Capítulo 25
— Paloma já ficamos tempo demais por aqui, quero ir para minha casa, já estou bem e abusamos muito dá hospitalidade do senhor Muriel.
— Nossa casa Roberto. — Digo corrigindo-o.
— Somos casados por um acaso? Pelo que eu entendi ainda não.
Meu coração se acelera com uma única palavra " ainda" posso ser um boba mas quero me agarrar a qualquer possibilidade de estarmos juntos novamente.
— Isso é um mero detalhe, moramos juntos e nos amamos Roberto, por favor tente..Tente se lembrar é a única coisa que te peço.
— Deixa eu ver se entendi, não somos casados mas moramos na mesma casa? — O mesmo me pergunta ignorando totalmente o meu pedido.
— Sim, quando você me salvou dá boate, eu não tinha pra onde ir e voce gentilmente me ofereceu a sua casa, e depois de algum tempo ficamos juntos, passamos por tanta coisa meu amor, mesmo assim o destino sempre nos unia novamente, e agora o fruto do nosso amor está vindo ao mundo, estávamos tão felizes.
Roberto me olha pensativo, por um momento ele dirige seu olhar para minha barriga, onde minha mão está pousada, logo depois olha em meus olhos, vejo que está tentando se lembrar.
— Porque não acho nenhum resquícios de nada do que está me falando.
— Porque tudo que ela diz é mentira Roberto, será que não enxerga? É por isso que você não se lembra de nada, porque é pura invenção, nada do que ela diz aconteceu, provavelmente esse filho deve ser de Kol. — Paloma diz pocando a bolha em que eu e Roberto estavamos.
— Você está pedindo pra levar uma surra garota, não me provoque porque depois das experiências que fiz com aquela vaca e você deve saber muito bem de quem eu falo, não vai me querer como sua inimiga. — Ameaça Caroline.
— Não tenho medo de você vadia, eu me garanto, você quer me bater? Tente mas não vai conseguir tocar em nenhum fio de cabelo meu. — Rebate Paloma.
— Então vamos ver. — Caroline vai em direção de Paloma mas a voz de Roberto assusta a mim e elas.
— Acabou a palhaçada, querem se bater se batam mas por um bom motivo e bem longe de mim, não sou obrigado a ver duas mulheres adultas se estapeando como crianças. — Diz ele.
— Ele tem razão Carol, não perca seu tempo com ela. — Digo.
— Bom, se um dia eu me apaixonei por voce, entendo perfeitamente agora o porquê.
Não preciso dizer o tamanho do meu sorriso né.
— Se quiser eu posso te levar para sua casa.
— Nossa casa, como você mesma disse, e sim eu quero ir, quem sabe lá, as minhas memórias não voltam.
— Não Roberto. — Grita Paloma.
Percebo nitidamente o medo que ela tem, dele lembrar de algo e ela perder a oportunidade de te-lo.
— Não o que Paloma ? — Pergunta ele.
— É.... quem vai te levar sou eu, aproveito passo na minha casa, pego minhas coisas e fico por lá mesmo, quero cuidar de voce pessoalmente.
— Você só pode estar brincando. — Digo não acreditando que essa vadia quer se instalar na nossa casa.
— Você é enfermeira por acaso? — Pergunta Caroline ironicamente.
— Vocês gostando ou não eu vou, cuidei dele até agora, com ajuda de Muriel é claro, e vou continuar cuidando.
— Você é bem-vinda Paloma, obrigado por se preocupar. — Diz Roberto a ela.
— Ele não tá falando sério tá? — Olho pra Carol.
— Infelizmente sim.
Eu só posso estar vivendo um pesadelo.
Muriel ajuda levar Roberto para o carro, a viagem foi em total silêncio, eu e Carol na frente, Roberto e Paloma atrás .
Ao chegar em casa, Henry já está na porta esperando, Caroline ligou para ele ainda dentro do carro contando todo o acontecido.
— Vazo ruim não quebra mesmo hem. — Diz Henry ao ve-lo.
— Henry não é mesmo? — Roberto pergunta.
— Não se lembra de mim também? Porra, além de tentar roubar minha mulher de mim, sofre um acidentezinho de nada e agora não se lembra de mim?
Roberto franze o rosto ligeiramente confuso com a parte do roubar a minha mulher.
— Desculpe mas não me lembro.
Henry para com as piadinhas ao perceber que o amigo está mesmo mal.
Ele ajuda a leva-lo para dentro já que Roberto ainda está fraco e ferido pelo acidente. Ao entrar na casa, todos entram e Paloma é a última, eu fico na porta esperando ela entrar mas o que eu queria mesmo era fechar a porta nas fuça dela.
Roberto para na sala, olha tudo e logo em seguida olha para mim.
— Lembro-me da casa. — Ele diz. — E seu cheiro está nela. — Ele fecha seus olhos e respira fundo sentindo o cheiro do meu perfume no ar.
— Você lembra do meu perfume?
— Bem me quer. — Solta ele sem pensar e isso abre um grande sorriso em meus lábios.
— É isso mesmo, você lembrou Roberto.
Ele sorri, é aquele sorriso me trás tantas lembranças boas e quero fazer com que todas elas sejam lembradas também por ele .
— Vamos subir, quem sabe no quarto você se lembra de mais alguma coisa .
— Ele não vai ficar no quarto dele, por ele em outro quarto é melhor.
— Melhor pra quem? Pra você ? Querida esta é minha casa, está no meu território, quem manda aqui sou eu, então ele vai dormi no nosso quarto sim e se ele quiser, será comigo do seu lado, e nem pense que você vai ficar entrando e saindo de lá, vou contratar uma enfermeira pra ele, assim sua estadia aqui não durará muito tempo.
Paloma fica calada, não sabe o que dizer e quando olho na direção de Roberto , vejo ele falar algo no ouvido de Henry, o que faz ambos sorrirem.
— O que os dois estão cuxixando aí? — Pergunta Caroline.
— Eu apenas disse que gosto dela, o seu jeito me encanta — Ele diz se referindo a mim.
Henry o carrega para o quarto, e deita ele na cama, pego mais alguns travesseiros para deixa-lo ainda mais confortável.
Paloma se aproxima dele e diz algo em seu ouvido mas Roberto permanece sério olhando para mim.
— Eu vou me instalar no quarto ao lado, daqui a pouco eu volto pra ficar com você .
— Vai encontrar a porta fechada porque quem vai ficar com ele sou eu, quem sabe amanhã. — Olho para ela com um sorriso debochado no rosto.
— Até amanhã Paloma, eu creio que ficarei bem.
Ela sai soltando fogos, logo depois Henry e Caroline também sai nos deixando a sós.
Não sei o que fazer, o homem na minha frente não se lembra de mim, não sei o que dizer, como me comportar perto dele, a única coisa que quero é que ele se lembre.
— Deite aqui. — Ele bate a sua mão na cama me chamado para perto de si.
Vou com todo prazer.
Subo na cama e me deito perto dele, ficamos nos olhando por alguns minutos, fico viajando em seus olhos.
— Eu tive tanto medo de perder você.
— Vejo em seus olhos que está sendo sincera Talita.
— Então acredita em mim? Acredita em tudo que te disse?
— A minha mente me diz que nao, conheco Paloma a anos, lembro dela, desde o primeiro dia em que conheci mas de você não consigo lembrar de nada, porém o meu coração diz o contrário, ele acredita em você, sabe que está falando a verdade... Estou tão confuso. — Ele desvia o olhar de mim.
— Deve estar travando uma batalha dentro de você né, só espero que o seu coração vença.
Ele me olha novamente, mas agora passa seus dedos em meu rosto fazendo um leve carinho.
— Eu também espero que sim. — Ele diz e logo depois se vira para o outro lado e adormece.
Passo a maior parte da madrugada olhando para ele, mas sou vencida pelo sono.
Pela manhã acordo muito sonolenta, a gravidez provoca isso na gente, o tempo todo cansada e querendo durmir. Quando abro os meus olhos, Roberto está ao meu lado me olhando.
— Bom dia Talita. — diz com um sorriso de canto.
— Bom dia amor. — Digo.
— Gostei disso.
— Do que ?— Pergunto não entendendo sua afirmação.
— Do que me chamou.
Assim eu abro um sorriso e ele também.
— A quanto tempo está aí?
— Algum tempo já, você é tão linda dormindo, fica ainda mas linda com esse barrigão de grávida.
— Como pode saber? Não se lembra de mim sem a barriga.
Ele fica sério e percebo que acabo de estragar o momento.
Alguém bate na porta e me levanto para abri-la mas quando vejo quem é, me arrependo na mesma hora.
Paloma entra no quarto sem falar comigo e vai direto em direção de Roberto.
— Você está bem? Durmiu bem? Queria tanto ter passado a noite com você. — Ela diz tocando em seu rosto.
Eu não mereço acordar e presenciar uma cena patética dessas.
Reviro meus olhos e corro pro banheiro, outra coisa na qual as grávidas sofrem muito, vivemos no banheiro praticamente, no começo era enjoo e agora é a vontade incontrolável de fazer xixi, até parece que tenho a bixiga solta.
Quando saio do banheiro, Paloma está em cima da minha cama tirando a camisa de Roberto. Essa foi a gota d'água.
— Sai da minha cama agora sua vadia.
— Olha como fala comigo, e está cama não é sua, é do Roberto.
— A cama também é dela Paloma. — Roberto me ajuda.
— Eu só estou te ajudando. — Ela fala toda meiga.
— Olha aqui, aceitei você aqui mas não enche minha paciência Paloma, não ultrapasse os limites porque não vai gostar do que encontrará depois que atravessar.
— Sai Paloma, ela está grávida, não pode ficar nervosa.
Paloma revira os olhos e sai de cima da cama. Nota metal: Queimar os lençóis.
— Tudo bem já sai, agora venha vou te levar pro banho.
— Não Paloma, eu quero que Talita me leve.
— Ótimo, porque eu não ia deixar ela te dar banho mesmo — Digo e arranco a maior gargalhada que eu já ouvi Roberto soltar.
Paloma mesmo de cara feia me ajuda a Levar ele para dentro do banheiro, ponho uma cadeira em baixo do chuveiro para que Roberto não fique em pé já que ainda se encontra fraco, e depois Paloma sai e fecho a porta.
Arranco suas roupas devagar, sendo observada por ele. Quando está totalmente nu, relembro das nossas noites , dá sua pegada e um instante olho para seu membro.
Ligo o chuveiro e deixo a água cair em seu corpo, pego o sabonete líquido, derramo uma pequena quantidade em minha mão e passo em seu peitoral . Roberto continua calado e observa cada movimento meu.
— Porque me olha tanto ? — Pergunto a ele.
— Estou vendo o quanto é linda.
— Obrigada. — Digo e continuo lavando-o.
Ao me levantar para pegar mais sabonete, escurrego caindo em cima de Roberto, e o mesmo me segura firme em seu colo.
— Cuidado Talita, não pode machucar o nosso fi... — Ele para no meio da palavra. — Por favor só tome cuidado ta bom.
A água caindo sobre nós e eu só consigo olhar para ele e sorrir.
— Estamos tomando banho juntos percebeu? — Brinco com ele.
— No fundo no fundo estava torcendo para que isso acontecesse. — Ele diz passando seu dedo em meu rosto e em minha boca .
Estamos tão perto um do outro, sua boca está tão perto da minha, ambas quase se tocando. Quero beija-lo, a saudade está enorme, e sei que ele também quer me beijar, seu olhar me diz isso.
— Me beija Roberto. — Digo em um sussurro.
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