Capítulo 25 - Uma psicopata e uma trocista um tanto peculiar...
~ Na mídia, a prova de que Suzan é realmente do capeta ~
- Desculpa. Mas eu tinha que fazer isso. Foi hilário! - A garota disse, ainda em meio aos risos, porém, assim que seu olhar cai sobre mim, ela para de rir instantaneamente. - Olha só.. parece que nos encontramos novamente, não é mesmo, menina "oi"?
- Você conhece a Suzan, Suele? - Mariana pergunta, encarando-me com curiosidade.
- Quem? A loira ali? Sim. Ela roubou meu lugar de leitura uns dias atrás. Então teu nome é Suzan, guria?
- Eu...
- Ela não fala português direito, Suele. Não use muitas gírias ou ela não entenderá o que você diz.
- Ah. A menina é gringa então? De onde? - Enquanto diz isso, ela se levanta do chão. O pátio inteiro está silencioso, todos concentrados em nossa conversa.
- Inglaterra. - Responde Mariana.
- Oh. E por que você não falou isso antes? Eu poderia ter te dito de uma forma que você entendesse para sair do meu lugar. - Assim, do nada, aquela que eu descobri se chamar Suele começa a falar em um inglês americano tão bom quanto o de Marta. - No depois nos falamos, menina. Agora vou ir para a diretoria antes que me empurrem até lá.
Ela se vira, abre espaço no meio dos alunos e se dirige lentamente até a sala da diretora.
Murmúrios começam a principio baixos, porém, assim que Suele fecha a porta da diretoria, eles ficam altos o bastante para que eu me afaste e volte para a sala, pensativa.
"O Brasil é um país interessante, afinal. É, talvez eu realmente acabe gostando daqui."
- Suzan? - Mariana chama da porta. - Venha, não é bom ficar na sala na hora no lanche. Venha comer algo.
Levanto-me e cruzo os braços, andando na direção da professora.
- Claro, tudo bem.
🔪🔪🔪
- E então, Suzan, como foi o seu primeiro dia de aula? - Minha mãe me olha com um semblante animado assim que eu fecho a porta do carro. - As outras crianças foram legais com você?
- Bom. Sim, todos me trataram bem.... Embora me olhem estranho. - Forço um sorriso inocente.
- Isso é normal. - Ela solta uma risada enquanto dá partida no carro. - É só ignorar. Uma hora eles se acostumarão com o fato de você vir de fora.
"Tanto faz..." Penso. " Não planejo ficar por aqui durante muito tempo mesmo... Eu só preciso de um plano."
🔪🔪🔪
- Vou para o meu quarto. - Anuncio, sem mesmo esperar uma resposta. Jogo minha mochila em um canto qualquer e deito-me de barriga para cima na cama. - Droga! O que eu faço?!
"Ok, Suzan, acalme-se. Você é esperta. Com certeza há alguma forma de sair daqui em menos de três semanas. Analise a situação com calma: Zodíaco não te responde. Sendo assim, você não pode pedir para que ele faça algo; o detetive ainda está com a sua bolsa. Ele pode mostrar isso para a polícia a qualquer instante, afinal, ele não sabe que você foi para o Brasil e ainda acha que você está procurando-a. Você tem que voltar antes que ele descubra isso. A carta enviada à polícia já deve ter chegado a essa altura. Mesmo sendo burros, os policiais não demorarão mais do que duas semanas para descriptografar a carta. Ok, esses são os fatos que estão acontecendo na Inglaterra. Agora, o acordo com a sua mãe ainda vai demorar duas semanas e três dias para acabar. Você não tem todo esse tempo. É necessário conseguir voltar antes."
Rolo para a direita, encarando a porta fechada. Preciso de alguma desculpa... Alguma coisa que atinja meus pais, que faça eles não terem escolha se não voltar.
Espera aí... Mas é claro! Como eu não pensei nisso antes? Meu pai está toda hora comentando sobre isso desde que partimos! Como pude ser tão distraída?
Correndo, pego meu diário atrás de uma tábua que encontrei solta no fundo do armário pela manhã e sento em minha cama.
Sabe, diário, eu sou realmente burra. Não sei como não havia pensado nisso. Se tudo der certo, estaremos voltando para a Inglaterra em menos de três dias. Tenho que agir rápido para meu plano funcionar. Eu só preciso de um notebook....
Mas meu pai vendeu o dele e o da minha mãe para as passagens do avião... Droga. Vou ter que roubar um.
Anh? Você não sabe do que eu estou falando? Está curioso, diário? Huhuhu... Não lhe contarei agora. Afinal, isso levará muito tempo... E isto é algo que eu não tenho no momento. Lamento, meu colega, mas você terá que apenas observar por enquanto. No avião de volta para casa, quem sabe, eu explique a você tudo isso...
Bem, vou preparar as minhas coisas agora, pois a noite, irei caçar.
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