[🍰] - need sleep

BOA LEITURA 💕



— Gosto.— voltou a caminhar e eu fui logo atrás.

Jura? Ele não sacou que eu queira tomar um porre com ele?

Ele entra no carro sem dizer nada, e eu atrás como um ótimo idiota, mas fiquei olhando ele colocar o cinto enquanto tinha acabado de me humilhar.

— Você não vem? — abaixou o vidro e eu sorri entrando no carro.

— Aonde vamos, oppa? — coloquei o cinto animado.

— Comprar o vinho e depois tomá-lo, esse é o seu plano, não é?— eu concordei mordendo o lábio para não ficar óbvio meu sorriso.— Então vamos...


[...]


Ele me levou até a praia. Nós iríamos ficar bêbados e sozinhos na praia.

Meu cérebro dizia que eu não deveria fantasiar esse tipo de coisa, mas já era tarde demais, eu já fui consumido pelas cenas dos filmes onde alguém convida seu par para tomar um banho e tudo acaba num beijão salgado e sexy.

Porra, cérebro. Ele nunca vai entrar na água comigo.

— Aqui está bom, né? — ele estende uma toalha que estava no carro dele.

— Hm, me levou para um lugar afastado da cidade, vazio, com bebida... O que está tramando Jeon? — provoquei enquanto ele ajeitava para sentar.

Aquela garrafa de vinho, para ele era só uma garrafa, mas para mim, era um troféu, minha maior vitória.

— Você que me chamou pra beber, Park.— não deu bola pra mim enquanto pegava o copo descartável que também havíamos comprado.

Estava tudo perfeito, na minha cabeça.

Me sentei na outra ponta da toalha, pois a garrafa estava no meio de nós dois.

Separados por uma garrafa de vinho, quem diria.

— Faça as honras.— apontei para a garrafa.

Ele sem muita cerimônia pegou a garrafa e abriu, aquele barulho de "poc" maravilhoso cortou o silêncio que havíamos criado e o cheiro do vinho invadiu minhas narinas.

Ele colocou em dois copos o líquido extremamente cheiroso e forte, que ele mesmo fez questão de escolher na loja.

— Uau, isso é muito bom.— beberiquei um pouco.— Você sabe escolher um bom vinho.

— Obrigado, eu acho.— bebeu também.

A imagem mais recente que eu tinha de Jeon era estranha, não só por que eu tinha uma queda por ele. Eu sabia analisá-lo, ele era sim, muito agradável. Só não demonstrava isso.

— Por quê você é assim? — cortei o silêncio.

— Eu nasci assim.

— Eu estou falando dessa muralha que você tem envolta de você, sabe? Você é muito agradável quando quer, gentil também, eu sei que isso não é algo que você criou do nada, por que você se esconde? É algum tipo de proteção? — bebi ainda mais o vinho.

Ele encarava o mar, que pela escuridão do horário, não era muito bem visto, mas ainda sim conseguíamos ver a lua cheia encostando no oceano.

Era bonito, ali era longe da cidade e podíamos ver muitas estrelas, a brisa do mar, o cheiro do vinho... Era realmente um clima perfeito, e não era só da minha cabeça.

Um desperdício.

— Você não sabe nada sobre mim, Park.— quebrou o silêncio bebendo de uma vez todo o líquido do copo e preencheu novamente.

— É exatamente do que estou falando! Você criou uma montanha para que as pessoas não cheguem em você. Mas estamos aqui, tomando vinho.

— Então você se acha um caso especial por estar tomando vinho comigo?

— Eu sou alpinista, montanhas não são nada pra mim.— dei de ombros tentando não me afetar com o quão rude ele foi.

"Você se acha um caso especial?"

Ele tinha razão, eu continuava não sendo nada, esse era o problema.

— Eu não me referi a mim, Jeon.— passei o dedo pela borda do copo.— Eu me referi a todos, você deve ter um super motivo pra ser assim né? Medroso, ou devo usar a palavra cauteloso?

— Cauteloso.— escolheu e eu solteiro um riso.

Claro.

— Se abrir não é ruim quando você conhece alguém que quer te ajudar.— encarei a lua.

Até a lua beijava o mar, e eu nada.

— A mar é a verdadeiro príncipe da noite hoje.— ele me encarou confuso.— Nós criamos um clima pra eles, e agora ele estão se beijando.

— Você está bêbado com um copo, Park? — eu ri fraco.

— Queria, por que quando eu bebo, eu esqueço.— murmurei fechando os olhos.— Tem uma música sobre isso...— tentei me lembrar da letra de "A lenda".

— Sobre?...

— O romance da lua e o mar.— expliquei.— Bem, lá no céu, uma Lua existe, vivendo só, no seu mundo triste...

Então o mar, frio e sem carinho, também cansou de ficar sozinho. Sentiu na pele aquele brilho tocar e foi pela lua se apaixonar...

Finalizou e eu ri.

Luz que banha a noite, que faz o sol adormecer...— parei um pouco e comecei a encarar Jeon tão profundamente.— Mostra como eu amo você.— eu não cantei, deixei as palavras saírem da minha boca como um aviso.

Ele sabia, ele entendia, mas mesmo assim tirou seus olhos dos meus e olhou para a lua.

Ele fugiu, novidade.

— Se faz sorrir ou faz chorar, o coração é quem sabe...— murmurei pra mim mesmo.

Eu deveria parar, respeitá-lo como meu chefe, desistir de sentir essa sensação idiota que é estar perto dele e me sentir bem mesmo quando estou mal.

Se a lua toca no mar, ela pode nos tocar.— cantou ele baixinho.

— Você deveria parar sabe? Com isso...

— Isso o que? — perguntou admirando a vista.

— Nós estamos numa praia bebendo vinho, eu não deveria estar aqui, isso não é normal, eu deveria estar em casa te odiando, falando o quanto eu odeio trabalhar pra você, então por que estamos aqui? Por quê eu estou aqui? Eu não sou especial, não deveria me fazer sentir como tal.

— Você me chamou aqui.

— Você deveria ter dito não!

— E por quê eu faria isso sendo que eu queria tomar vinho com você, Park?

— Viu? Você está fazendo de novo, me dando liberdade. Eu queria ser o mar, que é conquistado pela lua, mas eu sou a lua, a carente que veio em busca de amor.

— Você está nos comparando a uma música de amor? — questionou.— Park, não leve as coisas tão a sério, você me chamou e eu vim, na próxima não me convide se não quiser.

— Esse é o problema, eu quero.— retruquei rápido.

— Por Deus, você é tão transparente! — me deu um tapa no braço.

Eu tive que rir, droga, eu andava em círculos quando o assunto era esse homem, eu nunca avançaria por que ele tinha uma montanha, e essa montanha tinha respostas pra acabarem com minha própria pergunta.

O feitiço caía sobre mim.

— Eu te odeio.— mostrei a língua.

— Você está bêbado, não irei levar a sério.— comentou bebendo mais.

Bêbado de amor por você, seu filho da puta.

— Faça o que quiser.— dei de ombros.

Aquele vento frio, aquele clima, a sensação boa do vento trazendo o cheiro fraco do mar com o belo cheiro do vinho, aquilo foi deixando meus olhos pesados.

— Se você é a Lua, suponho que eu seja o mar... Está dizendo que eu sou frio e sem carinho? — mudou o assunto, mas eu estava grogue de sono.

— Descobriu sozinho? — falei com os olhos fechados.

Mesmo tentando abri-los. Eu não conseguia.

— Você está bem? Parece estar com...— pegou em meu maxilar e virou em sua direção.— Sono?

— Eu realmente preciso muito dormir, Jeon.— falei com a voz arrastada.

— Eu te levo pra casa! — foi se levantar e eu segurei sua mão.

— Por favor, eu não durmo a semanas por causa disso, só me deixei dormir uns cinco minutinhos...— apertei sua mão como maneira de implorar.

Eu não sabia de sua expressão, eu já estava tão cansado que não conseguia abrir os olhos, mas escutei ele sentar de novo na toalha.

— Posso encostar a cabeça em seu ombro?

— Não.

— Por favor? — coloquei mesmo sem sua permissão a cabeça em seu ombro.

— Fique longe de mim.— falou mas não mexeu um só músculo para me tirar de longe dele, então me aconcheguei.

— Uau, você tem tantos músculos que os mosquitos não devem te picar, eles fazem motocross em você.— ouvi ele gargalhar alto pela fala repentinamente dita por mim.— Mais baixo...

— Desculpe, você que começou. Aliás, por que está a tanto tempo sem dormir?

— Taehyung, Hoseok e Yoongi transam todo dia.— falei com os olhos fechados em com a cabeça confortável em seu ombro.

— Ah, uau, por que não fala com eles? São três casas, não tem só a do Taehyung.

— Eu pensei nisso, mas podemos falar depois? Eu estou morrendo de sono agora.

— Claro, eu acho.— murmurou baixinho.

Já era difícil saber o que Jeon pensava, mas agora com os olhos fechados, eu não fazia a mínima ideia.

— No que está pensando? — perguntei migrando minha cabeça para seu peito.

Eu precisava tirar aquela casquinha, e como ele foi deixando...

— No quão bonitas são suas coxas.— falou e eu senti uma vontade enorme de abrir os olhos, mas não consegui.— Droga, achei que iria acordar com essa.

— Não brinque comigo.

Minhas coxas? Será que ele realmente estava pensando nas minhas coxas?

Eu sei que pelo jeito que estou sentado, elas devem estar bem torneadas, mas nunca achei que receberia essa frase vindo de Jeon Jungkook.

Um vento frio passou por nós e eu estremeci, aquilo me deixou com mais sono ainda.

— Eu estou com frio, passe seu braço por meu ombro.

— Não, você tinha a opção de pegar uma blusa.

— Passa logo essa porra, eu to morrendo de frio.— falei bravo, ele não colocou.— Se você me deixar dormir bem, eu irei fazer meu trabalho bem.

De repente senti seu braço mudando de posição e passando por mim me deixando aquecido. Aquilo não aqueceu só a mim, mas meu coração. Eu estava literalmente agarrado com Jeon.

Eu não tive tempo de ficar envergonhado, eu apenas mergulhei no cheiro bom de sua colônia na qual eu estava agarrado, então me deixei levar pelo sono.

Aquele havia sido o melhor encontro que eu tive, e tudo que eu precisei foi de um vinho e Jeon Jungkook ali.

— Tenho mesmo que ficar assim? Tsc — falou ele.

— Eu preciso dormir, Jungkook...— me rendi ao sono e dormi ali mesmo.











Caralho eu amo interação jikook

Espero que tenham gostado

Votem e comentem bastante por que eu sei aonde vocês moram, então eu irei perseguir vcs

Aí já estamos quase no capítulo 20 da história, já passamos por boas coisas não é

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