1 ano depois

Um ano se passou e ainda não esqueci Henry, na verdade não tem como esquecer , o dono das indústrias Miller é mundialmente famoso, estar sempre na mira da mídia, e sinceramente cada dia mais lindo. Minha vida não mudou tanto continuo sendo uma prostituta mais há alguns meses Amanda quis esperimentar algo novo e liberou as três melhores meninas dela para acompanharem seus clientes não só na cama, mas também em eventos, festas, viagens , tudo isso para lucrar ainda mais. O pior é que deu certo, por um lado ser acompanhante é bom, poder sair e não só ficar trancada em quartos de pernas abertas, mas por outro lado significa ainda mais fingimento. Temos que sorrir o tempo todo, estar elegante quando nossos clientes nos leva jantares ou festas da sociedade na qual todas as mulheres esbanjam elegância e fortuna, além de transparecer estar adorando e sabe de todos os assuntos que seu cliente te incluir. Basicamente, mais trabalho.

Agora mesmo estou arrumando minha malas, estou me preparando para ir ao Canadá, convidada por um dos meus novos clientes. Roberto Chalés é um executivo bastante charmoso que apareceu em uma noite na boate e não parou mais de vir, logo que soube que poderia agrada-lo além da cama resolveu pagar Amanda uma semana para poder acompanha- lo nesta importante viagem de negócio. Não sei ao certo sobre o que ele irá tratar mas pelo que percebi sua empresa precisa muito que tudo de certo e nas palavras dele uma mulher bonita ao lado sempre da sorte.

__ Vou sentir sua falta . - Diz Talita encostada na porta me vendo fechar a mala.

__ Também vou sentir a sua, vai ser apenas uma semana e prometo te ligar todos os dias pra contar as novidades.

__ Tenho tanta inveja de você, porque não me leva junto?

__ Porque sem nos duas aqui essa casa ia virar de cabeca baixo e Roberto não gosta mais de ninguém só de mim, e quem cuidaria da louca da Becca? - Digo vendo Rebecca escondidinha atrás da porta.

- Sei muito bem cuidar de mim OK? - Ela responde com voz de choro.

Eu a Talita sorrimos. É a primeira vez que vou viajar e ficar longe delas, isso está sendo estranho para mim também, porém espero de verdade que isso me faça esquecer por um tempo as coisas horríveis que passei nesse lugar.

Depois de todo o chororo de Talita, me despeço do resto das meninas e de Amanda e sigo de táxi para o aeroporto, Roberto ligou avisando que me encontraria lá, tinha que terminar de assinar uns papéis importantes. Ao descer do táxi, o mesmo me ajuda com as malas e então entro no aeroporto, vou direto fazer check-in e espero Roberto chegar. Ele não demora muito e logo o nosso vôo é anunciado. Durante todo percurso fico olhando Roberto durmir, ele parece cansado. O senhor chalés como todos chamam, é um homem super gentil e educado, faz de tudo pra me agradar e o melhor é maravilhoso na cama, eu não deveria compara-lo com Henry, mas os dois tem um intensidade no sexo que me fazem me sentir bem. Roberto foi o único que eu deixei se aproximar o bastante depois de Henry, sua delicadeza e intensidade se fundiram comigo e foi como se ele fosse o remédio que eu precisava para cicatrizar a ferida que foi deixada, mas eu não vou cometer o mesmo erro de antes, não vou me apaixonar. Roberto me faz bem? sim, ele é bom de cama? Óbvio que sim, Vou deixar ele entrar no meu coração e sofrer depois? Não não e não.

Chegando no Canadá, desembarcam os e entramos no carro que Roberto alugou.

- Você está com uma cara péssima - Digo a ele vendo seu rosto todo amassado

- Essas viagens acabam comigo, mas só preciso de um banho e de você - Ele passa o dedo na minha bochecha e me dá um leve selinho.

Uma das coisas que eu gosto nele é que Roberto não me trata como Prostituta, ele me trata apenas como uma mulher que ele conheceu em uma vida errada e que agora ele pode de uma maneira mostrar um novo mundo. Roberto é um dos homens que não sabem que as meninas da boate são traficadas, eu já tive muita vontade de contar mas o medo foi maior.

Chegando ao hotel ele abre a porta do carro e minha boca abre em um perfeito "O".

- Esse é um hotel cinco estrelas?

- Sim Caroline, esses são os hotéis em que frequento, sempre que venho pra cá minha secretaria reserva aqui.

Ok , mas um hotel cinco estrelas não é exagero? - Uma parte de mim pergunta mais a outra não tá nem aí só pensa em aproveitar tudo isso.

No quarto, não dá muito tempo de descansar, ele logo recebe uma ligação, o almoço é daqui uma hora. Agora me pergunto o que é mais cansativo? Dar todo dia ou trabalhar feito louco todo dia?

__ Se você continuar passando pra lá e pra cá com essa Bundinha a amostra desisto desse almoço agora .

Minha gargalhada ecoa pelo quarto, Roberto é um homem brincalhão, me faz rir sempre que pode, mesmo sendo um homem bem mais velho seu físico e espírito parecem ser da mesma idade que eu. Roberto tem um físico bem trabalhado, não chega a ser musculoso mas seu corpo dar inveja a muito novinho por ai, seus cabelos são negros e a pele clara, além de ser alto e fica bastante sexy com esses ternos feito sobe medida.

__ O senhor trate de sossegar, a noite te compenso , agora vamos logo que já estamos atrasados - Digo a ele deixando-o com uma cara frustrada .

Depois de várias investidas de Roberto que foram muito bem cortadas por mim de uma maneira bem divertida e sutil, enfim saímos do quarto e seguimos para o restaurante. Estava minimamente feliz por respirar outros ares, nada poderia estragar o meu dia. Chegando no restaurante encontramos os executivos reunidos na mesa reservada, eu estava morrendo de fome mas claro que nesse momento eu teria conter a minha barriga. Ao nos aproximarmos todos se levantaram e comprimentaram nós dois, até que tenho uma surpresa nada agradavel e que me deixa completamente sem reação. No canto direito da mesa, ainda sem se levantar, estava Henry com o mesmo terno que estava quando nos conhecemos na boate, nossos olhos se encontram e uma espécie de descarga elétrica passa pelo meu corpo.

Santo Deus , isto não vai dar certo.

- Pelo jeito Roberto não veio só a trabalho não é mesmo? - Brinca um dos executivos e fico sem graça.

Henry então finalmente levanta e com o rosto bem sério cumprimenta Roberto.

- Pela primeira vez na vida vejo você acompanhado por uma belíssima mulher, as coisas realmente estão mudando - Fala ele em tom irônico apertando a mão de Roberto.

__ Caroline , este é Henry Miller dono da empresa Miller, você já deve ter ouvido falar nele - Roberto nos apresenta sem perceber os olhares indiscretos de Henry.

__ Acho que já vi pela televisão, não me lembro ao certo - digo e logo depois o cumprimento da mesma forma que Roberto, de maneira fria e distante.

__ Henry, está é Caroline minha acompanhante.

__ Prazer em conhecê-la.

Ouvir sua voz rouca e sexy novamente pronunciando meu nome me fez arrepiar como nos velhos tempos, porém me controlo ao máximo. Henry é um homem casado agora, e ver aquela aliança em seu dedo machuca muito e é isso que vai me manter bem longe desse pedaço de mal caminho .

O almoço segue tranquilamente, faço de tudo para não olhar em direção a ele mais não consigo, parece que há um imã entre nós dois , o que faz essa situação ser ainda mais difícil. Pelo que percebi Henry e Roberto discordam de algumas partes de um contrato na qual estão pensando em assinar, e a parte mais divertida é que Roberto está ganhando a discussão com seu jeito educado de ser, diferente de Henry que até em uma reunião de negócios consegue ser rude e autoritário em suas palavras.

__ Se me der licença vou ao toalete - Digo a todos saindo de fininho.

Preciso lavar meu rosto, até parece que estou na menopausa de tanto calor que estou sentindo. Ao sair da mesa até a entrada no toalete percebo olhares me acompanhando, porém não me atrevi a olhar porque sei que um desses olhares são dele. No banheiro não há ninguém, melhor assim, não quero que ninguém perceba meu súbito tesão só de reencontrar um cliente antigo. Me olhando no espelho percebo que minhas bochechas estão rosadas, minha boca seca e meu seios não param de subir e descer. Como ele consegue mexer tanto comigo assim depois desse tempo todo? Ligo a torneira e jogo água em meu rosto, fico alguns minutos sentindo meu corpo se acalmar e quando me levanto tomo um susto, Henry Miller está atrás de mim, me observando .

__ O que está fazendo aqui? Se você não sabe isto é um banheiro feminino - Falo tentando não transparecer meu nervosismo.

__ Pouco me importa - Ele mostra a chave da porta em suas mãos.

Meu deus é agora que perco o controle de vez. Não sei como e porque mais quando percebi Henry já tinha avançado em mim me posto sentada na pia me devorando com sua boca quente. Como senti falta desse beijo, da sua pegada, do seu cheiro. Estava completamente fora de mim, a necessidade de te- lo novamente me consomia ao ponto de esquecer que estávamos nos pegando em cima da pia de um banheiro feminino em um restaurante finíssimo.

- Você pode me odiar depois, mas nesse momento nada e nem ninguém vai fazer com que eu pare - Ele diz olhando em meus olhos.

Ok mas quem disse que eu queria que ele parasse?

Em um movimento rápido, Henry rasga minha calcinha e abaixando sua calça com uma camisinha na mão, logo se poe no meio das minhas pernas me possuindo de um jeito selvagem e forte como sempre fez.

__ Caralho - Ele geme ao sentir o quanto estou molhada e quente - Nunca me canso dessa sua buceta incrivelmente molhada e pronta pra mim, puta que pariu voce é deliciosa demais Caroline - Ele balbucia.

Henry me beija, abafando meus gemidos, enquanto continua suas estocadas em mim, esse homem me leva a loucura, me leva do céu para o inferno em segundos, mais não me importo, a saudade que eu tava dele é bem maior que todas as outras coisas.

__ Você é minha Caroline , sempre será minha, não importa o que aconteça, seu corpo me pertence e o meu pertence a você.

Eu não concordo e nem discordo com ele, não conseguia nem falar só em senti-lo dentro de mim a minha lucidez ia embora e me deixava a mercê desse homem.

Depois de vários minutos ambos gozamos, ficamos um tempo abraçados sentindo a respiração voltar, aqueles braços fortes me apertando para junto de si era algo que eu sentia mais falta, aquilo para mim significava algo, eu poderia estar iludida novamente mas o que eu poderia fazer? Eu desejava ouvir da sua boca, alguma coisa que desse a esperança de um dia isto pudesse se repetir novamente, mas como da última vez recebi o contrário .
Henry se afastou de mim e logo disse

- Droga eu não poderia ter perdido o controle dessa forma, não posso ficar perto de você, não mais Caroline, mesmo que eu queira.

Ele me beija na testa e olha dentro do meus olhos e diz.

__ Vou guarda a lembrança desse dia .

Ele destranca a porta e sai, desco da pia para me ajeitar, ainda sou uma acompanhante é mesmo tendo feito essa loucura aqui dentro tenho o que ser profissional o suficiente para que Roberto não perceba nada. Procuro a minha calcinha por todo canto e não acho e então lembro das palavras de Henry. Mais que porra, ele levou minha calcinha com ele e agora? Não posso voltar pro almoço assim.

__ Caroline está tudo bem ae? - Ouço a voz de Roberto e tomo um susto.

__ Ann está sim, já estou saindo - Falo me arrumando mais ou menos.

__ Ei você demorou, está tudo bem mesmo? - Roberto pergunta logo que saio pela porta .

__ Sim está, só demorei pra ficar bonita pra você.

- É possível você ficar mais bonita? - ele pergunta.

- Não custa tentar não é mesmo.

Voltamos para mesa, Roberto com as mãos em minha cintura nem imagina que acabei tendo um sexo animal dentro do banheiro, meu rosto está todo corado e ao ver Henry sentado na mesa falando sobre como foi sua lua de mel com o restante dos executivos minha raiva por ele aumenta ao nível máximo. Esse cretino me paga.