Capítulo 18

  Entrelacei nossos dedos e sorri para ela antes de nos aproximarmos do pessoal, que, um por um, se levantavam entre gemidos de dor pela ressaca. Procurei por  Rami no meio deles mas o garoto ainda dormia abraçado às garrafas de vodka e saquê no meio das massas de neve acumuladas sobre seu corpo profundamente adormecido. Na minha mente se passa apostas do número de garrafas que ele virou sozinho, quantas pílulas ele vai precisar e também por quanto tempo ele irá reclamar de dor até que os remédios façam efeito, eu ri disso, imaginando que ele iria dizer que jamais beberia de novo, mas já sabendo que no festival de amanhã será a primeira coisa que ele vai procurar, o típico ponche de cereja e menta que esquentava o corpo e refrescava o hálito. Sentei ao lado de Rami, peguei meu celular e coloquei ao lado de seu ouvi um som de sirene de trem com o volume em sua capacidade máxima de noventa e três decibéis. Mesmo com um barulho alto, que assustou até mesmo Nakimi e Yuriko, que já estava de pé, Rami parecia se recusar a acordar, golpeou o ar diversas vezes tentando acertar meu celular como se fosse uma espécie de despertador ou algo do tipo, como não teve sucesso, virou-se de costas resmungando e voltou com a barriga para cima, gemeu colocando as mãos nos ouvidos e começou a acordar aos poucos, resmungando e gemendo de dor por sua ressaca. Que parecia mais pesada que a dos demais, já que pelo menos cinco, ou seis, outros convidados apo nosso redor acordaram com o barulho.

"Alguém põe isso no modo soneca, pelo amor de deus!" ele implorou se expremendo no chão antes de se sentar. Desliguei a sirene.

"Claro meu senhor!" fiz uma voz de mordomo e empinei meu nariz "Para quanto tempo a soneca?" continuei com minha imitação entre risos trocados por Nakimi e eu, aparentemente, os únicos sóbrios naquele momento.

"Para daqui umas três horas, seu merda!" Rami brincou, riu um pouco e pulou com o braço em meu pescoço, executando um mata-leão enquanto raspava rapidamente as pontas de seus dedos em minha cabeça, logo me soltou e bagunçou meu cabelo. Confesso que não estava nem um pouco penteado antes "Que bom Ikki, achei que tudo tinha sido um sonho da minha cabeça!" ele disse e respirou fundo, aliviado e me olhando. 

"Falando de que, baka?" meu sorriso não saia do meu rosto.

"Sua alegria, seu sorriso. Você animado assim, uma novidade que eu nunca vi antes e espero que não se acabe!" era possível sentir a sinceridade em sua voz e em seu sorriso. Apenas sorri mais para ele.

"Lindo né?" Nakimi se aproximou e me abraçou por trás e beijou minha bochecha fazendo carinho na minha cabeça, me sentir repousar em sua mão. 

"Tinha que ser uma mulher para mudar um homem da água para o vinho!" ele riu, se apoiou com os braços se inclinando para trás e olhando o céu sorrindo. Bocejou e se jogou no chão gelado de neve e em um segundo já estava dormindo. Nakimi e eu ficamos boquiabertos com aquela facilidade toda. Ela e eu nos entreolhamos e rimos.

"Devemos acordá-lo?" Yuriko se aproximou coçando os olhos.

"Vamos esperar as três horas que ele pediu!" peguei o celular dele e desbloqueei com o o rosto dele e coloquei em um despertador programado para três horas depois. Deixei o celular ao lado da cabeça dele e saí. 

"Bom dia, gato!" Yuriko me abraçou e me deu um beijo no rosto e me soltando "Dormiu bem?"  ela colocou uma das mãos no meu ombro e coçou o olho com a outra mão.

"Melhor que nunca!" sorri olhando Nakimi "E você, querida?" ela me deu dois tapas leves em meu ombro antes de tirar a mão e sair dizendo:

"Que bom, que bom. Não queremos ser grosseiros com nossos convidados!" ela disse em meio a bocejos "Eu vou tomar um banho. Deveriam tentar a sauna. É unisex!" ela sorriu maliciosamente por cima do ombro e saiu. Nakimi me olhou e eu encarei ela novamente.

"O-Oque você acha?" Nakimi gaguejou corada da timidez.

"Sem problemas. Eu acho!" cocei o queixo também corado "É só uma sauna. Oque poderia acontecer demais!" essa maldita frase trás maldição.

Fomos para a sauna no andar de baixo, nos despimos no trocador e entramos de costas um para o outro na água quente e então nos viramos. O que posso dizer é apenas que descobri  uma tara por peitos grandes. Nakimi tinha seios grandes e macios, maravilhosos. Só podia agradecer pela existência do vapor que me impedia de ver mais do que deveria naquele momento. Eu agi normalmente, já que para mim, na minha mente, não era nada demais, mas meu corpo dizia o contrário. Por ser jovem e com vida sexual não ativa e nenhum contato com uma garota anteriormente, eu fiquei facilmente exitado e então meu nariz começou a sangrar.

"Ikki, seu nariz!" cada um estava em uma borda da piscina e em um segundo ela estava ao meu lado limpando meu nariz. Ela se inclinou um pouco para frente se levantou um pouco, seus seios esbarraram no meu braço, além de sair um pouco da água. Desviei o olhar.

"Eu estou bem, relaxa!" tirei sutilmente sua mão de perto do meu rosto e sorri para ela, que retribuiu e se afastou, mas não retornou a outra borda, ficou a alguns metros de mim. As coisas começaram a se acalmar. Nakimi começou a brincar com a água e eu fique admirando-a. Eu até pensava em dizer algo, mas estar ali e poder observá-la era simplesmente melhor do que eu poderia descrever. 

"O café está pronto, vou mandar trazer aqui. Isso é, se eu puder acompanhá-los, claro. Não quero atrapalhar!" Yuriko se aproximou. Nakimi e eu sorrimos para ela que parecia mais disposta já. Não sei quanto tempo que eu e Nakimi demoramos, mas nossos dedos já enrugaram e já nem sentíamos tanto o calor da água.

"Tudo bem, nós ficaríamos felizes com a honra da sua presença, madame!" Nakimi brincou e ambas deram risada. Yuriko saiu, prometendo voltar logo. Nakimi me olhou e eu comecei a dizer, cortando ela que abriu a boca para dizer algo:

"Obrigado por ser tão boa para mim desde o início!" eu agradeci mais por impulso. Estava na minha cabeça e eu apenas deixei soltar. Ela não precisava ouvir, mas eu precisava dizer.  

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