[🍰] - you can be my teacher?
Boa leitura!
Eu acabei dormindo demais, e era do meu feitio mesmo dormir das quatro horas da tarde até as uma da manhã e não conseguir dormir o resto, e pra melhorar eu tentei dormir? Não, eu fui assistir série, porque nunca se sabe se o sono volta com a sétima temporada de Supernatural.
Eu estava no elevador com o Tae, pronto para subir e encontrar com Jeon, já estava morrendo de saudades do meu pítico.
E foi só pensar nele que a porta do elevador abriu e ele estava lá, com atenção no celular de novo, foi nostálgico ver ele de terno do mesmo jeitinho de sexta feira.
Ele adentrou o elevador e guardou o celular no bolso, eu troquei alguns olhares com Taehyung, fiquei com medo de acontecer a mesma coisa que aconteceu na sexta.
— Oi anjo.— sussurrou sorrindo.
— Me chamou? — encarei assustado e ele colocou a mão na minha cintura.— O que está fazendo? O Tae está aqui, estamos no trabalho...
— Senti saudades...— me deu um selinho, eu fiquei espantado com a sua atitude e encarei Tae que agora estava comprimindo o riso, ele estava roxo segurando.
— E-eu também, o que está fazendo? — coloquei minha mão sobre a dele.
— Nada, eu só estou conversando com você... O Tae sabe, então não tem problema, tem? — encarou meu melhor amigo de cor roxa.
— Eu estou aqui? — perguntou irônico olhando para os lados.
— Voltando ao assunto, oi anjo...— virou seu rosto pra mim.
— Oi...— relaxei um pouco sentindo sua mão sobre a minha cintura.— Seu cabelo está bagunçado.— levantei as mãos para ajeitar.
— Obrigado.— sorri, e eu retribui.
— De nada...
— A cara de transa é nítida.— Taehyung murmurou.
Jeon e eu começamos a nos encarar enquanto sorriamos feito idiota, eu me sentia um adolescente com ele, e era tão bom sentir-se assim.
— Dormiu bem? — perguntou.
Pensei em dizer a verdade, que fiz maratona série a madrugada toda, mas lembrei de o quão claro ele foi sobre isso.
— Sim, como você havia dito.— menti.
— Ok, hoje temos um dia corrido, mas falamos disso depois.— ele fala gentil se aproximado pra me beijar.
— O Tae está aqui, não se importa? — parou bem perto da minha boca.
— Vocês trocam tantas informações que eu acho que você me beijando não vai ser nada.— deu de ombros se aproximando para um selinho rápido, que acabou se tornando um beijo.
— Eu vivi pra ver isso.— Tae comentou.
Fomos nos afastando devagar pela vontade de continuar, mas sabíamos que alguém podia entrar a qualquer hora naquele elevador.
A porta do elevador abriu no momento exato que estávamos em nossas posições normais, o que foi um alívio, tirando o fato de umas mil pessoas entrarem juntas no mesmo elevador e tudo ficou apertado, e eu acabei batendo as costas no peito do Jeon.
Que posição, meus amigos.
Tae olhava tudo de longe, com um sorriso nos lábios.
— Eu não sei se posso confiar em mim mesmo nessa posição.— ele abaixou um pouco e sussurrou no meu ouvido tentando disfarçar.
— Que feio, senhor Jeon...— fingi decepção e senti sua mão apalpar minha bunda que estava literalmente encostada na sua virilha, mas logo foi retirada na velocidade da luz, provavelmente alguém devia ter olhado e ele percebeu.
Eu sorri feito um idiota, mas não queria demonstrar a imensa felicidade numa segunda de manhã, então abaixei a cabeça.
Quando o elevador parou, saímos em direção ao nosso setor e Jeon passou por nós começando a caminhar a nossa frente lentamente.
— Bom dia! — Jeon entrou no setor fazendo tudo parar, inclusive eu.
Ele? Falando bom dia?
Jungkook depois da recepção calorosa foi até sua sala deixando todo mundo travado.
— Ele falou bom dia? Tipo, usando a palavra "bom"? — Jackson passou por mim.
— Acho que sim.— dei de ombros.
— Ele está namorando, sim, ele está. Não tem outro motivo! — Mark correu até mim.— Você vive com ele, então me diz aí, quem você acha que é? Será que é a Yeri?
Me afastei indignado.
— Yeri? Piada! — debochei, mas me arrependi.— Quer dizer, eu não sei, não falo com ele sobre esse tipo de coisa.— menti.
— Pra mim tem coisa aí, ele está dando bom dia! — Jin arqueou a sobrancelha.
— Bom, eu admito que falei pra ele que não era nada humano da parte dele ignorar vocês, eu até dei um livro de auto ajuda no aniversário dele.— recebi um tapa brincalhão de Jin.
— Você é incrível, mas irei investigar a fundo. Se ele está namorando ou não, nada passa pela gente.— Mark leva a mão nos lábios pensando.
— Vamos esquecer isso, beleza? — Tae corta o clima me acompanhando.— Você também tá com cara de transa, então disfarça.— sussurrou.
[...]
Bati na porta de Jeon segurando alguns papéis que ele havia me pedido.
— Entre.— eu obedeço entrando na sala vendo sua sala totalmente lotada de pastas.
Onde ele havia tirado tudo aquilo? E desde quando ele tinha tanto trabalho assim.
— Uau, o que houve aqui? — perguntei.
— Ah, estou conferindo as bagunças do meu pai.— apertou os olhos.— Que dor de cabeça.— reclamou.
— Quer um remédio? Eu posso buscar.— entreguei os papéis da minha mão.
— Não precisa, eu só não coloquei as lentes de contato hoje de manhã, mas eu posso usar o óculos...— ergueu o braço até a gaveta e tirou um óculos, que levou até os olhos.
— Uau.— deixei escapar vendo a imagem de Jeon com óculos.
Tudo nele parecia ser miraculosamente perfeito, maldito playboy dos filmes. Com o óculos na metade do nariz enquanto analisava os papéis, aquela posição que o fazia estufar o peito e os braços bem musculosos pelo paletó.
— Que pecado, Jesus.— chacoalhei a cabeça tentando afastar os pensamentos.
— Acho que isso é um elogio.— sorriu.
— Sim, por que não usa isso sempre, eu aprovo totalmente seu esquecimento de lentes de contato.— me sentei a sua frente.
— Você acha? Não me deixa broxante? — eu soltei uma risada irônica.
— Eu quero saber o dia que eu irei te olhar e te achar broxante, sinceramente com esse óculos aí, eu já me imaginei vestido de estudante esperando punição do meu professor.— brinquei vendo um sorrisinho surgir nos seus lábios.
— Estou aqui para tornar seus sonhos realidades, mas falando de trabalho, você precisa ir na contábil assinar seu contrato, mas leia para ver se concorda com todos os termos.— largou as folhas me entregando um outro papel.
Era o meu contrato.
Não pude deixar de sorrir lendo o contrato, era fixo, ou seja para sempre com Jungkook.
— Está bom para você? — perguntou.
— Eu vou ter um crachá azul??? — eu abri um enorme sorriso.
— Sim? — arqueou a sobrancelha.
— Então eu não ligo para o resto.— dei de ombros devolvendo o papel.
Ele me perguntou o porquê da fixação do crachá, então expliquei que aquele era meu primeiro emprego relacionado com publicidade, algo que eu realmente queria fazer, Jungkook achou besta, porém adorável.
— Eu sou mais o preto que está pendurado no seu pescoço, mas eu me conformo com azul.— ele ri.
— Eu ganho vários descontos por causa desse crachá.
— Uma regra que você mesmo inventou, seu safado.
— Eu tenho meus benefícios, ok? — explicou.— Acho que se ficar aqui mais um pouco eu irei perder o foco.
— Levei um pé na bunda...— me lamentei.
— Queria poder levar uma outra coisa aí, mas são as regras.— eu ri.
— Até mais tarde.— mandei um beijo no ar e sai da sala.
Deixaria para ir na contábil assinar uma outra hora, estava mais concentrado em ir comer com meus amigos do que assinar um papel, que teria a vida toda para fazer isso.
— Vamos almoçar? — Tae perguntou.
— Sim, pode ser! — agarrei seu braço sorrindo e caminhei com meu melhor amigo.
— Quando vai ser seu segundo encontro com ele? Já pensou em algo impressionante?
— Não pensei em nada, muito menos impressionante.
Ele me olhou com desaprovação logo jogando na minha cara que eu deveria fazer algo muito especial, porque seria difícil superar o que Jeon fez pra mim, um fim de semana de rei e com tudo que eu tinha direito.
É, ele em partes tinha razão, mas ao contrário de Jeon, que tinha acesso à isso tudo, eu ainda era só um estagiário, e teria que me dobrar para fazer algo legal.
— Não precisa ser luxuoso, só precisar ser especial, faz uma coisa que ele iria gostar de ver você fazendo.— explicou.
— Chupar o pau dele? — perguntei confuso e Tae ri, alto demais.— Entendi, isso não.
— Também, eu acho.— deu de ombros.— Mas veja o que ele gosta e faça, eu prometo tirar o Hoseok e o Yoongi por uma noite inteira só pra vocês ficarem a vontade.
— Eu ficaria extremamente grato se fizesse isso, além do mais tenho que comprar camisinha então...
— Você não tem?
— Puf, se eu passasse na farmácia pra comprar eles estourariam fogos de tanto tempo que eu não compro.— ele ri, ele sabe que era verdade apesar de eu ter exagerado um pouquinho a situação.
[...]
— Senhor Jeon...— chamei.
— Sim, Park? — falou ainda analisando os papéis.
— Você está livre hoje a noite?
— Por quê? — abaixou os papéis e para me olhar.
— É que vamos ter uma conferência importante na minha cama, eu e você.— juntei as mãos fazendo uma voz seria, o que enganava muito bem, pois o que eu falava não era nada profissional.
— Eu não perderei essa conferência por nada.— sorriu.— Vamos fazer algo em especial?
— Sim, mas eu quero que seja surpresa... Aliás, eu tenho que sair agora para assinar o contrato, tudo bem?
Ele analisou o relógio sabendo que já estava quase na de lugares comerciais fechar.
— Se for agora, nem irá precisar voltar...— pensou.— Pode sim.
— Obrigado, senhor.— sorri.— Aliás, você pode levar seus óculos em casa?
Ele me olhou confuso, tinha uma tatuagem em sua testa escrito "o óculos?"
— Você vai saber quando chegar lá.— ele pareceu se render, curioso, mas não insistiu.— E vai de terno, quero muito arrancar essa tortura visual de você.
Ele ri, talvez um pouco sem graça, ou comovido com a minha sinceridade, mas tentou mudar de assunto.
— Já pode ir, está dispensado por hoje.— sorri fazendo um tchau com a mão.
— Quer dizer que não estou mais no meu horário de trabalho? — deixei uma risadinha escapar quando ele fez um "claro, isso significa ser dispensado por hoje"
Me levantei indo até ele ainda sorrindo e me inclinei para um beijo, que foi correspondido na mesma hora.
— Tenho que ir.— me afastei um pouco, ainda perto de sua boca, já avermelhada.
— Fica mais um pouquinho, eu estou morrendo de saudades...— fez um bico me puxando para o seu colo.— A casa ficou um silêncio sem você lá.
— Eu sei que sou demais.— me ajeitei em seu colo.
— Eu admito que é um sofrimento te ver o dia todo e não te agarrar.— confessou.
— Digo o mesmo, quando colocou aqueles óculos, eu descobri um novo fetiche.— o beijei.— Tenho que ir, de verdade.
— Eu sei.— concordou, mas não me soltou.— Te vejo mais tarde então? — começou a beijar meu pescoço.
— Sim, você sabe aonde eu moro, então sobe direto tá? — ele ficou confuso, mas concordou.— Agora eu tenho que fazer compras, e assinar um contrato, então... Até mais tarde.— sai de seu colo dando um selinho.
— Compras? No que você está pensando?
— Em algo especial, mas não vou contar.— corri até a saída deixando um sorriso bobo em seus lábios.
[...]
Eu depois de passar na contábil, fui no mercado e depois no shopping, apenas fui comprar uma roupa nova, sabem como é né, tem que ter o pacote completo.
Já que nada doque pensei em fazer superava o que Jeon fez por mim, eu decidi que o jeito era usar a minha melhor tática, o sexo.
O jantar poderia perder alguns pontos, mas não o que eu preparei para o resto da noite.
Eu estava agora em uma das filiais das lojas de Jeon com conteúdo feminino íntimo, eu iria matar ele.
— Deu três milhões de wons, senhor.— a atendente fala com um sorriso descarado no rosto como se fosse uma quantia qualquer.
Se o salário dela for maior que o meu, eu usarei a cinta-liga para enforcar o Jungkook.
Eu não tinha toda aquela quantia, o que era óbvio, e sabia que numa loja onde se servia champanhe eu jamais iria conseguir um desconto.
— Um momento.— sorri sem graça pegando o celular.
Eu poderia ligar para o Taehyung, não é? Não, ele além de já ter tirado os namorados da cena, iria me zoar por isso.
Pensei e cheguei à conclusão perfeita para a situação.
— Alô? — a voz de Jeon pareceu confusa, uau a voz dele era linda por telefone, iria fazer um sexo por ligação qualquer dia desses.
— Jeon, vem rápido, eles têm umas máquinas! Eles querem levar tudo de mim! Por favor, corre! — fingi um desespero exagerado em frente à moça do caixa.
— Park? Park? Onde você está??? — segurei o riso vendo ele acreditar.
— E-eu não sei, eu estou no shopping mas...— ele desligou antes de eu completar.
Me virei para a moça do caixa com um sorriso largo, avisei que uma pessoa já viria me ajudar com o valor da compra e ela apenas concordou, ainda confusa pelo meu show desnecessário.
Quando Jeon chegou olhava para todos os lados da loja até me encontrar e vir apressado até mim. Ele olhava em volta e procurava o tal perigo que eu havia mencionado, seu peito subia e descia com desespero e seu cabelo estava completamente fora do lugar.
Eu via o cordão preto de seu crachá e não demorei dois segundos para pegar e entregar a atendente.
— Tem desconto né? — sorri.
— É o senhor, Jeon Jungkook? — analisou o crachá e depois o homem cansado a minha frente.
Ele não respondeu, apenas fez um "sim" meio morto com a cabeça, ele estava um caco, com a boca seca e entreaberta de tanto buscar o ar.
— Então não tem o que cobrar.— me entregou de volta.
— Eu insisto em pagar, só preciso de um desconto.— falei.
— Você só precisa de o que? — Jeon pegou o crachá da minha mão inconformado.— Eu infringi umas cinco leis de trânsito pela sua ligação e você só precisava de um desconto?
— O horário comercial já está acabando e a loja ia fechar...— murmurei pegando o crachá e devolvendo a moça.— O desconto, por favor.— sorri.
— Mas o crachá master da direito à livre a acesso à loja, é tudo dele de qualquer jeito.— explicou tentando me devolver e eu continuei insistindo.
— Cobre, antes que eu fique em perigo real aqui.— apontei descaradamente para Jeon.
Ela não queria, mas passou com um desconto de oitenta por cento, ou seja, eu não paguei quase nada por aquilo, o que foi um alívio, porque eu ainda tinha contas a serem pagas.
Assim que tudo foi resolvido, peguei as sacolas apressado com medo da expressão séria, porém cansada de Jungkook sobre toda a situação.
— Por que fez isso? Você é doido? — caminhou comigo.
— Desculpe, eu iria dizer o que?
— "Eu preciso que você compre algo pra mim"?— respondeu como se fosse óbvio.
— Mas eu não preciso, e não fale como se eu precisasse do seu dinheiro, eu precisava do seu crachá, é diferente.— respondi.
— Estou bravo com você, nada de jantar hoje à noite.— ordenou.
— Tanto faz, quem perde é você.— dei de ombros fingindo estar inabalável, mas aquilo em deixou desapontado, por mais que não fosse sério.
— Por que você não é normal? — mudou de assunto, o que me fez já imaginar ele na minha casa para jantar.
— Eu pago pelas multas, senhor certinho.— reclamei.
— Não é pelas multas, foi só desnecessário.— colocou a mão no bolso da calça.
Foi mesmo, mas foi uma comédia.
— Eu precisava de você antes que a loja fechasse, e o que tem de mal numa aventurinha? — mirei ele com meu melhor olhar condenador.
— Por que quem está sendo julgado sou eu? — olhou para cima, talvez numa tentativa de reclamar com forças superiores.
Seus passos ficaram lentos, mas ele continuou me acompanhando um pouco distante em absoluto silêncio até meu carro.
Procurei a chave eu meus bolsos, até que Jungkook encostou as costas na porta de meu carro com os braços cruzados, como se quisesse alguma coisa.
— Não me assuste desse jeito, nunca mais.— mudou a posição de suas mãos, que agora estavam segurando minha cintura.
— Na hora me pareceu divertido, desculpe.— fiz um biquinho enquanto ele me puxava sutilmente para mais perto dele.— Obrigado por me ajudar com um desconto, vou te usar sempre que puder.— alertei sincero.
— Folgado.— ele ri, mas eu me defendo dizendo que não tem como negar oitenta por cento de desconto.— Aliás, roupas femininas? No que está pensando? — sorri aproximando os lábios dos meus.
— Achei que o jantar estava cancelado.
— Não dê uma de difícil agora.— implorou, eu tive que soltar uma risadinha de seu desespero.— O que será que você preparou pra mim?
— Você só irá ver na hora.— ele murmurou alguma coisa como "Estou ansioso agora para esse maldito jantar" e quebrou a distância entre nós colando nossos lábios.
Podia ser lento, e poderia acontecer quantas vezes eu quisesse, o beijo dele continuaria intenso e o melhor te todos.
— Preciso ir, tenho um jantar à preparar.— me afastei um pouco.
— Eu mereço mais uns quatro beijos pelas multas.— me segurou com mais força.
— Você pode se recompensar mais tarde, agora eu tenho que ir, adeus! — me soltei dele rapidamente entrando no carro.
Abaixei a janela e ele foi se inclinando para me dar mais um beijo rápido.— Até depois, amor.— recuei surpreso, ele sabia que era meu ponto fraco era me chamar de amor, só usava pra me provocar, e conseguiu quando puxei sua nuca para um beijo.
Eu senti ele sorrir no meio do beijo, provavelmente por ter conseguido o que queria, mas eu não me sentia arrependido apesar de ter cedido à provocação.
— Eu preciso ir agora, idiota.— me afastei fazendo uma careta.— Não se esqueça dos óculos, eles são importantíssimos.
— Te vejo mais tarde.— me deu um selinho concordando com meu alerta e se afastou do carro enquanto eu ligava o mesmo.
Me concentrei em ir pra casa e apenas preparar o "jantar".
[...]
Eu preparei a minha melhor comida japonesa, eu não podia fazer mais nada além disso, pois eu nasci pra fazer sopa e o básico do básico, não tinha uma Mina para preparar um jantar, e muito menos dinheiro pra pagar algo melhor que aquilo.
Nossa, falando assim me sinto um fodido, e nem é do jeito que eu quero.
Graças a pesquisa sobre o Jeon para a revista de aniversário da empresa, eu pude descobrir varias coisinhas sobre Jungkook, como ele gostar de sushi e pizza, gostar de jogar videogame, que eu não pude acreditar de primeira.
Ouvi a campainha tocar então corri para atender empolgado vendo ele do jeitinho que eu imaginei, de terno e óculos, com a mesma roupa social de sempre, mas havia um buquê de flores em sua mão e um caixa com um vinho branco.
— Oi, anjo.— me deu um selinho entrando.
Eu estava com a mesma roupa que passei o dia todo, o que deixou ele visivelmente decepcionado.
— O que foi? — me fiz de desentendido. Fechei a porta e peguei o buquê de sua mão.— São para mim? — admirei os belos lírios, que eram meus favoritos.
— Sim, eu estava passando e pensei em te comprar isso.— colou nossos corpos e não demorou para fazer o mesmo com nossas bocas.
— Deixa eu colocar isso num vaso.— me afastei tímido pensando em onde iria colocar as belas flores, apenas optei em por na mesa de centro da sala, para que todos pudessem ver.
Voltei em sua direção com um sorriso e analisei a garrafa de vinho, deveria ter custado o preço da minha casa, eu sinceramente nunca experimentei, mas já ouvi falar.
— Seu esnobe.— murmurei muxoxo.— Me sinto invisível assim...— comentei decepcionado analisando o vinho.
— Como? — pareceu inconformado.— Park, não seja bobo, se fôssemos tomar suco de uva e alguns sanduíches, pra mim não faria diferença.— moveu sua mão até meu queixo para encarar com facilidade.
— Que bom, porque é exatamente o que temos pra hoje.— menti e ele ri.
— Eu realmente não ligo, não se você comer comigo.— me deu um selinho.
— Galanteador barato.— revirei os olhos.— Vamos comer logo, tá? Não é esse o foco da noite! — puxei ele para a cozinha sentindo seu olhar pervertido com a minha fala.
Não demorou para eu acomodar ele em uma cadeira e guardar o vinho.
— Não vamos tomar ele?
— Eu irei revender ele na deep web.— expliquei ouvindo sua risada.— Que foi? Você disse que suco de uva não seria problema.
— E não é, pode mandar seus melhores sanduíches, eu estou faminto.
— Não me subestime achando que eu te trouxe pra comer sanduíches.— retirei da geladeira minha maior obra de arte.— E aí, — coloquei na mesa vendo seus olhos brilharem — O que achou?
— Achei maravilhoso, como soube? — perguntou sorrindo.
Ah, nada demais... Passei o dia lendo a revista de aniversário da empresa e descobri muitas sobre você.
— Intuição? — menti vendo ele obviamente desacreditar, mas não insistiu.
Sentei com ele a mesa e deixei ele livre para comer, o que não demorou, pois ele parecia tão animado a comer, que eu não sabia se era o tal "faminto" ou estava realmente bom.
Eu experimentei, não estava ruim. Mas se ele me disser que foi o melhor que ele já comeu, seria mentira.
— Está muito bom, você que fez? — perguntou limpando a boca, eu apenas confirmei.— Você leva jeito, está realmente bom.— fiquei um pouco tímido com seu comentário.
— Obrigado, não sou bom na cozinha, mas eu me esforcei e...
— Você é muito bom sim, eu adorei.— sorriu e eu acompanhei.
Ficamos batendo um papo descontraído enquanto ainda digeríamos a comida e eu me recusei a servir o vinho dele, eu tinha minha própria bebida, mas de provocação lhe entreguei suco de uva.
— Desculpe, não iria deixar isso passar.— expliquei servindo vendo seu sorriso.
— Eu já disse, não vejo problemas, só quis trazer algo, desculpe-me se te fez sentir desconfortável.— bebericou o suco de uva.— Melhor do que vinho, por que eu ainda tenho que dirigir...
— Quem disse que você vai embora hoje? — protestei rápido.
— Mas amanhã temos que acordar cedo para o trabalho.
— Então você veio aqui sem nenhuma má intenção? — perguntei incrédulo.
— Como se fosse possível.— deu de ombros.— Quer que eu durma aqui?
— Não seria dormir exatamente...— murmurei.— Falando nisso, vem...
Me levantei com um sorriso sapeca no rosto o conduzindo para o quarto, eu sabia o que ele estava pensando, mas eu estava ali para surpreendê-lo, né?
O sentei na ponta da cama enquanto pegava a sacola de roupa que havia comprado mais cedo.— Você espera aqui, tudo bem?
— Eu devo ficar com medo, ou com tesão? — tirou os sapatos buscando conforto.
— Tesão, juro que não irei demorar.— dei um selinho nele correndo para o banheiro.
Eu demorei uns dez minutos apenas para colocar aquela meia 3/4, meninas como vocês fazem isso?
É bom ele gostar, porque o tempo que eu gastei com isso não vale tanto a pena, se bem que a pena é foder com ele, então vale sim...
— Preparado? — coloquei a mão na maçaneta da porta ainda fechada.
— Eu estou com mais medo do que tesão, sério.— respondeu e eu ri.
— Antes de entrar, você tem que prometer não rir.— avisei.
— Agora eu estou com mais medo ainda, mas eu prometo que não irei rir, ou coisa do tipo...— deixou a confusão tomar conta de sua fala.
Eu entrei no quarto e eu não pude deixar de ver sua expressão mudar, ele tinha os olhos brilhando sobre mim, e estava espantado, com certeza eu o peguei de surpresa com aquela roupinha.
[n/a: eu to rindo muito sério, amo o meu jimin]
Como eu estava? Vestido como uma estudante de ensino médio, mas que estava louca pra dar para o professor.
Eu, com minhas meias pretas até a metade da coxa, o que não foi nada fácil de achar uma que coubesse em mim, a saia xadrez vermelha e um camisa branca de botões, eu até coloquei a porra de um laço na cabeça.
— Você...— tombou a cabeça para trás rindo, muito alto.
— Jungkook! Você falou que não ia rir! — repreendi envergonhado.
— Não estou rindo de você, estou rindo porque você é incrível e minha mente não consegue reagir isso de uma forma sólida, então eu estou rindo de tão sortudo que sou.— tentou acalmar as risadas, ele fez um sinal com a mão para que eu me aproximasse, e foi o que eu fiz.
— O que achou? — fiquei em pé a sua frente deixando ele bem perto da minha saia, uau, eu estou com uma saia...
Jeon passou os nós dos dedos sobre o tecido da meia, me causando um arrepio por todo o corpo. Seus olhos pareciam tentar memorizar cada detalhe da minha roupa, até que ele solta uma risadinha ainda me analisando.
— Você está incrível.— foi a única coisa que ele conseguiu falar.
— Você está sempre incrivel.
— Eu não tenho palavras para descrever o quão maravilhoso você é, e está.— fechou os olhos chacoalhando a cabeça.
— Você bem que poderia tentar, foi meio difícil vestir essa roupa...— falei manhoso.
— Park, você está lindo, como sempre, você me faz rir, como nunca, me faz querer você, como ninguém...— senti minhas bochechas esquentarem.— Vem cá, — me puxou para sentar em uma de seus coxas.— além de lindo, engraçado, você é único, ninguém nunca iria fazer isso pra mim, e eu sinceramente não quero além de você.— começou beijando meu pescoço.
— Você é bom com as palavras, professor.— falei sentindo seu sorriso sobre a pele do meu pescoço.
— Por isso me mandou vir com o óculos? Para parecer com um professor? — inclinou a cabeça com um sorriso nos lábios.
— Sim, eu fiz isso por você, mas também por mim...— expliquei.
— Eu adorei, se você queria me deixar com tesão, conseguiu.— passeou suas mãos sobre minha coxa.— Você colocou um laço na cabeça...— continuou admirado.
— Tem alguns laços em outro lugar, mas você terá que ser rápido se quiser ver.— comentei em tom provocativo vendo sua expressão admirada sumir, e a pervertida tomar conta.
— Serei rápido, prometo.
— A dúvida que não quer calar...— me ajeitei em seu colo sentindo ele estremecer.
— Qual dúvida? — perguntou passando a língua sobre os lábios.
— Você pode ser meu professor essa noite? — ele sorri fraco focando, único e exclusivamente em meus lábios.
A noite prometia uma longa diversão entre nós.
E aí cambada, apesar de não ser expert no quesito smut, eu irei fazer o cap sobre essa noite aí, porque todos nós merecemos ler o Jimin vestido assim, não é mesmo?
Bom, contando isso são dois smut que eu já escrevi, minha mãe está tão orgulhosa de mim.
É isso aí cambada do cacete, até o próximo capítulo.
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