[🍰] - hard for me
E lá estava eu, as oito e ponto sentado na minha mesa como um idiota. Nem eu mesmo acreditava que tudo o que acontecia me deixava cada vez mais confuso.
— Jimin — Jin me chama.
— Sim? — encarei ele confuso.
— Você pode entregar isso aqui para Jeon? — me deu algumas folhas.
— Claro, o que é? — analisei as folhas descobrindo que era sobre a tal confraternização de aniversário.
— É sobre a viagem no fim de semana, escolhemos Busan, por que foi a cidade que ele nasceu.
— Oh, jura? A minha também! — eu sorri.
— Ele tem que assinar até hoje à tarde, mas não encontrei ele ainda. Pode fazer isso? — perguntou.
— Claro, vou lá agora mesmo! — me levantei decidido.
Bati na porta e nada. Eu esperava o entre de sempre, mas não o ouvi, então bati de novo e nada.
— Se foda, estou entrando! — abri a porta dando de cara com a sala vazia.— Oh, você nem está aí... E eu estou falando sozinho...
Sai da sala fechando a porta.
Onde diabos ele estava? Ele nunca faltou a um dia de trabalho.
— Ji! — Tae me chamou me fazendo sair dos meus pensamentos.
— Oi?
— O Yoongi mandou você falar parabéns para o Jeon por ele.
— Parabéns pelo que? — perguntei e ele deu de ombros fazendo bico e voltando a andar pelo setor.
Peguei meu celular e mandei uma mensagem para Yoongi, que provavelmente sabia de algo.
Eu:
| Cadê o salafrário do Jeon?
Não demorou muito e ele respondeu.
Yoon:
Não sei (?) |
Ele não está aí? |
Eu:
| eu estou aqui, ele não.
| sabe o endereço dele?
Yoon:
[endereço]|
Não esquece do parabéns, agora tenho que ir.|
Eu:
| parabéns pelo que????
| desgraçaaaaaaaa
| volta aqui seu 👺
[...]
Estacionei o carro na calça onde era — aparamente — era a casa de Jeon e porra, que casa!
Ela era linda por fora, com um jardim muito bem cuidado, a casa em uma cor clara e era simplesmente adorável, o que não parecia ser dele, já que ele era um monstro.
Bati na porta e quem abre é uma mulher com roupa de empregada.
Ela pode estar realizando alguma fantasia sexual dele não é?
— Bom dia, o Jeon está? — perguntei tentando olhar a vista atrás dela.
— Sim, mas ele não recebe visitas hoje.— falou.
— Mas é importante, sobre trabalho...— mostrei a pasta.
— Mas o senhor Jeon deixou claro que não podia receber ninguém hoje.— disse ainda seria.
De repente vi alguém aparecendo atrás da empregada.
Era Jeon, com o cabelo todo bagunçado com cara de quem tinha acabado de acordar em plena dez horas da manhã, e com apenas uma calça de moletom preta mostrando a barra de sua cueca dos ursinhos carinhosos mas mesmo assim, ele estava uma perdição.
Meu Deus, você me deu olhos e eu pago o preço por tê-los.
— Tudo bem, Mina. Pode deixar ele entrar.— ordenou então ela me deu passagem para a casa.
Era uma fodendo casa, tanto o lado dentro quanto o lado de fora, a decoração era moderna e vívida, uma obra de arte, mas nada se comparava com as belas costas de Jeon bem definidas e sendo exibidas a mim.
— Trás um café pra gente, por favor.— falou ele e a empregada nos deixa a sós.— O que quer Park? — cruzou os braços e puta merda ele estava brincando comigo.
— Por quê não pode receber visitas hoje? Por que não foi trabalhar? E por que está assim?
— Assim como? — se sentou no sofá e eu também.
— Com cara de quem não tem uma empresa pra comandar.
— Ah, isso. Eu vou só depois do almoço hoje.
— Por quê?
— Eu pago vocês pra trabalharem pra mim, uai! Não tem explicação, eu mando.— se vangloria.
— Claro, sei. Tome, você tem que assinar.— entreguei.— É sobre a viagem.
— Ah, claro.— procurou uma caneta e assinou.— Busan?
— É, soube que você nasceu lá...
— Sim.— não deu muita importância e assinou.— Aqui.— falou me entregando e sua empregada começou a se aproximar com uma bandeja de café.
— Obrigado...— falei vendo ela servir a nós dois.— O Yoongi me disse para te dizer parabéns... Por que?
— Por nada.
— Jeon, que feio! — a empregada se intromete.— Hoje é aniversário dele! — me olhou.
— Hoje é o que? — cuspi o café.
— Mina! — ele repreendeu.
— Você não pode esconder Jeon! — ela mostrou a língua pra ele e saiu correndo para a cozinha.
— Ela é tão legal, nem merece trabalhar pra você.— comentei rindo da figura.
— Ela é uma rebelde igual a você, mas ela trabalha bem...
— Igual a mim! — completei risonho.— Seu aniversário oppa? E por que ia esconder de mim?
— Não é só de você, eu não gosto da data, Park.
— E por que não? Espera, uau! Você faz aniversário com a empresa! — arregalei os olhos.
— É...— deu de ombros.
— Feliz aniversário.— falei percebendo que ele não era tão animado com a data.
— Feliz...— murmurou.
— Aí que depressivo, você nunca comemorou? — perguntei.
— Poucas vezes, o aniversário da empresa sempre foi mais importante, então acabou que minha festa era uma mesa de reunião com champanhe e eu sempre dormia no meio delas.
— Eu.. Uau, nossa, você-...— fiquei sem palavras.
Fui devastado por Jeon triste sem ter comemorado o aniversário.
— Obrigado de qualquer forma, bom, até mais tarde Park.— se levantou me deixando sozinho com todo aquele dó e pena.
[...]
Jeon já tinha chegado e eu ainda não tinha o que falar sobre ele. Eu sinceramente fiquei triste, e queria poder fazer alguma coisa para compensar todos os anos que Jeon ficou sem comemorar o aniversário.
Eu sou um idiota, eu já sabia disso e já nem contestava mais o fato de ser, porém quando eu bati na porta de Jeon, me senti ainda mais.
— Entre.— falou e eu sorri entrando.— Oi, Park. O que é? — pareceu não prestar muita atenção em mim então me aproximei com toda a minha tolice.
— Te trouxe isso...— coloquei uma caixa na mesa dele, então ele me olhou confuso.
— O que é isso? — perguntou colocando a mão na fita rosa de tom pastel.— É meu? – deixou um sorriso aparecer nos lábios e eu percebi que ele parecia uma criança.
— Feliz aniversário!— levantei meus braços e os levei até a cabeça tentando fazer um coração gigante e ele sorriu novamente.
— Você é ridículo sinceramente, Park.— olhou a caixa enfeitada.— Você não tem um pingo de profissionalismo comigo não é?
— Você ainda tinha esperanças quanto a isso? — me sentei.— Abre logo!
Ele retirou o laço com medo de mim, não era nada demais, mas mesmo assim, eu quis dar.
— Por quê eu não estou surpreso por você me dar tortas de morango? — ele ri.— Eu acho que você precisa de um fetiche novo.
— Tem mais uma coisa aí dentro...— apontei para o fundo da caixa então ele retirou.
— Um livro de auto ajuda? "Como ser agradável aos olhos dos seus colegas de trabalho"...— leu o subtítulo eu ri alto vendo sua careta.— Ridículo.
— Não reclame! Eu ia comprar uma coleira e uma calcinha rosa!
— Por que você me daria isso se eu não ia usar? — perguntou folheando os livros.
— Quem disse que ia ser você? — provoquei então ele me encara surpreso.
— Para de mexer com o fogo.— segurou o riso.
— Oh, ok...— falei.— Agora coma essas tortinhas, elas não tem amendoim! — apontei.
Ele por incrível que pareça pegou uma torta na mão e começou a comer na minha frente. Jeon era oficialmente uma criança triste por ser esquecida no aniversário... Que pena.
Senti meu celular vibrar no bolso e então vi que era Tae.
Tae:
Jimin????? |
Cadê você? Tá faltando só você! |
Eu:
| Pra que???
Tae:
Ué, hoje é aniversário da empresa, então o Jin comprou o bolo e encheu a porra toda de balão.|
Olhei Jeon que parecia estar se divertindo lendo o livro enquanto comia. Ele parecia tão vulnerável e infantil daquele modo...
Eu:
| Tae, presta atenção.
| quando eu chegar aí com o Jeon, você grita "surpresa" beleza?
Tae:
Beleza, já tá todo mundo avisado...|
Desliguei a tela do celular e o guardei no bolso.— Jeon vem comigo...
— Aonde?
— É surpresa...— falei sorrindo.
Ele mesmo desconfiado se levantou ajeitando o terno e me seguiu.
Eu — como não era besta — peguei na mão dele e comecei a puxar para o centro onde a "surpresa" o aguardava.
— Surpresa! — todo mundo gritou e então ele parou.
O rosto de Jeon estava indecifrável, ele estava em choque, apertou minha mão com força e eu senti o quão tenso estava.
— O-o que? — chacoalhou a cabeça confuso.
— Feliz aniversário, chefe.— sorri sussurrando pra ele.— Por favor se não gostou faça uma cena, isso seria humilhante...
— E-eu...— vi as bochechas dele ficar vermelhas e foi minha hora de se assustar.
— Parabéns pra você, nessa data querida...— todos começaram a cantar sorridentes e ele apertou ainda mais minha mão.
Depois de todos pegarem um pedaço de bolo, Jeon fez a maior cena de chefe homenageado e foi pegar um pedaço, mas logo depois foi para a sua sala e eu acompanhei.
— Você não podia ter feito isso comigo! — falou apontado para o pedaço de bolo cheio de chantilly.
— Você não gostou? — perguntei entregando para um prato descartável cheio de docinhos.— Olha tem até brigadeiro e uns beijinhos...— mostrei sem graça esperando que sua expressão se tranquilizasse.
— O que eu faço com você? Sinceramente, você não para de me surpreender! Uma festa? Meu deus, Park...— ele falava querendo chamar minha atenção mas acabou soltando um sorriso.
— Eu não resisti, senhor.— fiz um bico nos lábios.— Eu fiquei comovido, tá bem? Você ficou tão tristinho por não comemorar o aniversário quer eu pensei "por que não"?
— Obrigado, Park.
Droga, meu coração ainda acelera ouvindo a voz dele.
— Mas eu tenho vinte e oito anos Park, eu não preciso de festinhas de aniversário.— cortou o silêncio.
— Qual é? Você sabe que queria, aliás, você teve vinte e oito anos de não festas, eu só reembolsei! — mostrei o bolo coberto de chantilly em suas mãos.— Agora come esse bolo! — ordenei.
Nós voltamos a sentar e conversar enquanto observava ele comer o bolo cheio de felicidade.
— Olha, tem um brigadeiro e um beijinho... Sua mesa quebra, o brigadeiro rola, e o beijinho? Será que rola? — perguntei mas não obtive resposta.— Você tem um trauma de mim, meu Deus! Devia ter comprado aquela coleira rosa, ia ficar linda no meu pescoço.— comentei ainda brincando.
— Com certeza iria.— falou ainda com bolo na boca então minhas bochechas começaram a esquentar com sua resposta.— Está assustado? — ele ri.
— Idiota.— murmurei e ele mostra a língua.— Você tem quantos mini-Jeon's aí dentro?
— Mini-Jeon's?
— É, você a cada hora age de um jeito diferente, você tem distúrbio de personalidade? — perguntei.
— Vai ver você só não me conhece.— respondeu.
— Não foi por falta de tentativa.— dei de ombros.— Falando nisso, você vai na confraternização de Busan.
— Não.— respondeu rápido.
— Não foi uma pergunta, foi uma ordem. Eu te dei esse livro por um motivo, você tem que ser mais agradável com seus funcionários e eu vou te ajudar! — falei.
— Eu dou as ordens aqui e, não.— respondeu limpando a boca.
— Chato.— revirei os olhos.— Olha, já está na hora de ir embora e... Bom, amanhã vamos para Busan, isso significa que só nos vemos na quinta, senhor.— mudei de assunto me levantei para ir embora.
— Até... Park? — me chamou e eu estranhei.
— Precisa de algo?
— E-eu...
— Está com vergonha? — falei risonho vendo sua expressão.
— Eu posso te dar um abraço? — perguntou e eu fiquei estático.
Ele o que?
Eu com certeza não conseguiria andar até em casa com aquelas palavras.
— Eu entendo perfeitamente se não quiser, que ideia a minha... Bom...
— Pode.— falei tentando encontrar um sustento para as minhas pernas.
Ele não demorou muito e se levantou para me abraçar.
Seus braços quentes me envolveram e eu não pude deixar de sentir meu coração acelerar pelo contato tão íntimo entre nós, droga, aquilo não era mais uma queda, eu estava gostando dele mais do que gostaria.
Fechei meus olhos aproveitando daquele momento nos braços do homem que consegue foder totalmente a minha vida de todas as maneiras possíveis, menos da maneira que eu queria.
— Eu consigo ouvir seu coração...— ele falou me apertando.
— É melhor você calar a boca.— comentei enquanto envolvia meus braços em sua cintura.
Aquilo era tão bom, que merda, eu odeio ele.
— Obrigado por hoje, eu com certeza não irei esquecer tão cedo.— falou ele.
O cheiro dele é tão bom...
Me afastei um pouco desengonçado para ver seu rosto, que parecia tão iluminado, o que ele pensa que está fazendo com a minha vida me abraçando assim?
— Se você ficar assim tão perto não adianta reclamar comigo depois.— falei mas ele não se mexeu, ele se aproximou ainda mais.— J-jeon, por favor...— me afastei dele.
Eu não podia fazer aquilo, eu queria, mas ao mesmo tempo não.
Ele me beijou e disse que não podia, no mesmo dia Yeri aparece falando toda íntima sobre traição, informações e coisas do tipo.
Não, dessa vez eu tenho que pensar em tudo, e não só em mim.
— Por favor, não me deixe mais confuso, certo? — mexi nos meus cabelos tentando arranjar alguma estrutura de continuar.
— Certo.
— Até amanhã.— falei começando a caminhar mas parei na porta e mirei ele com um olhar confuso e sem ponto fixo.— Aliás, se não for pra Busan com a gente amanhã eu conto pra todo mundo que tentou me beijar, e digo mais, espalho que você tem uma cueca de ursinhos! — pareci autoritário e ele ficou surpreso.
— Você não ousaria...
— Quer pagar pra ver? — arqueei a sobrancelha.— Te vejo amanhã, e é melhor estar com a mala para dois dias de viagem! — sai dali ainda com as pernas bambas.
Aquele homem acabava comigo!
Me dobrei em duas, três e quatro para mais só pra ter capítulo hoje!
Hoje foi muito corrido e sinto muito se não estiver bom.
Confesso que eu queria muito escrever esse capítulo e só digo que os próximos também rs
Bom, beijos, até a próxima!
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