[🍰] - wonderland

Tenham uma boa leitura 💕



Cheguei em casa me sentindo um adolescente que tira nota máxima em uma matéria difícil, ou eu mesmo quando cheguei a mais de mil seguidores no Twitter.

— E como foi lá, meu esposo? — Taehyung pergunta passando pelo balcão da cozinha com as mãos molhadas o que indicava que ele lavou a louça e veio para sala.

— Eu consegui! — começamos a dar gritinhos juntos, mas paramos pelas vassouradas que a vizinha do andar de cima deu.

Ela grita alguma coisa sobre gritarmos como patricinhas e nós nos olhamos tentando entender o que aquele comentário queria dizer, mas deixamos passar e gritamos ainda mais.

— A quarta usamos rosa! — ele responde num tom alto e eu volto a rir.

Não foi nem pelo comentário, mas eu estava realmente feliz, a um dia atrás eu fazia drinques em uma balada no período da noite e era atendente de uma filial de cafeteria no período da manhã, era essa minha vida, mas agora eu tinha conseguido o cargo alto até demais para os meus sonhos.

— Você já conheceu seu chefe? Soube que ele é o maior gostoso.— diz ele se sentando no sofá.— O significado de soube é: Min Yoongi.

— Faz sentido. Mas não, não conheci ele ainda, só irei dar de cara com ele amanhã.

— Boa sorte em resistir a ele, eu soube que ele é osso duro de roer.

— Eu não fico roendo osso.

— Uau, você deveria ingressar em ser humorista, leva muito jeito.— revirou os olhos enquanto eu tirava meus sapatos.

Eu odiava de certa forma usar terno, eu usava apenas em situações "especiais" como essas. Roupas um pouco mais confortáveis e estilosas eram mais meu estilo.

— A próxima vez que usar esse terno espero ser em um velório, sério.

— Credo, o único próximo a você sou eu, então não.— falou.— Me diz como foi.

— Tá, vou começar com eu ter babado na super estrutura do prédio, ele é lindo! Com certeza o engenheiro e o arquiteto fizeram um ótimo trabalho.

— Você fez curso técnico de arquitetura, não é? — me interrompeu e eu confirmei.

— Usei isso ao meu favor, eles babaram no meu currículo. Como eu não fui lá antes? — sorri e vi que meu amigo me fitava com um olhar cheio de brilho.

— Sabe o que a gente tem que fazer? Comemorar! — se levantou todo eufórico.

— Eu peço a pizza e você escolhe o filme.— falei.

— Eu sei que isso é diversão, mas eu estou falando de diversão... De verdade?

Me senti atacado.

— Eu me divirto vendo Simplesmente Acontece, tá bom?

— Não, você se sente confortável, mas não é diversão. Mas não falaremos sobre sua situação deprimente, eu quero encher a cara, dançar pra caramba e também não sentir mais minhas pernas!

— A gente não vai foder.

— Não sentir as pernas de tanto dançar! — ele solta uma gargalhada.— Irei me arrumar e é melhor que você faça o mesmo.

[...]

Era impressionante como Kim Taehyung tinha o seu jeito de me convencer a fazer as coisas que eu não queria, e lá estava eu numa balada com música alta e o cheiro de álcool excessivo.

Não é que eu não gostasse disso e fosse um rabugento, longe disso. Eu apenas me cansei de coisas muito agitadas, eu me tornei uma pessoa mais tranquila, ou eu será que o Taehyung não tinha se tornado um adulto?

— O Yoongi já tá chegando! — ele gritou no meu ouvido.— Wow, eu posso gritar e ninguém da vassouradas aqui! — ele diz e eu ri. Ele já estava bêbado?

Depois de um tempo encostado em uma pilastra onde eu podia ficar de olho no meu amigo e seu namorado pela falta de pessoas ali, pedi um drinque e fiquei cantarolando a música alta.

Algumas músicas depois olhei para pista e tanto Tae quanto o namorado tinham desaparecido, provavelmente se pegando num lugar mais afastado, mas não foi isso que me chamou atenção e sim um homem perfeitamente desenhado com o maior carinho de Deus encostado no balcão bebendo enquanto me olhava.

Ele usava um terno que na altura do campeonato estava meio amarrotado pela confusão do local, a gravata afrouxada e dois botões soltos, o que deixou ele bem sexy com aquele olhar sobre mim.

Interessante... Espera, não. Eu não vim para paquerar, tenho trauma de me envolver com as pessoas, nunca deu certo mesmo.

Quando olhei para o homem misterioso ele tinha sumido, uma pena porque obras de arte como aquela tinham que ser apreciada mais vezes, mas não fiquei pensando muito nele, foquei em filosofar no meio da balada.

Amanhã eu começaria meu novo emprego, um emprego de verdade, onde todas as minhas habilidades seriam testadas e eu adorava a sensação.

Era estranho a sensação de que a mudança de ontem para hoje foi drástica. Era assustador saber que amanhã seria ainda mais.

— Filosofando sobre as frases em neon? — uma voz desconhecida me faz sair de meus pensamentos.

Era a obra de arte de minutos atrás e ele era mais bonito de perto.

— Elas são profundas.— dei de ombros querendo parecer casual, mas eu estava nervoso também.

— Com certeza. "Isso não é amor, eu estou apenas bêbado" — leu uma das frases em neon que estavam espalhadas. — Levarei pra vida.

— Não estou falando dessa, eu me referia a "quando a vida te dá uma limonada, adicione vodka".— escutei ele rir fraco e se encostar mais perto de mim.

— Machado de Assis? — puxa assunto.

— Não, essa é do Vinicius de Morais, mas foi quase.— vi ele dar um sorriso sem mostrar os dentes e eu acompanhei.

Agora que ele estava ali eu não poderia fugir mais, não que fosse um esforço ficar na companhia dele, eu até me sentia bem com ele ali, e isso considerando a minha pessoa era algo impressionante me sentir confortável com a companhia de desconhecidos.

— O que te fez filosofar? — cruzou os braços fazendo estufar o peito e amém aos meus olhos que viram aquilo.

A julgar pela fala dele, com certeza um psicólogo.

Tudo que eu precisava era de um para me escutar e eu consegui gratuitamente na balada, que sorte!

Se bem que eu estava conversando com um estranho, mas eu nunca mais veria ele, então eu só me consultaria de graça por algumas horas enquanto bebia, o que já era ótimo porque bêbados falam de tudo.

— Aconteceram tantas coisas boas comigo que eu até desconfio que foi na minha vida mesmo.— relevei sem nem me importar se ser pessoal demais, como reação ouço um riso nasal.— Não estou reclamando nem nada, longe de mim, só achei... Repentino?

Ele pareceu pensar numa resposta, deixei um psicólogo louco, meu maior medo de tornou realidade.

— A Alice não sabia que iria para o país das maravilhas quando acordou, mas mesmo assim foi.

— Mas apesar disso, foi uma desgraça total cair no buraco.

— Não foi uma desgraça, foi apenas diferente.

Se eu tivesse apostado, eu tenho certeza que ganharia dinheiro com ele, é claro que o senhor desconhecido era psicologo, olho o jeito dele!

— Não me sinto como a Alice. Eu sou mais a lagarta.

Ele arqueou a sobrancelha confuso: — Uh?

— Eu mudo com passar da história.

— Filosofoda.

Depois de nos aprofundar no assunto de filosofias e minha vida, o silêncio se instalou entre nós dois pela primeira vez.

— Aonde a gente vai chegar com tudo isso? — perguntei e ele ri novamente se divertindo com a minha pessoa.

— Não faço a mínima idéia.

















NAO DESISTI NO CAPÍTULO 1 QUE VITÓRIA

PRA VC QUE NÃO GOSTA DO JEITO QUE EU ESCREVO, SAIBA QUE EU MUITO MENOS MAS NÓS SEGUIMOS RSRS

PODIA ESTAR MATANDO OU ROUBANDO MAS TO AQUI PEDINDO VOTO

OI GALEURO

TCHAU GALEURO

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