Capitulo 29
O grande dia chegou, eu estava aflita nervosa e ansiosa, se passava mil coisas na minha cabeça enquanto as horas no relógio demoravam a andar, eu não sabia ao certo o que esperar dessa noite a única certeza que eu tinha é que eu estaria livre desse pesadelo.
Me submeti a coisas horríveis aqui não gosto nem de lembrar, quando fui vendida pelo meu pai e cheguei nesse lugar estava completamente desorientada, não sabia o que é que eu estava fazendo alí e quando eu descobrir que eu teria que vender o meu corpo fiquei louca, Amanda cortou um dobrado comigo, não me rendi facilmente, sofri bastante por causa disso, fiquei dias sem comer, apanhava dos capangas dela porque me recusava a me prostituir, não importava pra mim as ameaças que ela fazia, os tapas que eu levava, as dores que eu tinha que suportar, eu só não queria perder a minha dignidade, mas tudo isso foi em vão eu percebi que se eu quisesse me manter forte e sair dessa merda teria que abaixar a cabeça e fazer tudo que ela mandasse e foi o que eu fiz .
Mais afinal tudo tem seu lado bom e ruim, e o lado bom no meu caso foi Henry, ele tornou todo esse sofrimento suportável, na verdade ele foi o motivo da minha felicidade e também da minha tristeza, foi tantas indas e vindas, e me pergunto o que será que o destino reserva para ambos daqui pra frente?
—E ai está nervosa? Porque eu estou uma pilha—Diz Talita .
— Então somos duas, mais precisamos manter a calma ninguém pode desconfiar Talita temos que agir naturalmente .
— Eu sei, eu sei mais é difícil pra caramba, e se der alguma coisa errada?
— Não vai da nada de errado Talita vira essa boca pra lá, Roberto me garantiu que ia tirar a gente dessa e ele vai cumprir, confio nele .
—É ele é incrível—Diz Talita com cara de boba o que me faz rir .
— Falando em Roberto, eu sei de tudo já sua safadinha.
— Tudo o que?
— É dele que você gosta Talita, vi vocês ontem a noite e já tinha reparado os olhares que você lançava pra ele mais com tanta coisa na minha cabeça eu não tinha juntado as peças ainda.
— Carol eu..
— Nem vem com desculpas, a única coisa que quero saber é porque não me contou?
— Eu fiquei com medo, sei que é burrice mais vocês estavam juntos até pouco tempo e ele ama você, não queria que ficasse brava comigo Caroline .
— Ta de brincadeira né? Não acredito que pensou nisso Talita, foi você mesma que me fez enxergar o meu real sentimento por ele.
— Mas você é minha amiga e ele, bem você sabe que ele gosta de você, ele nem me olha com desejo, ontem eu até tentei mais ele não me quis e como já tinha dito pra você antes é só uma fantasia minha nada de mais.
Eu reviro os olhos para o pensamento de Talita, ela é linda e não tem como Roberto não querer ficar com ela, preciso muito da um jeito nisso, Talita merece ser feliz e Roberto também, ele não merece sofrer por mim, não é justo depois de tudo que está fazendo .
Mais tarde eu não conseguia parar quieta, Roberto não deu notícias e eu já estava preocupada, Amanda me disse que eu não precisava ir na boate hoje mais convenci ela de que as meninas iam ficar desconfiadas se eu não fosse já que estou bem agora e ela me deu razão. As 18h da noite já comecei a me arrumar, tomei um banho pra relaxar mais de nada adiantou eu estava uma pilha de nervos e não sabia mais o que fazer para me acalmar. Coloquei uma música para tentar extravasa toda a tensão do meu corpo e dancei pelo quarto ao mesmo tempo em que tentava me maquiar .
Olhei para o relógio e era 21h, estava na hora de irmos, eu conseguia ouvir meu coração acelerado de tanta expectativa, visualizei bem o quarto aonde eu durmia, foi aqui em que eu sorri, em que eu chorei, em que conheci Talita, mais não sentirei nenhuma falta dele, estou deixando pra atrás todo esse passado terrivelmente humilhante pra começar uma nova vida .
—Amiga você está linda—Talita fala ao me olhar .
— Obrigada, você também está incrível—Eu digo.
— Tive que caprichar, hoje vai ser uma noite e tanto — Ela sorri .
Amanda nos acompanhou a boate, quando chegamos seguimos direto para o palco, hoje faríamos uma dança todas juntas , até parece uma despedida. Depois do show a maioria das meninas foram para os quartos com os clientes, eu mais Talita circulava pelo salão, tentava encontrar qualquer indício, um policial escondido talvez mais não achava nada, minha aflição aumentava ainda mais , nem Henry estava presente, tinha alguma coisa errada .
2h da manhã e eu fui obrigada a fazer dois programas, não queria mais foi preciso, Amanda disse que hoje seria a última vez por causa da viagem, mal sabia ela que era mesmo a última vez.
— Pelo amor de Deus Carol onde eles estão? —Talita pergunta .
— Eu não sei, Roberto não ligou hoje e até agora não vi ninguém nem Henry, estou quase perdendo as esperanças—Admito para Talita .
—A minha já foi embora faz tempo, deve ter alguma coisa errada não é possível.
Quando Talita termina de falar, vários homens fardados entram pela porta da frente e anuncia
— Aqui é a polícia, vocês estão presos.
Não vi ao certo quando começou mais alguém atirou nos policiais e a partir da ai foi um sessão de tiros pra todos os lados, vi Roberto no meio deles tentando chegar até mim e Talita mais era em vão, estamos abaixadas perto do palco e muitos dos capangas de Amanda estavam atirando nos policiais, eu estava com muito medo, de repente tudo começou a girar, estava tonta e por impulso segurei a mão de Talita forte e ela me olhou assustada me perguntando se estava tudo bem.
—Roberto, Caroline está passando mal —Talita grita para ele .
Foi tudo em câmera lenta, Amanda apareceu em nossa frente com uma arma nas mãos, seus olhos transmitiam um ódio mortal .
— Você nos entregou sua vadia — E apertou o gatilho atirando em minha direção.
Eu não sabia como respirar, todo meu ar foi embora, eu pedi perdão a deus mentalmente por tudo de errado que eu fiz um dia, pedi a ele que não deixasse que nada acontecesse com meu filho e a lembrança do sorriso de Henry veio em minha mente e eu sorri de volta, queria guarda aquilo para sempre mais quando ia fechar meus olhos algo me despertou para realidade.
Talita estava deitada inconsciente em meu braços, banhada de sangue e então que caiu a ficha, ela me salvou, ela entrou na frente do tiro para salvar minha vida .
— Nãoo, não Talita, fala comigo por favor, fala comigo.
Inúmeros soluços saiam da minha boca enquanto eu tentava acordar Talita .
—Não faça isso comigo, eu preciso de você Talita, por favor fica comigo por favor, não pode me deixar agora.
Ela não me respondia, abracei ela em meu colo com toda minha força, quando eu era criança eu queria ter o poder da cura, era uma besteira de criança mais agora nesse momento eu desejava ter esse poder, vê minha amiga quase morrendo em meus braços era doloroso demais, eu não consigo suporta mais uma perda, primeiro foi minha mãe e agora ela, se deus está querendo me castigar, me ver sofrer seu trabalho está sendo muito bem feito, não basta tudo que eu já passei?
—Talita fala comigo, você não pode me deixar, lembra que você disse que ia me encher de doces até eu virar uma baleia de tão gorda e que iria acampar do meu lado só pra ser a primeira a sentir o neném chutando? Então você tem que está aqui pra isso, eu não sei viver sem seu sorriso, suas piadas bobas, não me priva disso Talita, por favor.
Eu olhei por um minuto pra frente e vi Amanda sendo presa com ajuda de Henry, eu não sei como mais ele percebeu de imediato o que eu estava precisando dele e veio correndo me encontrar junto com Roberto .
— Deus Carol você tá bem?— Henry pergunta me olhando toda .
—Eu to bem mais Talita levou um tiro, ajuda ela Roberto por favor ajuda ela .
—Alguém ae chama a ambulância rápido— Roberto grita — Os batimentos dela estão fracos, se não for socorrida agora ela não vai resistir .
Isso é a gota d'agua pra mim, é como se eu tivesse descendo por um abismo sem fim, não existia nada além de dor e sofrimento, sinto braços em torno do meu corpo e eu desabo, choro litros e litros no peito de Henry, seu cheiro familiar me faz sentir protegida mais não tira a dor que me rasga por dentro.
— Venha eu vou te levar pra casa, você precisa de um banho e descanso —Fala Henry .
— Não, eu não vou deixar ela sozinha —Falo agarrando as mãos de Talita .
—Eu vou com ela Carol, você precisa descansar, eu cuido dela, pensa no seu filho .
Eu coloco aos mãos em torno do meu ventre e choro copiosamente, graças a Talita eu estou bem, graças a ela o meu filho está a salvo.
— Vamos amor, depois você vai no hospital ve ela a ambulância já chegou, qualquer coisa Roberto avisa né—Henry olha pra Roberto que confirma .
—Vai Carol, eu prometo que cuido dela .
Eu concordo e sou levada por Henry dali, olho pela última vez para minha amiga sendo atendida pelos paramédico, não sei como consigo andar, estou no automático. Do lado de fora várias viaturas estacionada, avisto Amanda em uma delas e a raiva toma conta de mim, me desvencilho dos braços de Henry e vou até ela, acertando um tapa em seu rosto, seguido de outro, de outro e mais outro.
—Se ela morrer eu vou te caçar até o inferno e a prisão vai ser pouco pro que eu pretendo fazer com você sua vadia imunda — Cuspo as palavras pra ela.
— Eu vou esta te esperando ansiosamente—Ela joga de volta .
Quando tento avança em cima dela de novo, um policial me impedi e Henry me arrasta pro carro .
— Entra Carol, você não pode se alterar assim, esqueceu que está grávida ? Ja chega de emoção por hoje.
Eu entro no carro e enquanto Henry dirigi eu fico olhando pro sangue em minha roupa e as lágrimas voltam com tudo .
Nem percebo quando chegamos na mansão de Henry, ele está olhando pra mim, sinto que ele não sabe o que fazer para me acalmar mas mesmo assim ele tenta, Henry passa seus dedos no meu rosto colocando uma mecha de cabelo atrás da minha orelha e diz .
— Vai ficar tudo bem, tudo acabou agora, você está livre —E eu me permito por um momento acreditar em suas palavras .
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2 semanas depois
Talita fez uma cirurgia delicada para a retirada da bala, foram horas de agonia mais gracas a deus deu tudo certo, duas semanas se passaram depois disso e nem parece que ela levou um tiro por mim .
—Eu estava pensando em Emily se for menina o que acha? — Diz ela me olhando enquanto a enfermeira troca seu soro.
— A mãe aqui sou eu ou é você? — Pergunto levantando a sobrancelha.
—Olha aqui depois de tudo que eu passei eu tenho o direito de escolher o nome desse bebe, eu vou ser a madrinha será que isso também não conta?
— Tudo bem voce me convenceu, mais e se for menino?
— Tenho certeza que não é— Ela diz convicta .
— Porque nao?
—Não sei, eu só acho que vai ser uma menina —Ela diz .
Ao contrário de Talita eu sempre pensei em um menino igual ao pai .
— Vamos fazer o seguinte se for menina você escolhe se for menino eu escolho— Digo pra ela .
— E o pai nao da opinião não? — Diz Henry entrando no quarto .
—Naoo—Eu e Talita falamos juntas .
Caímos na gargalhada com a cara que Henry faz, ele fica tão lindo assim, na verdade ele é lindo de qualquer jeito.
Roberto chega logo em seguida, desde que Talita acordou ele está todo cheio de mimos pra cima dela , ele ficou o tempo todo no hospital preocupado, o que me fez pensar que o sentimento que ele senti por ela pode ser bem mais do que ele demonstra.
4 meses depois
Minha barriga está enorme, eu estava muito ansiosa , hoje vamos descobrir o sexo do bebê, Talita e Roberto estão esperando do lado de fora enquanto eu estou colocando o roupão para fazer a ultra . Quando me deito, Henry segura a minha mão mostrando que está ali junto comigo e então as batidas do coração ecoa por todo o quarto me fazendo sorrir .
— E ai estão preparados pra saber o sexo?—Pergunta o médico .
—Sim— Dizemos juntos .
—Então Caroline você está esperando uma menininha.
Lágrimas rolam pelos meus olhos e quando percebo Henry também está chorando, ele beija minha mãos e minha testa.
—Obrigado meu amor, por me dá esse presente e fazer da minha vida a mais feliz de todas—Ele diz me fazendo chorar ainda mais .
Depois que Talita soube foi uma festa, saímos pra jantar fora em comemoração, o meu maior desejo depois do sexo é comer, como tudo que me dá vontade, essa menina é muito gulosa .
Guando estamos saindo do restaurante senti uma sensação estranha, como se estivéssemos sendo seguidos, olhei pra trás pra verificar mais não vi ninguém então deixei pra lá.
Ao chegar em casa eu estava pegando fogo de tanto tesão, Henry me provocou o jantar inteiro e como meus hormônios estão a flor da pele , um toque dele faz minha calcinha encharcar.
— Posso saber porque está me olhando com essa cara de safada? — Henry pergunta com um sorriso no rosto .
Cínico
— Porque eu quero te comer—Digo mordendo o lábio .
Sei que isso deixa Henry louco, já consigo ver o volume em sua calça aproveito e arranco o vestido deixando o cair em meus pés, estou sem sutiã e fico só de calcinha em sua frente, fazendo ele me olhar de cima a baixo com os olhos em chamas.
Henry se próxima de mim e enfia um dedo por dentro da calcinha sentindo minha umidade .
— Sempre pronta pra mim — Ele fala com a voz rouca .
Em um segundo estou nua, e a minha calcinha já era como todas as outras, Henry então me beija com desejo me pega no colo e eu me esfrego em seu pau por cima da calça fazendo- o soltar um gemido. Ele me coloca na cama e arranca toda a sua roupa, não me canso dessa visão, esse homem foi feito pra mim, moldado pra mim.
—Não posso esperar mais Caroline preciso te fuder agora .
Então ele me penetra forte e duro, segura meus quadris e entra uma, duas , três vezes .
—Voce é tão quentinha .
Quatro, cinto, seis .
—Tão gostosa .
Sete, oito, nove, dez.
— Tão apertada .
Onze, doze, treze, catorze .
Eu não controlo meus gemidos, só sinto o prazer chegando e me deixo levar pelo orgasmo intenso que Henry me proporciona, ele continua suas investidas mais forte, mais rápido construindo mais um orgasmo em mim .
—Meu lugar preferido é dentro de você Caroline.
E nós dois gozamos juntos.
5 meses depois
—Puta merda amor voce ta fazendo xixi no meio da sala?
—Não Henry a bolsa .
—Sua bolsa ta aqui— Ele diz pegando a bolsa em cima do sofá .
— Não seu idiota minha bolsa estourou— Eu grito .
—Merda, merda, merda o que eu faço agora?— Ele pergunta assustado .
—Liga pra Talita, vai no quarto e pega a bolsa branca com as roupinhas e vamos pro hospital.
Henry corre pro quarto com o celular na mao, escuto ele falar com Talita mais paro de presta atenção quando a primeira contração vem me fazendo gritar .
—Amor respira, respiração cachorrinho lembra? —Diz Henry imitando um cachorro com a língua pra fora .
Henry me leva pro carro e seguimos pro hospital, no caminho os meus gritos deixam Henry nervoso fazendo -o pisar fundo no acelerador. Quando chegamos no hospital me levam em uma cadeira de roda pra uma sala pro médico ver minha dilatação.
—Caralho isso dói, promete pra mim que nunca mais vai me engravidar, pode me fuder a vontade mais não me engravida nunca mais — Digo pra Henry .
— Voce ainda não está com 10cm de dilatação precisamos esperar mais um pouco .
— Puta que pariu —Eu falo quando mais uma contração vem .
Algumas horas depois estou na sala de parto, Henry está do meu lado, segurando minha mao, quando o médico pedi para eu empurrar aperto a mão de Henry com todas as minhas forças. Empurro mais algumas vez e finalmente escuto o choro da minha filha, choro lágrimas de felicidade, o médico coloca ela no colo de Henry e a mesma para de chorar imediatamente.
— Ela linda meu amor — Diz ele .
Eu olho para minha filha e beijo sua mãozinha, minha princesa, minha esperança, minha HOPE.
Uma enfermeira loira leva minha filha para tomar banho e eu sou levada pro quarto, não queria me separar dela mais é preciso, quando chego no quarto ele está repleto de balões rosas, e Talita toda animada querendo saber da nossa Hope. Roberto também está presente, esses dois nao se largam mais. Recebemos os parabéns deles e fico esperando ansiosamente pela minha princesa voltar para meus braços, quando uma enfermeira diferente da que levou minha filha entra com um envelope e me entrega sorridente, olho para todos no quarto perguntando mentalmente qual deles que mandou isso pra mim mais ninguém fala nada, então eu abro tomando um susto com o conteúdo do envelope.
" Voce tirou algo de mim e agora eu tirei algo de você, espero que tenha aproveitado bem o momento com a sua pequena Hope por que foi o primeiro e o último ".
Demoro algum tempo pra entender o que aquelas palavras queriam dizer e quando percebo grito de desespero, minha filha foi sequestrada .
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