Capítulo 13.
Meg...
- Sério por que a gente não comemora em casa. - Pergunto pela décima vez enquanto Natalie prendia meu cabelo de lado.
Era sábado e nos íamos comemorar o fato de eu ter entregado o livro, aproveitando do fato de que Lincon estava viajando e consequentemente Ellen estava em casa, Natalie e Iam decidiram que saríamos para uma boate, Ellen adorou a ideia, mas eu preferia ficar no aconchego do nosso lar, algo me dizia que essa noite não terminaria bem caso saíssemos, mas, ninguém quis me ouvir e estávamos nos arrumando para sair.
- Mas nós vamos sair, você precisa sair de casa está criando raízes. - Natalie brincou.
- É tem teia de aranha em certos lugares tenho quase certeza. - Ellen brincou e saiu correndo do meu quarto.
Depois que Natalie terminou a trança lateral que prendia parte do meu cabelo fui tratar da minha maquiagem, não fiz nada muito elaborado, preparei uma pele bem iluminada, um olho marrom simples com delineado, cílios postiços e um batom vermelho vivo, coloquei um vestido também vermelho de mangas longas, que ia até um pouco antes dos meus joelhos e um decote que valorizava meus seios e sandálias de salto prateadas.

Natalie estava com os cabelos soltos cheiros de ondas, um esfumado cinza evidenciando seus olhos e um batom vermelho alaranjado. Usava um vestido cinza prateado simples de mangas longas que ficava no meio das suas coxas e uma sandália de salto bem alto prata.

Ellen estava com um olho apenas com um delineado e um batom nude, os cabelos em um rabo de cavalo imponente, usava um conjunto de calça e cropped pretos com um cinto de corrente na cintura e sandálias de salto com estampa de bicho.

Depois de prontas fomos para a sala onde Iam já esperava por nos esperava largado no sofá com o celular na mão usando uma calça preta, sapatos marrom e uma camisa azul quase violeta com os punhos arregaçados até um pouco antes dos cotovelo.

- Já que as madames se aprontaram vamos? - Ele disse se levantando.
- Até parece que a gente demorou. - Respondi.
- Imagina. - Ele disse com ironia e recebeu três línguas como resposta.
- Então qual dos três vai nos levar? - falei olhando meus amigos já que eu sou a única que não possui carro e nem eles deixam eu dirigir.
- Nenhum de nós né. - Natalie falou como se fosse muito óbvio.
- Querida hoje nós vamos comemorar ou seja... - Ellen disse.
- Beber. - Os três falaram juntos.
- Está bem vou chamar o táxi então. - Disse pegando meu celular de dentro da bolsa.
Quando chegamos a boate Natalie usou seu conhecimento com a moça da portaria que lhe devia pelas entradas para a semana de moda para entrarmos sem fila, o lugar era um dos mais movimentados da cidade e ficava aberto até quase o amanhecer o que fazer com que fosse o lugar preferido de muitas pessoas. Sem contar que era grande confortável, contava com números de dança e apresentações ao vivo nos fins de semana.
Hoje contava com a presença de um Dj brasileiro chamado Alok, Ellen adorava ele e ficou muito animada quando o viu na cabine, olhando bem o cara era realmente muito bonito.

- Vamos tomar algo. - Gritei acima da música.
Todos concordaram com acenos de cabeça e fomos na direção do bar, depois de algumas margueritas eu me sentia mais leve e divertida. Dançamos no meio da pista eu dançava ao som da música, sentia como se a melodia que emanava dos alto falantes entrasse em cada célula do meu corpo e me vi esse em uma dança quase natural e primitiva.
As meninas ao meu lado também dançavam contentes, Iam dançava com uma mulher de cabelo azul perto de onde estávamos, alguns caras chegaram até nos, mas dispensamos todos não estava com paciência para isso hoje.
Depois de um tempo ali bebendo e dançando voltei ao bar para tomar mais umas margueritas, me encostei de costas no balcão, foi quando eu vi uma cena que me fez congelar e fez me sangue todo ferver.
Lincon descia as escadas que davam acesso a área vip abraçado com uma mulher, uma pequena parte de mim quis acreditar que eu não estava vendo aquilo, não podia ser, ele tinha mentido, não podia ser, devia ser um mal entendido talvez eu tivesse bebido demais.
Mas, como se o universo quisesse me provar que aquilo que o que eu via era real e estava acontecendo bem ali na minha frente, assim que terminaram de descer as escadas ele puxa a mulher contra o seu corpo e a beija com vontade.
- O que foi parece que... - A voz de Natalie morre a medida que ela segue a direção do meu olhar. Ela olha para Ellen que se aproximava sem entender nada.
- O que vocês estão olhando? - Ela diz inocentemente olhando na direção que olhávamos. - Eu não acredito. - Foi tudo que ela falou.
Não sei quanto tempo Ellen ficou ali estática, olhando a cena que se desenrolava a nossa frente, eu tinha vontade de chorar pois sentia a minha amiga se quebrando ali na minha frente e não tinha nada que eu pudesse fazer para impedir que isso acontecesse.
Depois de beijar a mulher por mais tempo do que um ser humano seria capaz de aguentar Lincon a pegou pela mão e começou a caminhar provavelmente em direção a saída, foi quando ele nos viu, o homem ficou branco como um papel e fez menção de se virar para o outro lugar quando a mulher o segurou com cara de interrogação.
As coisas então aconteceram muito rápido, Ellen avançou na direção deles com tanta mágoa e ódio que se ela fosse um desenho animado eu tenho certeza que teria fumaça saindo dos seus ouvidos.
Eu e Natalie fomos atrás dela sem pensar, Ellen deu um tapa estalado no rosto de Lincon que a olhou com uma expressão indecifrável no rosto.
- Seu infeliz, traidor. - Ela gritou com a voz entrecortada e eu sabia que estava tentando segurar as lágrimas.
- Traidor? - A mulher falou esganiçada. - Você é comprometido?
- Ele era. - Ellen gritou.
- Seu escroto, filho de uma puta, está saindo comigo a duas semanas. - A mulher gritou e um tapa forte em seu rosto e saiu de lá.
- Ellen não fala assim eu Te Amo. - Ele falou tentando tocar nela, ignorando completamente a mulher que havia saído.
- Você não ama ela coisa nenhuma. - Dessa vez eu me meto na conversa ficando na frente de Ellen.
Um grupo de pessoas já olhavam o acontecido com rostos curiosos, Ellen não conteve o choro e correu em direção a saída com Natalie ao seu encalço. Lincon fez menção de segui-la e eu o impedi com um braço estendido.
- Nem pense, você não vai chegar perto dela.
- Você não vai me impedir. - Ele disse entre dentes fazendonmeincorpo gelar, mas eu não recuei.
- Mas eu vou. - Iam chegou nessa hora indo para cima de Lincon. - O que esse infeliz fez? - Perguntou ao passar por mim.
Por pouco eu consegui segura- lo pelo braço, impedindo que ele comece uma briga dentro da boate, mas enquanto nos olhávamos com Iam ardendo de raiva e querendo bater no homem a nossa frente e eu tentava dizer para ele não fazer isso apenas o olhando nos olhos Lincon saiu em disparada na direção da saída.
Foi quando eu olhei um ponto atrás de Iam e o vi descendo as escadas, o homem que eu odiava mesmo sem conhecer, o homem que eu vira messes antes e que me teve de formas que nunca tinha me sentido confortável antes. E puta merda ele tinha que está tão lindo, vestia uma calça social preta e uma blusa preta de mangas longas puxadas até acima do cotovelo e gola rolê.
Nem percebi quando Iam se soltou do meu agarre e saiu em dispara na direção da saída, eu sabia que deveria fazer igual, por que Ellen é minha melhor amiga e precisa de mim, mas também por que eu estava nervosa e furiosa com o que acabara de acontecer e tudo que eu queria naquele momento era voar sobre aquele homem que me olhava com olhos intensos e arranhar seu belo rosto. O desgraçado estava ali na minha frente me olhando como se eu fosse um carro em uma vitrine.
- Algum problema senhorita? - Uma voz me fez sair do transe.
- Está tudo sob controle senhor obrigada. - Respondi olhando para o dono da voz, um homem de olhos claros e sorriso encantador que estava ao lado dele.
**
Henry tinha chegado a boate que é dono em parceria com John, o primeiro investimento pessoal que os dois fizeram, hoje o lugar era um dos mais famosos da cidade, gostavam de ir até lá sempre que podiam, por que além de ficarem de olho no seu negócio podia se divertir. Tyler tinha acabado de se juntar a eles na área vip.
Uma moça lhes trouxe doses de whisky e começaram a beber e conversar, sem perceber o tempo passar, Tyler discretamente perguntou por Grace e Henry respondeu que irmã estava em casa sendo a ermitã de sempre.
John e Tyler já havia se levantado da mesa onde estavam e conversavam com mulheres em um canto quando uma morena muito bela parou em sua frente.
- Você está aqui sozinho? - Ela perguntou e ele meneou a cabeça em confirmação. - Que pecado. - Ela disse fazendo biquinho. - Talvez eu possa lhe fazer companhia.
- Seria um prazer. - Respondeu lhe dando um sorriso malicioso.
A mulher não esperou outro convite e se sentou ao seu lado se inclinando sobre ele, colocando uma mão em sua perna e iniciando uma conversa, ele pouco ouvia do que a mulher falava, estava mais ocupado no seu copo de whisky e pensava em quando podia tirar a roupa dela e a foder, estava sem sexo a alguns dias e isso o estava deixando estressado.
A mulher falava sem parar e ele prestou menos atenção ainda quando viu algumas pessoas próximas da varanda olhando para a pista de dança abaixo. Ele se levantou deixando a mulher falando sozinha e foi ver o que estava acontecendo.
Perto do bar algumas pessoas se aglomeravam em volta de 5 pessoas, quatro mulheres e um homem, uma delas que usava um vestido preto extremamente colado ao corpo falava algo deu um tapa no homem e saiu da boate. O homem nem pareceu se importar com o que aconteceu ele tentou se aproximar da mulher de calça e blusa preta a sua frente que tinha uma expressão de dor no rosto e parecia está quase em lágrimas.
Foi quando uma terceira mulher de vestido vermelho e cabelo ruivo se meteu entre os dois impedindo que o homem se aproximasse da outra, quando ela levantou a cabeça para falar com ele, Henry a reconheceu, era a Misty.
Sem pensar duas vezes Henry seguiu para as escadas com John e Tyler em seu encalço perguntado o que tinha acontecido. Olhando uma última vez para o salão antes de descer John viu a mesma mulher que vira dias antes em um barzinho e ela parecia que estava chorando enquanto se afastava dos demais com outra em seu encalço, ele sentiu algo estranho ao vê-la daquele jeito, como se quisesse reconforta-la.
- Uma briga no salão. - Foi tudo que ele falou.
Quando alcançou um ponto da escada que lhe dava visão do acontecia as outras duas mulheres já havia ido embora e ela segurava o braço de um homem que parecia prestes a avançar sobre o outro. Olhando melhor para ele Henry percebeu que aquele homem de quem Misty segurava o braço era o mesmo que vira com ela no restaurante dias antes.
"Talvez ele seja namorado dela e por isso ela não é mais acompanhante. Será que ele sabia da vida que ela levava? E por que isso me importa? Ela é apenas uma mulher que eu fodi." Vários pensamentos rodavam a cabeça de Henry naquele momento enquanto ele se aproximava.
Quando o olhar dos dois se cruzou pareceu que estavam presos, ele não conseguia e nem mesmo queria desviar os olhos dos dela e ela parecia fazendo mesmo. O homem que ela mantinha sob seu agarre se soltou e se afastou, mas ela não tirou os olhos de Henry. Ele via raiva nos olhos dela, não era para menos depois de tudo que aconteceu, mas também via outra coisa que não conseguia identificar o que era.
Seu membro começava a despertar dentro de suas calças apenas pela proximidade dela, se John não tivesse falado lhe tirando do transe ele provavelmente seria capaz de pular em cima dela tendo namorado ou não.
- Algum problema senhorita? - John falou parando ao seu lado e o despertando.
- Está tudo sob controle senhor obrigada. - Respondeu enfim tirando seus olhos dos dele e focando em John. - Me desculpe pelo incômodo.
- Está tudo bem. - Dessa vez foi Henry quem falou chegando mais perto dela que começava a se afastar e tocando seu braço, quando ele fez isso uma onde de eletricidade passou de um para o outro. - Se precisar de algo.
- Não senhor, obrigada. - Ela forçou um sorriso ignorando o arrepio que sentia pelo toque do homem que odiava e a vontade que estava de bater nele. - Com licença.
Sem dizer mais nada ela puxou o braço se soltando e se encaminhou para a saída. Quando chegou do lado de fora Iam chamava um táxi e não tinha mais sinal de Ellen ou de Patrick, se aproximou do amigo e entraram no carro.
- Natalie disse que estavam indo para casa. - Falou olhando uma mensagem da amiga no celular e dando o endereço ao taxista em seguida.
- Você devia ter me deixado bater naquele infeliz. - Iam disse entre dentes.
- Você não podia fazer escândalo dentro de uma boate pelo amor de Deus Iam, queria acabar a noite em uma delegacia?
Do lado de fora da boate Henry olhava o carro que Misty acabara de entrar se afastar rapidamente, ele nem percebeu que a estava seguindo até esta do lado de fora do lugar olhado ela entrar no carro.
- O que aconteceu? - Tyler perguntou ao seu lado.
- Era ela, a Misty. - Foi tudo que ele disse.
- A mulher que você encontrou naquele site e que deve ter lhe dado o maior chá de buceta da história? Por que você ficou obcecado por ela. - John falou com ironia.
- Ela mesma.
- Por isso você correu atrás dela? - Tyler levantou uma sobrancelha. - Quem diria Henry Green correndo atrás de mulher.
- Eu não corri atrás dela, só quis saber se estava tudo bem. - Ele se defendeu e os amigos caíram na gargalhada.
Henry não estava mais com paciência para beber ou olhar para a cara de idiota dos amigos por isso os deixou falando sozinhos e se virou na direção do estacionamento. No caminho de casa ainda sentia a pele aveludada dela em sua mão e sentia vontade correr os dedos por todo seu corpo lhe provocando suspiros.
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Olha só primeiro encontro dos dois depois do acontecido, pena que foi em um momento complicado.
Quando será o próximo encontro?
Ellen ficará bem?
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