega pela mãe. 

- Tyler tipo Tyler Moore? – Perguntei com uma sobrancelha levantada.

- É. – Ela falou simplesmente e começou a pegar algumas peças de roupa para levar de volta ao closet.

- Vocês estão juntos? – Perguntei em choque. “Por quanto tempo eu dormi?” – Quando isso aconteceu?

- Não, nós não estamos juntos. – Ela fez uma pausa antes de prosseguir. – Ele pegou meu número naquele dia que fomos comemorar seu aniversário na Luxis. – A menção daquele dia fez eu me arrepiar. – Aí ele me ligou outro dia e a gente saiu.

- Então vocês transaram?

- Sim. - Ela deu de ombros.

- E vai sair novamente com ele? – Perguntei me aproximando.

- Ele me chamou pra sair no sábado depois que voltar de viagem.

- Natalie, olha onde você está se metendo o Tyler é um mulherengo de marca maior, não se iluda por aquela carinha de anjo dele. – Falei tocando seu ombro.

- Eu sei Meg, não sou uma garotinha ingênua. – Ela levantou aqueles lindos olhos pra mim. – Eu iria sair com ele só uma vez, mas ele é bom de cama demais pra eu não repetir a dose.

- Meu Deus quando você se tornou uma tarada?

- Convivência com você. – Ela rio.

- Mas, é sério Natalie eu não quero te ver sofrer com um cafajeste. - Falei parando de rir e a encarando seria.

- Eu não vou. – Ela me disse com convicção.

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Disse que teria outro capítulo  está. Espero que gostem.

Natalie e Tyler transaram.  Nossa senhora.  Kakakakakaka

E o Patrick rondando a Meg hem?  🤔

Que essa viagem seja muito boa.

Até sexta meus amores. 😘

Vote e comente. 😘

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