Capítulo 5 - Quem mandou ser implicante comigo na escola?
Oi diário!
Hoje estou muito ansiosa para chegar logo a noite. Já planejei exatamente t-u-d-o! Minha vítima será o garoto mais chato da minha escola. Ele é o típico fortão que se acha melhor do que todo mundo.
Sim, eu sei que essa coisa de fortão implicante é coisa de ensino médio, e não de fundamental. Mas minha escola é meio estranha.. Não duvidaria se entrasse um nerd que sofre bullying na minha classe.
Mas voltando pra idiota da minha vítima: seu nome é Horace, e ele simplesmente adora implicar com todos. Principalmente comigo na escola. Isso desde o infantil quatro. Ou seja, ele implica comigo a praticamente três anos!
Ele realmente me irrita muito, e é por isso mesmo que quero matá-lo.
Admito que desde que matei a Brithany, eu fico imaginando a morte de muitas pessoas. Mas principalmente a do Horace, aquele idiota.
Olhe diário! O sol já está se pondo! Mais um pouco e todos já vão estar dormindo! Que emoção!!
Tenho que ir roubar logo o dinheiro do papai para o táxi antes que ele vá dormir.
Vou logo fazer isso! Amanhã eu lhe conto tintim por tintim do que aconteceu com o Horace.
Até logo!
Após me despedir do diário, me dirijo cautelosamente até o quarto de meus pais e procuro em todo o canto a carteira de papai, o que foi um pouco difícil, já que estava dentro de seu armário no meio de todas suas roupas.
Tiro de lá uns cinquenta reais, já que não fazia ideia de quanto custava um táxi, e coloco a carteira na mesma posição em que havia encontrado, saindo do quarto logo em seguida.
Pego o diário em cima da minha cama e coloco o dinheiro no meio de suas folhas, para meus pais não encontrarem, e escondo ele em baixo da cama.
Mal termino de faze-lo quando minha mãe me chama para jantar, e eu desço rapidamente as escadas.
- Nossa. Está feliz hoje! O que aconteceu, posso saber? - Minha mãe pergunta, e só agora eu me toco que estava com um sorriso de orelha a orelha.
- Ah! É que... - Reviro minha cabeça em busca de alguma desculpa. - É que eu vou dar um presente de desculpas pra um coleguinha da escola. Ele vai morrer de felicidade. - "Literalmente". Penso.
- Nossa! Fico feliz com isso! E eu posso saber do que se trata essa surpresa? - Pegunta.
- Não! Quer dizer... Se eu contar, vai deixar de ser surpresa.. Né? - Tento disfarçar, pois não sei se conseguirei inventar outra desculpa tão rápido assim.
- Hum.. Tem razão.. Então vamos comer logo porque daqui a pouco temos que ir dormir. - Diz se sentando na mesa. - Depois você me conta se ele gostou.
- Oh.. Mas ele vai adorar, eu tenho certeza. - Digo com um sorriso maldoso que, felizmente, minha mãe não nota.
Estou na frente da casa de Horace, encarando sua grandiosidade. Havia pego um táxi para chegar aqui. O taxista não fez nenhuma pergunta, o que foi bom.
Estou nervosa. Já é meia noite e a única luz da casa vinha de um quarto do segundo andar.
Olho em volta procurando algo que possa me ajudar a entrar na casa, já que a porta da frente não é uma boa opção, e fico feliz quando percebo que há uma árvore grande no quintal, onde um de seus galhos chegava até a janela de onde suponho que seja o quarto de Horace (o único quarto aceso).
Vou até ela e subo com uma certa facilidade. Pela primeira vez agradeço ao meu pai por ter me feito passar por todos aqueles exercícios físicos, pois se não fosse por eles, eu não acho que conseguiria subir nessa árvore gigante.
Quando finalmente agarro o galho que estava perto da janela, ajeito o capuz camuflado sobre minha cabeça e pego minha faca de dentro da minha mochila. Já havia colocado as luvas descartáveis, então agora só faltava entrar e matá-lo!
Dou uma espiada pela janela e observo o quarto: em baixo da janela havia uma cama de solteiro desarrumada e ao lado dela uma pequena cômoda com um abajuor. Meus olhos percorrem o cômodo em busca da minha vítima, e param quando a encontro no canto do quarto jogando videogame.
Bato na janela e rapidamente escalo mais alto a árvore para me esconder. Espero uns cinco minutos ali parada, porém parece que Horace não escutou as batidas.
"Posso usar isso contra ele" Penso com um sorriso enquanto descia para a janela novamente.
Abro ela silenciosamente e pulo para cima da cama. Cara, o garoto tá muito vidrado nesse jogo. Ele nem se quer percebeu eu pulando! "Bom pra mim".
Seguro a faca com firmeza e me aproximo lentamente por trás de Horace. Ele ainda não notou minha presença, e acho que não vai notar de qualquer maneira.
Paro de andar quando fico atrás dele, observando por alguns segundos a tela de seu computador, apreciando o momento.
Meu coração ficou acelerado. Estava muito ansiosa para matá-lo.
Levo a faca para trás da cabeça, pronta para finca-la em seu coração.
"Matar pelas costas, além de ser covardia, não é divertido. Tente se divertir um pouco antes de matá-lo.." Uma voz em minha cabeça diz, fazendo minha mão parar dez centímetros de sua cabeça.
Pondero sobre o que acabara de "ouvir".
Até que faz sentido.
"Tem razão" penso guardando a faca no bolso.
Coloco as mãos na frente do rosto de Horace e tampo seu nariz e boca, impedindo-o de respirar.
Mais uma vez agradeço meu pai mentalmente por ter me feito fazer todos aqueles exercícios físicos, pois Horace é um pouco forte e foi difícil segurá-lo até desmaiar com ele se debatendo daquele jeito, mas por fim consegui.
Arrastei ele até sua cama com certa dificuldade, afinal, ele era meio gordo, e eu não tenho nenhum tipo de super-força.
Pego um pano qualquer no chão do quarto e amordaço sua boca. "Assim?" Penso, na esperança de que a "voz" me respondesse. "Sim.. Agora é hora da diversão!" Escuto ela sussurrando malignamente.
Diversão.. Legal!
Pego minha faca do bolso e penso no que fazer com ele.. Hum.. Tem que ser algo que fique bonito.. Mas o que?
Tive uma ideia!
Seguro a faca com firmeza e a enfio lentamente em seu olho esquerdo, tentando retira-lo de seu rosto.
"Sempre quis saber como é dentro do olho de alguém"
Ele acorda com a dor e tenta gritar, mas em vão, pois ainda estava amordaçado.
Enfio a faca mais fundo em seu olho, finalmente o retirando, e fico encantada com meu trabalho.
Ele ficou bem mais bonito sem um olho!
Minhas luvas já estavam totalmente cheias de sangue, e por isso minha faca começou a ficar escorregadia. Tinha que terminar logo com isso.
Horace já havia desmaiado de dor, e não acho que vá acordar tão cedo. Então, para "toque final" vou deixar uma marca.
A minha marca.
Ergo sua blusa e em seu abdômen desenho (com a faca) a arma do crime: uma faca.
Francamente, eu achei que ficou muito bom. Sou realmente uma artista!
Antes de sair de seu quarto, enfio a faca no buraco em que havia tirado seu olho, matando-o. Retiro ela de lá e limpo o sangue com outro pano que achei jogado e a guardo na minha mochila.
Tiro as luvas e visto minha troca de roupa ali mesmo, pois as minhas atuais estavam encharcadas de sangue.
Passo por cima do corpo inerte de Horace e saio pelo mesmo caminho que entrei. Pego um táxi para voltar pra casa e no quintal dos fundos faço uma pequena fogueira para queimar todas as minhas provas do crime.
Deito-me em silêncio e durmo rapidamente, sonhando com a maravilhosa noite de hoje.
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