casamento (2/3)
Resolvi algumas coisas para a minha loucura e fui de Uber até o estúdio onde tiraria fotos para a marca da minha tia Malu e da minha melhor amiga Beloca.
Tirei uma foto com estilo de roupa que o meu pai gosta, calça baixa onde mostra o cos da minha cueca, mostrando a marca "Calvin Klein" na mesma. Teve uma das horas que a própria Bela fotografou comigo. Ou seja uma dupla de milhões.
-Meu Deus, obrigada. Eu amei esse ensaio.-Aquilo levou praticamente duas a três horas.
-Eu posso levar todas as roupas que estão aqui?-Perguntei fazendo uma cara extremamente fofa. Eu simplesmente amei as roupas que eu vesti.
-Claro que pode amorzinho. Como já prevíamos isso, separamos uma mochila com as suas novas roupas.-Tia Malu disse e eu a abracei.
-Você é a melhor amo você. -Falei dando um beijo na cabeça dela, que havia voltado para a cor natural, castanho escuro.
-Tchau galera, estou indo. Bruno está me esperando em casa.-Tia Malu soltou beijos no ar e saiu.
No exato momento em que ela saiu e que eu fui trocar de blusa. Bela me parou.
-Esse moletom não é seu. -Minha melhor amiga disse, e tentou vasculhar algo que não tinha o que vasculhar. -Você foi dormir com o Caetano e não transaram?
-Sim, só dormimos juntos. Sem chupoes e sem nada sexual. -Falei vestindo a minha blusa e o moletom amarelo do Caetano, e carreguei bolsa de tênis e pus em meus ombros.
Mesmo eu já tivesse tomado banho quando cheguei em casa, eu amava aquele moletom então continuei com ele.
Caminhamos os três até o carro deles. Ben iria deixar Bela no salão onde seria o dia da noiva e iríamos até onde estaria os meninos.
-Você sabia que o Caetano está tendo uma amizade colorida no Rio?-Perguntei aos meus melhores amigos.
-Sim, praticamente todo mundo sabe. O cara se chama Mário, ele e Caetano vivem praticamente bem no Rio. -Bela disse. -Inclusive eles passaram o aniversário do Caetano juntos em Paraty, parecia algo bem romântico.
Bela me disse. Não parecia o garoto em que ouvi ligações no carro de Caetano.
-Eles brigaram ontem, não sei se parecem tão felizes assim.-Comento da briga que eu ouvi ontem
Não digo mais nada sobre o assunto, por que não quero me meter na vida particular do meu ex-namorado.
-Beloca, eu amei o ensaio. Eu estou doido para postar tudo.-Falei, enquanto recebia mensagem do meu agente e ex-namorado, Ricardo.
Estávamos resolvendo coisa de trabalho, ou seja chato.
-Fico muito feliz que você gostou amorzinho.-Ela disse e me deu um beijo na bochecha.-Você arrasou, meu modelo favorito.
-Talvez você seja o único que ela conheça.-Ben falou, enquanto dirigia até onde seria o dia das noivas, no apartamento dos pais da Jaque, com as orientações dadas pela minha melhor amiga.
Não demorou muito para a gente chegar e a minha melhor amiga sair do carro segurando um grande pacote que seria o seu vestido preto, o que a deixava mais gostosa e um salto alto preto que estava na bolsa, ela me mostrou.
-Nick, cuide do Benji pra mim-Bela diz para mim e beija minha bochecha. -Não deixe meu pai fazer piadas constrangedoras. Ele sem dona Marília ao lado, eu não quero nem saber como é.-Ela completou com uma piada.
Era muito fofa a relação da Bela com o Ben. Eles se chamam de apelidos geral como o de seus nomes, mas ele é o único a chama-la de Isa e ela é o única a chama-lo de Benji. Nem sei dizer se eles tem um apelido amoroso.
-Pode deixar madame. -Comentei brincando, e roubei o seu lugar assim que ela saiu do carro.
[...]
O ambiente estava harmônico, acabei de chegar junto com Ben na casa do Xande em nossas mãos estavam cheias de sacolas apenas com bebida, como ele havia pedido para a gente trazer cervejas. Ben me entregou a sua sacola para ele conseguir tocar a campainha.
Quando ele tocou a campainha logo devolvi a sacola para ele, ia que estava bem pesado carregar as duas.
Xande não demorou muito para abrir a porta do apartamento
-Alguém pediu cerveja?-Perguntei brincando assim que o Xande abriu a porta do apartamento
-Que bom que vocês chegaram meninos, só faltavam vocês.-Xande falou, antes de abraçá-lo coloquei as sacolas de supermercado em cima da mesa redonda. E abracei o meu ex-cunhado e amigo, Ben fez o mesmo movimento que eu
Depois disso eu analisei o apartamento, percebo que era bem maior que o meu, já que moram três pessoas enquanto no meu mora só eu. A decoração do apartamento lembra em alguns momentos a casa da Ninha e da Clarissa, só mudando já que do Xande tem coisas infantis, coisa entendivel por conta do mini Xande.
Notei de canto de olho que o meu pai Pedro e meu ex-namorado estavam conversando, sempre gostei da relação de amizade e parental que eles dois tem.
-Meu genro, pega uma cerveja para mim, por favor.-Tio Zebu pediu ao meu melhor amigo, assim que viu que Ben estava pegando uma garrafinha para ele.
Zebu e Marília são pais da Beloca, por isso a gente se conheceu desde de sempre.
Antes de me sentar, cumprimentei ao meu pai, Tio Renan e Tio Zebu que estavam no mesmo sofá. Os dois primeiros mencionados estavam bebendo vinho assim como o André Jones, sogro do Xande.
-Obrigado Ben.-Tio Zebu disse, assim que botou o vidro em sua boca falou.-Boa escolha menino Balbino e meu genro.-Ele é umas das únicas pessoas que me chama de Balbino, além dele só Caetano.
Também abracei papai Pedro que eu percebi que acabou de falar com Caetano, e ele sentou no mesmo sofá que os outros amigos, e roubei seu lugar no sofá de dois lugares e me sentei com Caetano.
No momento em que eu me sentei ao lado de Caetano, ele pegou a minha garrafa de long neck e bebeu.
-Conheço esse moletom super bem.-Caetano falou. Dessa vez ele não estava jogado no sofá como ele sempre fica estava com as pernas um pouco abertadas.
O sogro do Xande nos olhou e perguntou, por uma certa curiosidade que faz até sentido
-Vocês são um casal?-André perguntou.
-Somos.-Caetano falou me surpreendendo. -Todos os padrinhos do meu irmão são casais, André.
A fala de Caetano fez meu coração dá uma pirueta e começa a bater mais rápido, ele dá mais alguns goles na minha cerveja antes de me devolver.
Xande ativou o sinal "Pai", e foi buscou o filhote dele, que estava em seu quarto.
-Trouxe mais um dos meus homens favoritos para o meu dia de noivo.-Xande diz com o filho no colo, o mini Xande estava com o rosto em seu pescoço. Caetano aproveitou para tirar uma foto da dupla.
Assim que o Xande o colocou no chão foi correndo para o colo do avô, pai da Jaques.
-Vovô.-Lee disse e brincou tanto com o avô quanto com Ben.
-Muito bom em saber que você não fala nem com o seu padrinho.-Caetano foi para lá também e ficou ao lado do sogro do irmão, fiquei o assistindo brincar com Lee.
-Mas padrinho é o vovô, fazer o que?-Lee disse para o Caetano fazendo todos nós rimos. O Xande ocupou o lugar do irmão.
-Você tem um olhar apaixonado para o meu irmão, o mesmo que você tinha quando éramos adolescentes.-Xande disse e rapidamente parei de olhar Caetano
-Afinal somos um casal né!-Falei para Xande rindo. Isso foi o que ele disse para o André a alguns minutos atrás. -Mas não sabia que o meu olhar estava assim.
-Você está, seu imbecil.-Xande deu um soquinho leve em meu braço, e se arrumou no sofá.
-Quanto amor.-Falei rindo e a gente parou de conversar quanto o Tio Zebu começou a falar.
-Fofinho sua relação com o Lee, Ben. Quando que eu vou ser vovô?-Tio Zebu perguntou na lata e eu só pude notar o meu melhor amigo ficar vermelho de vergonha ou envergonhado? Não sei.
-Agora não, Seu Guilherme. Tanto eu quanto Isa estamos em uma fase de nossas vidas que não paramos em casa. Nem temos tempo para nós dois como um casal imagina quando uma criança nascer.-Ben falou dando um gole grande em sua cerveja.
Caetano veio em direção ao sofá em que eu e Xande estamos sentados e se jogou em mim e em Xande nós usando como sofá.
-Aqui está bom demais.-Caetano falou brincando e depois se levantou e se sentou ao meu lado em uma poltrona que parecia extremamente confortável.
-Uma energia infantil sempre é boa em uma rotina de casal-Xande falou e notei o meu ex-namorado se encolher, não sei o por que e só segurou a minha mão. -Quando eu vou ganhar um sobrinho, casal?-Xande perguntou para nós dois.
-Talvez em um futuro bem longe, não é lindo?-Caetano disse acendendo o primeiro cigarro do dia e soltou a fumaça do cigarro e depois me beijou.
-No nosso tempo, Xandão. -Falei brincando com o meu cunhado.
O tempo passou rápido, e conversamos bastante sobre muita coisa, sem ser trabalho por que não gosto de falar sobre. Nesse meio tempo eu e Caetano dividimos um cigarro. Ainda o primeiro dele.
Quando nos deparamos vimos que já estava na hora de começarmos a nos arrumar e todo mundo saiu. Eu fui embora com Caetano, no carro dele.
-Caetano você vai lá para casa, para a gente se arrumar juntos e fazermos outras coisas talvez.--Digo com a intenção de pega-lo na minha cama, já de terno.
-Desculpa, mas tenho que me arrumar em casa. Ninha falar comigo antes.-Senti um pouco de medo e mentira em sua voz, mas decidi ignorar.
-Entendo, coisa de mãe. -Falei dando uma risada fraca.
Não falamos mais nada, apenas ouvíamos música da época de nossos avós. Não precisamos falar nada para a gente se conectar, minha mão tocou na sua sem eu notar.
[...]
Mais uma vez vim com Ben, só que dessa vez a gente chegou junto no casamento do Xande. Que é um ambiente complementamente perfeito, similar ao filme Enrolados.
O espaço era em uma casa de eventos, eles alugaram todo o ambiente para fazer o casamento, a cerimônia possivelmente acontecerá no Jardim e lá dentro deve está o quarto dos noivos.
-Vocês chegaram.-Minha melhor amiga me abraçou. E Uau, eu tenho um crush enorme nela mesmo eu gostando de homens.
Ela estava com um vestido preto com um decote em V, a coisa mais linda que eu já tinha visto, em seus pés um lindo salto alto fino que a deixava poderosa. Em seus cabelos estava solto e bem arrumados, de um jeito magnífico
-Se eu gostasse de mulher eu ficaria com você.-Falei e beijei sua bochecha.
-Acho que já ouvi essa pergunta antes.-Ela disse. -Mas a minha resposta continua a mesma, meu Benji é o único cara que eu amo.-Falou e o beijou de forma delicada, super sincera e fofa.
Depois de todo um momento heterosexual deles
-Bela, você viu o Caetano, por aí?-Perguntei afinal precisava falar com ele.
-Sim, possivelmente está no quarto do Xande, mas cuidado ele está estressado e já fumou um ou dois cigarros desde que estava aqui.-Bela me disse, e me deu as direções corretas do quarto do noivo.
E fui atrás de Caetano. Quando o achei, só ouvia gritos.
-Por que você me abandonou mãe?-Os gritos do Caetano me chamaram atenção e decidi entrar no quarto em que ele estava.
-Eu não podia criar você, Caetano, já tivemos essa conversa! Eu era uma adolescente.-Clarissa falou
-Você podia me criar sim, você tinha 18 anos mãe, você foi abandonada pelo o cara que te engravidou e você fez o mesmo com uma criança de dias.-Eu via as lágrimas de Caetano cair de seus olhos
-Nós dois fomos abandonados pelo seu pai naquele dia. Você não faz ideia do que eu sofri, se soubesse, não estaria brigando comigo agora! Mas lembre que eu não fui a única pessoa que te abandonou.-Clarissa me olhou naquela sala.-Lembra que Nicholas também te abandonou quando você tinha 18 anos
Os olhares de Caetano vieram até mim, mas ele não se mexeu
-Não intrometa o Nick na nossa conversa. Eu sei que ele me abandonou, mas pelo menos eu sabia quem ele era. -Caetano continuou. Ele estava me protegendo
-Preciso relembrar de como você ficou naquela noite? Chorando por conta dele no colo da Ana, tendo convulsões incontroláveis que você precisou ir ao hospital? Preciso relembrar isso á você?-Clarissa disse olhando para mim. Eu não sabia de metade daquilo.
-Já disse para você não envolver ele na nossa briga.-Caetano falou.-Preciso fumar. -Ele falou e saiu do quarto em que estava deixando eu e Clarissa sozinhos.
-Eu sei que você não tem culpa em ter abandonado ele, mas ele não entende o quanto eu sofri. Desculpe, Nicholas.
Fui atrás de Caetano e logo encontrei o mesmo, fumando um cigarro com a bituca entre os dedos e com os óculos escuros que antes estava no bolso de seu terno.
-Ei, você - começo dizendo e me posicionei em seu lado.
-Não era pra você escutar aquela conversa. - Pude perceber que ele estava com a voz fraca, provavelmente de choro.
-Caê, eu te amo e sempre vou estar aqui pra te apoiar. Você precisa me dar uma segunda chance de provar que te mereço . -Digo pegando o rosto dele com as duas mãos e o aproximando bem perto do meu.
-Por mais que eu goste de você e goste de te ter na minha cama, não consigo te amar o suficiente do jeito que você me ama. É demais pra mim. -Ele diz ainda olhando nos meus olhos.
-A gente pode tentar de novo. Só a gente. -Aproximo nossas testas.
Na hora em que ele ia responder algo, fomos chamados pela cerimonialista dizendo que precisamos ir até a fila de padrinhos e a cerimônia já ia começar.
Antes de irmos, Caetano pedurou os óculos em seus cabelos e limpou os olhos que estavam um pouco enxados por conta do choro depois posicionou os óculos em seu bolso e continuou com o cigarro.
-Você poderia se mudar comigo para o Rio de Janeiro.-Ele falou enquanto andávamos juntos até a cerimônia.
-Eu ia amar, do jeito que eu amo uma praia.-Falei, sendo neutro para não dedurar meu jogo.
-Pois só me avisa quando for, para eu preparar um roteiro de viagem para fazermos juntos. -Caetano disse e apagou o seu cigarro. -Meus amigos cariocas vão gostar de você. -Ele falou e me beijou.
E em poucos minutos estavam ali, na frente de uma porta de madeira grande, atrás de Xande e as mães deles e na frente de Bela e Benji.
-Eu estou muito orgulhoso de você, só não fuja do casamento, se não eu ajudo a te castrar.-Caetano falou para o irmão e eu ri baixo.
E a música "Marry You" do Bruno Mars começou a tocar, sinalizando a entrada do noivo e as portas enormes se abriram.
Notas finais
Nada melhor do que uma música do Bruninho para esse casamento não é mesmo! A história está chegando ao fim, daqui dois capítulos, se preparem para o final. Esqueci de comentar, mas a Luiza me ajudou a escrever esse capítulo
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