NÓS

Maxon fez uma perfomance de uma das suas músicas ao vivo pela primeira vez na sua vida. Ele estava tão empolgado por tudo o que estava acontecendo que pegou um violão e resolveu cantar uma balada romântica que ele havia composto naquela semana - inclusive era a única dele que não tinha uma entonação rap.

Ela falava basicamente sobre nós. Não só sobre nós no sentido de pessoas/conjunto, mas sobre os nós, aqueles laços que formamos ao longo das nossas vidas. Nós de família, amizade e amor. Vidas que se entrelaçam sem-querer-querendo e se tornam praticamente uma só.

Mal percebi que meus olhos estavam se enchendo de lágrimas salgadas (doces só saiam de Marlon mesmo) ao apreciar o tom suave da voz de Maxon e os acordes suaves que acompanhavam a canção.

O rei Clarkson realmente havia pegado todos de surpresa com a renúncia do seu cargo. Porém, depois de observa-lo assistir Maxon mostrando seu talento ao mundo e perceber sua típica expressão maldosa se murchar pela primeira vez desde que vim para o palácio, concluí que no final das contas foi uma boa decisão. Ele realmente parecia ter tirado um peso enorme dos ombros.

Era como se ele tivesse desatado um complicado nó na sua cabeça.

O que havia me levado a seguinte linha filosófica: todos nós somos feitos de nós. Nós bons e maus. Nós que duram uma eternidade e outros que são fáceis de desatar.

Nesta jornada louca que foi a Seleção,  eu formei um nó precioso com Marlee antes mesmo de termos botado nossos pés dentro do Palácio. Sem querer-querendo também havia me atrelado a nós poderosos com Anne Frank, Lucy Hale e Mary Jay.

Porém acabei descobrindo que muito antes da Seleção eu já tinha nós formados com uma pessoa que  conheço desde sempre: Eu mesma.

Eu havia formado laços comigo mesma, porque desde que me conheço por gente, sou a América Holmes Singer, essa garota persistente-investigativa que não desiste fácil. A garota que não depende realmente de um príncipe para salva, apesar dela não renegar o seu. E que tem essa revolta natural que ainda vai metê-la futuramente em uma série de tretas.

Mas nada que não se resolva certo?

Tudo bem, vai ser mais difícil caso não publiquem um guia no Wattpad exclusivamente com esse assunto.

Mal percebi quando o jornal chegou ao seu fim e as câmeras foram desligadas. Aliás, ninguém saiu do salão porque Maxon realmente se empolgou com a atenção que recebia pra cantar uma montanha de covers possíveis que se podia fazer com um violão.

Eu me sentei ao seu lado e quando ele terminou de cantar uma música do Paramore, e sorri.

- O que Maxon Chaveiro, o mais novo rei de Ilhéa que vai se casar com a garota que até semanas atrás estava louca pra acabar com a monarquia tem a dizer sobre os nós?

- Hmm... Que eles vão ser eternos com você - Ele respondeu largando o violão e me olhando intensamente. Senti alguns olhares presentes no salão se fixarem mim e minhas bochechas ficaram automaticamente quentes - O que significa que você nunca irá se livrar de mim.

- E quem disse que eu quero me livrar de você? Só faz algumas horas que estamos oficialmente juntos. - Foz um gesto de desdém com as mãos - Daqui a alguns dias quem sabe? Quando o Ed aparecer por aqui de novo, não sei.

- Você não ouviu o que eu disse? - Ele segurou minha mão e deu um beijo demorado nela. Senti os pelos do meu braço eriçarem - Nosso laço é eterno. Só vai sonhando querida.

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OLÁ PERSONAS! Como combinado, os capítulos estão postados -  a não ser pelo epílogo que eu ainda não tive tempo de dar uma revisada, mas postarei assim que possível.

Aliás, não quero desanimar você que está lendo, mas eu mesma não gostei muito desse capítulo. Sei lá. Ele não tem aquele ar de finalzinho emocionante que eu estava buscando ao escrevê-lo. Estou inclusive acabando com um pote de sorvete debaixo das cobertas pra acobertar essa frustação.

Por isso estou pensando em alongar a história pra mais um capítulo e aí finalmente lidaremos com o epílogo. O que acham?

Volto com detalhes sobre isso mais tarde. Agora só tô a fim de acabar com meu sorvete e responder os comentários de vocês.

Inté.