CAPÍTULO 4 - O PLANO.
Ao acordar não vejo minha mãe no meu lado, me despreguiçando me sento na cama.
- Bom dia. Poderias trazer meu café, por favor? – Falo no telefone que liga a cozinha.
- Sim meu lord. – A voz na outra linha responde.
Me levanto e vou ao banheiro. Boto a jacuzzi pra encher e vou fazer minhas necessidades. Termino e tiro minha roupa pra entrar na água.
Fico me relaxando no banho, até que resolvo ligar a TV que fica na parede a minha frente.
- Nill, gostaria de ver as notícias do dia. – Falo com minha tv que liga e faz o que eu mandei.
Fico a me banhar olhando atento para televisão, quando vejo uma notícia se referindo a minha pessoa.
- Será que eles não cansam nunca? – falo sozinho.
No programa está passando uma imagem minha toda borrada e escura. Tinha paparazzi na opera e tiraram essa foto. Não é possível que todo lugar que eu vá tenha alguém com uma câmera ou celular pra tentar tirar foto minha.
Na legenda da notícia está:“Será o filho bastardo da realeza?”
Bastardo? Cada hora eles colocam um nome diferente pra mim. Ainda bem que isso está prestes a chegar ao fim. Não aguento mas viver me escondendo de todos.
Saio do banho e me visto com meu roupão. Escovo meu dentes e seco meu cabelo com o secador. Vou até o meu closet e pego uma blusa social cinza e uma bermuda jeans preta, então começo a me vestir.
- Meu lord? – Escuto a me chamar.
- Pos não? Estou aqui no closet! – Falo alto pra ele me ouvir.
- Me desculpe meu lord. Eu irei fazer a mesa do seu almoço menor. – (O modo que eles chamam o café da manhã). – O senhor quer que eu já deixe seu chá adoçado? – Ele pergunta.
- Não Stevan, eu mesmo coloco. – Falo passando ao seu lado.
- Me chamastes pelo meu nome senhor. – Ele sorri energeticamente.
- Sim... Não tem porque agora eu fingir não saber o nome de todos nessa casa. – Também sorrio.
- Como assim? - Ele pergunta sem entender. - Deixe-me te ajudar meu príncipe. – Ele começa a destampar o meu almoço menor.
- Deixa pra lá Stevan. - Dou um sorriso fechado e me sento. - Não precisa, eu mesmo faço isso. Pode se retirar por favor, está tudo bem. – Apoio meu cotovelo na mesa.
- Sim senhor. – Ele se referencia e sai do meu quarto.
Preparo meu chá e pego um pedaço de queijo de cabra, como a salada de frutas e algumas torradas e por último um iogurte light.
Vou até o banheiro escovar meu dentes de novo e pego tudo que esta na mesa e coloco no carrinho que Stevan deixou. Ao descer empurro o carinho pra fora do elevador e dou de cara com o segurança da minha bisavó.
“A bruxa está ai, droga...”
Continuo andando com um sorriso completamente falso em minha face.
- Bom dia Xavier. – O cumprimento.
- Bom dia príncipe. – Ele faz sua referência e volta a ficar na sua pose de poste.
Sim chamo todos de poste, eles sempre ficam parados, não movem um músculo. É tão engraçado.
- Cadê as empregadas dessa casa?!– Fala minha bisavó sentada na mesa.
- Desculpe minha rainha. – Surge Lain desesperado tomando o carinho de minha mão.
- Vocês são pagos pra fazer tudo nessa casa! Isso és um absurdo, você não coloca ordem nessa casa Kate? – Ela encara minha mãe que estás sentada a sua frente.
- Isso deve ter sido um mal...
- Não foi culpa deles bisa. Eu que quis trazer o carrinho. Eles são sempre dispostos a fazer tudo. – Corto minha mãe.
- Eles tem que tá disposto a tudo, são pago pra isto. – Seu semblante fica sério. – Desde de quando virou empregado? – Ela me encara.
- Não custa nada ajudar bisa. – Reviro os olhos.
- Não me chame assim! - Ela aumenta seu tom. - Sou sua rainha e mereço tal respeito. – Ela ordena.
- Sim senhora alteza. – Me referencio com deboche e vou a cozinha.
- Esse menino deveria ir pra uma escola interna, aprender bons modos. Ele és repugnante igual o tio. – Escuto ela falar com a minha mãe.
O mulherzinha nojenta, mesmo com o pé na cova ela consegue ser tinhosa. Eu não aguento ouvir seus comentários sobre mim. Pra ela todos tem que ser idiotas, preconceituoso e bem monarquistas. Pessoas assim me dão ânsia de vomito.
Pego um copo de água e volto por meu quarto. Escuto minha mãe me chamando mas eu a ignora.
Pego meu tablet e compro minha passagem para América. Ainda não disse nada para meus pais, mas não importa o que eles pensam, eu irei e pronto. Minha viagem está marcada pra amanhã as três horas da tarde, finalmente vou me ver livre de todos.
Ligo pra cozinha e peço que Molly suba pro meu quarto. Preciso que ela tire algumas dúvidas que eu tenho.
- Pos não meu lord. – Ela fala entrando em meu quarto.
- Eu já comprei minha passagem. – Falo todo sorridente. – Preciso que me explique como os americanos age. – Bato na cama, a chamando para sentar ao meu lado.
- Não somos tão diferentes dos ingleses. – Ela começa a rir por me ver animado demais.
- Sim eu sei. Mas o problema que eu não sou igual os outros ingleses. Será que eles vão gostar de mim? – Fico pensativo.
- Claro que vão. – Ela passa a mão em meu cabelo.
- Você só está falando isso porque sou um príncipe. – A olho cabisbaixo.
- Claro que não. – Ela me adverte. – Você é um menino incrível, tem um coração tão puro, ver o mundo de um jeito tão colorido, trata todos iguais e sem dizer da sua felicidade contagiante. Você não é só diferente da sua família, você é diferente de todos nesse mundo. Você é único Christopher. – Seu olhar fica meigo.
- Há muito obrigado Molly. – A abraço. – Vejo que tenho uma grande amiga nessa casa. – Sorrio.
- Sim você tem. – Ela retribui o sorriso. - Agora vamos a algumas coisas que somos diferentes. Pronto pra anotar? – Ela fala passando a mão em suas pernas.
- Eu tenho que anotar? Eu não sabia. Deixa eu pegar o meu cel...
- Estou brincando meu querido. – Molly começa a rir. – Vamos lá. – Começa a falar.
Eu presto atenção a cada coisa que ela me diz. Acho que vou me dar bem com os americanos, o jeito que Moly fala somos bem parecidos, mas vamos ver como fica isso na prática. Tenho que admitir, não vai ser fácil, ainda mas que as pessoas são tão independentes e eu não sei fazer nada. Vou morrer de fome, to até vendo.
Continuo a prestar atenção em tudo que Molly diz. Até que meus pais entram no meu quarto.
- Quando você ia falar com a gente? – Meu pai entra pisando firme.
- Hoje, até porque eu vou embora amanhã. – Me levanto da cama ao falar.
- Saia, nos deixe a sós. – Ele aponta pro elevador.
- Não fale assim com ela. Você está no meu quarto, não tem autoridade nenhuma aqui. – Falo bem irritado.
- Deixe pra lá meu lord. – Molly da um sorriso de lado. – Com toda licença majestades. – Ela se referencia a eles.
- Vocês não podem sair falando assim com as pessoas. – Continuo irritado.
- Não só posso como faço. – Meu pai se aproxima. – Você tem pelo menos um pouco de consideração pela sua família?! – Seu tom fica mais alto.
- Não sei se eu deveria ter, mas infelizmente eu ainda tenho! – Também aumento meu tom.
- Calma meus queridos, vamos conversar sem gritos. – Minha mãe fala.
- Esse menino está insuportável. Está rebelde igual o tio dele. As vezes me pergunto se é realmente meu filho. – Meu pai fala andando de um lado para o outro.
- És um grande elogio ser considerado igual ao meu tio. Porque de todos nessa família ele és o único que presta, foi o único que não se tornou nesse ser desprezível que todos vocês são – Me levanto.
- Parem por favor. – Minha mãe fala chorando. – A gente veio aqui conversar e não insultar ele. – Ela fala encarando meu pai.
- Ele que está nos insultando, você não consegue ver isso? – Meu pai encara minha mãe.
- Isso não es insulto, infelizmente es a verdade. – Ela senta na cama. – Agora se você não vai conversar com o SEU FILHO és melhor ir embora. – Ela aponta a saída com o dedo.
- Por isso ele estás assim. Você mima muito esse menino. Fique sabendo que o que venha acontecer com ele a culpa és sua e eu nunca vou te perdoar por tal ato. – Meu pai fala entre o dentes e sai do meu quarto furioso.
- Mãe não brigue com ele por minha causa. – Falo sentando ao seu lado.
- Seu pai es igual a Elizabeth, não vou deixar falar assim com o meu menino. – Ela me abraça. – Eu quero que essas ultimas horas com você seja perfeito. Você está indo embora, e eu não posso fazer nada pra impedir. Então o máximo que posso fazer és ficar e curtir esse momento. – Fala minha mãe deitando minha cabeça em suas pernas.
- Eu só vou me mudar mãe, não vou deixar de ser o seu filho. Pode ter certeza que vou sempre estar entrando em contado com a senhora. – Olho em seus olhos.
- Promete que iras continuar esse princípio gentil e carinhoso? – Ela acaricia minha face.
- Mãe se eu não mudei morando vinte anos com as pessoas mais repugnantes e preconceituosas, não vai ser em outro pais que vou mudar meu jeito. – Seguro sua mão.- Pelo menos eu tive um exemplo bom nessa casa e fique sabendo que me orgulho muito de ser seu filho. – Limpo sua lágrima.
- Há meu menino. – Ela deita sua cabeça em cima da minha face.
Eu e minha mãe ficamos ali, deitados e curtindo as ultimas horas junto. Conto pra minha mãe pra onde eu irei, falo que vou ficar na casa do irmão da Molly até arrumar um canto pra mim. Depois que disse que a família da Molly iras me ajudar, minha mãe ficou mais calma. O medo dela era eu ter que lidar com tudo sozinho, tenho que admitir que também eras o meu. Mais graças a Molly eu vou ter ajuda pra ser um garoto normal.
Mas que confusão gente... O capítulo de hoje foi um pouco maior e peço desculpas por isso. Espero que tenham gostado, logo logo postarei mais. Não esqueçam de deixar seus votos e comentários. Beijinhos...❤😙
Bạn đang đọc truyện trên: AzTruyen.Top