[🍰] - gucci party



— Você pintou essa porra! Meu deus do céu! — Hyuna gritou e todos que eram conhecidos olharam para mim.

Eu havia decidido mudar pela ocasião, claro que depois de ver todos pintando o cabelo, resolvi me inspirar.

Talvez pelo tom, agora preto, devo dizer que tinha adorado a mudança, mesmo que doesse ver o ruivo indo embora.

— Você moreno, não acredito!— Jin, agora com os cabelos rosa se aproximou de mim.

— Ideia de Taehyung.– respondi.

— Meus créditos.— sorriu ele.

— Tá bom, agora vamos terminar de organizar tudo isso. Precisamos de você lá no camarim, Jungkook está com algum bicho, não é possível! — Lisa começou a me puxar para o camarim e assim como Hyuna, Jin e Taehyung todos que tinham o mesmo destino nos seguiram.

Hoje era o tão esperado desfile com as peças da Gucci, o que eu até entendia a preocupação, os que estavam presente ali eram renomados. Isso preocupava todos, até mesmo eu, por ser o primeiro desfile.

— Me atrasei, senhor.— perguntei ajeitando minha roupa, que Lisa fez o favor de amaçar.

— É o que parece, não?— respondeu olhando para o relógio.— Confira se todos já chegaram, está quase na hora. Onde está Namjoon? — saiu desesperado a procura.

Poxa, nem uma olhadinha em mim?

— Vai Jimin, depois você flerta com ele, só conferi! — Taehyung voltou a me empurrar.

— De onde você tirou flerte?

— Dos seus olhos implorando por atenção.— me deu uma prancheta com os nomes.— Confere se todos chegaram.— me deu uma caneta também.

— Que beleza.— revirei os olhos indo até os assentos.

Estavam todos ali, lendo e apreciando a revista enquanto não começava, assim como Jeon, que parou para conversar com a mulher que estava ao seu lado. Nunca tinha visto ela, mas era bonita. Certamente uma modelo.

Meus olhos fugindo da cena, acabaram encontrando o de Namjoon, que estava perto de Yoongi, com os cabelos sem o verde que eu estava acostumado, agora eram pretos, assim como os meus.

Era oficial, todos pintaram o cabelo.

— Jimin-ssi! — Namjoon gritou do outro lado e fez sinal para que eu me aproximasse.— Uau, não posso olhar muito tempo para você, está lindo demais!— agradeci sem graça.

— Vem sempre aqui princeso? — Yoongi brincou.

— Oi, animados? — perguntei.

— Sim, muito!— Namjoon sorriu.— Já vai começar não é? — olhou o relógio.

— Sim, tenho que ir.— fui para trás do palco onde encontrei Hoseok confortando Taehyung.— O que houve?

— Eu só estou nervoso, Chim.— pareceu diferente de mais cedo.— E se eu...

— Você vai arrasar, está no seu sangue arrasar.— segurei suas mãos tentando confortar.

— Te amo.— me abraçou.

— Oh, você é muito melhor que eu nisso.— Hoseok interrompeu o abraço.

— Que nada.— Tae abraçou ele também, o que deixou eu e Hoseok surpresos.

Assim como eu, Hoseok começou a conversar assuntos aleatórios e rápidos tentando fazer Tae esquecer o nervosismo, que funcionou pois depois de alguns comentários, já estava rindo baixinho agarrado ao Hobi.

— Tae, nossa vez! — Jin gritou e Tae saiu correndo sorrindo.



[...]



Estávamos na festa que ocorrera depois do desfile, o que foi um completo sucesso, graças ao bom Deus.

— Ji-ssi! Olha as estrelas! — Tae passou por mim completamente bêbado agarrado nos braços do Hoseok, que não estava sóbrio também.

— Elas brilham igual o sorriso desse Sol!— deu uns tapinhas "amigáveis" no rosto de Hoseok que estava rindo.

— Uau.— segurei o riso.

Estar completamente sóbrio no pico da noite era um show de comédia, meus colegas de trabalho não eram mais o mesmos depois de alguns drinques.

— Dizem que não podemos chegar tão perto do Sol, cadê sua teoria agora anticristo? — se agarrou mais no Hoseok.

Eles estavam tão grudados que até cogitei na ideia de serem gêmeos siameses.

Peguei meu celular para tirar uma foto no caso de Taehyung se esquecer, mas eu estava ali para lembrá-lo.

— Ok, você não acha que já chega de alco...— guardei o celular no bolso finalizando a frase, mas dei de cara com os dois se pegando bem na minha frente.

Os beijos eram tão intensos que eu achei que estava assistindo as preliminares de um filme pornô em 3D.

— Saiam daqui, eu vou ficar de pau duro vendo vocês!— separei os dois, mas logo voltaram a correr juntos.

Eles iam se pegar de novo não é?

Não sei se deveria separar, mas acho que já não conseguiria mais.

— Terei que beber pra esquecer.— dei de ombros indo para a balcão onde estavam sendo servindo bebidas.

— Oh, Chim...— escutei a voz de Yoongi ao meu lado, me sentei ao seu lado acompanhando ele.

— Não reconheci com seu novo cabelo.— sorri.— Parece só...

— Você é muito amigável para quem está conversando com alguém que partiu o coração do Taehyung.— riu sem humor.

— Eu poderia rodar a baiana aqui mesmo, mas eu pincelei o motivo disso. Seria ver o Hoseok? — ele pareceu ficar surpreso.

— Talvez, mas eu gosto do Tae, só que eu tive algo tão forte e bom com o Hoseok, quando vi ele saindo do restaurante, eu não pude me sentir bem.— explicou.— Eu sei que eles trabalham juntos e isso iria acontecer toda hora.

— Oh, Yoon...— passei a mão nas suas costas.— Conversa com eles, tá? Explica como você se sente, eles também gostam de você, mas eles estão preenchendo a saudade de você um com o outro.— segurei pra não rir.

— Sério?

— Nesse exato momento, acho que no meu carro, ou no do Hoseok.— beberiquei do meu copo.— Não espere um conselho meu, eu não sei o que deveria dizer, talvez um "vai que dá tempo de você participar"?— falei irônico.

— Será que consigo  antes das preliminares? — perguntou realmente curioso.

— Vai logo!— gritei envergonhado e vi ele se afastar depressa.

Não acredito que isso vai realmente acontecer, o pior é que tem chance de ser no meu carro.

Estava entediado por estar em uma festa sozinho, sóbrio e no pico da noite. Sai andando pela festa, não fiz amizade, estava apenas observando o lindo resultado que o álcool fazia nas pessoas.

Mark e Jackson estavam se pegando ferozmente no canto mais escuro do salão. Lisa estava "conversando" com Hyuna, talvez trocando sacanagens, pois as caras e mordidas no lábio que elas deram uma para outra me deu até um calafrio.

O casal mais sóbrio da noite foi Jin conversando com Namjoon, eles riam, e conversavam como se não estivesse um barulho de música ensurdecedor percorrendo o local.

— Lindos.— comentei indo até as portas dos fundo onde havia umas luzes pisca-pisca enfeitando toda a parede e com um banquinho de praça, tinha alguém sentado lá.

Era Jeon.

— Oh, chefe.— ele ergueu a cabeça para me olhar e eu me sentei ao seu lado.— Você é tão anti-social.

— Park?— me analisou mais profundamente.

— Quem mais seria oppa? — provoquei.

Era a primeira vez na noite em que eu o encontrava.

— Esta diferente.— comentou bebendo algo que eu supus ser uísque.

— Diferente bom? Diferente como?

— Não exagere, está apenas diferente.— encarou a vista de árvores também com pisca-pisca.

Era Natal?

— Assim eu irei me sentir feio, foi uma má decisão sair do ruivo?— passei as mãos no cabelo fazendo biquinho.

— Quer que eu corteje? — me encarou com um olhar sugestivo.

— Sr. Jeon, não diga isso, não estou sugerindo nada, só acho que um homem sensível como eu, organizador desse evento, merecia pelo menos uma opinião sincera...

— Você é inacreditável.— ri.— Está um diferente bom, ok? Você tem um belo rosto, ficou bom moreno, assim como era bom ruivo.— falou aquelas palavras tão naturalmente, mas fez meu coração disparar rápido.— Está bom assim?

— Sim.— respondi envergonhado olhando para frente.

— Oh, você ficou com vergonha.— apontou para as minhas bochechas.— Fiz seu coração acelerar? Meu Deus, estamos no colegial? — ironizou rindo.

Eu não respondi, apenas continuei sentindo a brisa leve do local passar pelo meu rosto enquanto meu coração voltava a bater em velocidade normal.

Vi ele tirar um maço de cigarro do bolso e colocar um entre os dentes e acender, logo depois me ofereceu.

— Não, obrigado. Eu fiz proerd.— respondi e ele tirou o cigarro para rir.

— O que?— continuou sorrindo enquanto dava um trago.

Proerd é o programa, proerd é a solução, lutando contra as drogas, ensinando a dizer não!— cantarolei enquanto ele observava atentamente.

— Está dizendo que eu devo parar de fumar? — falou.

— Eu não, o leão do proerd. Eu apenas mostro que aprendi.— dei de ombros.— Mas se for de informação pública, sim, você deve. O ministério da saúde adverte por que causa essas doenças aí.

— Essas doenças aí?

— Eu tinha uns dez anos, tá legal? Tem no verso da caixa uma imagem sugestiva do que pode acontecer com você, apenas pare.— peguei o cigarro da boca dele e fiquei segurando.

— Posso considerar isso roubo?

— Pode considerar um salvamento.— falei.

— Você está me dando um sermão, achei que veio aqui pra ser cortejado, estou decepcionado.— o encarei ele assustado com a naturalidade de sua fala.

— Oh, então eu irei fumar.— ajeitei o cigarro nos meus dedos e ele segurou o riso.

— Você não iria tão longe para me impressionar, e o seu tal proerd?— tentou pegar o cigarro da minha mão mas eu afastei com a mão em seu peito.

— Eu vou longe sim, quer apostar oppa?— falei colocando o cigarro na boca e dando um grande trago fazendo seus olhos arregalarem.

Eu imediatamente me arrependi, com a fumaça me afogando por dentro, percebi que eu não tinha nenhuma experiência para ser fumante.

A tosse que eu dei estavam frenéticas, assim como o riso de Jeon ao meu lado pegando o cigarro de volta segurando para não rir, mais do que já estava.

Sua risada era doce, não tão grossa quanto achei que seria, emitia uma energia sincera de alegria, o que era diferente de sua pessoa, seria, sempre firme.

— Pare de rir e me de o maldito uísque.— falei rouco como se tivesse algo preso em minha garganta, ele me entrega o copo que ele havia bebido metade.

Engoli o líquido de uma vez só, o que com o sabor amargo da fumaça não fez tanto efeito quando de costume em mim, foi mais para um alívio.

— Você é completamente louco, Park.

— O senhor duvidou.— falei sentindo minha garganta de tranquilizar.— Preciso de água, sério.— senti a garganta ardendo.

— Você não leva jeito.— sorriu de lado levando o cigarro a boca.

— Aí, fumaça infernal!— passei a mão pelo ar pesado que o cigarro causou, estava sentindo meus olhos arderem pela fumaça e a sensação arranhada na garganta.

Eu realmente fiz aquilo muito mal.

— Não leve nada ao pessoal.— falei em meio a uma tosse.

— Não levo nada do que você diz ao pessoal.

— Oh, assim eu fico triste, nem quando eu chamo de oppa? — ele ergueu a sobrancelha.— Não precisa responder.— voltei a ficar sério.

— Sobre hoje, foi um grande sucesso.— encarou a bela vista a nossa frente, mas eu só conseguia encarar ele.

— Sim, fomos muito bem.

— Admito que todos trabalharam duro, foi um projeto complicado, mas nada disso teria sido possível sem você.

— O que disse?

— Você trabalhou bem, ok? Foi seu primeiro projeto e você conseguiu me surpreender com sua eficiência, satisfeito? — deixou de encarar as árvores e encontrou meus olhos, que com certeza estavam brilhando mais que todo aquele pisca-pisca.

— Mais do que deveria.— respondi.

— Aliás você viu o Yoongi? Queria falar com ele.— trocou de assunto.

— Ah, provavelmente está no meu carro transando com dois homens lindos e gostosos.— terminei de beber o uísque do copo de Jeon.

— Como é?

— Ah... Eu invejo o Yoongi.

— Como é?— voltou a repetir.

— Engoliu um disco travado foi? — acabei respondendo sem pensar.

— O que disse?

— Eu encontrei com ele sim, mas ele foi atrás de dois belos homens, foi isso que eu disse.

— No seu carro? Isso significa que...

— Taehyung.— finalizei.— Provavelmente não conseguirei ir pra casa tão cedo a não ser que consiga uma carona.

— Uma pergunta.— falou fugindo do assunto.

— Fale.

— Você quando fica bêbado esquece as coisas ou só finge?

— Que? — fiz uma careta.

— Nada.— se levantou.— Vamos? Eu te dou uma carona.— começou a caminhar e eu fui atrás dele.

— Oh, podemos comprar uma garrafa d'água?— perguntei e ele respondeu um "claro" em tom baixo.— Uh, já que vamos comprar água será que podemos trocar para vinho? — ele parou de andar e me encarou como se quisesse entender.— Nunca se sabe quando embebedar seu oppa e levá-lo pra cama.

— Vamos comprar água, tá? — voltou a andar.

— Droga, estava pronto para te fazer meu objeto sexual.— fingi me lamentar.

— Você perde o senso do comum sempre ou só quando está comigo? — me levou até onde seu belo carro estava estacionado.

— Está dizendo que eu faço todo mundo de objeto sexual? Não é pra tanto.— ele destrava e entra, me fazendo entrar também.

— Ok, chega, mude de assunto antes que eu te deixei por aí.— coloquei o sinto.

— Podemos comprar vinho?

— Água.

— Por favor, vinho.

— Jesus transformou água em vinho, por que não compramos uma garrafa de água e você tenta também? — ligou o carro.

— E você vai dividir seu pão comigo? — voltei a provocá-lo.— Sabe como é né?! O cacetinho.

— Tenho cara de Jesus? — perguntou focado na rua.

— Tá mais pra demônio mesmo.— murmurei.

— Eu ouvi.

Encarei ele por alguns segundos antes de olhar a vista rápida que a janela proporcionava apenas para fugir de seus olhos.

O demônio brinca com os filhos de Deus, assim como esse homem começou a brincar comigo.

— Seu amigo Taehyung, ele vai ficar sem saber onde você está.— quebrou o silêncio enquanto entrava numa rua.

Resolvi mandar uma mensagem para Taehyung sabia que ele não ia responder mas seria bom fingir que eu avisei.

Eu:

| Tae, to indo pra casa.

| como você tá com a chave não teve como ir dirigindo, bom, o yoongi é o mais sóbrio dos três então creio que ele consiga levar vocês pra casa pós sexo.

| transe bem.

| diferente de mim.

| muita mensagem, me deu sede.

| tédio, vou beber água, pq estou contando com um milagre para tomar um vinho.

Pronto, avisado.— falei guardando o celular no bolso.— Sabe onde é minha casa?

— Não íamos comprar água?

— Achei que ia me deixar morrer com a fumaça.— fiz uma voz arrastada pela dor.

— Está sentindo o câncer se espalhando no seu pulmão? — respondeu irônico.

— Não brinque com isso, eu falo sério quando mando parar.— apertei o cinto em minhas mãos.

— Tá legal, não toco no assunto.

— Agora pode ir comprar meu vinho.— fiz um esforço falando enquanto minha garganta arranhava.

— Vamos comprar sua água.

— Minha garganta está tão seca, que tal um suco de uva fermentado de 1984? — perguntei divertido.

— Água.









Não revisei por que estou com preguiça, como sou burra deve estar cheio de erros.

Espero que ignorem.

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