Trinta e um
Meu coração deu parada, mas de 'leves.
— Meus olhos ficaram violeta... __ sussurrei para mim mesmo __ Hoje mais cedo, antes de entrar na sala, eu senti desespero... uma pessoa me ajudou com isso... E-então, ela viu meus olhos de outra cor?
— Não. __ ela riu __ As únicas pessoas que podem ver, são as que você "permite". __ disse ela se aproximando.
— Como assim? __ perguntei.
— Essa mutação em seus olhos, só pode ser vista por outros peculiares, ou por pessoas próximas, na qual você confie, porém, ela só poderá ver se você deixar. __ ela agachou-se em frente à minha carteira, colocando seus braços sobre ela e apoiando sua cabeça. __ Você acha que alguém já viu seus olhos assim?
— Além de meu irmão... acho que meu amigo, Taehyung.
— Humm, ok. E você se sente a vontade com eles? Tipo... sabem que você é "diferente"? __ perguntou com o queixo apoiado em cima das mãos, mas desta vez, sem malícia (Amém!).
— Sim. E... Sim.
— Você os permitiu ver, ou eles viram sem que você tivesse o consentimento disso?
— Até pouco tempo atrás, eu sequer sabia que podia controlar isso. __ sorri amarelo.
— Pois você pode, por sorte, apenas as pessoas certas viram. Caso contrário, poderia lhe trazer problemas, garoto. __ ela riu e eu também, apenas para não ficar chato.
— Seu irmão também está no abrigo, junto com você?
— Não... digo, ele faleceu à alguns dias. __ disse de cabeça baixa, me forçando a não deixar que lágrimas escorressem sem minha permissão.
— O-oh, eu... e-eu sinto muito. De verdade mesmo. __ ela colocou uma de suas mãos sobre a minha, me trazendo conforto.
— Obrigado, mas está tudo bem, não se preocupe.
Ela me olhou meio curiosa e depois perguntou:
— Jeon, me desculpe a pergunta, mas... por acaso, quando seu irmão faleceu... você teve algum flash?
Não, eu me lembro perfeitamente de me angustiar por isso.
— Não. Bom, eu senti um aperto no peito. Algo como um mal pressentimento, entende? __ gesticulei com as mãos, nervoso.
— Como aconteceu?
— Ele estava com Namjoon hyung, seu namorado, em um hotel. Uns caras entraram e o pegaram como refém. Meu irmão, assustado, tentou os impedir de fazer algo com o mesmo, então... __ fiz uma pausa engolindo o choro __ Eles atiraram.
Minha professora ficou em silêncio por um tempo. Uma lágrima escorreu e eu tratei de limpa-la.
— Estranho, muito estranho... __ ela levantou-se e levou suas mãos ao queixo, o alisando. Acho que ela saiu de algum tipo de filme barra série americano __ Me desculpe de novo, mas eu tenho que perguntar... Você chegou a ver seu irmão no hospital, ou no caixão?
— Não, no velório, o mesmo estava fechado. Não o visitei no hospital, quando ele faleceu, estava em outra cidade. __ ela assentiu acompanhada de um "Hummm...".
— Ele o viu no hospital?
》Não, ninguém viu. Exceto os médicos.
Um fio de luz pareceu ilumina-la, seus lábios entreabriram e seus olhos brilharam — não em vermelho, apenas um brilho normal.
— Mas é claro! Jungkook. __ ela se aproximou novamente __ Seu irmão não está morto, criatura! __ bateu em minha mesa, me fazendo dar um pulinho da cadeira.
— O quê? __ perguntei eufórico.
— Você não teve flashes, certo? __ ergueu seu indicador apontando para mim, se aproximando.
— Sim. __ concordei.
— Você tinha que ter tido flashes! __ ela ainda continua se aproximando __ Você sentiu só um aperto no coração, e isso é normal, pessoas mais intuitivas sentem isso. __ seu dedo estava quase furando meus olhos, então ao que ela falava, eu inclinava meu corpo para trás.
— E-eu não entendo... __ segurei firme na mesa.
— O que aconteceu com seu poder de raciocínio? __ deixei em casa __ FOI ARMAÇÃO, JUNGKOOK!
Cai da cadeira, e a mesa, para minha alegria, foi junto.
Sério, eu só não desmonto o colégio inteiro porque ainda não me empenhei nisso.
Minha professora rolou os olhos e me ajudou a levantar. Ótimo, agora eu estou em choque e com a bunda doendo.
— Como disse? __ perguntei, levantando a mesa e a cadeira.
— Jungkook, sinceramente, você é muito burro para alguém que tem o dom da Estratégia!
Obrigado pela parte que me tocas.
— O fato é: se você não teve flashes, seu irmão tecnicamente não foi machucado, ou ameaçado...
— Em? __ mais confuso eu não posso ficar.
— Se lembra quando eu disse que existem mais pessoas peculiares por aí? __ ela segurou meus ombros, me fazendo olhar em seus olhos __ Ao todo, existem sete de nós. Eu, você e obviamente mais cinco. Seu dom é o mais poderoso, eles estão atrás de você! Eles sabem que você tem o dom da Estratégia, e esperam que você se toque que não teve flashes, que ache isso estranho e procure por respostas. Mas provavelmente esse dom esta só de enfeite na sua alma. __ ela soltou meu ombro, me fazendo respirar com mais calma. Caraca ela estava tão perto.
— M-mas, por que eles estão atrás de mim?
— Eles querem todos os seus poderes! __ ela disse como se fosse óbvio.
— Mas, como eles poderão fazer isso? A senhorita mesmo disse que a única forma de o perdemos é desintegrando, e depois disso, nosso dom é levado para outra pessoa. __ e eu achando que mais confuso não ficava.
— Eu não sei. Mas eu sei quem pode descobrir? __ ela parou seus olhos em mim, mas só para conferir, eu dei uma olhadinha para trás, só para ver se ela não estava falando com outra pessoa, mesmo que só estivéssemos nós dois na sala.
— E-eu? __ apontei para mim mesmo.
— Não, minha avó! Quem mais seria? __ cruzou os braços.
— Oh. Mas eu não sei se consigo. A senhorita-
— Aish! Eu não aguento mais você me chamando de "senhorita" e sendo tão formal. __ ela disse me interrompendo.
Ela foi até sua mesa, pegou sua bolsa e de lá, tirou algo que pude deduzir ser um demaquilante. Ela tirou toda sua maquiagem e depois puxou seus cabelos (que a propósito, eu nem sabia que era peruca), revelando seus fios tingidos de vermelho.
— Pronto, agora pode me chamar de noona e usar " você" , ao invés de "senhorita". __ ela disse se aproximando novamente.
Meu queixo provavelmente estava batendo no joelho agora.
Sua aparência era de uma mulher de pelo menos trinta anos. Agora, não parecia ter mais que dezessete.
— Desculpe a pergunta senho- digo, nuna, mas, quantos anos você tem? __ perguntei.
— A última idade que você pensou a cerca de cinco segundos atrás. __ disse enquanto ajeitava suas mechas.
— Você não é professora. __ bati com minha mão na testa __ Céus! Você está aqui de penetra!
— Isso ai, gatinho. Parece que seu raciocínio está evoluindo meio rápido, não é? __ deus duas batidinhas em minha cabeça em puro deboche. E depois sentou-se em uma cadeira.
— Como fez para poder dar aula? __ perguntei realmente curioso.
— Digamos que eu tenha seduzido um carinha que faz documentos e diplomas falsos. __ respondeu cruzando as pernas e olhando as unhas.
— Isso é errado. __ disse desacreditado, porém rindo.
— Eu sei. __ disse indiferente.
— E se descobrirem e te entregarem para a policia?
— Fácil, eu seduzo o policial também.
Ela é tão maneira!
— Mas não se preocupe, hoje mesmo eu dou um jeito de entrar na sala da diretora e dou um sumiço em toda a papelada. Se vocês não tiverem aula de matemática amanhã, já sabem a quem agradecer. __ sorriu.
— Você é muito corajosa! __ disse me levantando.
— Você também é. Todos somos. O fato de termos inseguranças que nos impedem de fazer as coisas, não quer dizer que sejamos medrosos, só temos mais medos, não menos coragem. __ ela disse e eu apenas pude ficar a admirando com a maior cara de babaca.
Suas palavras se parecem com a do meu irmão, ele sempre dizia coisas bonitas a todo mundo que precisasse ouvi-las. Ele podia não ser peculiar, mas par mim, seu dom era o melhor do mundo.
— Ei, ei. __ ela se levantou e aproximou-se de mim __ Não chore, hum? Seu irmão dever estar bem. __ droga, eu estava chorando, de novo __ Você não teve flashes, certo? Então se acalme. __ me abraçou forte __ Conte comigo para o quê precisar, parece que seremos uma dupla. Ou um trio, podíamos chamar seu amigo "não-peculiar" para ajudar, talvez seje útil. __ seu ombro estava completamente molhado por minhas lágrimas __ Eca, garoto! Estou toda molhada! __ ela disse e eu ri entre os soluços __ Só não te bato porque você parece realmente triste. __ ela começou a dar batidinhas nas minhas costas e ficou em silêncio.
Depois de tudo, eu a agradeci e fui embora. A vã do abrigo já estava me esperando.
Infelizmente não pude lhe ajudar a dar o tal "sumiço" nas papeladas do seu suposto diploma e identidade. Segundo ela, eu ainda era muito iniciante e que entrar em uma sala escondido requer muito treinamento e eu ainda não estou pronto. O que é completamente irônico, já que um dos meus poderes é a invisibilidade — apesar de eu não conseguir controlar, mas finge que eu sei.
~(🌺)~
Oi pro 6
O que estão achando desses últimos capítulos? Muita coisa sendo revelada?
Aaaaaa, será que o Seokjin está vivo?
Tenho algumas coisas para esclarecer:
•Eu me esqueci de adicionar um poder ao dom Leveza e este poder era: "Capacidade de criar e transformar" que consiste em criar objetos/animais/insetos, etc. Ou transformar algo, por exemplo: transformar uma caneta em borracha. Porém, ele só pode transformar um objeto em um outro objeto, um animal em um outro animal, um inseto em outro inseto e assim sucessivamente.
•Sobre a Sedução: quando eu disse que pessoas com este dom não conhecerão o amor verdadeiro, eu me refiro ao amor de namorados não ao amor fraterno, como o do Jin pelo Jk, ou pelo carinho e amor (de amigos) do Tae e dos meninos do abrigo pelo mesmo. Massssss..... Será que nem um amor tão, mais tão grande pode quebrar está maldição?
•Não sei se vocês se lembram das borboletas que apareciam cada vez o Jk via o Jimin, isso entra na: "capacidade de criar ou transformar". Teorias?
•No capítulo "Vinte e nove", o nome da professora estava como "Him" mas foi um erro meu, eu já arrumei e o nome dela é Hyuna. No capítulo "Um" o nome da professora de matemática era Hyuna e eu mudei para Him. Eu só inverti. Desculpem pelo erro.
•O Jk está sem celular, o mesmo está descarregado e a diretora (do abrigo) não deixa usar.
Ps: eu estou SURTANDO com o comeback trailer Interlude: Shadow.
Aaaaaa muito ansiosa para o comeback de verdade!!!
Bom é issu, espero que tenham gostado.
Até o próximo capítulo.
Beijos do Jin😍😘
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