Meg...

Eu não podia expressar a raiva que estava sentindo do Patrick nesse momento, aquele desgraçado pegou minhas fotos a minha intimidade e expôs, não só expôs ele fez uma conta em um site de acompanhante, ele queria me humilhar, provavelmente esperava que alguém me encontrasse com meus amigos e falasse sobre isso.

Não tinha mais ninguém que poderia ter feito isso, por que ele quem tinha aquela foto, ele tirou aquela foto. Eu me sentia violada, abusada, humilhada, ele estava usando a minha imagem.

Ainda estava abraçada ao Henry e eu nem sabia o por que,  mas ele estava sendo muito gentil comigo, ouvi a porta abrir e vi um dos homens que estavam na boate com o Henry no dia em que a Ellen viu o Lincon com outra.

- O que aconteceu? – O homem perguntou nos olhando e eu me afastei do Henry limpando meu rosto.

- Tyler, essa é Margareth Taylor, Margareth esse é Tyler Moore advogado da empresa.

- Senhorita Taylor estava agora mesmo vendo o seu contrato.

- Não foi por isso que eu o chamei aqui. – Henry o cortou apontando uma poltrona próxima pra ele sentar. – Lembra que eu te contei  como conheci a Margareth?

- Sim. – Ele falou discretamente. 

- Não foi ela quem fez a inscrição no site.

- Foi uma fraude então. – Ele se virou pra mim. – Você não tinha ideia disso não é?

- Não, você acha que eu tô nesse estado por que? – Falei sarcástica.  – Chorei pela beleza da sala do senhor Green? – Falei sem paciência.

- Desculpe, suponho que você queira isso fora do ar o quanto antes e que tenha todos os rastros apagados?

- Sim.

- Vou redigir o pedido para a retirada e um processo por danos morais já que eles não confirmaram seus dados. - Tyler falou rápido assumindo uma postura profissional.

- Mas você não é meu advogado. – Falei com vontade de chorar, minha irmã estava longe.

- Tyler é advogado da corporação Green e você é uma funcionária da corporação, logo ele pode lhe representar  tranquilamente. 

- Vou agora, já tenho seus dados. Henry me manda o link do site para eu anexa-lo. – Falou se levantando. – Você devia ir o quanto antes da polícia. Já ajuda, pois eles vão poder rastrear de onde veio a inscrição mesmo que não suspeite de alguém.

- Obrigada.

Ele assentiu e saiu da sala me deixando novamente sozinha com o Henry, eu tinha que ir na delegacia e contar, mas eu só queria que isso acabasse e logo pra  eu viver minha vida em paz.

- Olha eu agradeço por tudo. – Disse depois de um tempo ficando de pé. – Vou indo.

- Eu lhe acompanho até a delegacia. – Ele falou,  tentei dispensar mas, ele insistiu e acabei aceitando.

O caminho área delegacia  foi rápido e silenciosa, mas não desconfortável.

**

Meg...

- Qual o nome dos seus pais? – O policial que anotava meu depoimento perguntou.

-Alberto Brown e Rosemary Smith Brown.

- Os donos da Brown contabilidade?

- Sim, esses.

- A senhora tem ideia de quem possa ter feito isso? - Ele perguntou me olhando.

- Não senhor - Não senhor, menti da melhor maneira que pude e lágrimas escorreram por meu rosto.

Depois do depoimento Henry insistiu em me levar em casa, mesmo que eu tivesse falando que iria voltar orar o trabalho, mesmo já passando das 16 horas, só desisti quando Grace falou comigo me mandando ir para casa. O fato é que eu não queria ficar sozinha, não sei por que estava me sentindo tão frágil e vulnerável, mas eu teria que aguentar mais um pouco até a Natalie chegar, mandei uma mensagem perguntando que horas ela chegava e me disse que estaria em casa antes das 18, pedi pra ir me ver assim que chegasse. 

- Por que você não contou que sabia quem fez aquilo? - Ele perguntou enquanto dirigia para o endereço que eu indiquei.

- Por que o meu ex namorado é policial. – Falei e vi ele olhar pelo canto do olho. – Se soubessem que suspeito dele o boletim de ocorrência provavelmente se “perderia” em meio aos papéis da delegacia. - Fiz aspas com as mãos. - Foi isso que aconteceu na vez que o Patrick segurou meu braço com tanta força que fiquei marcada por dias, claro que na época eu teria voltado para tirar a queixa dias depois quandi ele me enrolou chorando e pedindo perdão.

- Então foi o seu ex?

- Uma das fotos foi ele quem tirou. Aquele infeliz. Eu prefiro que a investigação chegue a ele sozinha. – Eu não queria falar sobre o Patrick e ele pareceu perceber por que ficou em silêncio. – Eu fiquei curiosa com uma coisa, por que você contratou o serviço de uma acompanhante?

- Por que a curiosidade?

- Só curiosidade. – Disse dando de ombros. – Você é um cara bonito, jovem, está comandando a imprensa faz um tempo e não fudeu com tudo então deve ser competente – Ele deu uma risada nessa parte e puta que pariu que sorriso lindo.

- Obrigada pela confiança.

-  E é bom de papo, - Continuei o ignorando. – Podia ter a mulher que quisesse por que contratar uma?

- Eu posso ter a mulher que eu quero? – Ele me olhou nos olhos enquanto parava em um sinal e eu pude vê uma faísca de malícia passar por eles.

- Deve poder.. ue. Agora me responde.

- Então, quando eu saio com uma mulher, a gente janta, conversa e depois fode. – Ele disse calmamente.  – Se eu saio com uma acompanhante a gente janta, conversa e depois fode. – Ele olhou de canto de olho e voltou sua atenção para a rua a nossa frente. – Uma coisa não tem muita diferença da outra, mas  com a acompanhante eu não preciso dizer repetidas vezes que é um encontro casual, que aquilo não vai evoluir para um relacionamento, que eu não quero compromisso. – Ele falava como se tivesse falando do clima. – Então, ela tá ali prestando um serviço e desde que seja paga de acordo está tudo certo. Ou seja, eu tenho as mesmas coisas sem todo o drama envolvido.  – Deus de ombros.

- Uma coisa eu aceitei sobre você é um cafajeste e babaca.  – Falei não contendo uma risada de escárnio.

- Eu apenas estou sendo sincero.

- Você já pensou em deixar claro pra mulher que é um encontro casual? Não repetir figurinha.  Que não busca um relacionamento.

- Eu faço isso.

- Está dizendo que você a tão foda que as mulheres ficam loucas na primeira vez? - Perguntei incrédula com tamanho convencimento.

- Me diz você. – Ele disse estacionando.

- Eu fiquei louca pra te bater.

- E bateu, e forte. – Ela passou a mão no rosto. 

- Desculpe por isso, e agradeça não ter sido um soco, por que esse sim é forte. – Ele riu.

- Você vai ficar bem sozinha?

- Vou eu acho, minha amiga chega daqui a pouco. – Uma vozinha no fundo do meu ser queria pedir para ele ficar comigo até a Natalie chegar, mas eu a expulsei pra longe.

- Tem certeza? - Ele perguntou parecendo pouco disposto a ir embora.

- Tenho sim. – Sorri pra passar confiança. – Mais uma vez obrigada pelo apoio hoje. – Falei tocando braço.

- Não tem de que.

- Até mais. – Falei tirando o cinto e abrindo a porta com uma mão e segurando a bolsa com a outra.

- Até.

Rumei rápida para o prédio, quando passei pela porta vi ele dar a partida e subi direto para o meu apartamento tomei um banho com direito a choro, vesti uma roupa fresquinha e esperei Natalie vir até a minha casa, pra ligarmos para Elle  e eu contar o que aconteceu.

**

Henry...

Só consegui acelerar o carro depois de vê- lá entrar no prédio, minha vontade era ficar mais um pouco e me certificar que ela estaria bem, mas não queria ser invasivo. Uma coisa martelava na cabeça, quem era o homem que feito isso com ela, ela disse se tratar de um ex namorado, eu tinha uma vontade incontrolável de saber quem era esse homem e me certificar que ele ficasse longe daquela ruiva, mas, não queria violar a privacidade dela contratando alguém pra descobrir isso e pelo visto ela não estava disposta a contar.

- Então quer dizer que foi tudo um grande engano? – John perguntou mais tarde com um copo de whisky na não, sentado no sofá da minha sala. Ele e Tyler tinha vindo aqui como duas velhas fofoqueiros saber a história direito.

- Foi sim. – Respondi me levantando pra tomar tornar a encher meu copo. – Foi por acaso que a gente se encontrou ali e uma puta de uma coincidência que ela estava justamente atrás da mesma coisa que eu.

- Então essa mulher é pica mesmo né. – John bebeu outro gole. – Deixou você no jeito e nem é uma profissional. – Fechei as mãos em punho sentindo o sangue ferver.

- Vamos ter mais respeito por favor. – Ele riu mais quando viu a expressão no meu rosto levantou as mãos em rendição.

- E ela não sabe quem foi? – Tyler perguntou.

- Não. – Menti, respeitando a vontade dela voltando a me sentar no sofá.

- Puta merda, nem imagino como ela deve está se sentindo invadida.  – Ele falou.

– É muita sacanagem fazer uma coisa dessas. – John completou.

- Sim, ela ficou horrível, chorou sem parar por minutos balbuciando coisas, quando a deixei em casa ainda parecia muito abalada.

- Também não é pra menos. – Tyler falou. – Espero que amanhã ainda eu consiga retirar a página do ar, já dei entrada no processo contra a plataforma. 

- Obrigada Tyler, quero isso fora do ar o quanto antes.

- Essa mulher mexeu com você em cara. – John comentou.

- Não viaja eu faria isso pra qualquer um.

Ele não respondeu, os dois se olharam e esboçaram um sorriso me fazendo fechar a cara, até parece que eu sou um cara insensível e desumano. Que eu não sou capaz de me tocar com as com as coisas, os dois eram uns ingratos isso sim.

- Então, ela tem a mão pesada? - Tyler perguntou, quando eu contei sobre ela ter ido me devolver o dinheiro e a forma como descobrimos tudo eu deixei de fora os tapas como ele sabia? O olhei com uma sobrancelha erguida em questionamento. - Qual é Henry seu rosto estava vermelho quando eu cheguei na sua sala e aquilo não era rubor. - Desgraçado.

- Você não tem noção do quanto é forte, meu rosto ficou ardendo por minutos. - Falei e os dois que eu chamo de amigos caíram na gargalhada.

- Você apanhou de uma mulher. - John riu de mim.

- Dois tapas. - Tyler lembrou.

- Idiotas. - Fechei a cara. - Podem parar com isso. - Involuntariamente pensei no momento em que eu segurei seus pulsos, a corrente elétrica passando entre nos dois, a minha vontade beijar ela.

Depois que eles foram embora, vi um pouco de TV para vê as notícias do dia, depois fui deitar precisava dormir bem por que no dia seguinte eu teria reuniões dobradas, deitei e sono logo me pegou e eu fui flutuando lentamente para o sono profundo.

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Mais um capítulo.  Finalmente tudo esclarecido. 

O que será que vai acontecer a seguir?

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