Nora. Um sopro que chegara para me salvar. Ela havia-me mostrado o verdadeiro caminho da felicidade. Levara-me a correr riscos, a atirar-me de cabeça para os piores abismos da realidade e, ainda assim, sobreviver. Porque viver era isso, sair da minha bolha de proteção e deixar a câmera falar menos por mim.

Talvez tivesse ficado preso nos destroços de West End para sempre, não fosse ela, aquela bela morena de vestido floreado.

Sorri para a placa sobre a entrada do edifício de tijolos vermelhos. "Nora & Krill" era um verdadeiro sucesso em Boston. Tinha-o feito por mim, ainda que graças a ela.

Não importava o que tinha sido real ou não, porque eu tinha amado. Nunca deixaria de amar Nora. Ficaríamos juntos, mas separados, sempre à distância de um flash.

130 palavras

Total do conto: 3.998 palavras