Quando te vi naquela noite, meu sorriso tornou uma careta sofrida. Meus olhos incharam. As pernas enfraqueceram. O peito doeu. A respiração descompassou. A boca secou. O sangue gelou. O mundo parou.

Logo tu, que dizias sobre eu ser amável, incrível, inteligente, forte, importante... Teu super-herói! Mas tudo cabia a ti. Logo tu, tão bonita, tanto que teu reflexo lamentava por não chegar aos pés da tua beleza. Era dentro e fora. Do início ao fim. De ideias e falas. Salvaste-me da escuridão, minha pequena heroína.

Eu nunca havia visto uma pessoa tão completa como tu eras, querido anjo. Deste-me forças para superar a partida da tua mãe, assim como te dei.

Mas teu brilho não era para este mundo. Eu não pude notar tua infelicidade. Perdoe-me, não pude salvar-te de ti mesma.

Agora sobrevivo sozinho neste vazio profundo.

Ontem o dia sentiu a tua perda. As árvores morreram. As plantas murcharam. O céu chorou. O pássaro se calou. O cachorro não latiu. Meu corpo não vibrou. Eu estava morto por dentro.

Morri ao te ver com a corda enrolada no pescoço, pendurada naquele galho. Eu bebi a dor de perder a segunda mulher que mais amei.

Juntarei-me a ti em breve, Catarina. E à tua mãe. As duas razões do meu viver.

Espere um pouco, o próximo trem me levará a vocês. Sentirei-me vivo novamente, minha querida filha.

Papai sempre buscará por ti e tua mãe.

Serei para sempre teu super-herói, Catarina.

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Sei lá, gente, pois é
Surtei e escrevi isso kk quem amou