(P) R O T E Ç Ã O


JEON JUNGKOOK


O caminho restante para casa foi torturante. Eu não queria voltar para minha mãe e servir um propósito maquiavélico e sem sentido. Mas a ameaça foi velada, sei que Kate não iria simplesmente me deixar ir se recusasse. Esse tal Hades tentaria me levar ou machucaria aqueles que eu me importo. Meu sangue ferveu, fazendo eu entrar entre as árvores e me transformar em tigre.

Tudo ficou nublado, a dor de se transformar já não me atingia mais e comecei a correr para a casa da irmã do Jimin. Ele não poderia ficar sozinho, nem que eu dormisse fora e de guarda. Só queria viver minha vida em paz porém, os demônios do passado sempre voltam se não matarmos pela raiz. Meu tigre estava fora de controle, gritando para irmos mais rápido e as árvores só eram vultos em minha visão embaçada. Meu faro estava pegando o rastro do cheirinho de Jimin, me desviando de algumas pessoas assustadas que passavam por mim.

A casa moderna mas pequena com uma cor chamativa roxa me fez parar as patas que queimaram pela velocidade, mas ignorei a ardência para me aproximar do local. As luzes estavam acesas e as janelas fechadas, mas eu conseguia sentir seu aroma inconfundível de magnólias frescas.

Tentei sondar a casa vendo se tinha algum sinal de arrombamento e voltei para bater na porta da irmã do Jimin. Houve passos descalços vindo me atender e logo, a figura de Jimin de pijama apareceu para mim.

— O quê? — Ele se assustou e eu comecei a cheirá-lo, tentando dizer que não precisava ter medo. — Jungkook? Que diabos?

Eu empurrei levemente sua barriga para dentro e Jimin foi para trás. Eu fechei a porta com as patas traseiras.

" Você está em perigo." falei rosnando em sua mente e ele franziu o cenho. Mas logo sua irmã, Lunar, estava com a boca aberta no final do corredor.

— Jimin! Você pode me explicar porque caralhos, tem um animal listrado na minha sala? — gritou histérica.

— Calma, eu posso explicar! Ele é o Jungkook. — falou embolado, e ela não estava entendendo.

— Porra nenhuma! Ele se transforma igual papai? — perguntou, dando passos para trás. Jimin concordou.

Eu sentei em minhas duas patas traseiras, mostrando que não iria atacar.

" Pode me dar uma roupa para mim? Se eu me transformar eu ficarei nu." falei para Jimin que assentiu. A irmã ainda estava encolhida no canto.

— Tem alguma roupa grande para ele? Ele precisa se transmutar.

— Ah... tenho roupa de Tarik lavada, acho.

Ela sumiu num quarto e aproveitei para se aproximar do corpo cheiroso do meu namorado. Nossa, namorado...

— Por que disse que estou em perigo?

— Minha mãe me achou... e ela vai fazer de tudo para me ter de volta. Sua vida está em risco, preciso protegê-lo.

Ele fez um leve carinho em minha cabeça e eu ronronei. Queria tê-lo novamente.

— Ok. Vai me explicar direito quando estiver em forma humana.

Logo, Lunar jogou a roupa para Jimin e voltou para seu quarto enquanto eu me trocava do lado de fora. Odiei usar uma roupa de um alfa, seu cheiro ainda estava lá. Quando estava em forma humana, Lunar veio xeretar minha aparência e disse que Jimin era um cara de sorte, mas na verdade eu que sou por tê-lo. Nós fomos para o quarto de hóspede para ficarmos a sós, já era tarde da noite.

Mas claro, que me aproveitei para roubar um beijo dele. Ele ficou sem reação e depois riu.

— Vamos, garanhão. Pode falando que acontece. — disse, eu empurrei seu corpo para deitar em cima de si ele arfou. — Jungkook...

— Eu irei falar em cima de você. — declarei, arrumando seu corpo na cama para ficar confortável com meu peso em seu peito cheiroso. Minha boca salivou por estar perto dos mamilos dele, mas eu tinha que falar primeiro, certo. — Quando eu estava voltando para casa, senti alguém me rondando. Parece que ela criou outro projeto, chamado Hades. Ele deu um tempo para me juntar a eles, mas conheço aquela mulher. Ela não vai aceitar o não como resposta. Não posso deixar você, pois ele pode tomar aqueles que eu amo.

Eu olhava ele com devoção, fazendo carinho em suas coxas nuas pelos shorts que usava. Ele sorriu, corando.

— Você me ama? — perguntou com a voz fraca, me olhando com suas íris cinzentas, mexendo suas orelhas da mesma cor.

— Eu amo. Achei que estava óbvio... Jimin, eu sei que você gosta das coisas civilizadas mas eu não sou, eu sou bruto, gosto das coisas simples. Desde do momento que eu lhe tive para mim, você é meu. Apenas se você não quiser mais eu irei deixá-lo, entende? — falei seriamente, ele olhava meus lábios para obter toda a fala e ele se arrepiou em minhas mãos. Jimin pousou sua mão em meu rosto.

— Não irei te deixar, Jungkook. — disse com sinceridade e eu suspirei de alívio.

— Isso é suficiente para mim então.

Passei meu nariz no dele, juntando nossos lábios num ósculo calmo. Mordi sua boca carnuda que era minha perdição e brigava com sua língua numa luta lenta. Mas eu tenho fome e meu tigre também, então movi minha mão para seu pau semi-ereto e ele gemeu manhoso.

— Jungkookie... minha irmã está na sala. 

— Não está, ela desligou a televisão. — rosnei, movendo minha boca para seu pescoço e sua glândula aromática, mordendo levemente. — Shh... se não quiser que ele escute, geme baixinho, meu bem.

— Mas estávamos conversa-ndo, sobre um assunto sério-ah! — Arqueou seu corpo quando minha boca sugou aqueles mamilos deliciosos.

— Foda-se... eu estou aqui agora. Ninguém vai colocar as mãos em você. Apenas eu. — sussurrei contra sua pele e desci meu corpo para provar seu membro rosado. Tirei seu short e ele estava nu. Não perdi tempo para tomá-lo na boca. Suas reações eram o ápice para mim.

Enquanto chupava, coloquei suas coxas em meu ombro e introduzi dois dedos em sua abertura apertada. Ele fechou sua boca. Sua cauda balançava na cama e enrolou em meu antebraço com força. Não demorou para ele gozar em minha boca e engoli tudo. Tirei meus dedos para provar sua lubrificação doce que era apenas demais para mim. Eu queria comê-lo com toda certeza. Estava no meu limite. Então, peguei seu quadril largo, dando um beijo em sua bunda redonda, masturbando meu pau e logo, metendo em si. Fui rápido e duro, ele gemia contra o colchão, gozando outra vez. Meti profundamente mordendo seu ombro, ejaculando minha semente em seu útero.

— Ah! Kook você acaba comigo! — sussurrou, procurando minha boca, suas presinhas mordendo meus lábios inchados.

— Apenas eu... porque agora ninguém mais iria tocá-lo, hum? Diga que você é meu omega. — falei em seu ouvido, massageando suas nádegas.

— Hum... eu sou seu, alfa.


Eu fiquei satisfeito, apertando aquela carne macia e saindo do seu interior quente. Claro, que eu observei minha porra descer pela suas coxas antes de deita-lo de costas na cama. Fui por trás e abracei seu corpo pequeno e gostoso. Que era só meu.

— Kook... — falou baixinho, eu beijei suas bochechas iluminada pela luz do luar. — Eu acho que te amo também. Meu coração errou a batida, deve ser o sentimento pós sexo... isso. — Eu sei que é tolo, dizer isso após um sexo maravilhoso mas, se amar é não poder pensar numa vida sem você, sem seu cheiro, carinho, cuidado e seu jeitinho bobo. Então, eu te amo Jeon Jungkook.

Ele me olhou e viu que seus olhos brilhavam. Eu beijei seu nariz fino e ele ronronou.

— Eu também te amo, Park Jimin.

Então, meu coração ficou em paz. Por que, meu companheiro me amava de volta. Apertei seu corpo, deitando minha cabeça no travesseiro. Houve um silêncio mas Jimin começou a rebolar em meu pau. Parei suas ancas.

— Pare, se não quiser me ter novamente. — rosnei em seu ouvido e ele balançou sua cauda.

— Eu... tô me sentindo vazio. — choramingou, apertando meus braços. E eu entendi que ele queria.

— Não tenha vergonha de mim. Eu sou seu companheiro, sempre vou atender seus desejos. — disse beijando seu ombro mordido e introduzindo meu falo em seu buraquinho guloso. — Boa noite, meu lindo.

— Boa noite. — ronronou, se aconchegando em meus braços.

E percebi que eu não deixaria ele voltar para África. Apenas se eu fosse junto.


🐅


A luz do sol me incomodou a ponto de eu abrir os olhos, mexendo as orelhas como um primeiro instinto. Ele ainda estava no meu braços, acho que nem conseguiria sair mas eu estava fora do seu corpo. Beleza.

Cheirei sua nuca branquinha e seu cabelo cinzento. Preciso fazer minhas necessidades, mas lembrei que meu companheiro disse que me ama. Não pude deixar de ronronar mas deixei seu corpo lindo com calma para não acordá-lo. Hoje eu faltaria de novo no trabalho, coisa que nunca aconteceu. Deveria ligar para meus superiores para explicar a situação.

Tomei banho e coloquei a mesma roupa andar em silêncio pela casa, nunca durmo fora de casa então estou me sentindo desconfortável mas, parei quando Lunar estava toda arrumada na cozinha tomando água.

— Ah... bom dia. — falou baixinho, colocando o copo na pia. Eu sorri torto para ela. — Eu... diga para Jimin que eu já estou indo para a clínica, que ele fique a vontade para fazer café da manhã. Ou você mesmo, não sei.

— Eu digo sim.

— Viu... por que você está aqui mesmo? — perguntou num tom acusatório e eu engoli em seco.

— Aconteceu algo e eu temo pela segurança de Jimin.

Ela me olhou com os olhos quase fechados, passando por mim ficando bem perto.

— Hum... então, faça tudo para mantê-lo seguro. Por que senão eu te caço e corto seu equipamento, escutou? — disse, perto do meu braços, pois não alcança meu ouvido. Eu concordei. — Ótimo, tenha um bom dia.

E se foi me deixando sozinho. Ela é durona, igual o irmão. Fui em busca de café para preparar. Não foi muito difícil, as coisas eram bem organizadas e etiquetas, eu sou organizado mas não nesse nível, realmente fiquei impressionado. Preparei algumas panquecas de banana e resto e pão de queijo vegano. Ele ficaria satisfeito mas eu teria que caçar, porém me juntaria a ele pela companhia. Senti sua movimentação na cama e seu cheiro maravilhoso, gostaria de poder ligá-lo igual um híbrido de lobo faz com seus parceiros mas acho que seria doloroso para meu lince.

Logo, coloquei tudo na mesa e Jimin saiu já arrumado com um lindo macacão preto.

— Bom dia, Kook. — cumprimentou, vindo em minha direção e eu balancei minha cauda esperando um beijo. E foi aí que eu ganhei. — Hum... cheira tão bem.

— Oh... obrigado. Eu tomei banho também pode potencializar o meu cheiro natural. — falei, coçando a nuca e ele riu.

— Eu estava falando do café da manhã, mas você também é cheiroso, meu bem. Eu amo seu cheiro fresco de hortelã. — falou e eu ri também. Ele se sentou para comer e eu acompanhei. — Lunar?

— Ela saiu, falou que foi para uma clínica...

— Ah... ela é esteticista e das boas. Ela abriu uma clínica e está ganhando bem. Tenho orgulho dela. — contou enquanto tomava o suco de melancia que fiz. Ele gostava.

— Quando essa situação perigosa acabar, vamos reunir meus amigos para te conhecer. Se quiser levar seus irmãos também...

Dei um gole no café. Devo ligar para meus superiores. Mas estou sem meu hiperphone aqui.

— Claro... aliás, hoje eu irei até a área de tecnologia para visitar meus irmãos. Uma surpresa para eles.

Eu paralisei na cadeira.

— Absolutamente não. Apenas se eu for junto. — grunhi, ele parou de comer para me olhar indignado.

— Não rosne para mim, eu não ficarei aqui trancado enquanto eu espero esse tal de Hades. Eu quero aproveitar minhas férias, Jungkook. — falou sério para mim. E eu não queria brigar.

— Então, deixe eu ir com você?

— Você não tem que trabalhar? Eu ficarei bem, Jungkook. — Meu coração doía quando ele falava Jungkook dessa forma. Eu choraminguei abaixando as orelhas.

— Por favor, eu não posso viver com o fato de você estar sozinho. Eu posso ficar longe, apenas observando.

Ele ponderou, e suspirou no final. Pediu minha mão à sua pequena.

— Não... pode ir. Se você ficar em paz. Eu também ficarei.

O peso do meu peito que começava a se formar, foi embora e eu beijei sua pequena mão algumas vezes.

— Ok, agora deixa eu comer, hum? Conversamos depois.

Eu deixei ele comendo quando eu fazia a ligação atrás do chip implantado em minha mão que me permitia mexer em meu hiperphone remotamente. Expliquei a situação e eles entenderam, me dando uma semana de folga já que estava acumulada e eu fiquei aliviado. Eu gostava muito do meu trabalho, me sentia satisfeito, não queria perdê-lo. Logo, eu voltei para buscar minha moto e no meio tempo, cacei alguns coelhos para matar a fome de carne. Jimin aceitou ir de moto comigo, ficou receoso mas coloquei uma barreira cibernética para ele se sentir mais seguro. E então, estávamos viajando até o quadrante tecnológico. Eu até gostava de saber como tudo funcionava mas, não era tranquilo e arborizado como o florestal. Máquinas, inteligência artificial, arranha céus com propagandas em 3d tamanhos absurdos e muito mais. Era tanta informação que se eu ficasse muito tempo olhando, eu ficaria irritado. Jimin me deu o endereço e programei a moto para ir. Era um lote residencial, aqui não tinha casas, nem árvores, nem mar. Apenas tecnologia de ponta.

Porém, durante o percurso passamos por uma loja famosa de maquiagens e Jimin quis parar para comprar algo. Eu tive que retornar para estacionar na loja lotada de pessoas.

— Fique aqui, hum? Eu só vou pegar algumas coisas e já volto.

— Não, Jimin... — Eu iria retrucar, mas ele já estava na rua e me olhou sério.

— Está tudo bem, aqui é seguro. Tem câmeras e muita gente. É rápido, qualquer coisa eu grito.

Ele foi me dando um beijo rápido na boca e desapareceu dentro do estabelecimento, bufei tirando o capacete para encostar na moto. Jimin é teimoso, esse Hades pode ter nos seguido sem nem perceber, se eu já era veloz imagine a segunda versão de mim. Deu 30 minutos e ele não saiu. Liguei no seu hiperphone mas ele não atendeu. As pessoas saiam da loja e nada da cabeleira cinza e olhos afiados saírem também. Eu estou arrancando meus cabelos. Eu irei atrás dele. Deixei o capacete na moto e corri para procurá-lo. Nada dele, seu cheiro se misturou com vários outros e eu puxei meu nariz para tentar sentir seu cheiro mesmo que fraco. Achei e estava fraco no lado da loja que tinha uma porta que dava para outra rua. Caminhei até lá e foi aí que eu vi...

Hades estava com ele desmaiado em seus braços, dando um sorriso para mim. Meu corpo ferveu e corri para pegá-lo, mas ele era veloz como imaginei e não queria machucar Jimin.

— Mamãe sabia que você negaria. E sabia da sua coisinha bonita aqui. Então... eu vou pegar emprestado por algumas horas até lá, sei que vai achar o caminho para casa. — falou, e apertou um dispositivo que abriu um portal cibernético. Eu tentei entrar junto mas fechou em minha cara. Eu rosnei alto.

Meu mundo foi roubado de mim, e agora eu teria que quebrar tudo para tê-lo de volta.


Continua?


ESTÁ ACABANDO GENTE 😪😪😪😪

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