[🍰] - finally fine
Boa leitura!
Levei ele pra casa de carro e eu não podia me sentir mais aliviado por isso, todas as nossas confusões tinham acabado, toda a nossa confusão e agora eu era completamente dele, assim como ele era inteiramente meu.
Poderia finalmente sorrir e me alegrar de verdade, porque enfim estávamos juntos e nada poderia separar a gente, aliás, o que me faria largar desse homem agora? Absolutamente nada.
— Minha vizinha deve ter sentindo saudades da gente, ela passou por mim tão tristinha, sabia que ela até me consolou? — falei entrando no elevador com ele.
Não era mentira, minha vizinha à alguns dias atrás quando eu estava chegando do mercado das compras semanais, disse que um dia iria ficar tudo bem e que eu não precisava me preocupar, os homens vem e vão o tempo todo.
Imagino quanta infelicidade estava estampada na minha cara.
— Vamos mostrar pra ela que eu voltei então! — falou ele sorridente e me puxando pela cintura com força.
Nós ainda estávamos no terceiro andar quando ele me puxou para perto de seu corpo e começamos a nos beijar, era uma sensação nostálgica, como se eu não sentisse aquilo a séculos.
Seu beijo não era como antes, agora estavam completamente diferente. A faísca que sempre me deixava em chamas estava mais forte, mais intensa, com certeza melhor.
Era como se... Ele estivesse tomando mais liberdade de me ter.
Cogitei a ideia de que isso não aconteceria depois da morte, ou da carta de Chanyeol, mas não fiquei muito preso a pensamentos como esse, pois coisas boas dessas a gente não pode perder.
Sempre que nos beijávamos perdíamos a noção do tempo, e dessa vez não foi diferente. O único motivo que me fez voltar à realidade quando escutei alguém limpando a garganta.
Me afastei e vi que a vizinha do andar de cima tinha entrado no elevador, ela não parecia me julgar com aqueles olhos de "ataque ao pudor de novo, Park?", ele tinha sido substituído por um olhar surpreso me vendo novamente com Jeon.
— Então vocês voltaram? — ela questionou apertando o botão do andar que ela queria enquanto Jungkook ajeitava a postura um pouco sem graça.
Ele não respondeu nada, apenas ficou atrás de mim e me envolveu nos seus braços, a vizinha por incrível que pareça não comentou sobre isso, apenas sorriu.
— Isso é ótimo, estávamos pensando em pintar o prédio e não sabíamos quem multar pra arrecadar o dinheiro.— falou sincera.
Não poderia ficar mais ofendido e orgulhoso com aquilo, receberia multas por barulho com orgulho e com sorriso largo no rosto.
— Ouviu, amor? Eles estão me usando como carteira! — fingi indignação apontando para a mulher, que ria fraco.
— Para porque você gosta, eu sei que gosta.— Jeon diz bem perto do meu ouvido, droga... eu adorava.
Ficamos em silêncio ainda sem graças enquanto a vizinha admirava o homem comigo com um sorriso discreto dos lábios, ela parecia minha mãe quando eu lhe dava um boletim bom.
— Oh, irei parar nesse andar, tenham uma boa noite senhores! — ela saiu do elevador carregando algumas sacolas plásticas e com um sorriso largo no rosto.
Ela era sempre tão mau humorada, resmungando de qualquer barulho, mas agora estava feliz, espero que tenha conseguido algum senhorzinho nos bingos de domingo que ela tanto vai.
— Acho que ela anda transando.— constatei alto.
Jeon olhou assustado pra mim e depois abriu uma cara de nojo muito engraçada, eu tive que rir dele e sua expressão de quem estava quase vomitando.
— Desculpa, credo, meu deus, não quero imaginar.— fez um movimentando de negação com a cabeça e eu me encostei em uma das paredes do elevador para pegar um pouco de ar depois de rir tanto de suas expressões.— Você poderia ter falado que ela estava simplesmente feliz.
Eu não respondi, apenas continuei rindo enquanto ele ajeitava a postura e vinha em minha direção, provavelmente enlaçar seus braços em mim novamente.
Quando saímos do elevador para o meu andar, eu peguei em sua mão e comecei a conduzi-lo ao meu apartamento. Estava empolgado, ansioso para retornar a minha casa com ele, finalmente juntos, não é?
Era estranho ter que lembrar de tudo que passei nas últimas semanas sem ele e muito bom saber que nunca mais irei precisar passar por isso, porque acabou.
Assim que abri a porta tomei um susto com a imagem dos meus três amigos sentados assistindo um filme de comédia no meu sofá, logo voltei para trás assustado e fechando a porta.
— Eles estão aí.— baguncei os cabelos preocupado.
Jungkook não pareceu surpreso com a ideia de sermos vistos, então lembrei-me da última vez que Hoseok estava em casa e Jeon teve que sair engatinhando do apartamento.
— Oh, já sei... Eu gasto o tempo deles enquanto você entra! — bati palma com tudo planejado.
Ele não contestou, na verdade, não disse absolutamente nada, eu por outro lado já abri a porta e fui causando alvoroço e implorando a atenção deles, que deu super certo.
— O que vocês estão vendo aí? As branquelas? — pulei no sofá sorrindo e pegando pipoca.
Olhei para porta e Jeon ainda estava lá, me encarando com um sorriso besta no rosto. Repreendi com o olhar como se ele fosse entender o recado de que era para ele andar logo.
Ele não se mexeu.
— O que há com você? Nem parece o depressivo de mais cedo.— Hoseok me olhou de cima a baixo.
Jungkook continuava imóvel com um sorriso no rosto e de braços cruzados.
— Acho que sou eu o responsável pela felicidade dele então.— Jeon pronuncia fazendo os olhos de todos dispararem, inclusive o meu.
O ruivo que estava ao meu lado se levanta surpreso vendo meu namorado finalmente caminhar até o meio da sala.
— Jeon? O que faz aqui? O que ele faz aqui? — Hoseok olha todos na sala à espera de uma resposta.
— Jungkook! O que está fazendo? — reclamei indo até ele e batendo em seu peito.
Ele segura minhas mãos para que parassem de te bater e então me concentro na bagunça da sala.
Todos continuavam encarando nós dois, Hoseok mais confuso que os outros.
— Vocês voltaram? — Taehyung quebrou o silêncio, ele era o menos surpreso de todos, parecia na verdade esperar por aquilo.
— Como assim voltaram? Aonde vocês foram? — o ruivo tentou pensar em algo coerente.
Acho que meu relacionamento com Jeon era realmente bem discreto...
— Sim, voltamos.— Jungkook responde meu amigo.
Taehyung não demorou dois segundos para correr até nós e agarrar a orelha de Jeon, eu não sabia se ria ou se separava.
— Estou de olho em você, e é melhor nunca mais fazer ele chorar! — Tae fala autoritário e puxando a orelha do meu namorado.
— Sim, senhor.— Jeon fez uma expressão de dor.— Só para avisar, você ainda trabalha pra mim.
Meu melhor amigo soltou Jungkook na mesma hora e levou as mãos na boca como se tivesse se tocado do que fez, eu ri quando Jeon arrumou a postura e veio até mim para me abraçar.
— Desculpa, senhor.— Tae faz uma referência com a cabeça.— Mas não espere que eu pegue leve com você se fizer ele chorar de novo! — ameaçou.
— Alguém pode por favor me explicar tudo isso? — Hoseok corta o clima entre nós três fazendo todos voltarem a atenção ao ruivo.
— Amor, vem cá... — Tae caminhou até o namorado confuso junto com Yoongi e sentaram no sofá.— Está na hora de termos aquela conversa....
— Sabia que esse momento iria chegar.— Yoongi passa a mão pelas costas de Hoseok.
O ruivo olhava os namorados claramente confuso, talvez não completamente mas ainda esperava uma confirmação de tudo.
— Se me dão licença, eu preciso ir satisfazer meu homem!
Os namorados no sofá olhavam para nós dois enquanto Jeon me puxava para ficar em seu colo, eu — que estava envergonhado com a situação, afundei meu rosto na curvatura de seu pescoço.
Tirando o dia do elevador com Taehyung, era a primeira vez que ele demonstrava afeto na frente das pessoas, e eu descobri que adorava. Queria exibir para todo mundo agora que eu era seu homem.
— Ele chamou o Jimin de "meu homem"? Satisfazer? Melhor se explicarem! — Hoseok cruza os braços analisando o seu chefe se agarrar em mim.
— Podem ir, nós cuidamos dele.— Tae fez um sinal para que saíssemos da sala.
Quando percebi já estava sendo distanciado da minha própria sala por meu namorado que corria comigo no colo.
— Poderia ter me avisando que iria abrir o jogo.
— Você nem me deu chance de falar alguma coisa.— deu de ombros abrindo a porta do meu quarto com dificuldade.
— Será que ele vai ficar muito bravo comigo? — perguntei enquanto ele adentrava o cômodo comigo em seus braços.
Não teve resposta, mas ele me levou até a cama onde me colocou deitado com bastante cuidado. Antes que deitasse, jogou sua mochila num canto qualquer e subiu na cama ficando sobre mim.
Ri internamente quando ele me beijou com pressa e necessidade, mas sem deixar de ser cuidadoso e perfeito como sempre.
Fazia quanto tempo desde tudo? Um mês? Eu já nem me lembro com exatidão o dia em que eu fiquei sem aqueles beijos.
Na hora eu achei que estava certo em desistir, ter um tempo para pensar em mim e em toda aquela loucura de namorado secreto.
Era estranho já estarmos tão bem depois de uma hora de reconciliação, mas fazer o que se nós éramos assim?
— Não podemos transar.— me afastei um pouco.
Ele pareceu dirigir aquelas palavras com cuidado e com muita lamentação.— Não?
— Não.— respondi como se fosse óbvio.— Agora sai de cima de mim, seu brutamonte.— comecei a empurra-lo.
— Ah, pega no meu pau! — reclamou rolando para o lado da cama.
Bem que eu gostaria.
Jungkook se acomodou ao meu lado e ficamos um de frente para outro, talvez ele já tenha entendido o porque de estar fazendo aquilo.
— É por causa dele ou algo assim? — colocou a mão na minha cintura.
— Se você não está de luto, eu estou.— dei de ombros.
— Sendo sincero, não foi por perder ele que eu chorei esse tempo todo.
Senti meu coração acelerar e um peso invadir o meu peito, quem diria que no final quem se redimiria era eu.
— Eu devia ter te escutado aquele dia, talvez pudéssemos passar por isso juntos.— coloquei minha mão sobre seu rosto.
Suas bochechas estavam quentes, não sei se era vontade de chorar ou vergonha.
— Isso foi bom para que eu pudesse ver quem eu amo de verdade, e que não consigo ficar nem um mês sequer longe de você.
Neguei com a cabeça sorrindo.
— Me desculpa por não ter te ouvido, eu fiquei com medo, era uma situação incabível na minha cabeça.
— Você não precisa se desculpar, a culpa é minha, eu que escondi uma coisa tão séria, talvez se eu tivesse contado antes e aos poucos você entenderia que é só você que eu amo.
— Para de falar essas coisas.— bati em seu peito.
— Eu te amo, eu te amo, eu te amo! — me deu vários selares no rosto, eu não pude deixar de sorrir com aquilo.— Eu te amo Park Jimin.
— Eu te amo também, agora para! — soltei um som estranho, mas era pra ser uma risada.— Desculpa não ter falado naquele dia, eu estava uma confusão.
Parava e pensava o quanto Jungkook era machucado por tudo o que acontecia, não foi fácil para mim digerir tudo aquilo, mas para ele deve ter sido pior ainda.
A situação em que ele viveu esse tempo tendo que conceber a ideia de nunca ver os pais, depois o namorado, quase noivo. Eu não aguentei a pressão de todos aqueles acontecimentos e fiz a pior coisa que poderia, o deixar sem um ombro amigo quando precisou.
Muita coisa pra uma só pessoa.
— Como foi no enterro dele? — perguntei.
— É estranho falar disso com você.— arrumou-se na cama de um jeito que ficássemos abraçados, com minha cabeça em seu peito.
— Ei — repreendi.— Não tem motivo pra não falar, eu quero saber, de verdade.
— Bom, — mexeu as costas desconfortável antes de retomar — Foi mórbido, um dia nublado pra variar, sinceramente minha cabeça não estava nele, Chanyeol se foi a muito tempo, sabe?
— Agora eu sei.— dei de ombros.
Um minuto de silêncio entre nós. Senti sua mão acariciar minha nuca.
Queria que ele me contasse, as coisas que ele provavelmente jamais contaria.
— Como vocês se conheceram? — me animei com esse questionamento.
— Essa história é muito legal, na verdade.— ele sorri.
— Se for cheia de aventura, flerte e tesão eu não quero.
— Na verdade acho que é como nós no conhecemos.— eu ri, ele tinha razão, era essa a nossa história.— Vou contar...
"Pois bem, um dia eu estava preparado para sair com a Yeri, nós íamos na balada em busca de um novo peguete para ela. Nesse dia, meu pai estava doente e pediu uma reunião em casa, quando Chanyeol apareceu, eu estava na cozinha comendo. Ele — como sempre muito educado —, levou uma caixa de doces que ele mesmo havia feito, acho que era para agradar..."
— Ele te ofereceu uns doces? Só isso? Nossa.— interrompi decepcionado.
Ele não respondeu, apenas retomou: "Deu até para os funcionários, de longe eu já tinha o olhado e visto como ele era bonito, ele chegou me oferecendo um doce, eu estava varado de fome, então aceitei mas me arrependi"
Jungkook fez uma pausa para rir, acho que de nostalgia.
"Eu comecei a tossir, morrer afogado, era um doce com amendoim, então ele começou a se desesperar e gritar, chorar de culpa, dar tapas na minhas costas achando que eu estava engasgando..."
Eu nunca ri tanto na minha vida com uma história. Eles eram um filme de comédia romântica, do Adan Sandler.
— Eu passei a madrugada toda no hospital com ele, Chanyeol cuidou de mim, acho que por culpa. Depois de umas semanas, ele reapareceu, clima rolou e bom, depois de uma vez o clima rolado, não tem mais como voltar.
— Sei bem o que é isso.— ri.— Eu nunca vou deixar de ser seu secretário, só por precaução.
— Pensando na empresa agora, deve ter sido uma péssima ideia deixar o Yoongi junto com os outros dois namorados...
— Dedo no cu e gritaria o dia todo.
Nós ficamos separados por praticamente um mês, sentia falta não só do meu emprego, mas de todos, fazer meu trabalho, do pessoal maluco, das ordens de Jeon e resistir ao tesão nele quando era formal comigo.
— Quero que me fale mais coisas sobre vocês.
— Sendo sincero, é a primeira vez que eu penso nele depois desse tempo, minha cabeça girava mais em você...
Meu coração não aguentava aquelas palavras sendo ditas tão rapidamente.
— Para com isso...— movi minha cabeça até a curvatura de seu pescoço.
— Qual parte do "sendo sincero" você não entendeu?
— Shhh — passei os lábios por seu pescoço um pouco intimidado com sua fala.— Me conta mais histórias, eu quero saber.
E ele me contou, varias histórias sobre eles, umas legais, umas muito legais. Os dois juntos eram um show de comédia e eu me sentia bem com a ideia de ouvir.
É uma sensação inexplicável sentir que tudo finalmente está bem, que nada poderia me fazer deixar de amar aquele homem.
Naquela noite pude sentir seus braços me envolverem com força, tanto eu, quanto ele estávamos sentindo falta de estar assim.
NHAAAAAAAAAAAAAA
TO MUITO UWUUUUUUUUU
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