CAPÍTULO 26 - Devo Aceitar.
Gostaria de dizer que essa capítulo ficou um pouquinho grande, desde já peço desculpas. Mais independente do tamanho espero que gostem e tenham uma ótima leitura. ❤
Dentro do carro, seguimos quietos a viagem toda. Melanie parece encantada com cada canto de New York. Eu fico feliz por a ver tão alegre, ela esbanja um sorriso de ponta a ponta do rosto, não tira os olhos da janela. Por ficar a olhando, queria tanto saber o que passa em sua mente nesse momento.
- Você nunca chegou a conhecer a cidade? - Pergunto a olhando.
- Não. Nos tiraram do centro antes mesmo de conhecermos a tão famosa Times Square. - Ela desvia seu olhar em minha direção.
- A quanto tempo vocês ficaram no centro? - Encosto minha cabeça no banho.
- Foi horas. - Ela faz o mesmo que eu. - Eles não queria ver mexicanos pobres chamando a atenção dos turista. - Seu olhar fica triste.
- E porque não arrumaram um lugar pra vocês, em vez de os colocarem na rua de Brooklyn? - Ergo a sobrancelha.
- Porque eles não ligavam pra gente, ainda mas sendo mexicanos. Eles queriam mas que a gente se dessem muito mal aqui na América. - Nesse momento ele desvia o olhar para janela.
Melanie fica quieta, não se ouve mais nada a não ser os barulhos do carro. Parece que ela está repassando em sua mente tudo o que já enfrentou. Por ver ela com a mente tão longe, eu me aproximo, deitando minha cabeça em seu ombro e seguro sua mão. Melanie não me distancia, ao contrário, ela apoia sua cabeça em cima da minha. Ficamos o caminho todo quietos e um apoiado no outro.
Finalmente chegamos ao nosso destino. Eu pago o taxista e logo em seguida vou até Melanie. Que encara o prédio em sua frente sem ao menos piscar.
- Pronta, pra conhecer seu lar? - Paro atrás dela, também olhando pro alto, em direção ao prédio.
- E-Eu... Eu...- Ela se vira pra mim, não conseguindo terminar a frase. - Uhum. - Acena com a cabeça.
- Vem. - Seguro sua mão e a conduzo até a entrada.
Quando passo pela porta giratória, vejo Melanie me olhar atenciosa e fazer sinal com sua cabeça. Ao olhar pra onde ela aponta vejo algumas pessoas sentadas no sofá e outros no chão. Suas fisionomias são de tristeza.
De longe eu consigo ver Mikaele chorando abraça com seu pai e Malik com a cabeça baixa. Melanie segura minha mão e me leva até eles.
- Christopher! - Vejo Kate vindo em minha direção, correndo.
Ela ao me abraçar, eu acabo sentindo uma dor, mas não a afasto. Sua irmã fala pra ela ir com calma por causa das minhas feridas, então ela me solta de seus pequenos braços e me olha com os olhos lacrimejando.
- Eu tive medo, tanto medo. - Ela começa a chorar.
- Que isso pequena. - Me abaixo com ajuda de sua irmã. - Foi só um susto. - Limpo seu rosto.
- Eu fiquei com medo de...
- Chirs... - Mikaele a corta, vindo me abraçar ajoelhada. - Me perdoa, eu era pra ter ficado em casa. - Ela fala entre os soluços, agarrada em meu pescoço.
- A culpa foi minha, por ter mentido pra você. Me desculpe... - Susurro em seu ouvido, e deito minha cabeça em cima de seu ombro.
- Como foram capazes de fazer isso com você. - Ela se afasta e segura meu rosto. - Você podia ter...
- Agora tá tudo bem. - A corto. - Melanie me salvou. - Dou um sorriso em sua direção.
Ao falar isso Mikaele se levanta e da um abraço apertado em Melanie, que logo retribui o abraço. Vejo todos vindo na minha direção, então me levanto pra cumprimentar a todos.
- Meu filho... - Sr. Jackson me abraça. - Eu nunca iria me perdoa se o pior acontecesse.
- Eu estou bem. - O aperto.
Ao falar com todos, receber carinho de todos, eu respondo milhares de perguntas que me fazem. Estou me sentindo em um interrogatório. De longe vejo Sr. Edward no telefone, e és ai que percebo.
"Minha mãe, ela não pode ficar sabendo".
Peço licença a todos e vou até ele que estas com um semblante bem sério. Ao perceber minha chegada ele desliga o telefone.
- Senhor...
- Estávamos todos preocupados, como foi imprudente de ir ao Brooklyn sozinho? Nunca mais faça isso. - Ele me corta.
- Desculpa Sr. - Abaixo a cabeça. - Eu só queria falar logo pra aquelas pesso...
- Podia ter falado comigo antes! Christopher, a sua vida é valioso demais, você esqueceu quem é? Sabe o que sua família faria comigo se soubesse o que aconteceu? Você faz idéia do que aconteceria com a Inglaterra se o príncipe de Cambridge vinhesse a morrer?! - Ele aumenta seu tom.
- Eu sei, eu fui imprudente, eu sei. - Continuo com a cabeça baixa. - Mas como irias saber que eles iriam fazer aquilo? Sr. Edward, tudo só aconteceu porque essas pessoas sofrem muito com os preconceituoso, elas acharam que eu seria igual, foi um modo de se vingarem por tudo que já enfrentaram...
- Essa vingança podia ter custado a sua vida Christopher! Não importa o que eles tenham enfrentado, eles não podem fazer isso com uma pessoa inocente, e mesmo se você não fosse. Me diga, e se fosse outra pessoa no seu lugar? Você acha que teria sobrevivido, será que chegaria alguém pra ajudá-la, igual aconteceu com você? Escute, eles não fizeram isso por que já sofreram, eles fizeram isso porque são pessoas ruins. Aqui fora Christopher, o mundo é rodeado de gente perversa, que fica feliz machucando outros. O que esses caras fizeram não ira passar em puni. - Seus olhos ficam obscuros.
- O senhor pode ter razão. - O encaro. - O que iras acontecer com eles? - Me sento, já imaginando a resposta.
- Já fiz. - Ele senta ao meu lado. - Todos que participaram do crime estão presos. Três deles já tem passagens na polícia por roubo e venda de droga, e os outros dois são usuários de drogas. Eles não são pessoas honesta senhor, vão pagar por tudo o que fizeram. - Ele fala olhando uma mensagem que chegou no seu celular.
- Sr. Edward, o hospital aonde eu estava...
- É o do seu plano de saúde. - Ele volta seu olhar pro meu. - O seu celular tem um chip rastreador. Quando eu cheguei pra buscar os refugiados eles me disseram o que tinha acontecido, me falaram que não fazia nem cinco minutos que você tinha saído de lá. Então, no meu celular chegou o número do seu uber, eu entrei em contato com ele pra te levar pra esse hospital. Só lá eu saberia que estaria seguro e que seu segredo não seria vazado, já que seus documentos são da realeza. - Ele coloca a mão na minha perna.
- Então todos lá sabiam quem eu era? - Fico indignado.
- Sim. - Ele acena com a cabeça. - A enfermeira Nathalie trabalha pra sua bisavó. Eu entrei em contado com ela pra que me dissesse tudo o que acontecesse no hospital. - Agora ele esfrega suas mãos em suas próprias pernas.
-Tudo faz sentido agora. - Falo tentando digerir tudo. - Desde quando meu celular és rastreado? - Me levanto não crendo no que ouvi.
- Desde de sempre. - Ele também se levanta. - Antes que diga algo, isso faz parte do programa de proteção a realeza. Todos da sua família tem isso e um guarda costa. Como seus pais sabia que você não iria querer uma baba, eles só colocaram o programa. Mas agora isso acabou, além do programa de proteção, você vai ter um guarda... - O corto.
- Não, eu me recuso a isto. O que todos vão...
- Eu não ligo pro que eles vão pensar! - Ele me corta e aumenta seu tom. - Você não está no seu conto de fadas, isso aqui é a vida real! E antes que aconteça mais alguma coisa com você, iras sim ter um guarda costa. É isso, ou ira voltar pra Inglaterra. - Ele cerra os dentes.
- Eu já sou um adulto! Não preciso de baba e muito menos de você me dizendo o que eu devo fazer! - Me estresso. - Eu não vou ter um guarda costa e muito menos voltar pra Inglaterra. - Me aproximo de seu rosto.
- Acho que sua mãe não vai gostar de saber o que aconteceu aqui, vai? Você só tem duas opções, ou vai me obedecer, ou vai. - Ele se afasta.
- Isto és... És... Um absurdo... Eu não sou criança! - Começo a andar de um lado para o outro. - Eu achei que eras meu amigo, mais como todos os outros, você só estas preocupado com a sua reputação! - Grito.
- Pode pensar o que quiser. Eu estou fazendo isso pro seu bem...
-Meu bem? Meu bem!? - Volto a gritar. -Se quisesse mesmo o meu bem, me daria um voto de confiança, me trataria normal. - Sinto minha vista queimar.
- Eu não irei discutir com o senhor, espero que veja o que estou fazendo. - Ele pega sua pasta. - Eu te vejo como um amigo Christopher, e amigos cuidam um do outro, protegem um ao outro. O que eu estou fazendo por você é coisa de amigo e não funcionário. Na verdade eu nem deveria ligar pra nada que te aconteceu, sabe porque? Porque de qualquer jeito eu iria ter o meu salário todo mês, porque seus pais te conhecem, sabem como você é, então não me culpariam por nada disso. Mas eu tomei as atitudes que tomei, porque quero seu bem, porque gosto de você como pessoa. - Ele se aproxima.
- Então porque não deixa eu tomar minhas próprias decisões? - Sinto a magoa me percorrer.
- Olha aonde suas decisões te levaram... - Ele faz um gesto com a sua mão, pra baixo e pra cima, mostrando meu estado. - Mas mesmo assim te dei chance de se decidir, se vai querer um aguarda costa ou voltar pra Inglaterra. - Ele bate no meu ombro e antes que eu fale algo e começa a andar.
Vejo todos se despedindo dele e logo eles vêm na minha direção. Hoje era pra ser um dia feliz, mais parece que tudo deu errado. Era pra eu estar animado e contente junto com essas pessoas, mas a única coisa além da dor que sinto és a raiva em meu peito.
Serás que tudo o que eu fizer vou te que ter a permissão de alguém? Serás que nunca vou poder ter uma vida normal? Porque eu, justo eu tinha que ser um príncipe? Esses pensamentos estão me atormentando.
Vejo Katherine se sentando ao meu lado e encostando sua cabeça no meu braço, esse pequeno gesto me tira dos meus pensamentos e me faz dar um sorriso em sua direção.
- Você é realmente um príncipe. - Ela sorrir. - Meu grande príncipe. - Ela volta a abraçar meu braço.
Ouvir essas palavras dela não me deixa triste ou magoado, e sim feliz. Ela ver um príncipe em mim que eu mesmo não consigo enxergar. Me faz acreditar que que não és tão ruim assim, ser um príncipe. Pena que a minha realidade não és esse conto que ela imagina. Não sou esse "Príncipe" que ela pensa. Mas eu poderia tenta, será que devo tentar? Devo aceitar minha coroa? Devo ser o príncipe de Cambridge?
É tanta dúvida na cabeça do nosso príncipe. Só sei de uma coisa, ele nasceu príncipe e vai morrer sendo um. Acho que já está na hora dele aceitar o sangue que percorre suas veias.
E finalmente os refugiados chegaram no prédio. Cono vocês acham que eles vão reagir quando souberem o que estão fazendo ali? Será que Melanie e Katherine vão gostar do prédio? Haaa não vejo a hora de sber como vão ficar.
Por hoje é só meus amores, espero que tenham gostado e até a próxima. Amo vocês, se cuidem e fiquem em casa, se forem sair usem máscara. ❤
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