P R Ó L O G O

Abro meus olhos lentamente, ainda que não faça muita diferença, uma vez que a escuridão densa não me permite enxergar nem mesmo um palmo à frente do meu nariz.

— Angel — meu nome é dito de modo sussurrado, e reconheço a voz no mesmo instante. Meu corpo se arrepia e meus batimentos cardíacos se aceleram.

Sua voz rouca e grave soa bem perto da minha orelha, enviando ondas de prazer por todo meu corpo. Estou sem fôlego. Sou como um peixe em uma correnteza, incapaz de nadar contra a maré de sensações que fluem por mim.

— Eu senti sua falta, Angel. 

Meu nome parece pecaminoso em seus lábios, de alguma forma soa como uma oração, ao mesmo tempo, em que flui como obscenidade pela minha pele. Não consigo evitar o gemido que me escapa. A antecipação ansiosa corre em minhas veias, eu também senti sua falta, é claro.

Seus dedos frios tocam minha pele suavemente, mas, ao mesmo tempo, de modo firme. Seus braços cruzam por minhas costas, traçando o caminho com uma lentidão calculada. Cada movimento seu, por menor que seja, é feito propositalmente para fazer o desejo fluir em minhas veias, ele sabe muito bem o que faz. Imito seus movimentos, levando meus próprios braços a enlaçar seu corpo ainda vestido. Me agarro a ele, como se temendo que escorresse como água por entre meus dedos.

Um beijo é depositado em meus lábios, casto, um aviso de que ele não vai para lugar nenhum, ao menos não ainda. Abro minha boca e levo minha língua até a sua, provocando, lambendo. Quero provocar nele as mesmas sensações que provoca em mim, quero deixá-lo tão afoito que esperar lhe cause dor física, assim como acontece comigo. Sua boca se afasta, em seguida traça uma rota até meu pescoço, onde ele chupa e morde, me fazendo contorcer. Quero mais, quero ele por todo meu corpo, dentro de mim, me fazendo sua.

— Por favor. — Imploro sem vergonha da rouquidão na minha voz, entregando quão profundo é meu desespero.

Sua risada passeia pela minha pele, provocando cócegas em mim, suas mãos descem até a fonte dos meus desejos. Seu dedo indicador corre pela minha boceta, esfregando minhas terminações nervosas, me fazendo ferver de dentro para fora. Ele me acaricia intensamente, em seguida afunda um dos dedos dentro de mim. Posso sentir o quanto estou encharcada ali, o prazer tão imenso que dói pela urgência. Seu dedo entra e sai, fluidamente. Me agarro a ele, envolvendo meus dedos em seu cabelo macio.

— Não é o bastante, por favor, pare de me provocar. — Resmungo, me contorcendo em seu dedo. 

— Você está sempre tão desesperada, Angel, é como uma viciada, num estado de fissura. Sempre querendo mais — ele ri — Não posso negar que gosto disso.

Ele retira o dedo de mim e agarra minha bunda, forçando meu corpo ao seu. Envolvo-o com minhas pernas e não demora até sentir minha bunda bater no chão frio e duro. Minhas pernas são separadas e ele se posiciona entre elas, levando a língua ao meu clitóris. Ele a arrasta, subindo e descendo, em seguida descrevendo círculos. Estou sem ar, na beira de um abismo, pronta para ser arremessada em direção ao prazer, mas ele não me deixa chegar lá. Passeio pela borda de forma lenta e cruel. Meus olhos lacrimejam, ansiando pela sensação envolvente e libertadora do orgasmo, que nunca chega.

Estou prestes a reclamar da tortura quando o sinto se afastar e ouço o farfalhar de roupas sendo retiradas. Me forço a ficar quieta, ao invés de implorar que ele retire a roupa mais rápido, a urgência me consumindo como o fogo lambe uma pilha de feno. 

Não importa que ele demore apenas alguns segundos, eu sempre o quero mais rápido. Nunca é o suficiente, ele tem razão, sou como a porra de uma viciada e ele é minha droga. Ele se ajeita entre minhas pernas e um grito alto, como um rugido, deixa meus lábios quando ele me penetra por completo e de uma vez só.

Meu coração ameaça saltar pela minha boca, o calor e a umidade inundam meu corpo. Eu o agarro, puxo para mim, enfio minhas unhas em sua carne sem me importar em machucá-lo. 

Seu corpo se movimenta brutalmente, empurrando com força e agilidade. Enquanto rebolo e me pressiono ainda mais contra ele, me sinto preenchida com seu pau dentro de mim, me fodendo do jeito que só ele sabe fazer. Somos um amontoado de sensações e luxúria, os gemidos viram gritos, os gritos viram rugidos e varrem o ambiente sem luz. Ter meu corpo conectado ao seu me liberta e consome em igual proporção. 

Minha bunda chacoalha e arranha no chão duro a cada estocada, mas isso não importa. Eu ficaria com a bunda em carne viva se iaso me garantisse ser fodida por algumas horas. Rebolo no seu pau grande, enquanto ele enfia fundo em mim. 

— Vamos, Angel, goze para mim. Goze no meu pau, amor.

Ele não precisa pedir duas vezes, sinto-o se aproximando, me consumindo pelas beiradas. Fecho os olhos e praticamente saio do chão quando o orgasmo me consome como uma onda de raios, grito tão alto que minha voz some. Meu corpo treme e chacoalha, enquanto ele continua investindo em mim. O ar deixa meus pulmões e sofro em busca de mais. É uma sensação brutal, arrebatadora. Também é definitivamente a melhor coisa que já senti. É tão bom que, ainda que eu esteja exausta, eu quero mais.

Ele continua, e continua até se derramar dentro de mim, seu esperma lava meu corpo e me une a ele como um só. Estou tão satisfeita que tudo o que posso fazer é me sentir vazia quando ele sai de dentro de mim.

Espero alguns segundos até minha respiração se regularizar. Só então me movo. Estendo minha mão procurando por ele no manto de escuridão que nos envolve e, quando o acho, puxo sua boca para mim novamente.

Ele me beija, sua língua cruza com a minha, se envolvendo e dançando. Me retirando novos gemidos. Nossas línguas gêmeas dançam, fluindo de um lado para outro em sintonia. Meu coração bate acelerado no meu tórax.

Não estou preparada para a separação quando ele se afasta. E por um segundo me sinto rejeitada, ao menos até ele afagar minha cabeça. 

— Não temos tempo para mais uma rodada hoje, Angel.

Faço um biquinho, sem entender o motivo da pressa, então me dou conta de uma coisa.

— Você vive chamando meu nome, mas eu não sei o seu.

— Não acha que, a essa altura, já deveria saber o mome do cara que te come, Angel? — Ele gargalha.

Fico quieta, sentindo meu rosto enrubescer. Tomada de vergonha, é claro que ele tem razão.

— Não fique assim, amor. Nao previsa ser tão dura. Direi para você, meu nome é...

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