Boa leitura!

Já era segunda e eu acordei antes de Jeon, resolvi apenas levantar e tomar um banho antes que ele acordasse.

Tinha uma entrevista para o meu velho emprego.

Quando sai do banheiro, já limpo e vestido dei de cara com Hoseok que esperava para usar o cômodo.

— Você devia ter contado pra mim.— falou ele.

— Sabe que se fosse por mim estaria em todas as revistas, telejornais, sites de fofoca...

— Tae e Yoongi me contaram e eu recebi uma ótima foda como pedido de desculpas.— deu de ombros, soltei um sorriso aliviado vendo que não foi tão difícil convencer ele.— Me conta alguns detalhes depois, pra atualizar a fofoca.

— Pode deixar.— trocamos sorrisos de lado animados antes que eu seguisse meu caminho para o quarto.

Como ser humano, eu posso afirmar com toda certeza do planeta que não existe nada mais prazeroso no mundo do que entrar em seu humilde quarto e encontrar Jeon agarrado ao um travesseiro usando apenas sua boxer preta.

Vi que o cobertor se encontrava no chão quando me aproximei dele para acorda-lo.

— Que bunda linda.— sentei-me na ponta da cama, passo a mão gelada por suas costas e ele estremece.

— Prefiro isso a um bom dia.— virou se de frente para mim sorrindo.

Sua voz era rouca e um pouco grave, como eu gostava.

— Que horas são?

— Sete e pouco.— respondi inclinando para um beijo.

— Por que não me acordou? — passeou com suas mão pelo meu quadril ainda por cima da blusa.

Lhe dei mais um selar de lábios antes que ele levantasse para se arrumar.

— Dormimos tarde ontem, deixei que dormisse mais um pouco para hoje.— ele sorri com a minha explicação.

— Saudades do cheirinho morno da sua pele quando acaba de tomar banho.— fecha os olhos parecendo sentir meu cheiro.

— Eu... Nossa.— fiquei surpreso com ele falar aquilo tão repentinamente.— Levanta logo, Don Juan.

Com dificuldade, ele levanta sofrido e se arrastando, vai até a mochila onde pega uma muda de roupa e a toalha.

— Vou tomar banho.— avisou antes de sair do quarto.

No mesmo momento em que ouvi a porta fechar, ouvi um grito, era Hoseok.

Sai correndo rindo, provavelmente meu amigo deve ter visto Jeon vestido apenas com cueca.

— Desculpa amor, ele viu demais, teremos que matá-lo! — Jungkook gritou já dentro do banheiro e eu ri da cara apavorada e envergonhada.

— Gostoso né? Eu sei.— passei por ele rindo e pegando seu braço, para levá-lo até a cozinha.

— Não sabia que meu chefe era tão comível assim.— foi a única coisa que ele disse, com seu rosto ainda vermelho.

— Pois ele é.— Taehyung se mete.

— Olha aqui, vocês tomem vergonha na cara, é meu namorado e ninguém mexe com o que é meu.— ameacei pegando uma xícara de café e indo para a poltrona da sala.— Cadê o Yoongi?

Os outros dois vieram atrás de mim e se acomodaram no grande sofá de três lugares que tinha ali.

— Ele volta para a Gucci, então foi mais cedo.— explicou o Tae.

Tinha um desenho passando na televisão, era as meninas super poderosas. Ficamos em silêncio e entretidos enquanto bebíamos nossos café.

Minha atenção foi roubada pelo cheiro de Jeon que se aproximava mais e mais de mim, quando olhei para ele, estava vestido com seu terno preto, sapatos polidos e o cabelo em uma perfeita divisão na testa.

— Está com fome? Quer que eu pegue um café pra você? — me levantei ficando de frente para ele.

— Não — negou com a cabeça.— Você sabe que eu não como de manhã.

— Quer que eu sente no seu colo? — apontei para a poltrona.

— Hã? Ah, eu posso sentar no seu.— sorriu me empurrando para o sofá, sentou-se no meu colo pela primeira vez e eu comecei a rir internamente.

Olhei para ele, que sorria de lado provocativo, depois encarei os namorados que não disfarçavam a surpresa em ver nós dois.

Eu acho que sou exibicionista, porque eu com certeza amo exibir esse homem.

— Você nunca sentou no meu colo.— passei os braços por suas costas.

— Nunca pediu.— deu de ombros, ajeitou a postura ficando apenas em uma das minhas coxas e passando o braço pelo meu pescoço.

— Se eu pedir você dá pra mim? — sussurrei curioso em seu ouvido, ele ri.— Minha professora pediu pra perguntar, é para o TCC.

— Não sei, acho que me arriscaria. Por que estamos questionando nossas posições sexuais na frente dos seus amigos? Não está satisfeito comigo?

— O que eu mais estou é satisfeito. Espera, você acabou de falar que se arriscaria?

Nós continuamos a conversar algumas besteiras, que entre eu e ele era natural, percebi que Hoseok e Taehyung cochichavam sorrindo, provavelmente sobre nós.

— É melhor nós irmos.— Jeon avisou, ele se levanta ajeita a roupa e estende a mão para que eu me levantasse.— Você vem comigo né?

Apenas concordei antes de ir para ao quarto pegar minha mochila, quando voltei com ela já nas costas, vi apenas Jeon e Hoseok batendo um papo, parecia estar descontraído.

— E você gosta dele mesmo né? Por que eu não to afim de perder meu emprego se você quebrar o coração dele e eu consequentemente quebrar a sua cara.— Hoseok fala tranquilamente e depois bebe um pouco mais de café.

— Eu não gosto dele, Hoseok. Eu amo ele.— sorriu e eu então percebi que ele estava olhando pra mim.

Fez um sinal com a mão para que eu me aproximasse e eu fui direto para seus braços sorrindo bobo com a declaração clichê dele.

— Own — Hoseok fez um som fofo.— Eu nem sabia que você tinha sentimentos, isso é estranho...

— Ele tem, e muitos. Só por mim.— adverti.

— Isso é mentira amor.— Jeon se intromete.— Eu também sinto um ódio genuíno pelo capitão América, isso conta né?

— Acho que sim.— dei de ombros sorridente.

— Tá bom, vocês são muito lindo juntos, já entendi.— o ruivo sai em direção a cozinha.

Não discutimos sobre o comentário dele, apenas nos beijamos antes de deixar o apartamento e ir em direção ao estacionamento.

Eu tinha muitas coisas para resolver, explicar que estava me demitindo de ser barman foi uma delas, a parte mais fácil foi que minha demissão — graças a deus — nunca tinha sido oficializada então não teria um rolo para preparar as coisas, e eu até admito que transar com o chefe me deu certas vantagens em voltar com facilidade.

Hoje, para a minha sorte era dia da reunião mensal sobre o conceito da revista, o que seria um ótimo lugar para de dar a surpresa que eu estava de volta.

— Quer fazer surpresa? — retirou o cinto.

— Sim.— concordei com a cabeça minimamente e ele se aproxima para um beijo, no começo achei que ia ser só um selinho, mas ele prolongou.— Você tem que ir.

Saímos do carro e ele trancou, correu até mim e me deu um abraço apertado, não entendi o porque disso, mas gostei.

— Sobe em uns cinco minutos, se quer pegar todos de surpresa.— olhou o relógio depois que se afastou.

— Tchau.— fiquei na ponta dos pés para mais um beijo.

Ele se despede e sai em direção o elevador com aquela caminhar elegante de sempre.

Eu esperei cinco minutos para pegar o elevador e finalmente respirar satisfeito ao ver meu setor, do mesmo jeitinho que eu me lembrava.

Fui direto para a sala de reuniões, mas aproveitei para mandar uma mensagem para Jeon avisando que estava ali.

Eu:

| eu vou entrar!

Consegui ver pelas paredes de vidro Jungkook pegando o celular no meio da reunião e dando um sorriso para o mesmo.

Jeon:

Espera, vou anunciar.|

Ele se levanta e começa a falar, assim que vejo fazendo sinal com a mão para que eu entrasse.

— Olha quem voltou! — entrei todo extravagante e sorridente.

— Senhor Jesus! — Jin saiu correndo em minha direção, assim como todos.

Uma coisa sobre eles; amam me cercar.

— Caralho, você está de volta, meu Deus! — Hyuna me abraça.— Sentimos tanto a sua falta!

Ouvimos alguém limpando a garganta, era Jeon.

— Vocês conversam depois, primeiro a reunião.— propôs ele comprimindo o sorriso.

— Hoje está todo mundo voltando! — Jackson senta-se novamente e todos fazem o mesmo, menos eu, que continuei parado.

— Senhor? — chamei Jeon, que por um instante esqueceu que o chamava de senhor.— Posso fazer minha dança da vitória?

Ouvi umas risadinhas baixas familiares, como eu amava provocar ele na frente de todos.

— Não demore muito com isso.— pareceu interessado na dancinha.

Coloquei as mãos no joelho rapidamente e mexi a bunda como numa dança de funk por alguns poucos segundos antes de me levantar e correr para a cadeira ao lado de Jungkook.

As risadas eram insanas, eu não podia negar que amava o misto de sons que eu causava neles. Jeon apertava as pálpebras fingindo decepção, mas eu sabia que ele ria por dentro.

— Obrigado Park pela comemoração de boas vindas.— tentou ajeitar a postura e todos fizeram o mesmo.— Vamos começar com as ideias?

— Em outubro, nós temos o mês das crianças certo? E o que as crianças gostam? Princesas e heróis.— Lisa começa a ler uma anotação.— Não estou dizendo para fazer um cenário infantil, mas uma homenagem na nossa real inspiração... Vestidos inspiradora nas princesas, e alguns nos príncipes, temos vários heróis...

Era uma ideia muito boa, mas senti que faltava alguma coisa nela, algo que deixasse único e chamativo.

— E se...— murmurei, todos olharam para mim.— Todo herói, tem um vilão, certo? E todo vilão tem uma história ainda mais profunda e inspiradora. Um conceito dark, sem sair do nosso padrão e ainda chamativo aos olhos do público... Poderíamos abordar a obscuridade da alma corrompida deles, por que eles são vilões?

— Tá... isso foi brilhante! — Lisa sorri.

— Que saudades que eu tava de você, eu vou chorar! — Hyuna faz um drama e eu sorri sem jeito.

Quando ficava sem graça, sem apertava as unhas na coxa, e quando estava prestes a fazes isso, senti a mão de Jeon ficar sobre a minha.

Inicialmente tomei um susto, mas quando o olhei, parecia calmo e concentrado nos outros. Eu sorri sem nem mesmo perceber.

Enquanto sua mão fazia carinho na minha por debaixo da mesa, pude elaborar mais ideias para o catálogo.

— O meu pai tem uma livraria.— Hyuna fala num estalo, como se tivesse acabado de ter uma luz.— Eu posso pedir ajuda dele sobre algumas histórias.

— Todos concordam com as ideias? — Jungkook questiona.

— Pra mim está mais que aprovada! — Mark fala, todos pareciam satisfeitos.

— Então, comecem a trabalhar.— ordena.— Park, na minha sala. Preciso de você.— avisou antes de sair da sala.

Todos parecerem meio decepcionados, queriam falar comigo, mas eu corri direto para a sala de Jeon.

— Como me sai lá? — adentrei seu escritório sorridente.

— Sua ideia foi incrível, amor.— elogiou.— Aliás, que dancinha foi aquela?

— Minha dancinha? Gostou? — brinquei indo em direção a cadeira livre a sua frente.

— Amei, poderia fazer mais vezes, mas não na frente de todo mundo.— balançou a caneta entre os dedos.— Você sabe que tem muito trabalho a fazer, não é?

— Imaginei que diria isso.— dei de ombros.

— Antes de te encher de coisas, quero falar algo com você, é sobre nós.— pareceu organizar os pensamentos antes de falar algo.

Fiquei preocupado, deveria ser urgente para ele usar o termo nós no ambiente de trabalho.

Trabalho. EU TRABALHO COM ELE DE NOVO.

— O que é? — chacoalhei a cabeça.

— Eu pensei bem sobre isso antes de você chegar e, eu não sei você mas na minha humilde opinião, não me importaria de assumir nosso relacionamento com os colegas de trabalho.— juntou as mãos.

Ele queria me assumir, espera deixa eu absorver essa informação.

— Se você não se sentir confortável com a ideia de todos saberem que você namora o presidente, podemos falar só com o pessoal do setor, talvez seja menos desconfortável pra fingir.

"Namorar o presidente"

Depois de um tempo esse termo não era o que me fazia perder a cabeça, se tornou o menor dos meus problemas, não ligava mais para o que as pessoas pensavam de mim, era um profissional muito eficiente.

— Eu quero muito te exibir para aqueles feios.

— Então iremos fazer isso.— sorriu satisfeito.

Antes que eu pudesse falar alguma coisa, ele juntou uma enorme quantidade folhas sulfite com alguns dados, algumas pastas e fez uma grande pilha, já até imaginei que aquilo era meu trabalho.

Porra, nunca mais vou deixar o amor prevalecer sob meu emprego.

— Você leva essa pilha, e eu levo essa aqui.— separou em dois e me deu uma.— Aguenta levar?

— Claro que sim.— respondi orgulhoso e ele começou a caminhar na minha frente.

Jungkook levou até minha mesa a grande pilha de papel que carregava e eu fiz a mesma coisa. Observei a expressão espantada de todos quando viu Jeon me ajudar com todos aqueles papéis, pobres coitados eles nem tem ideia...

— Fala agora, fala! — cochichei animado.

— Quer que eu fale agora? Menino safado.— retrucou no mesmo tom que eu.— Tudo bem, já é hora de esclarecer algumas coisas.— voltou ao tom alto, chamando a atenção de todo mundo.

— Esclarecer o que? — Jackson pareceu confuso.

Olhei para Hoseok, que estava sentado ao lado de Taehyung, eles já devem ter sacado...

— Eu e o senhor Park, estamos namorando. Alguém tem alguma dúvida?

— Jeon! — dei um tapa em seu peito.— Não era para falar assim! É com jeitinho...

— Espera — Mark interrompe.— Vocês o que?

— Deixa eu repetir com jeitinho.— Jungkook pensou algo para falar.— Eu iniciei um relacionamento com o colega de trabalho de vocês, espero que entendam que o que há entre a gente é um grande sentimento e não interesse, espero que respeitem o Jimin e que não o vejam de uma forma diferente.— agarrou minha mão delicadamente e levou para perto de seus lábios, onde deu um beijo fofo.

— Forma diferente? Tá me zoando? Eu acho que ele é o maior guerreiro desse universo! — Jackson ri.

— Desculpa Jeon, mas eu nem acredito que você usou a palavra sentimento e respeitar o próximo numa mesma frase.— foi a vez de Mark, eu tive que rir.

— Vocês são namorados tipo, beijam e transam? Pacote completo? — Hyuna questionou olhando para nós dois.

— Com direito a afagos e momentos bonitinhos! — foi minha vez de responder todo orgulhoso.

— Se deu bem Park, ou não. Não acredito ainda, preciso digerir você namorar o Jungkook.— Hyuna, assim como todos parecia confusa ainda.

— Não entendi por que demorou tanto para me contar.— foi a vez de Jin, parecia o menos surpreso de todos.— Eu namoro o Namjoon, a Hyuna com a Lisa, o Jackson come o Mark a meses mas não admite, o Taehyung namora com o Hoseok e o Yoongi ao mesmo tempo... Isso é tipo um surubão gigante.

Ícone sensato, nunca critiquei.

— Ouviu Jeon? Um surubão gigante! — eu ri provocando ele.

— Não sei se é bom ou ruim, só sei que todos meus funcionários estão se relacionando.— deu de ombros sorrindo.— Bom, agora estou indo para a minha sala, tenho certeza que vocês têm um interrogatório para fazer.

— Pode ter certeza disso.— Lisa garantiu.

— Não sei se é pedir muito, mas dá um beijo aí no seu mino, eu quero muito ver isso.— Jack começa a colocar a lenha na fogueira e quando me dou conta todo mundo começa a desejar.

— É pedir muito sim, senhor Wang.— Jeon tenta acabar com a graça mas recebe um "ahhhh" como resposta.

— Não vamos exagerar Jackson...— defendi Jeon.— Um selinho só já está bom.— fiquei na ponta dos pés e selei nossos lábios bem rápido.

Me afastei vi o cenho franzido de Jungkook, provavelmente porque desacatei sua vontade, mas quem liga?

— Mandou benzaço, Park.— Jackson ri fazendo um sinal positivo com a mão.— Espera, alguém acabou de beijar o Jeon...

— Eu sei, parece que meu cérebro vai explodir.— Mark passa a mão nos cabelos.

— Vocês tem trabalho a fazer.— Jeon tentou apagar o assunto, talvez pelo fato de mostrar seu lado tão pessoal para os funcionários.— Te vejo depois.— sorri de ladinho e solta como um sussurro antes de sair andando.

Quando sua imagem sumiu por completo, percebi que todos me encaravam com um sorriso idiota.

— Até suspira o pobre coitado.— Jackson ri balançando a cabeça negativamente.— A gente tava pensando... já que você voltou com tudo... Que tal sairmos para comemorar?

— Seria uma boa, sabe aquele restaurante grego que a gente odeia? — Jin pergunta.— Então, abriu um tailandês do lado, que é maravilhoso.— eu ri.

— Pode ser.— dei de ombros sentando em meu lugar.

— Leva o Jeon, eu vou levar o Nam, tentar pelo menos.— Jin propõem todo animado.

— Vai ser tipo o encontro do surubão.— Lisa solta com bom humor e todos começam a rir.

Já com tudo combinado, apenas voltamos a fazer nossos trabalhos normalmente, talvez o meu estivesse mais sofrido por estar acumulado.

Eu odeio o Yoongi.

Trabalhei como condenado, mas fiz o máximo para terminar antes do almoço e consegui. Queria almoçar com Jungkook, então corri para buscar comida para nós e voltar para sua sala.

— Oi.— adentrei a sala segurando sacolas e sorrindo sem graça.

— Oi lindo.— tirou os olhos do computador e me lançou um sorriso.— Vamos almoçar sanduíche de que hoje?

Caminhou rapidamente até o sofá, onde sempre comíamos nossos sanduíches e sentou-se dando tapinhas para que eu senta-se também.

— Não me subestime.— tirei o alimento que havia encomendado de um dos restaurantes que ele gostava da sacola, era comida de verdade.

— Pediu comida...— sorriu.— Ah, eu amo esse restaurante.

— Eu sei. Sou ótimos com minhas pesquisas de campo.

— Não precisa ficar adivinhando, pode me perguntar tudo.— ele passa o garfo pelo bife mal passado que tinha em seu prato, do jeito que ele gostava.

— De tudo?

— Claro, o que quer saber? — pareceu bem descontraído quando começou a comer.

Pensei no que iria perguntar, sei que tinha o resto da vida para descobrir tudo sobre ele, mas eu queria questionar tantas coisas.

— Hm — invadi o lado mais profundo do meu cérebro.— Já foi o passivo alguma vez?

Ele inclina a cabeça para trás rindo da minha pergunta, provavelmente surpreso por essa ser a primeira coisa que eu queira saber sobre ele.

Mas o que há demais em querer falar sobre isso?

— Você está querendo me foder, Park? — respondeu com outra pergunta.

— Não estou em busca de revezamento, só quero saber mesmo.— dei de ombros.

— Claro claro. — pensou sobre o assunto.— Já sim.

— O quê? — comecei a rir.

— Você me perguntou, a resposta é sim. Uma vez.

Continuei a rir feito louco, não imaginei que ele diria sim.

— Não achei que diria sim.— limpei o vestígios de lacrimejo causado pelas risadas dos olhos.

— Besta.— ele ri.— Foi na minha época de descobrimento, e para descobrir sobre o que eu gostava fiz uma... Pesquisa de campo?

— Interessante.— respondi a primeira coisa que me veio à cabeça.

— Quer fazer mais alguma pergunta?

— Não. Acho melhor descobrir com o tempo.

Ficamos conversamos sobre assuntos aleatórios, às vezes comentei sobre estar desacostumado a agitação do trabalho, principalmente acumulado.

— Ah — soltei.— Eles chamaram a gente para uma comemoração, já que voltamos à ativa.

— A gente ou só você? — questionou bebendo suco de laranja.

— Os dois.— respondi rolando os olhos.— Acho que eles querem ver o seu lado mais obscuro desaparecer.

— Imaginei mesmo...— se inclinou para me dar um beijo casto.— Tudo bem, vamos com certeza.

A fanfic tá acabando, só posso dizer que choro só de lembrar.

Não estou preparada para isso, meu Deus.

Até a próxima!

Se tiver algum erro, podem me avisar gente, sou péssima nesse negócio de revisar.