Capítulo 39.

Henry...

Não seria uma tarefa fácil demitir Pietro, eu realmente desejava que ele tomasse jeito na vida, mas assédio excedia tudo, as câmeras haviam flagrado ele agarrando a garota de cabelos loiros pelo braço e a prensando contra a parede do depósito tentando beija-la, até alguém aparecer por lá dando a chance de ela fugir, o que ela vez com lágrimas nos olhos e não foi somente uma vez que uma coisa assim aconteceu. Foi ideia minha que vasculhassem as imagens em busca de algo, e não tardaram a achar, Chloe não foi a única que ele importunou.

Chloe era uma jovem que veio do interior para estudar em Londres e batalhar pelos seus sonhos sozinha, aquilo em sua história me lembra Meg e talvez por isso eu quis ajudá-la assim que procurou emprego com a gente, ajudar aquela menina do jeito que fizeram com minha ruiva um dia.

- Sente-se Pietro. – John falou assim que ele entrou no escritório.

- Sim senhor. - Ele disse se sentando na cadeira a nossa frente.

- Chegou ao nosso conhecimento que você andou assediado algumas garçonetes. – Falei.

- Eu apenas chamei uma ou outra pra sair, elas são sensíveis demais. – Ele debochou. - Sabe como são as coisas hoje em dia, tudo é assédio.

- Vimos as imagens de segurança e nelas você não estava só a chamando pra sair. - John falou em um tom duro. - O nome do que você fez a assédio.

- Aquela vadia da Chloe me denunciou?

- Não foi ela diretamente, alguém falou por ela. – Falei e suspirei. – Eu já dei mais chances a você do que a qualquer outro, mas dessa vez você passou dos limites.

- Está dizendo?

- Sim, você está demitido. – John falou sério.

- Mas eu... você disse que ia me ajudar.  - Ele falou me olhando.

- Eu tentei, continuei te ajudando depois de bater o carro, depois do roubo a mesma coisa, mas agora chega. – Falei firme. - Você agradeça por Chloe não prestar queixa na polícia.

- Claro o grande senhor Green fez de para ajudar o empregado problemático. – Ele ironizou. – Tão prestativo.

- Pietro chega. – John falou calmo.

- Que se foda então. – Pietro gritou e saiu dali pisando duro.

- O que foi isso? – John pergunta e eu dei e ombros.

**

Meg...

- Ainda é terça e eu já não aguento essa semana. – Resmunguei entrando no carro de Jackson.

- O primeiro dia de set a gente nunca esquece. – Ele sorriu da careta que eu fiz.

Nós, mais precisamente eu já que Jackson chegou depois do almoço, passamos o dia em uma filmagem para um filme que roterizamos, como o diretor queria aproveitar o máximo de luz natural possível eu tive que chegar antes das 07 horas da manhã e ficar por lá supervisionando o andamento. Parei para almoçar depois das 14 horas e esse foi o momento que eu tirei pra sentar no dia INTEIRO. “Maldita hora que eu achei que colocar um salto hoje era uma boa ideia. Idiota.” Meu celular começou a tocar na bolsa.

Ligação on*

- Oi amor. – Respondi consciente do sorriso idiota no meu rosto e do homem sorrindo baixo ao meu lado.

- Oi meu anjo. – Henry falou do outro lado da linha. – Está em casa?

- Não estou no trânsito. - Respondi ajeitando o celular na orelha. - Jackson tá me dando um carona.

- Hum. – Ele responde depois de um silêncio. –  Eu estou com saudade. - Disse por fim.

- Eu também. - Falei suspirando, nem parecia que tínhamos nos visto de manhã.

- Tenho uma reunião agora, vou levar uns investidores no salt. – Ele falou e bufou. – Depois eu passo no seu apartamento. 

- Amor. – Comecei calmamente. – Não me leva a mal, mas se for no meu apartamento depois que sair do restaurante vai me encontrar dormindo, eu estou cansada para um caralho, desde a hora que você me deixou na filmagem eu parei somente meia hora para almoçar e agora pra vir embora.

- O Jackson está lhe explorando? – Ele perguntou depois de um silêncio.

- Sim ele está. - Falei rindo. - Me faz trabalhar demais.

- Vou reclamar com ele. – Eu sorri e Jackson pigarreou ao meu lado.

- Olha que tal amanhã tomarmos café da manhã juntos? – Além de realmente estar cansada nós tínhamos dormido juntos todos os dias desde sábado, não quero ir rápido demais na nossa relação.

- Se não tem outro jeito, te pego as 07:30.

- Até lá. Tô com saudade. 

- Tô com saudade.

Ligação off*

- Dispensando o namorado? – Jackson brincou.

- Eu preciso dormir. – Digo suspirando.

- Vocês estão se dando bem mesmo? - Perguntou curioso.

- Sim estamos. – Digo com um sorriso mais idiota que havia em meus lábios.

- Fico feliz, das poucas vezes que os vi junto deu pra ver que se gostam. - Ele comentou. Jackson é um cara muito legal, gosto de estar com ele, mesmo  que as vezes ele veja coisas que os outros não veem.

Não demorou para chegarmos ao meu prédio, me despedi de Jackson e fui pro meu apartamento, tive que lutar contra a vontade de dormir sem banho e fui tomar um banho, coloquei uma blusa de Henry que estava aqui e me joguei na cama sem nem ao menos comer algo.

**

Henry...

- É sério que você faz seu próprio bolo de aniversário? – Perguntei encostado no balcão da cozinha da Meg. É quarta à noite e amanhã é aniversário de Meg e aqui está ela fazendo seu próprio bolo. 

- É sim. Por que? – Ela perguntou enquanto repassava os ingredientes contando nos dedos. 

- Por que você não compra um bolo ao invés de passar horas fazendo? – Perguntei o óbvio. - É mais prático.

- É tradição.  – Ela disse simplesmente e vendo que eu a encarava confuso acrescentou. – Quando eu me mudei pra cá, trabalhava em uma lanchonete meio período e a Ellen tinha acabado de ser demitida, então no meu primeiro aniversário na minha vida nova a gente não tinha um centavo pra comemorar, aí eu fiz um bolo e Natalie uma lasanha, Ellen com sua péssima habilidade na cozinha só lavou os pratos para o bem da nação. – Ela contou sorrindo e eu sorri junto. – Aquele foi o melhor aniversário da minha vida, nada de festa extravagante ou presente caro, era eu, sendo finalmente quem queria ser com pessoas que me amam e me aceitam como sou, eu enfim iniciava um novo ciclo da minha vida cheira de sonhos e esperança. – Ela tinha lágrimas nos olhos quando terminou de falar, foi lindo ver seus olhos brilhando.

- Aaah meu anjo. – Sai de onde estava para abraça-la. – Eu sinto muito que a Ellen não esteja aqui.

- Eu também, mas fico feliz por ela está bem e fazendo algo que sempre sonhou, todos deviam ter a possibilidade de realizar seus sonhos. – Ela me olhou e eu vi sinceridade em seus olhos.

- Bem, já que é uma tradição e eu não sou tão desastroso como ela na cozinha vou lhe ajudar. – Anunciei.

Meg puxou meu rosto pra si e me beijou, mas, antes que eu pudesse prensa-la contra a pia ela se esquivou de mim e me pôs para trabalhar, meu amigão dentro das minhas calças quw ja estava se animando não gostou nem um pouco disso, ele queria sair pra brincar, eu me pergunto se algum dia eu terei o suficiente da Meg, por que eu sempre quero mais um pouco, mesmo quando estou cansado, quero mais. Ela virou meu vício, com ela sou um tarado insaciável.

- Agora me diz outra coisa. – Perguntei enquanto fazia a ganache do recheio. – Por que você comemora seu aniversário duas vezes?

- Por que agora eu posso e por que eu gosto de comemorar em uma balada, mas, também gosto da nossa tradição, gosto de jantar com meus amigos. – Ela falou parando o que fazia para me olhar. – Você tinha que ter visto quando a data deu certo em um sábado e nós resolvemos fazer tudo em um dia só, foi muito engraçado. Nunca tinha vomitado tanto na minha vida inteira como quanto vomitei naquele dia e de quebra Natalie tomou ácido.

- Mentira. – Exclamei contendo o riso.

- Foi sim, a gente já estava meio bêbada, por meio lê-se quase entrando em coma. – Tive que ri do que ela falava era engraçado de se imaginar. – Aí uma colega de faculdade dela lhe ofereceu e doida tomou achando que era remédio pra enjoo.

- Quem ofereceria remédio para enjoo no meio de uma balada? – Não contive um riso.

- Eu já mencionei que estávamos muito bêbadas? – Balancei a cabeça confirmando. – Então é auto explicativo. – Ela deu uma risada gostosa. – Eu nunca vi o Iam ser tão ágil como foi ao colocar ela ombro e levar pra casa quando ela tentou tirar a roupa no meio da boate, dançando entre mim e Ellen, alegando estar com muito calor. Mas, a melhor parte foi ela vomitando nele da bunda até o sapato.

- Essa eu queria ter visto. – Falei depois de soltar uma gargalhada alta.

- Foi a coisa mais engraçada e nojenta que eu já vi. – Ela falou desenformando o bolo. – Claro que vendo a cena nós vomitamos também. Uma cena digna de todo mundo em pânico. – Caímos na gargalhada juntos.

- Agora a gente recheia? – Perguntei.

- Não né Henry, agora a gente espera esfriar aí sim a gente recheia. – Falou como se fosse a coisa mais óbvia do mundo. – Agora coloca tudo na geladeira. – Fiz o que a chefe ordenou.

- Eu sei o que a gente pode fazer enquanto espera. – Falei abraçando-a por trás e me esfregando naquela bunda que eu tanto gosto.

- Meu Deus, esse homem tem uma chama eterna aí. Tu não cansa?

- Não, sou mais quente que fogo vivo. – Falei e ela levantou uma sobrancelha se virando pra me encarar.

- Game of Thrones? – Perguntou com incredulidade.

- O que? Você acha que eu não conheço cultura pop ruiva? – Falei rindo.

- Você me surpreende. – Falou sorrindo.

- Assim você me ofende. - Coloquei uma mão no peito a fazendo rir.

**

Meg...

Você já viu alguém rechear um bolo pelada? Não, isso não é um novo reality da tv, sou eu recheando meu bolo de aniversário as duas da manhã com meu cabelo ainda molhado e somente uma calcinha para me cobrir, meu namorado que iria me ajudar com o bolo segundo ele, está caído na minha cama no 10° sono, dormia tão tranquilamente que não o acordei. Forrei a forma com acetato em volta, montei o bolo e levei para a geladeira.

Quando voltei a dormir e me animei ao lado de Henry ele sequer esboçou sinal de vida, até que minhas costas tocaram seu peito e ele me puxar de encontro a si, balbuciando algo que eu não compreendi. Não demorei a dormir, acordei com o barulho estridente do meu celular tocando. Eu mato a Ellen, como eu sei que é ela? Simples todo ano ou ela pula na minha cama pra me acordar ou me liga se estamos longe, péssimo hábito, Henry resmunga do meu lado se mexendo.

Ligação on*

- Ellen eu juro que se não te amasse tanto eu te matava. – Falei assim que ela terminou de cantar parabéns pra mim.

- Nossa, eu ligo toda carinhosa e você me atende rabugenta, eu hem.  – Ela reclama.

- São. – Olhei no relógio. – Não são nem 07 horas ainda pelo pai Celestial. –  Levei a mão a cabeça. – Isso lá é hora de ligar para as pessoas?

- Está bem, desculpe eu me confundi com o fuso horário, achei que fosse um pouco mais tarde. – Ellen falou. – Enfim, vou deixar você descansar mais um pouco, só quero te desejar muita paz, saúde, amor, sucesso, que você realize seus sonhos e seja feliz, você merece ser feliz. Eu te amo minha irmã.

- Também te amo minha irmã. – Falei já sorrindo. – Desculpa ter reclamado. - Falei me sentindo culpada.

- Já me acostumei. – Ela brincou antes de desligar.

Ligação off*

Me joguei de volta na cama me aconchegando em Henry que ainda resmungava algo, me acomodei nele e descansei mais um pouco, me dando ao luxo de mais algum tempo de sono.

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Obrigada pelos 5k de leitura e 1k de estrelinha, vocês motivam ainda a tia aqui a escrever. Fiquei tão animada que resolvi postar um capítulo antes do dia.

Espero que tenham gostado do capítulo ele é mais curtinho, mostrando um pouco do dia a dia.

E esse Pietro hem?  Cara abusado.

Até amanhã 😘

Vote e comente. 😘😊

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