[🍰] - in the name of love

Tão triste saber que esse é o penúltimo :(

Votem e comentem!

Boa leitura!


Meu corpo estava nas nuvens depois da noite anterior, o sexo que fizemos de fato foi um dos melhores.

Parecia que meu sangue era gás hélio e eu estava pronto para flutuar, o calor tinha sido na mesma proporção que a água gelada que nos rodeou à noite inteira dentro daquele banheiro.

Os olhos de Jeon ainda estavam fechados e seu corpo agarrado ao meu, com o cabelo bagunçado e metade do rosto estava afundada no travesseiro.

Eu não estava pelado, já que passamos horas debaixo de um chuveiro gelado, ele me obrigou a usar uma de suas camisas sociais e uma cueca, que ele sempre tinha reservas. Jungkook se encontrava apenas com uma cueca que havia colocado ontem à noite antes de me "pôr para dormir".

De repente, começou a se mexer lentamente e então fez uma careta sentindo a luz do sol invadir seu quarto.

— Bom dia.— ri de sua careta infeliz, nada poderia estragar meu dia.

— Oi.— sorri ainda de olhos fechados tateando meu rosto, passou o polegar por minha boca e se aproximou para um beijo.— Eu estou me sentindo ótimo, e você?

— Se você me soltar eu saio flutuando.— brinquei ouvindo um som engraçado sair de sua boca, uma risada meio preguiçosa eu diria.

— Que horas são? — perguntou finalmente abrindo os olhos e analisando em volta.

— Acabei de acordar, também não sei.— dei de ombros me sentando na cama.

— Caralho, são nove e meia.— arregalei os olhos e o encarei desesperado.

Estávamos uma hora e meia atrasados.

— Puta merda, eu ainda preciso ir para casa trocar de roupa.— pulo para fora da cama procurando minha calça, ele faz o mesmo.

— Tenho que tomar um banho.— começou a se desesperar.

— Jeon, eu posso pegar um táxi e nós nos encontramos lá.— tentei acalma-lo.

Sabia que atraso era algo que ele detestava, ainda mais depois da deixa tão explícita que nos fez despedir de nossos amigos ontem à noite, pegaria muito mal chegarmos atrasados.

— Fora de questão. Já estamos atrasados mesmo.— parou um instante e então respirou fundo.— Vai lá embaixo, toma café e eu vou me arrumar...— passou a mão nos cabelos.

— Tá.— concordei saindo do quarto.

Me deparei com a mesa já feita e Mina lavando a louça, sorri ao ver ela notando minha presença e lançar-me um sorriso safado.

— Hoje é algum feriado que eu não estou sabendo? — perguntou ela olhando o horário.

— Quem dera fosse.— me sentei a mesa tentando agarrar qualquer coisa, apenas para não enrolar demais.

Jungkook aparece depois de dez minutos quase totalmente arrumado, com exceção de seus cabelos, que ainda pareciam estar bagunçados.

— Tudo certo para irmos? — perguntou.

— Sim.— confirmei rápido e sem nem pensar.

Eu tinha a noção que ainda estava com sua camisa, mas eu poderia voltar a qualquer hora para buscar, tínhamos uma crise maior.

— Então vamos.



[...]


Não ouvimos nenhum comentário ou olhar estranho quando chegamos, o que me pegou de surpresa. Eu esperava isso já que estávamos mais de uma hora atrasados.

Jeon foi para sua sala e quando eu me sentei a mesa finalmente tranquilo, percebi que todos só estavam disfarçando, todos na verdade correram para saber o que havia acontecido, eu não menti em nenhum dos fatos.

— Transamos demais ontem à noite e acabamos perdendo o horário.

— Socorro, alguém me leva desse mundo! — Hoseok ri deslizando pelo setor com sua cadeira de rodinhas fluorescente.

Muitas brincadeiras à parte, começamos finalmente a esquecer o ocorrido e focar em nossos trabalhos, eu não tinha visto Taehyung muito hoje, então fiquei preocupado dele estar mal, ele sempre fica depois que bebe.

Vocês viram o Tae? — perguntei.

— Ele foi para a sala do Jungkook.— Hoseok responde sem muita importância.

O que ele foi fazer lá? Eles nunca tinham o que conversar.

Uma preocupação diferente invade meu corpo, não era ciúmes, óbvio que não. Estava mais para curiosidade de saber o que eles estavam falando. Meu melhor amigo e meu namorado juntos escondendo algo de mim, óbvio que era de mim, o que mais eles têm em comum?

Depois de um tempo Taehyung sai da sala de Jeon, e não tinha nada de ruim em sua expressão, geralmente quando ele escondia algo, ficava evidente. Mas ele continuava perfeitamente lindo e pleno.

— Oi Jimin, como foi a noite? — sentou-se do meu lado descontraído.

— Maravilhosa, e a sua?

— Do caralho.— sorriu.— Qual é a dessa sua carinha?

— O que foi fazer na sala do Jeon?

— Eu trabalho pra ele.— deu de ombros.

Isso parecia ser uma ótima razão para mim, nada em sua expressão parecia o entregá-lo, então encerrei o assunto ali.


[...]


Dias podem passar muito rápido se não tem nada de importante neles, os meus por exemplo foram assim. Monótonos, sempre as mesmas coisas como acordar, beijar o Jungkook mimar ele até a hora de levantarmos e ir trabalhar, quando chegávamos do trabalho nos mimávamos mais um pouco e íamos dormir. Não era ruim, na verdade era exatamente tudo o que eu precisava.

Ele não iria vir hoje, já que era o dia da festa do Namjoon. Era sexta, resolvi não ficar sem fazer nada, aluguei vários filmes de comédia romântica, muita pipoca e besteiras para serem devoradas por mim.

Comecei assistindo o primeiro filme; De Repente Trinta. Eu gostava desse filme, não cansava de assistir mesmo já vendo varias vezes.

Quando olhei no relógio achando que já poderia dormir, eram 20:00, merda.

Meu celular toca, e eu como um entediado atendi quase que desesperadamente.

Era Jungkook.

Oi.

— Oi.— respondi sorrindo apenas por ouvir sua voz.— Como está a fes...

Abre a porta.

— O quê?

Abre a porta, amor.— desligou sem esperar que eu falasse mais nada.

Fiquei reformulando a frase para ver se tinha entendido errado, ou se tinha alguma mensagem subliminar não compreendida por mim, mas nada me veio à mente. Resolvi ir até a porta e abri-la.

Ele estava ali, bem parado na minha frente. Vestido com um smoking extremamente lindo, com o cabelo perfeito, um sorriso maravilhoso no rosto e um buquê de rosas vermelhas em uma mão, e uma imensidão de sacolas na outra.

— O-oi? — ri meio bobo.

— Oi. Vai me deixar entrar ou não? — esticou o buquê para mim.

Ele entra no apartamento e eu ainda estava meio chocado por Jungkook estar ali, todo lindo e cheiroso.

— O que você...

— Estava indo para a festa, mas eu lembrei que sem você aquilo ia ser um saco, então eu dei meia volta comprei uns agrados e estou aqui.

— Eu... Qual é a das flores? — perguntei.

— Só quis te dar flores, elas são lindas, como você.— eu ri e me aproximei pra um beijo.— Eu te amo.

— Eu também.— fiquei um pouco tímido por ser pego de surpresa.— O que você trouxe aí?

— Comida.

— Oba, eu amo comida! — agarrei as sacolas.

Tinha muita comida mesmo, me sentia uma criança, mas não deixava de negar que amava um mimo daqueles.

— O que você preparou para nós hoje? — foi até o sofá.

— Comédias românticas.— caminhei em sua direção com as sacolas.

— Tipo a nossa? — retirou os sapatos depois seu blaser preto.— Nossa história de amor é a melhor comédia romântica que eu já vi.

— Por que você está tão romântico hoje? — perguntei desconfiado, ouço sua risada fraca e logo em seguida sua mão gelada na minha nuca.

— Por que eu sou assim, romântico.— agora era sua boca que estava na minha nuca, dando pequenos selares molhados e algumas mordidas.

— Cala boca, bundão.— tentei resistir aos seus encantos, mas não podia negar que só de sentir aquele simples selares meu saco já se contraiu.— Você está estranho.

— Você não se lembra mesmo, não é? — ele ri se afastando.

Me lembrar de que?

— Hoje é alguma data especial que eu não estou sabendo? — formei um bico nos lábios, sabia que tinha algo estranho nele.

— Na verdade uma muito importante.

— Nosso primeiro beijo? Primeiro encontro? Nossa primeira transa? — falei as únicas coisas que me vinham a cabeça.

— Não é sobre nós, é sobre você.— ele ri se divertindo com a minha expressão desnorteada.— Seu aniversário é amanhã bebê.— beijou a ponta do meu nariz.

— O que? Não, amanhã não é meu...— calculei mentalmente, ih, era.— Meu Deus.

Ele começa a rir da minha cara, que deveria estar totalmente engraçada mesmo. Eu nunca esquecia uma data importante, mas meu aniversário fugia do meu controle.

Eu não sabia como ele sabia, e eu não.... Ah, Taehyung.

— Foi o Tae?

— O próprio.— selou nossos lábios.— Nem eu, que sou eu esqueço meu aniversário.

— Sou péssimo com essa data, geralmente eu e o Tae saíamos para beber ou comprávamos um bolo, mas ele sempre tem que me lembrar.— expliquei.

— É, ele me contou isso também.

— Por que está comemorando meu aniversário hoje, se é amanhã? — questionei tentando colocar todos os pontos no i.

— Primeiro; eu realmente prefiro a sua companhia do que aquela festa. Segundo; não estamos. Terceiro; seu presente precisa ser dado hoje.

— E qual é? — sorri animado.

— Apressado, nem vimos o filme ainda.

— Cadê meu presente Jeon Jungkook? — semicerrei os olhos mostrando minha empolgação.

— Ele não iria sair correndo do meu bolso.— rolou os olhos rindo e esticando o braço até alcançar o paletó.— Lembra quando eu te proibi de ir na conferência da China?

— Sim, nossa primeira discussão. Esse dia foi louco.

— Foi mesmo, mas você lembra o que eu disse quando já tínhamos nos acertado? — continuou com algo escondido no bolso do casaco.

— Não muito bem, algo sobre parceira com a Chanel.

— Então você lembra que eu falei sobre refazer meu primeiro beijo com você na França.— finalmente move sua mão e coloca um papel na minha mão.

Era duas passagens, para França, Paris.

— Você não está dizendo o que eu acho que está dizendo, não é? — conferi a passagem na luz para ver se tinha o selo de autenticidade, vai que era falso.

— Eu estou falando sério, eu te prometi uma viagem, e estou lhe dando.— pegou as passagens de minhas mãos rindo.— Um fim de semana, infelizmente não podemos ficar mais que isso. Quem sabe numa próxima vez, quando nós tirarmos fér...

Interrompi com meus lábios. Foi um beijo meio atrapalhado no começo, mas conseguimos seguir o ritmo um do outro depois.

Queria beijar esse homem de novo, de novo e de novo. Até o mundo acabar, eu estava tão triste, merda, ele era tão perfeito.

Eu sabia que tinha lágrimas escorrendo pelo meu rosto, mas eram de felicidade.

— Acho que isso foi um sim.— passou o polegar por meu rosto e afastou as lágrimas.

— Eu te amo tanto, que droga.— lamentei alto.

— Eu também te amo, mas acho que temos que arrumar suas malas.— minha lágrimas finalmente sessaram e eu sorri fraco e meio bobo.

— Temos à noite toda para fazer isso, mas que tal se a gente aproveitar mais um pouco desse sofá? — meu sorriso se tornou perverso e eu usei  toda a minha força para deita-lo naquele sofá.

— Por mim tudo bem.— puxou meu rosto rapidamente e colou seus lábios no meu.

Depois de um beijo, veio outro e outro. O melhor de tudo é que eu nem percebi o tempo voar enquanto me agarrava mais e mais a ele.

Eu amava ele, e não mentia quando dizia isso.












Ae cambada do cacete, tão suave?

Choro muito só de saber que esse é um dos últimos capítulos :(

Até a próxima :)

Bạn đang đọc truyện trên: AzTruyen.Top