VI

Reyna

Reyna e Nico estavam deitados lado a lado, olhando para o sol, nenhum dos dois com forças o suficiente nem para falar, Reyna ainda estava com a jaqueta de Nico, não tirara pois ainda sentia o frio em seus ossos, temia nunca mais se aquecer.

Eles tinham decidido descansar um pouco, antes de fazerem a viagem para encontrar a estátua, Reyna não se sentia muito bem , mas estava muito melhor que antes, enfim depois do sol estar alto no céu, Nico se levantou.

"Acho que posso encontrar a estátua sem desmaiar."

"Tem certeza?"

Reyna perguntou apreensiva, estava com medo de voltar para a escuridão, mesmo não querendo admitir, estava com muito medo, Nico devia ter visto em seu rosto.

"Só para garantir dessa vez que eu não a perca, eu posso..."

Nico esticou o braço direito em direção à cintura de Reyna, um pouco relutante ela se aproximou e ele a envolveu com seu braço, Reyna ficou surpresa com a firmeza que ele a segurava, como se nunca fosse soltar.

"Pronta?"

"Não."

Mas mesmo assim Reyna fechou os olhos e se preparou, assim que sentiu o frio das sombras a envolver Reyna agarrou a camiseta de Nico e afundou o rosto em seu peito, estava com mais medo do que pensara, em reflexo Nico a abraçou com sua outra mão a prendendo totalmente, Reyna ficou feliz por saber que ele não a soltaria dessa vez, ele parecia tão firme que poderia sustentar os dois.

A viagem pareceu demorar um pouco dessa vez, mas finalmente Reyna sentiu o sol em seu rosto e abriu os olhos, ainda estava agarrando a camisa de Nico com toda a força, ela o soltou e Nico também afrouxou seu aperto, eles se separaram envergonhados. Nico olhou além de Reyna.

"Não disse que poderia encontra-la!"

Reyna olhou pra frente e viu a estátua em pé, como se só estivesse esperando por eles.

"Estou começando a odiar essa coisa."

Nico sorriu, o que agradou Reyna.

"Sim, somos dois."

Os dois se aproximaram da estátua e sentaram a seus pés encostando as costas nela.

"Então, qual é o plano?"

Nico perguntou.

"Continua o mesmo, levar a estátua até o acampamento Meio-Sangue e acabar com uma guerra."

"Acha que Octavian já conseguiu ultrapassar as barreiras?"

"Não, mas não vai demorar."

"Bem, não sejamos pessimistas, já que eu estou com a melhor estrategista e guerreira do Acampamento Júpiter, não temos com que nos preocupar."

As bochechas de Reyna queimaram, ela não sabia por que, tentou ignorar a sensação.

"Talvez você esteja certo."

"É claro que estou."

"Não sabia que você era tão modesto."

"Você sabe muito pouco sobre mim."

Nico a olhou com olhos brilhantes, Reyna pensou ser a esperança que ele ainda tinha de conseguir completar a missão. Reyna respirou fundo, se sentia mais forte depois de algumas mordidas de ambrosia, se levantou e esticou a mão para Nico.

"Então, pronto?"

Nico segurou em sua mão e levantou, começou a amarrar a estátua em suas costas, Reyna ficou apreensiva, não gostava de vê-lo amarrado assim, só a lembrava do sonho, ele esticou os braços.

"Só por garantia..."

Reyna o abraçou antes que ele dissesse algo, Nico a envolveu com seus braços e eles voltaram para a escuridão.