Capítulo 22.
Meg...
Faz uma semana desde que eu descobri que o Patrick me colocou em um site de acompanhante, a polícia investigava os rastros, pelo menos era isso que eles diziam, a página referente a mim foi tirada do ar e o Tyler tinha aberto um processo contra o site pelos danos morais que sofri.
Natalie e Iam estava me dando total apoio, ele ficou louco quando soube da história inteira, quis ir bater no desgraçado, mas eu o contive. Tive que convencer Ellen a permanecer em Mumbai, por que ela queria largar tudo e correr pra mim, mas ela estava tão animada com as suas aulas e além do mais não tinha sido nada muito grave.
Hoje vou até a editora Green para assinar o contrato para a publicação do meu livro, estava tão animada que mal consegui dormir à noite inteira e por isso estou tendo que passar um reboco no rosto, fiz um esfumado discreto nos lábios, muita máscara de cílios e um batom nude rosado. Vesti uma saia coral rosada com um detalhe com botões na diagonal e uma blusa floral de mangas curtas, coloquei um sapato de salto alto nude, peguei minha bolsa as chaves e sai do apartamento.
Dirigi direto até a editora, estacionei como minha cara de sono pela manhã na frente do prédio, atravessei a rua e me dirigi a sala do CEO, seu assistente me deu passagem, quando adentrei na sala lembrei da última vez que eu estive ali e sentimentos estranhos passaram por mim, espantei os pensamentos da mente e fechei a porta me virando para encarar os três homens a minha frente. Henry, Tyler e um associado de Carol que ela mandou para me acompanhar.
- Bom dia senhores.
- Bom dia. – Eles me responderam.
- Vamos assinar o contrato, quero começar a edição o quanto antes. – Henry falou se aproximando de mim.
- Vamos sim. – Respondi sorrindo, ele parou a minha frente me olhando profundamente nos olhos.
- Senhora Taylor, nós estávamos repassando os últimos pontos do contrato e vendo se estava tudo pronto antes de você chegar. – Tyler falou e Henry se afastou de mim.
- E está? – Perguntei olhando para o associado de Carol.
- Sim senhora. – Ele respondeu. – Está pronto para ser assinado.
- Não vamos perder tempo então. – Eu falei dando uma última olhada no contrato.
Os papéis foram dispostos sobre a mesa e Henry assinou todos eles me entregando a caneta logo em seguida. Me inclinei sobre a mesa e assinei os papéis, eu podia sentir os olhos dele queimando sobre me corpo, virei o rosto antes de assinar o último papel e o vi me olhando com seus olhos faiscando, sorri e me virei para assinar o último papel.
- Pronto. – Falei me levantando e depositando a caneta sobre o papel.
Apertei a mão de todos na sala e segui para fora de lá logo atrás dos dois advogados que saíram na minha frente. Mas, antes de chegar a porta senti uma mão forte segurando meu braço, me detendo.
- Espere um pouco.
Me virei e fiquei cara a cara com ele, soltou meu braço lentamente sem nunca deixar os olhos dos meus. Deu um passo para frente ficando ainda mais perto de mim seus olhos estavam mais escuros, ele levou uma mão até meu rosto afastando uma mecha de cabelo que caia sobre ele e colocando atrás da orelha.
- Como você está? – Perguntou com uma voz rouca.
- Estou bem.
- Tem certeza? Depois daquilo. – Ele insistiu.
- Tenho sim, não vou deixar minha vida parar por isso. – Falei pra ele que ainda mantinha a mão em meu rosto.
- Que bom, fiquei preocupado.
- Agradeço a preocupação. – Respondi sorrindo. – Agora eu tenho que ir, tenho trabalho.
- Até a próxima.
- Até.
**
Meg...
- Eu não tô com vontade de sair Iam, é sério. – Repeti pela 10 vez.
- Vocês são péssimas amigas, é a primeira conta importante que eu pego na empresa. – Ele disse com uma voz triste. - E ninguém pra me acompanhar no evento. - É o rei do drama mesmo, mas em parte ele tem razão.
- Está bem, eu vou. - Falei me rendendo. - Mas, saiba que é muito feio fazer chantagem com seus amigos.
- Não é chantagem. – Eu ri. – Te pego as 20:30, certo?
- Certo, agora me deixe trabalhar que eu tenho um segundo livro para escrever. – Falei desligando o celular.
Desde o início da semana Iam estava falando desse evento que ia ter no sábado, era da conta que ele pegou na empresa, estava fazendo a publicidade de um novo equipamento eletrônico vendido por eles. Natalie tinha compromisso de trabalho e eu estava sem a menor vontade de sair de casa, mas, ele não me deixou em paz.
Coloquei o celular no silencioso e o depositei ao lado com a tela virada para baixo, me ajeitei na cadeira e passei a prestar atenção no notebook a minha frente, estava escrevendo a sequência do livro que seria publicado em breve.
Passei o dia escrevendo, foi muito produtivo e eu estava bem feliz com isso, quando parei já passava de 18:30 e eu ainda tinha ideias em minha mente. Anotei todas em meu caderno de ideias e fui ao banheiro, tomei um banho demorado, lavei os cabelos, sai do banho com uma toalha enrolada neles, escovei os dentes, escovei os cabelos, sequei e fiz alguns cachos com o babyliss, coloquei uma faixa no cabelo para começar a maquiagem.
Fiz um olho elaborado rosado com glitter, cílios postiços e um delineado, caprichei na pele, passei um batom rosado, olhei no relógio e faltava menos de 30 minutos para Iam chegar.
Terminei de me secar, passei hidratante no corpo, coloquei uma calcinha vermelha de renda e fui procurar um vestido, acabei colocando um que Natalie me deu de aniversário uns dois anos antes e eu nunca usei por que acho o decote grande demais, se eu tivesse os peitos um pouco maiores dentro daquele decote eles quase pulariam para fora, mas, como são médios ficaram na medida. O vestido é vinho, a parte do busto é de um tecido com detalhes brilhosos e possui um decote que termina na barra da cintura, as costas ficam nuas, a saia possui uma fenda profunda e um tecido fininho por cima.

Meu celular tocou com uma mensagem de Iam avisando que havia chegado, respondi que estava descendo e deixei o celular ao lado da bolsa vermelha que usaria essa noite. Coloquei um salto nude, passei perfume, peguei minha bolsa e o celular, o guardei nela, peguei as chaves e sai do apartamento.
- Puta que pariu. – Iam falou quando eu me aproximei. – Você está demais.
- Obrigada. – Sorri de lado da sua expressão. – Você também está ótimo. – Iam usava um terno de três peças, cinza escuro com uma gravata vermelha.
- Se não fosse minha amiga eu ia te pegar hoje. – Iam brincou abrindo a porta pra mim.
- Olha a audácia. Quem disse que eu cairia no seu charme?
- Eu sei que sim. – Ele riu entrando no carro. - Sou irresistível. - Brincou.
A festa acontecia em um salão de um hotel, eu reconheci o hotel assim que paramos em frente. Só pode está de brincadeira, sério destino, você está rindo da minha cara, não é?
Eu sabia que ninguém ali me reconheceria e que isso não importava, mas, era estranho está de volta naquele hotel, por que a última vez em que eu estive ali foi algo intenso e constrangedor. O salão estava decorado com delicadeza e elegância, algumas pessoas já transitavam pelo lugar.
Iam pegou duas taças de champanhe que um garçom ofereceu e me entregou uma, tomei observando o salão, uma música agradável tocava pelo lugar, estava distraída quando Iam tocou meu braço.
- Vem, o senhor Brolin acabou de me chamar, vem comigo.
Antes de eu responder ele me puxou encaixando meu braço no seu e me levando pelo salão em direção a um grupo, quando eu foquei no homem que estava parado ao lado de um senhor de cabelos grisalhos achei que o conhecia de algum lugar, mas, foi somente quando outro homem chegou ao lado dele que eu percebi de onde o conhecia, era um dos homens que estavam com Henry na boate.
Henry falava com o homem e então olhou para a frente fixando seus olhos nos meus, ele estava usando um terno de três peças feito sob medida, escuros com listras também escuras, uma blusa branca e uma gravata vermelha.
- Boa noite senhor Brolin.
- Boa noite McAdams. – O homem sorriu e me olhou. – Trouxe a namorada com você?
- Não, trouxe a minha amiga comigo. – Ele respondeu rindo.
- Até parece que você ia me conquistar. – Comecei a brincadeira que sempre fazíamos quando algum estranho perguntava se éramos um casal.
- Iih ah lá, era doida por mim quando nos conhecemos. – Falou olhando pro John que ria.
- Nos seus sonhos né meu bem. – Falei com as mãos na cintura. – Quem ia quase toda noite na boate que eu trabalhava para me vê?
- Poxa aí tu me pegou. – Rimos juntos.
- Margareth Taylor, prazer. – Falei estendendo a mão para ele.
- John Brolin. – Ele falou pegando minha mão e a beijando. – O prazer é meu.
- Senhorita Taylor, que bom revê-la. – Henry falou se aproximando de mim.
- Senhor Green. – Sorri para ele.
- Henry, esse é Iam McAdams um dos meus melhores funcionários. – John os apresentou. – Iam esse é Henry Green.
- É um prazer senhor. – Iam falou lhe estendendo a mão.
- Igualmente. – Henry falou apertando a mão de Iam e a segurando por mais tempo do que necessário. Eles se olharam intensamente e pareceu se formar uma tensão no ar.
- Iam eu quero lhe apresentar a algumas pessoas, devido o seu desempenho na última conta. – John falou. – Suponho que o Henry não vai se importar em fazer companhia para a senhorita Taylor, eles já até se conhecem. – Iam me olhou em busca de um pedido de socorro, mas eu ri lhe encorajando.
- Claro senhor. Vamos. – E os dois saíram me deixando sozinha com ele.
Quando o olhei ele sorria de canto de boca sem mostrar os dentes e olhava do meu decote para o meu rosto, parando na minha boca.
**
Henry...
- Não precisa se incomodar em me fazer companhia, não é como se eu fosse me perder aqui dentro. – Ela falou assim que ficamos a sós.
- Se não me incomoda, eu adoraria lhe fazer companhia. – Falei sem quer deixá-la ir. – E tem algumas pessoas que seria bom você conhecer.
- Seria? – Ela me olhou levantando uma sobrancelha.
- Sim seria, por causa do seu livro.
- Tudo bem então. – Ela disse aceitando o braço que eu lhe estendia. – Falando nele enquanto tempo estará pronto para o lançamento?
- Em uns um ou dois meses estará concluída a edição e então poderemos marcar a data do lançamento.
- Ótimo.
Foi tudo que ela disse enquanto caminhávamos pelo salão, fui parado algumas vezes, conversei com algumas pessoas, a apresentei a outras, ela estava deslumbrante dentro daqueles vestido vinho, com um decote que eu não queria sequer ficar muito tempo olhando por que sabia que teria consequências, eu só queria mergulhar meu rosto ali.
- Então você já trabalhou em uma boate? – Comecei a falar tentando tirar os pensamentos de seu corpo maravilhoso. – Era garçonete?
- Já fui, mas na época que eu conheci o Iam eu era bar tender. – Ela respondeu pegando uma taça de champanhe que um garçom ofereceu. – Eu já trabalhei em muitos lugares antes de chegar na emissora.
- Imagino, até acompanhante você já foi. – Ela se soltou do meu braço e parou virando na minha direção e me lançando um olhar mortal. – Cedo demais para piadas? - Falei sorrindo descaradamente.
- Idiota. – Disse batendo no meu braço, mas rindo em seguida.
- Desculpe. – Falei tocando seu rosto, ela somente sorriu para mim. – Você e esse Iam são muito amigos? – Perguntei descaradamente.
- Por que a pergunta?
- Curiosidade.
- Sim, somos. Quando a gente se conheceu ele estava afim de um colega da Natalie que andava com a gente, por isso se aproximou. – Um garçom parou com uns aperitivos na nossa frente ela pegou um e levou a boca.
- Quem é Natalie?
- Uma amiga minha, ela, Ellen e o Iam são a meus melhores amigos. – Minha vontade era perguntar se ela e esse Iam eram mais que amigos, mas me contive.
Sorri para ela e a levei para apresentar a algumas pessoas, escritores, editores, investidores, perdi a conta de quantos homens babaram em seu decote ou ficaram observando-a andar com seu rebolado enquanto passava, a mulher chama atenção. O jeito como alguns deles a olhavam com luxúria me deixava incomodado e de mal humor.
Ela era muito simpática e se integrava rapidamente nas conversas, demonstrava ser uma mulher de grande conhecimento e a cada instante me sentia mais atraído por ela, seu amigo se aproximou de nós um tempo depois com dois copos nas mãos.
- Olha gata lhe trouxe um drink para compensar minha ausência.
- Você diz o fato de ter atrapalhado meu momento criativo para encher a minha paciência até me convencer a lhe acompanhar e depois que chegou você me largou aqui e se o Henry não fosse gentil o suficiente para me fazer companhia eu estaria jogada as traças? – Eu ri da forma como ela falou e invejei a proximidade dos dois.
- Isso vai passa na minha cara que eu sou um amigo ruim.
- Mas eu ainda te amo. – Ela sorriu e se esticou para dar um beijo em sua bochecha. – Agora e isso aqui de que é isso?
- É vodca com suco de amora. – Ele a disse entregando o copo. – Eu ia lhe trazer um coquetel, mas eles só têm duas coqueteleiras e já tinha usado com tudo.
- Isso serve. – Ela pegou tomando um gole grande sem fazer careta.
- Por que as coqueteleiras não podiam ter sido usadas? – Não contive minha curiosidade.
- Eu tenho alergia a Pêssego e kiwi.
Alguém chamou minha atenção e me despedi dos dois me afastando, acabei em uma roda de homens de terno preso em uma conversa tão chata que era de cortar os pulsos. Quando finalmente consegui me livrar um homem me parou para falar o quanto meu pai era um homem brilhante, eu sempre ficava orgulhoso e triste quando falam essas coisas, sinto muita falta dele.
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Finalmente postei capítulo. Mais tarde tem mais.
Henry está encantado pela ruiva.
O que será que acontece em seguida?
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