01-O Reino De Garden

(Reino de Garden, anos antes)

Cedo de manhã, uma pequena garotinha acorda de sua cama com um salto de alegria e felicidade, corre até o quarto de seus pais e os acorda...

-Papai, Mamãe, acordem, anda levantem-se hoje é meu aniversário (aquela pequena criança eufórica pelo seu dia especial, puxa os lençóis onde seus pais estão enrolados e dormindo abraçados, o pai da garotinha se acorda esfregando sua testa e olhos...)

-Bom dia meu anjinho...(o pai ergue a garotinha e a coloca sobre a sua barriga) achou que eu esqueci, é? (Ainda com voz de sono) 10 aninhos, tem o direito de me fazer um pedido especial, oq acha? Qualquer coisa, pode pedir...(alisando o cabelo dela, ao lado a mãe tbm acorda e olha pra eles sorrindo e segura a mão de sua filha)

-Um presente?(pergunta a garota curiosa, a mãe solta uma risadinha)

-Sim, filha pede ao seu pai(a mãe responde com um sorriso no rosto, a garota ainda sem saber oque pedir, ela pensa bastante, e de repente ela faz um pedido inusitado, nem o pai e nem a mãe esperava um pedido daquele)

-Eu quero uma rosa vermelha...(diz a garotinha esbanjando felicidade)

-oque? Uma rosa? Mas filha... O papai pode te dá qualquer coisa... Até mesmo todo o Jardim de Garden, um vestido caro, uma carruagem, um animalzinho, porque você quer uma rosa? (Pergunta o pai com um tom e uma feição extremamente confusa com aquele pedido, eles eram bem ricos, ela poderia ter desejado qualquer coisa e seu pai compraria pra ela)

-Mas papai, não quero qualquer rosa, eu quero aquela rosa da história que você contou.

-A lenda? Filha, é só uma história, ela não existe.

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(Um pouco mais tarde ainda na casa dos Flowteler)

-Que bela ideia Bangar, você fica inventando essas histórias para nossa filha e olha no que deu. (Samira Flowteler estava enfurecida com o ocorrido, a filha do casal havia se decepcionado, ao descobrir que a história era uma farça)

-Ah mulher, eu só fiz a minha obrigação como pai, não posso mais contar histórias para minha filha?

-É claro que pode, mas não fale que é verdade seu idiota.

-Já chega, eu vou resolver isso. (Ele sai do escritório e bate a porta ainda com Samira lá dentro)

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(Quarto de Brieny)

Toc-Toc

-Meu amor? É o papai, posso entrar? (O homem põem a cabeça com cuidado pela porta, a filha estava entristecida deitada na cama) oh meu amor, não fica assim... Quer saber, irei te contar a verdade sobre aquela história... Você quer ouvir?

-Sim... (Desempolgada, ela assim mesmo aceita)

-Essa é uma história muito antiga, relatos revelam que a muito, muito tempo atrás existiam rosas vermelhas, assim da cor das cortinas do seu quarto, lindas, essas rosas eram incrivelmente difíceis de serem encontradas pois elas tinham propriedades mágicas...

-Papai, essa parte você já me contou.

-Calma, muitos buscavam pelas rosas, muitos não acharam, mas um dia, um Rei encontrou as tais rosas, e ele descobriu que as rosas podiam realizar desejos, é qualquer desejo que você quisesse, mas aquele Rei ele era muito egoísta, e sabe oque ele fez?

-Oque? papai.

-Ele queria todas as rosas pra ele, e então ele desejou um castelo, bem ali aonde existia o Jardim das rosas vermelhas, ele desejou um imenso castelo feito de espinhos gigantes, e assim aconteceu, espinhos gigantescos cobriram todo o lugar e se tornou um imenso Reino de espinhos, ninguém entrava ali, era um lugar sombrio e amedrontador, passou anos e ninguém teve coragem de entrar nesse Reino, quer dizer alguns até tiveram, porém nunca sobreviviam saiam de lá quase mortos ou nem se quer saiam, era terrível, o Rei nunca mais foi visto, dizem que ele enlouqueceu e vive eternamente no seu Reino de espinhos... As pessoas ainda buscam pela esperança de alguém bondoso que conseguirá entrar no Reino e fará um belo desejo para as rosas e assim salvará todo o mundo, mas ning...

-Eu posso ser essa pessoa papai, eu vou ser essa pessoa que vai salvar o mundo, que vai salvar você e a mamãe. (A garota saltita da cama novamente alegre, e o pai apenas pensa: droga, eu estraguei tudo novamente, oque eu vou dizer pra ela?)

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(Alguns meses se passam)

  Bangar estava em seu escritório pensando ainda no que aconteceu, ele não esquecerá aquilo de maneira alguma, ele era um bom pai e era apaixonado por sua filha, não conseguia negar nada para ela, então tomou uma decisão.

   Bangar ordenou que espalhassem por todo o Reino cartaz de recompensas inimagináveis para o guerreiro ou aventureiro, qualquer um maluco o suficiente para sair em uma missão fora de Garden, e assim buscasse e trouxesse até ele uma Rosa vermelha legítima, era uma missão suicida pois não existiam rosas da cor vermelha, era apenas um mito, uma lenda, uma história que ele contou para a filha, de qualquer forma Bangar não desistiu.

  3 dias se passaram e ninguém apareceu, até que Bangar recebeu uma ilustre visita, Trevys Black, tenente da primeira divisão do exército de Garden, e seu irmão Tracer Black Sub-tenente.

-Senhor Bangar, venho até aqui sob ordens do general para perguntar, Oque significa isso? (Trevys solta o cartaz em cima da mesa de Bangar)

-Estou propondo uma recompensa por quem conseguir realizar o feito em questão, algum problema tenente? (Ele se levanta da poltrona e encara o guerreiro)

-Senhor Bangar você é um exemplo dentro do Reino, e está perdendo tempo com besteiras deste nível? Você é a terceira potência desse Reino... Sinto em te dizer, o General não gostou muito da ideia, muitos de seus homens querem abandonar seus postos para participar desta palhaçada... Me perdoe a maneira de falar, mas foi como ele definiu.

-Diga ao senhor General que não tenho tempo para discutir esses assuntos com ele, a economia e lucro desse Reino existe graças a mim e meus negócios, este Reino se chama Garden, graças aos meus Jardins, então não venham me dizer oque fazer, ele pode ser a segunda potencia do Reino, mas quem decide oque eu faço com meu dinheiro e com meus negócios sou eu, e isso não será mais discutido, entendido? Soldado.

-Sim senhor, darei o recado ao General.

   Por sorte alguns dias depois o próprio Rei autorizou o decreto de Bangar, e as caçadas começaram a acontecer, com o apoio do Rei foi muito mais fácil, e assim prosseguiu ano após ano, guerreiros e aventureiros indo e vindo sem sucesso.

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O reino de Garden era bem grande, uma das potências de todo o mundo, um reino poderoso, Garden era responsável e dono de muitas coisas denominadas como as melhores do mundo, seu exército era imbatível, seu Jardim o maior do mundo, também era considerado um dos reinos mais ricos do mundo, e lógico também possuía um grandioso ferreiro, um homem reconhecido em vários lugares, muitos encomendavam seus ilustres trabalhos, seu nome era Igar Halar, e todos os respeitavam, ele não tinha um posto grande, nem algo que merecia tal respeito, mas as suas técnicas de ferreiro eram perfeitas, as armas que ele criava sim eram dignas de honra e respeito, em Garden existia diversos ferreiros, mas nenhum chegava aos pés de Igar, e assim ele era considerado "quarta potência" de Garden, ele não tinha voz, nem era rico, nem da nobreza, ou coisa do tipo, mas suas artes eram respeitadas, todo o exercito de Garden usava suas armas e armaduras, e também uma boa parte do lucro do Reino era graças ao seu comércio. De qualquer forma ele era um bom homem, nunca fez mal a ninguém, um homem de palavra, querido por muitos.

   Igar tinha um filho que se chamava "Ivar Halar", a mulher dele havia falecido, era uma camponesa, e faleceu ainda muito jovem, a diferença de idade deles era bem notável mas eram um casal apaixonado, o pobre Ivar ficou muito triste agora só tinha seu pai, foi difícil para os dois, mas com os anos eles se adaptaram, Ivar amava seu pai e sempre o ajudava na oficina, enquanto eles trabalhavam Igar sempre contava histórias pra seu filho, ele amava escutar, eram histórias absurdas, difíceis de acreditar, o próprio Igar não botava fé nelas, mas ele sempre contava, pois era ótimo pra ele ver o brilho de encanto nos olhos de seu filho, as histórias de goblins, gigantes, bruxas, ogros e grandes animais ferozes, faziam o pequeno Ivar suspirar de emoção com os seus olhos arregalados olhando fixamente para seu pai, enquanto seu pai contava essas interessantes historias, o martelo em sua mão batia no ferro aquecido e espalhava faíscas pelo ar

   Ivar sempre sonhou em ser um grande guerreiro, em lutar em batalhas, em caçar criaturas, mas a sua posição...a sua linhagem o impedia, quem diria um filho de um ferreiro e uma camponesa se tornar um grande guerreiro, isso era com certeza impossível, mas Ivar não desistia, ele sempre ia assistir os treinamentos dos guerreiros do reino, e ele ficava ali por horas olhando eles treinarem táticas de guerra, Ivar visualizava tudo com atenção e guardava tudo em mente, após os treinamentos ele corria e começava a treinar sozinho, imitando tudo que ele havia aprendido olhando os guerreiros, pra alguns aquilo era só uma brincadeira de criança portando uma espada de madeira, mas pra o pequeno garoto aquele era seu futuro.

   seu pai sabia do que ele fazia, e que ele queria muito ser um guerreiro, Igar sabia que isso era impossível, mas diferente de outros pais, ele nunca desmotivou seu filho, aquele era o sonho do garoto então pq destruir o sonho de uma criança, quando Ivar completou 16 anos, seu pai usou os melhores materiais de sua oficina para criar uma bela e perfeita espada para Ivar, a alegria do garoto foi tanta que ele ficou sem ação, seus olhos encheram de lágrimas e ele chorou ao abraçar seu pai, nessa idade ele já sabia que seria impossível se tornar um guerreiro, mas ao receber aquele presente de seu pai foi como se ele dissesse "eu acredito em vc, continue", Ivar nunca abandonou seus treinamentos ele só não treinava mais na mesma frequência que antes, Igar percebeu que seu filho nunca usou a espada que havia ganhado, ele continuava treinando com aquela espada de madeira, seu pai entristeceu pois achava que seu filho não havia gostado, mas ele não sabia que pelo contrario, Ivar amava aquele presente, era oque ele tinha de mais precioso além de um colar com uma pedra âmbar que ele ganhou de sua mãe, todas as semanas Ivar limpava e polia sua espada, seu pai ficava curioso tentando entender o pq dele fazer sempre aquilo, era um bem tão precioso pra Ivar que ele preferia não usa-lo, após limpar e polir ela, ele ficava sentado horas olhando a espada, vendo o brilho do sol ser refletido pela lamina da espada.

-Meu filho, você tem sonhos, você tem objetivos, e não pode desistir deles por causa de outras pessoas, você deve seguir em frente, ter sempre a esperança de um amanhã melhor, você deve ser como a fornalha, sempre acesa, sempre forte, sempre na maior temperatura, se a fornalha apagar, se ela fraquejar, não iram sair boas espadas dela, elas não seram afiadas o suficientes e seram quebradissas, isso é péssimo, então seja forte meu pequeno guerreiro, seja a luz do mundo, uma luz que nunca se apaga, seja como o fio da lâmina mais afiada.

-Pequeno guerreiro. (Os olhos do pequeno Ivar brilharam como nunca)

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   o tempo continuo passando e Ivar continuo crescendo, quando ele estava com 17 anos, seu pai acabou falecendo, um dia ele simplesmente não acordou, Ivar entristeceu, perdeu todos que ele amava, após cerca de uns dois meses sem treinar ele decidiu ir ver os guerreiros novamente, ao terminar ele pegou sua espada de madeira e começou a descontar sua raiva em um boneco de treinamento, um homem se aproximou dele e perguntou do que ele tinha tanta raiva, Ivar pela primeira vez em sua vida ignorou alguém, o homem não desistiu e continuo, chamou ele pelo nome e disse:

-Ivar, eu sei quem é seu pai...um grande homem, um ferreiro perfeito, e quer saber? Eu sei quem é vc...um garoto que desde seus 10 anos vem aqui treinar, imitando técnicas de combate militar, seguindo os passos dos guerreiros que observa, isso é fantástico...e vc sabe quem eu sou?

   por mais uma vez Ivar tornou a ignora-lo, dessa vez ele apenas parou seus ataques contra o boneco e abaixou a cabeça pensando...e mais uma vez o homem tomou a frente:

-eu sou um dos 3 poderes de Garden, General Trevys Black do exército de Garden, lider da rosa negra... Já fui como você, apenas um moleque que sonhava em ser um guerreiro, eu ganhei minha oportunidade, me destaquei, se tornei tenente da primeira divisão, todo esse tempo eu te observei e sempre te julguei, mas agora eu sou General e algo mudou, eu me enxergo em você, porque sempre fui esforçado e dedicado, assim como você é... Tudo que te falta é apenas uma oportunidade. (rapidamente Ivar ergue a cabeça com os olhos arregalados, ele estava de costas pra esse homem tão importante, seu corpo travou e ele não conseguiu virar pra olhar no rosto dele)...vc é um garoto especial, sei que sonha em ser um guerreiro, e meu sonho é ter um filho, vc perdeu seu pai, podemos unir forças e realizar o desejo de ambos, vc se torna meu filho e eu te torno um guerreiro, oq acha? (Uma proposta tentadora, Ivar mais uma vez abaixa a cabeça...)

-Perdão senhor, não posso aceitar...(Ele vira vagarosamente com os olhos cheios de lágrimas) não quero mais ser um guerreiro, irei assumir o posto de meu pai, me tornarei um grande ferreiro assim como ele foi e eu honrarei seu nome... Eu preciso encontrar minha luz, e no momento... Minha luz é essa, senhor. (essa foi a decisão de Ivar mesmo que o sonho dele estivesse a sua frente bastava uma palavra, um sim, mas ele encontro algo que faria ele continuar lutando)

TO BE CONTINUE...

~É o primeiro capítulo galera~
~Ainda vem muito mais por ai~
~Lembre-se nunca desistam de seus sonhos, este capítulo não se trata disso, sigam em frente, busquem aquilo que desejam, mas não só isso, como também sempre busquem algo que vocês possam se apoiar e continuar lutando, mesmo que percam tudo e todos, sempre vai haver uma fagulha de esperança~
~Sejam a luz que não se apaga, o fio da lâmina mais afiada~

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