Nick

Meu ex-namorado havia voltado mais bonito e tatuado do que há quatro anos atrás, e eu me arrependo totalmente do nosso termino por que a culpa havia sido minha.

No dia em que terminamos a gente tinha brigado por conta de algum motivo extremamente besta e depois eu saí para uma festa com Ben e havia desligado meu celular por um tempo quando a gente foi jogar Ping pong

E nesse meio tempo, eu não sabia, mas o meu namorado estava no hospital, estava tendo crises epilépticas que não estavam sabendo como ser controladas.

O nosso término foi porque eu o havia abandonado quando ele precisou de mim, e eu ainda havia o chamado de surtado por ter seu problema com álcool.

Saí das minhas memórias conturbadas com uma fala de Xande.

-Então depois daqui a gente pode almoçar no restaurante de mamãe e da Tia Giovanna .-Xande falou, a mãe em que ele se refere é a Clarissa.

-Claro, estou ansioso para provar as novas comidas. -Caetano falou empolgado. Havia sentido falta dele nesses últimos anos.

-Vamos buscar as meninas e o baby Lee. E a gente se encontra lá.-Ben disse.

Eu e Caetano nos despedimos dos nossos amigos e logo entramos no meu carro.

Colocando os nossos ternos envelopados no banco de trás e voltamos para o banco da frente.

No começo em que entramos em meu carro ficamos em silêncio entre nós dois. Dirigi tranquilamente pelas ruas de São Paulo até o restaurante.

Quando cheguei no sinal vermelho decidi puxar assunto.

-Como tem sido a vida no rio?-Perguntei me virando para o seu lado. Analisando seu belíssimo rosto e seu corpo.

“E aí, como tá tua vida? Legal”.-Acontece, Jão.

-Ainda é esquisito te ver dirigindo. -Caetano comentou quando prestou a atenção. -Está uma correria, quase não passo tempo em casa. Depois que o manteiga morreu a casa é um silêncio horrível. E como anda a vida de modelo?

-Não é. Eu lembro de momentos em que passávamos dentro do seu carro.-Falei. -Anda muito bem, só uma vida alimentar bem complicada.

-Imagino, já fiz algumas entrevistas com pessoas dessa área.-Caetano falou, e depois dessa fala eu voltei a dirigir rápido que Caê precisou se segurar.

Não demorou muito para que chegarmos no restaurante e estacionei na primeira que eu vi e descemos e arrumei a bermuda de moletom que eu estava usando.

-Caetano. -O chamei assim que nós dois tínhamos saído. -Desculpa por ter usado o seu apelido.

-Nick, o apelido não é meu, não foi eu quem fiz. Falando no seu atual, ele parece te fazer bem. -Caetano disse.

-É ele me faz. -Falei e sorri igual uma idiota.-E você, andou namorando?

-Sim. -Caetano falou enquanto andávamos até o restaurante da minha ex-sogra.

O restaurante era vintage com uma atmosfera encantadora. Ao entrarmos fomos recebidos por um restaurante muito bonito uma pegada rústica e antiga ao mesmo tempo.

Nas paredes tinham um grafite de figuras históricas, artistas renomados, músicos, escritores e atores famosos, todos eles retratados em poses cativantes que capturam sua essência única.

A trilha sonora era uma playlist de covers de músicas internacionais e fomos pegar uma mesa grande por sermos quase oito pessoas.

No momento em que chegamos na mesa já acessamos o cardápio por Qr-code  e fiquei olhando o cardápio de bebidas, e Caetano me pergunta.

-Vai beber algo hoje?-Caetano me perguntou.

-Hoje não.-Falei. Beber e dirigir não é comigo.

-Se você quiser eu posso levar o carro.-Caetano disse.

-Vou esperar o pessoal chegar. Para a gente decidir.-Falei.

No momento em que Caetano ia falar algo, minha madrinha e proprietária, Giovanna Romania veio falar com a gente.

-Na hora em que disseram que vocês estavam aqui eu não acreditei.-Tia Giovanna deu um abraço em Caetano que já estava em pé. -Principalmente você.-Falou olhando para o meu ex.

-O que o meu irmão, não me pede que eu faça.-Ele falou e naquele instante, Xande chega com o resto do pessoal, ele estava segurando o filho de um ano no braço enquanto segurava as outras coisas dele, nem precisou ligar para a gente para nós acharem, eu estava em pé. -O amor da minha vidinha chegou.

-Que bom que você sabe que sou eu.-Xande falou brincando

-Óbvio que não é você. Vem aqui com o Tio Câe, querido.-Caetano estendeu os braços e a criança logo foi para o colo dele.

Xande e o pessoal cumprimentaram a minha tia antes de se sentarem, as meninas também deram um abraço no Caetano. Tia Giovanna não demorou muito tempo ali, e a sua última fala antes de se despedir da gente foi

-Caetano cê tem jeito com criança. -Essa foi a última coisa que ela disse, e era puramente verdade.

Depois dela sair, a gente se sentou. Caetano em minha frente, o pequeno Lee entre eu e ele na cadeirinha que tinha, Bela havia se sentado ao lado de Caetano e Ben ao meu ficando de frente para a namorada e Jaque e Xande sentaram nas últimas duas cadeiras.

-Já sabemos quem vai pagar a conta hoje.-Xande falou brincando com o filho.

-Não Não. -O pequeno Leonardo disse negando, sendo a coisa mais fofa. Ele era a cópia de Alexandre, mudando apenas os olhos que esses eram iguais ao de Jaque. -A vovó não deixa.

-É verdade, a vovó não deixa.-Caetano concordou. Ele seria um bom pai tenho certeza.

Eu ia falar algo sobre, mas Bela falou primeiro.

-Imagem só Câe sendo pai.-Bela disse.-Você quer ser pai né. -Fiz o que ela disse e minha mente simplesmente me fudeu.

-Minha doce e amada amante, eu não quero ser pai. -Após responder beijou a bochecha de sua amante como ele diz. Sua resposta surpreendeu a todos que estavam ali-Mas podem ter certeza que eu sou o tio mais babão-e fez uma careta oara o sobrinho que soltou uma gargalhada.-e um irmão mais babão também.-Seus olhos brilham ao falar de  criança

-Isso ninguém pode discordar.-Ben disse fazendo todo mundo concordar.

-O que eu estou pensando nesse momento, é apenas curtir a minha vida de solteiro e ficar com pessoas.-Caetano falou.-Ninguém para mostrar para a família.

-Tio Câe não namora o Tio Nick?-Lee perguntou.

Ninguém se manifesta, até eu  falar

-Não querido, o Tio Nick tem um namorado que não é o tio Câe.-Falei para a criança.

Nesse meio tempo nossas comidas chegaram, ele tinha pedido um bows/poke que é basicamente sushi descontruido, eu e Jaques havíamos pedido comida vegetariana, Bela, Ben e Xande haviam pedido algo que tinha a cara muito bonita.

-Mamãe definitivamente arrasa no cardápio. -Xande disse.

-Caralho sim. -Caetano continuou, e comeu com seu hashi sem liga o que tinha dentro.

Esse homem tem um poder em mim. Não é possível.

-Vamos ver se o pequeno Xande vai gostar de salmão. -Caetano pegou um garfo e deu na boca de seu sobrinho o salmão, e eu me permito tirar uma foto.

-Eu vou querer a foto depois.-Xande me pediu, enquanto Caetano ainda estava concentrado em dá salmão ao sobrinho.

-Papai, isso é bom. -Lee falou para Xande com aquela vozinha doce de criança. E depois fez um toca-aqui com Caetano.

As horas se passaram, e eu tenho certeza que está ali com eles para ser mais exato com ELE.

                                             [...]

Quando saímos decidimos pagar, mesmo minha ex-sogra não permitindo, eu havia dividido um vinho com Bela e sou um pouco fraco para a bebida.

-Eu sabia que eu teria que levar o carro.-Caetano resmungou baixo assim que a gente se despede dos nossos amigos

Só escuto meu melhor amigo falar: Vai ter trabalho, Müller.

-Não precisa cuidar de mim se você não quiser.-Eu digo, ao mesmo tempo que sinto ele segurar minha cintura.

-Diferente de como você me tratou, eu vou cuidar de você.-Caetano falou falando de nosso término. E fomos nessa posição até o carro, o meu carro.