Capítulo 30.

Visual de Natalie e  Grace na mídia.

Meg...

O jantar transcorreu calmo, Natalie estava à beira da euforia, falava sem parar sobre como sempre quis estar ali e poder ver modelos desenhados por ela, agradeceu muito a Grace por apresentá-la a pessoas influentes. Falamos sobre trabalho e sobre nossas vidas.

- John me diga, o Iam vive se vangloriando dizendo que é um dos melhores da Sund se não o melhor. – Iam me lançou um olhar mortal, mas ele ja me deixou algumas vezes em maus lençóis eu não ia perder a oportunidade de revidar. – Ele é isso tudo mesmo? Ou é só convencido?

- Bem pelo visto convencido ele é. – John respondeu depois de rir muito. – Mas, ele realmente é um dos melhores da empresa.

- Ri da minha cara agora Margareth. – Lhe fulminei com um olhar.

- Você não gosta de ser chamada de Margareth? – Henry sussurrou em pergunta e eu assenti em resposta. – Por que?

- Já chega está perto dos 30 anos para ainda me chamar por nome de avó. É demais pra mim. – Henry soltou uma risada gostosa frente a minha resposta.

Depois de terminado o jantar ficamos conversando por algum tempo ainda na mesa, depois nos levantamos e circulamos um pouco pelo salão, Henry me apresentou a algumas pessoas, até que Grace me arrastou com Natalie para que eu conhecesse outras.

- Meg? – Uma voz me chamou quando eu saia do banheiro.

- Adam. – Sorri ao ver o sócio de Ellen com uma câmera na mão. – Quanto tempo. – Falei o abraçando.

- Pois é.

- Não sabia que vocês viriam cobrir o evento.

- Foi de última hora. – Ele respondeu. – Tem falado com a Ellen?

- Todos os dias.

- Ela está bem?

- Está sim.

Antes que eu falasse mais nada senti uma mão tocar a base da minha coluna e pelo arrepio que eu sentia mesmo com toda aquela roupa eu sabia exatamente quem era a pessoa que estava ali. Olhei pro lado e vi o Henry parado ali olhando para o Adam com uma cara estranha, ele parecia está com raiva? Teria acontecido algo?

- Oi. – Falei pra ele que finalmente me olhou e sorriu. – Henry esse é o Adam sócio da Ellen no estúdio.  – Comecei apresentação. – Adam esse é...

- Henry Green. – Adam falou. – Eu sei quem ele, acho que todos em Londres sabem.

- Nem todos, acredite. – Henry falou divertido e eu tive vontade de arrancar os olhos dele, pois sabia do que ele estava falando.

Nos despedimos de Adam, não antes de ele insistir e tirar uma foto, e seguimos de volta para onde os outros estavam, dancei novamente com o Henry, começo a me questionar se esse homem é bom em tudo que faz, por que Jesus ele dança muito bem e quando beija o meu pescoço? Me deixa a sua mercê.

- Posso ter a honra de uma dança? – John falou se aproximando quando uma música terminou.

- Sim senhor. – Fiz uma reverência.

- Sem gracinha. – Henry falou olhando para o amigo e os dois riram.

John pegou minha mão e colocou a outra mão em minha cintura, de salto eu ficava praticamente da sua altura, ele conduzia uma dança muito bem, meus movimentos eram precisos e ritmados, fomos de um lado para o outro, rodopiando pelo salão, Henry dançava ao perto de nós com Grace que sorria conversando com o irmão.

- Você e a Grace formam um belo casal. – A curiosidade não deixou minha língua parada.

- Eu e a Grace? – Ele levantou uma sobrancelha. – Juntos? Não, eu a conheço desde criança, pra mim ela ainda é a mesma menininha que nós adorávamos perturbar.

- Você conhece o Henry a tanto tempo assim?

- Nossos pais eram amigos.

- Entendo, e você nunca pensou nela de outra forma?

- Não, Grace é como uma irmã pra mim.

- Entendo. 

- E você e Iam já tiveram alguma coisa? – Ele me questionou. – Vejo que são bem próximos.

- Sim nós somos, mas não, nunca aconteceu nada, Iam é o irmão que eu nunca tive, eu o amo, mas como um irmão.

- Entendo. – Ele repetiu o que eu falei. – Você não tem irmãos?

- Tenho duas irmãs. – Respondi. – Na verdade tenho três, por que Ellen é uma irmã pra mim, mais até do que a minha irmã mais velha. 

- Relacionamento difícil?

- Nem me fale.

- E suas irmãs são bonitas? – Ele perguntou sorrindo de lado.

- Pode tirar o olho, Lisa é casada, Carol joga no outro time. – Ele riu da minha expressão. – Ellen está fora de cogitação e quanto a Natalie ela é até que bem desapegada.

- Ela é o Iam não estão juntos?

- Não, teve um tempo que eu achei que eles acabariam juntos pela forma que se tratavam, mas nada aconteceu.

- Mas, o que mais me deixou curioso foi você dizer que Ellen está fora de cogitação.  Por que?

- Ela já teve cafajeste de mais em sua vida. 

- Nossa me magoou. – Ele falou fingindo magoa.

Depois de dançar com ele, dancei com Iam, colei minha cabeça em seu peito e nos balançamos ao som da música. Quando a segunda música parou de tocar e nós nos afastamos eu fui até o bar com as meninas, Natalie e Grace estavam bem próximas. Tomamos uma dose de tequila cada uma, pegamos um drink e fomos em busca de um lugar para sentar. No caminho eu vi o Henry um pouco longe conversando com uma mulher de vestido azul tifany, mesmo a distância era perceptível que eles se conheciam e que ela estava se jogando para ele, pela forma como se inclinava e lhe tocava, ouvi a Grace bufar do meu lado e deduzi que ela também conhecia a mulher, mas não perguntei nada, não ia pagar de ciumenta. A gente não tem nada, eu nem tenho direito de ter ciúmes, mas eu tinha, não podia negar, cada vez que ela se inclinava pra ele a raiva me consumia e quando ele sorriu pra ela meu peito apertou. “Que ódio.”

- O que foi? – Natalie perguntou assim que sentamos. Certamente minha cara de cu estava visível.

- Nada. – Busquei por uma mentira. – Acho que bebi demais. – Falei e virei minha atenção para o outro lado, mas meus olhos me traíram e eu voltei a olha-lo, ele tirava discretamente a mão dela do braço e seguia para longe dela, um homem o parando quando ele se virou para vir em nossa direção.

- Você está com ciúmes? – Natalie sussurrou quase rindo depois de ver para onde eu olhava.

- Não precisa, Ava sempre tentou algo com meu irmão, mas nunca obteve sucesso. – Grace falou. 

- Eu não estou com ciúmes. – Falei. – Não tenho sequer motivo pra isso. Com licença vou pegar uma bebida.

- Não disse que tinha bebido demais?

- E bebi, por isso vou tomar uma água. - Falei qualquer coisa pra me afastar delas.

Eu só queria sair dali, não queria continuar olhando para aquelas duas e muito menos queria continuar vendo aquele idiota ser abordado por mulheres e ficar sorrindo para elas, imbecil. Me encostei no balcão e pedi uma água. Meus pés doíam por causa salto indicando que minha noite estava perto do fim.

- Boa noite. – Olhei para um homem loiro que sorria para mim. – Que pecado uma mulher tão linda sozinha.

Peguei minha água, agradeci e sai sem olhar para o homem, ainda o ouvi resmungar antes de eu me afastar, mas eu não me importei não estava com paciência. Fiquei com menos paciência ainda quando vi o Henry conversar com aquela mulher outra vez. “Eu juro que vou bater em mim mesma por ser tão idiota. Querida te orienta, vocês mal se conhecem.” Sim eu falo sozinha, as vezes é bem didático.

**

Henry...

Estava perdendo minha paciência com Ava e não era de hoje, eu nunca tive nada com ela, mesmo sendo muito bonita e estando disponível, por que ela é do tipo de mulher que se apega, já costuma grudar no meu pé imagina se tivéssemos algo. Mas, hoje ela estava beirando o insuportável, perguntando sobre a Meg e me chamando pra dançar, eu só queria sair dali e voltar para junto da ruiva.

- Com licença. – Falei me afastando.

- Já vai?

- Não era nem pra eu está aqui. – Falei sem paciência, talvez sendo grosso demais.

- Sério Henry, o que você viu nessa mulher? Ela é... – A fulminei com os olhos e sua voz morreu.

- Ela é linda, muito atraente, inteligente, carinhosa, determinada e qualquer homem ia querer ela em seus braços.

- Você está apaixonado. – Ela falou surpresa.

-  Não inventa Ava.

Sai dali deixando ela falando sozinha para trás, caminhei direto para a Meg que estava de costas para mim abraçando a Grace, depois abraçou o John e saiu antes que eu chegasse onde estava, sem pensar duas vezes eu fui atrás dela, a alcancei já fora do salão, perto das escadas. Peguei seu braço a fazendo parar.

- Você ia sair sem mim? – Perguntei com um sorriso de lado. – Sem nem falar comigo?

- Você estava muito bem acompanhado não quis atrapalhar. – Seu tom de voz era ácido.

- Eu estou muito bem acompanhado mesmo, por que você é minha companhia.

- Sou? – Ela tinha raiva nos olhos, está com ciúmes é isso? Não pude deixar de sorrir com a possibilidade. – Que foi? Eu disse algo engraçado? – Eu estava muito contente naquele comento, mas, uma parte minha se assustou com a reação dela, e eu mandei ela se calar.

- Não, desculpe eu não devia ter deixado você de sozinha.

- Eu não estava sozinha. – Ela ainda está com raiva.

- Você entendeu. Olha, por causa dos negócios eu preciso conversar com algumas pessoas e isso é enfadonho as vezes, por isso eu te deixei com os outros. – Ela ergueu uma sobrancelha. – E quanto a Ava, nunca tivemos nada antes e nem teremos. – Eu me expliquei para ela sem ao menos me dar conta do que estava fazendo. – Ela é só... uma conhecida de longa data, somente isso. Nossos pais se conhecem.

- Não me importo. – Ela fez um bico lindo, mas seus olhos pareceram suavizar.

- Tudo bem. – Puxei ela para mim, coloquei a mão livre em sua nuca e a beijei sem me importar se tinham pessoas vendo ou não. – Você quer mesmo ir embora? – Perguntei depois que nós separamos e ela confirmou com um aceno de cabeça. – Vamos então. – Disse pegando sua mão.

- Não vai se despedir?

- Eles sobrevivem.

Falei e saímos de mãos dadas em direção às escadas, peguei meu celular e liguei pra Franck, dizendo que eu já estava de saída. Quando saímos ainda tinham fotógrafos por lá, certamente esperando que alguém saísse do baile em uma situação constrangedora. Tiraram algumas fotos, quando chegamos a calçada a limusine encostou e Franck desceu.

- Somente vocês dois senhor?

- Sim.

Depois que nos acomodamos ele baixou a divisória que separa o banco do motorista da parte traseira de limusine e perguntou enquanto dava a partida.

- Para a casa da senhorita Meg?

- Não Franck, para a minha. – Os dois me olharam surpresos. – Isso é se você quiser. – Falei baixo somente para ela.

- Quero. – Ela respondeu depois de alguns segundos e eu soltei o ar que nem sabia por que estava prendendo.

- Para onde mesmo senhor? – Franck quis confirmar.

- Para a minha casa Franck.

- Sim senhor. – Uma das maiores qualidades de Franck sempre foi a discrição.

Assim que ele voltou a subir a divisória eu me virei para Meg e a puxei para mim, tomei seus lábios nos meus e a beijei fervorosamente, nossas línguas se acariciando em sua dança sensual, eu queria tê-la ali mesmo, mas, tinha tecido demais naquele maldito vestido,  eu não conseguia sequer chegar na bunda maravilhosa dela direito.

Não demorou muito até que chegássemos ao destino, agradeci ao Franck, pedi pra ele voltar ao baile e ficar aos serviços dos outros e que depois de levá-los para casa podia tirar o resto do fim de semana de folga. A peguei pela mão e a levei para o saguão do prédio eu estava ficando muito acostumado a andar de mãos com ela hoje e estava gostando disso pra caralho.

- Boa noite. – Falei para o porteiro que nos olhava admirado.

- Boa noite.  – Ele sorriu. – Acompanhado senhor Green. - O homem não conteve o comentário.

- E muito bem acompanhado. – Falei e puxei Meg para o elevador para subir até a minha cobertura.

Abri a porta e passei ainda a puxando pela mão, soltei e tranquei a porta em seguida, quando me virei Meg olhava com atenção para a sala, observando o sofá de couro escuro, o aparador, a entra da cozinha.

- É muito lindo e enorme. – Se virou para me olhar.

- Sabe uma coisa que é linda e enorme e esse vestido está cobrindo?

- Que Deus que homem tarado. – Bateu em meu braço me fazendo rir.

- Sou. 

- Me diz uma coisa. – Ela falou colocando as mãos em volta do meu pescoço.  – Por que Franck e o porteiro ficaram surpresos por você me trazer aqui?

- Por que eu não trago mulheres aqui. Apenas minha mãe e Grace já vieram no meu apartamento – Ela levantou uma sobrancelha. – É o meu refúgio, só minha família vem aqui.

- E por que eu estou aqui? – Eu abri e fechei a boca e não sabia como responder.

- Por que você não é como as outras. – Falei simplesmente. 

Antes que essa conversa se prolongasse eu a peguei no colo e subi as escadas indo em direção ao meu quarto, coloquei ela no chão indo para suas costas, a primeira coisa que eu fiz foi livrar seus cabelos daquele penteado adoro Doce e aquela cascata ruiva solta, abri o zíper devagar revelando que por baixo de tanto tecido vestia apenas uma calcinha vermelha pequena. Ela sentou na cama e esperou que eu tirasse minhas mordendo os lábios. 

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Cada vez estão mais próximos.

Quando que esses dois vão perceber o que sentem?

Próximo capítulo Domingo.

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