[🍰] - they need know
Boa leitura!
Jeon ficou comigo a tarde depois do nosso horário de trabalho, teríamos que nos encontrar para ir ao tal jantar com o pessoal do setor, então optamos por ficarmos juntos mesmo.
Já estávamos prontos para sair, mas era cedo demais, então sentamos na sofá enquanto debatíamos sobre coisas idiotas, que quase sempre saiam de mim.
— Hoje o Jin comentou sobre jantar de negócios que o Namjoon vai dar.— soltei a informação.
— Não estou sabendo, provavelmente deve estar na minha correspondência o convite.— continuou com os olhos na televisão.
— Você vai? — perguntei.
— Esse tipo de entretenimento chato não me interessa.— franziu o cenho, mas ainda virada para televisão.— Podemos ir no cinema, ou fazer qualquer coisa juntos, isso sim me interessa.— seus olhos finalmente estavam me encarando.
— Claro, eu vou adorar.— sorri um pouco fraco.
Quando Jin contou todo animado da festa, eu me animei também, com todos os detalhes chiques para preparar um jantar, Seokjin até comentou sobre ir como acompanhante, já que a casa era praticamente dele também.
Fiquei feliz pelo fato de ter juntando um casal tão brilhantemente lindo como os dois, também ficava feliz de abrir oportunidades como festas lindas para ele.
— Acho que já podemos ir, vamos? — desligou a televisão.
— Sim.— confirmei.
[...]
Já tinha algumas pessoas do trabalho reunidas em volta da grande mesa reservada para nós, Jackson e Mark assavam a carne e sussurravam algumas besteiras no ouvido um do outro.
Jin e Namjoon também estavam ali, mas não pareciam consumidos pelo demônio da putaria, eles conversavam amigavelmente, como um casal tranquilo e feliz.
Eles eram tão perfeitos.
Ao chegar mais próximo da mesa, de mãos dadas com Jungkook, todos estavam chocados, talvez o fato de Jeon dar a mão a alguém e não estar sendo obrigado a isso assustava, não os culpava, eu mesmo demorei muito para me acostumar.
— Isso é tão legal, o Jeon não está de terno, acho que vou morrer.— Mark brinca analisando nós dois nos acomodarmos um ao lado do outro.
A mesa era enorme e tinham aquelas cadeiras acolchoadas marrom que davam a volta na mesa.
Jeon decidiu sentar-se na ponta, decisão essa que fez todas as pessoas deslizarem mais para o lado, para que eu me sentasse, logo em seguida Jungkook.
— Isso é estranho.— Jeon sussurrou passando o braço pela minha cintura.
— Eu acho super legal.— sorri movendo minha mão até seu peitoral, ele retribui o sorriso e começa a olhar em volta. O pessoal da mesa estava encarando nós dois, aquele olhar às vezes me fazia refletir como Jungkook se sentia, talvez todos achassem que ele não era humano, porque o ver agindo como um, assustava.— O que foi gente? Nós namoramos.
— Foi mal, só estamos digerindo.— a voz de Jin foi descontraída quando falou.
Eu e Jeon recostamos as costas ao mesmo tempo no couro acolchoado da cadeira, meu olho encontrou com o dele ao mesmo tempo, mas o dele continha um brilho diferente, único. Parecia tão feliz, talvez o sorriso tímido que ele abriu logo em seguida o entregou.
— Tudo bem por você? — perguntei baixinho enquanto ainda analisava o brilho de seus olhos.
— Sobre o que exatamente?
— Receber esses olhares até acostumarem com a gente junto.
— Tá brincando? Eu finalmente cheguei em algum lugar de mãos dadas com você, o olhar das pessoas não me importa.— agora, provavelmente eu sabia que o brilho único dos olhos dele, estavam nos meus também.
— Estou com cede.— mudei de assunto.
— Vim dirigindo então não vou beber álcool, você quer senhor adicione vodka? — brincou.
— Se você não vai beber, eu também não vou.— mexi a postura todo orgulhoso de mim mesmo por ser um ótimo namorado.
Olhei em volta e todos pareciam bem alegres com suas cervejas na mão, talvez eu estivesse salivando na bebida alcoólica dos outros, como eu pude chegar a esse ponto?
— Você não vai ficar triste se eu beber umazinha, né?
— Foi nessa de umazinha que você ficou com amnésia do nosso primeiro encontro.— ele ri fazendo sinal para o garçom.— Uma cerveja preta, por favor.
Eu amava cerveja preta, mas era cara demais para sair comprando, ele iria pagar não é? Não estava afim de bancar o modesto se fosse para beber uma boa cerveja.
Depois de algumas goladas naquela cerveja, eu fiquei mais alegre, comecei a me entreter no meio das conversas entre eles, e até fiquei mais tranquilo porque quando Yoongi chegou, Jungkook pareceu ficar mais solto também, até deu para ouvir mais sua voz.
— Jimin, canta uma música pra gente! — Taehyung levanta o copo, já parecia um pouco chapado.— A voz dele é tão linda gente, parece um anjo...— avisou ele orgulhoso.
— Não, eu não-
— Canta e muito, não seja modesto, canta uma música pra gente! — Taehyung me interrompeu.
Meu olhar foi diretamente em Jeon, que também parecia surpreso com a ideia de eu saber arranhar um pouquinho na música.
— Canta amor, eu nunca ouvi.— Jungkook sussurrou bem próximo do meu ouvido, aquilo me fez ficar arrepiado.
— O que eu canto? — perguntei para Tae, já que tinha sido ideia dele.
— Canta qualquer uma, só precisamos ouvir sua voz de anjo.— deu de ombros.
Fiquei sem graça com aquela situação, todos pareciam empolgados com a canção que eu iria cantar, eu nem sabia se conseguiria cantar, então avisei que só recitaria um pedaço de Serendipity, uma música muito conhecida por todos nós.
— Let me love, let me love you...— passei a mão nos cabelos finalizando a canção, que acabou durando até o final.
— Eu não falei? Parece um anjo! — Tae ergue o copo orgulhoso.
Era satisfatório saber que eu não sou o mais bêbado dali.
— Você tem uma voz linda mesmo Jimin.— Lisa elogiou, assim como todos ali.
Eu estava quase afundando meu rosto em algum lugar, apenas para que eles parassem de me elogiar, no final eu era muito vergonhoso.
— Isso foi incrível.— foi Jungkook que sussurrou bem perto do meu ouvido, foi quase inaudível.
Levei meus olhos até ele, tinha aquele brilho de novo, o sorriso dele era tão iluminado como qualquer lustre de cristal, aquilo me deixava feliz como nunca.
Ele mexeu os lábios formando um "eu te amo" que só eu pude ver, sorri e movi meus lábios para fazer um "eu também".
Eu estava um pouco bêbado, meu corpo já começou a esquentar, aquilo significava perigo, meu corpo já ia começar a reagir ao álcool de uma maneira que eu gostava, da maneira safada.
Mexi a posição das minhas costas tentando relaxar um pouco, foi só alguns copos, deve ser coisa da minha cabeça.
— Você tá bem, amor? — Jeon sussurrou para mim.
— Estou sendo possuído pelo demônio da putaria, melhor não ficar muito perto de mim.— avisei.
— Eu te conheci consumido por ele, anjo.— ele ri levando os lábios para bem perto de meu ouvido.— Eu até gosto.
— Que tal se a gente for embora e eu te mostro o que eu poderia ter feito naquele dia? — senti sua risada rouca bem perto de mim, tão perto.
— Eu adoraria, quer fingir que está passando mal ou podemos ser descarados? — Jeon perguntou.
— Seja descarado.— ordenei mordendo o lábio curioso.
Ele limpou a garganta sorrindo e observou todos ainda distraídos com as conversas, Jungkook coloca a mão no bolso e tira uma quantia enorme de dinheiro, eu até me surpreendi.
Não era absurda, mas bem grande mesmo. Suficiente para dizer que ele era louco por andar com aquilo no bolso.
— Aqui tem o suficiente para pagar o jantar, não é? — colocou no canto da mesa.
— A gente iria dividir.— Jin avisou.
— É minha primeira vez participando de uma confraternização, insisto em pagar.— sorriu se levantando e ajeitando a calça.
— Vocês já vão embora? — Yoongi pergunta descontraído.
Meu olhar foi pra Jungkook, que também olhou pra mim.
— Vocês sabem como é, preciso satisfazer meu homem agora.— pegou na minha mão e me puxou em sua direção.
Minhas mãos pararam em seu peito e eu não pude deixar de sorrir com sua frase tão explícita.
— Como é? — Hyuna ri quase não acreditando.
— Isso mesmo que você ouviu.— passou o braço pela minha cintura com força, mas muita cautela o que foi bem sensual.— E só pra deixar claro, eu não quero burburinhos amanhã. Com licença e boa noite.
— Foi um prazer verem vocês hoje, amanhã nos vemos pessoal.— sinalizei um tchau com a mão.
— Vai lááá, arrasa com ele Jimin! — Jackson fez um pequeno time de torcida acompanhado do namorado ao seu lado, que ria feito louco.
Saímos do estabelecimento de mãos dadas, e o sorriso no meu rosto era nítido. Nós fomos assim para o carro, andando calmamente.
Estava quente. Um pouco pelo tempo, que estava realmente calor naquela noite, mas estava especialmente quente, talvez pelo álcool, ou talvez pelo fato de eu saber que daqui à alguns minutos eu iria me deitar com o homem mais lindo do mundo novamente.
— Vamos para a sua casa? Ou para minha? — perguntei apenas quando entramos em seu carro.
— Por mim podemos transar nesse carro aqui e agora.— inseriu a chave ao veículo.
— Tentador.— ri surpreso por seu comentário de safadeza repentina.— Sua casa é mais perto, não é?
— Sim, chegamos em uns cinco minutos.— calculou.
— Então é exatamente para lá que nós vamos.— conclui.
Foram três minutos, chegamos em três minutos na porta de sua casa. Eu estava ansioso, já não transava faz um tempo, e o que eu mais queria era tirar o atraso.
Sei que quando me reconciliei com Jeon fui à sua casa, mas não tinha reparado tanto assim na decoração como sempre fazia. Sentia falta do cheiro de sua casa, dos móveis caros, de toda aquela decoração cara, não porque eu era um interesseiro, mas porque tudo aquilo me fazia lembrar de Jungkook, era bobo mas foi ali que passamos boa parte dos nossos primeiros momentos.
— Já te falei que está calor? — retirei minha jaqueta.
— Umas cinco vezes.— trancou a porta.
— Quer fazer sexo na piscina? — sugeri e ele riu, quase não acreditando.
— Você realmente está surgindo isso, Jimin? — retirou sua blusa também.
Jimin, era a primeira vez que ele usava meu nome. Sempre era Park, ou amor, eu realmente gostava de amor.
— Você disse Jimin.
— Não é a primeira vez. Usei quando nós terminamos também.
— Por que nunca usou, fora na situação desesperadora? — brinquei.
— Eu gosto de falar Park. Você não?
— Me dá um belo tesão.— passei meus braços por seu pescoço deixando minhas mãos unidas em sua nuca.
— Isso parece suficiente para mim, te deixar com tesão.— deu de ombros passando o braço por minha cintura e me puxa para perto, fazendo nossos corpos ficarem colados.— Não podemos usar a piscina, ela não foi limpa ainda, Jimin.
Alcancei seu pescoço e comecei a passar lentamente o nariz, logo depois deixei um selar demorado em seu pescoço, eu sabia que estava despertando desejo nele, pois sentia sua respiração ficar cada vez mais pesada com o passear de minha boca por aquela parte.
— Você está sóbrio o suficiente né? — fui pego de surpresa por aquela pergunta e acabei soltando uma risadinha ainda com a boca perto de sua pele.
— Para saber que eu quero você debaixo de um chuveiro? Claro que estou.— afastei o rosto para encara-lo.
— Chuveiro é? — sorriu analisando minha nova proposta de local.
Ele começou beijando minha testa, logo depois meu nariz, quando achei que iria beijar minha boca, trocou a rota dando um selar demorado na minha bochecha, e então a trilha foi para o meu pescoço, já dando uma leve mordida.
— Você poderia me levar logo para o lugar do abate né? — resmungo impaciente sentindo um chupão fraco no meu pescoço.
— Abate, essa é nova pra mim.— sua boca movimentou-se novamente para minha bochecha .— Eu estava pensando...— sua boca começou a se aproximar da minha e eu já sentia o calor de seus lábios perto dos meus, entreabertos e já necessitados.— Acho que vou naquela festa do Namjoon.
Me afastei surpreso, não achei que aquilo voltaria à tona tão cedo. Estava chateado pelo fato dele ir, agora eu estava sem festa, e sem namorado.
— E por que decidiu isso? — comprimi meus lábios esperando sua explicação.
— Pode ter pessoas poderosas lá, quem sabe eu posso arranjar alguma parceria interessante, a Gucci tem ótimos acionistas.— deu de ombros.
Aquilo cortou meu tesão, de certa forma. Fiquei sinceramente chateado com o fato de começarmos a falar sobre trabalho e um assunto que eu não queria, a festa deslumbrante que eu não poderia ir.
Sabia que não haviam chances de ir como acompanhante dele, e não tinha menor possibilidade de ir como seu assistente, era mais um jantar descontraído para pessoas ricas, como Jeon.
Nem do meu porte era, provavelmente passaria vergonha.
— Se for pensar pela cabeça de cima, é uma ótima ideia.— fui sincero ao mostrar a decepção na voz.
— E se eu pensar com a debaixo?
— Você me faz companhia no sábado e não sofre o risco de sofrer castração.— ameacei e ele ri.
— Por que está falando como se não fosse? — continuou sorrindo abertamente.
— Não faz sentido levar seu assistente para um jantar desse porte.— dei de ombros.
— Mas faz sentido levar meu namorado.— sua voz parecia me provocar, como se quisesse me dizer como eu era besta em achar que não me levaria.
Realmente me provocou, de um jeito bom. O fato dele me levar em um jantar daquele porte, me fazia perceber quanta fé ele botava em nosso relacionamento.
— Eu não quero que você fique desconfortável na presença deles, mas você tem a noção de que vai ter alguns comentários a respeito não é?
Eu não tinha medo disso. Mas eu sabia que não estava preparado para ouvir esses tais comentários, continuava sendo um mero secretário, sabia do meu valor, mas as pessoas não.
Era como assumir-se gay, você sabia que não estava fazendo nada de errado, mas fica muito mais difícil na prática.
— Quer saber? — sorri.— Você pode ir sozinho.
— Eu não vou ser castrado né? — brincou, ele desfez o sorriso e começou a analisar em minha expressão algo que mostrasse chateação por não ir, não havia isso.— Você tem certeza disso?
— Sim, eu não estou preparado para isso. Mas amei o fato de você querer me ajudar, amei mesmo.
— Me avise quando estiver pronto para ir comigo.— tentou ser simpático.
— Não tenho pressa.— dei de ombros. Realmente não tinha, não mais.— Mudando de assunto... Vai me tirar o atraso ou vou ter que ameaçar uma castração?
Me pegou no colo sorrindo, facilitei para ele passando as pernas por sua cintura animado e tomei seus lábios como meus, com muita vontade.
As pontas das minhas unhas arranhavam sua nuca quase que sem querer, e ele reagi soltando o ar de sua boca, que estava em contato com a minha.
A língua dele preencheu minha boca e consequentemente ficou mais quente, tanto o ar quanto nos rodeava, quanto a temperatura dentro de mim.
Ele se afastou ofegante e sorrindo me olhando com seus olhos brilhantes de luxúria e desejo, sua mão apertava minha coxa com força, e me fazia remexer querendo mais, ele logo que recuperou o fôlego finalmente disse:— Vamos para o abate.
Então correu comigo em seu colo para o banheiro.
Eu até poderia descrever essa cena linda e maravilhosa, mas não vou (as hard stan ficam loucas).
Beijos, até a próxima.
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