Capítulo 3
Narradora
Enquanto Steve discutia com seu pai sobre contar a todos que ele estava noivo, Tony passeava pela casa até ser parado por um garçom.
– Boa tarde – diz o garçom.
–Boa tarde.
– Gostaria de uma entrada – diz apontando para a bandeja que segurava que tinha uns petiscos de peixe.
– Ah não, muito obrigado eu não sou muito fã de peixe – ele olha pra trás procurando Steve.
– Por favor, prove só um.
– Não é que... – quando ele volta a olhar pro garçom, ele está enfiando um dos petiscos na boca de Tony. Por educação Tony tenta engolir mas vai por água abaixo quando ele escuta a voz de Steve dizer:
"Senhoras e senhores tenho um anúncio muito importante a fazer. Tony e eu vamos nos casar!"
E então ele cospe o petisco na camisa do garçom.
– Desculpe. Me desculpe, mesmo.
– Tudo bem. Eu vou lavar depois mesmo.
Depois de limpar sua boca Tony vai até a sala, onde encontra Steve no meio da sala.
– Vem cá – diz Steve.
– Ah... eu? – diz baixinho.
– Vem cá, meu docinho.
Então enquanto anda até Steve ouve aplausos e parabenizações.
– Então decidiu que esse era o momento perfeito para contar a eles que estamos noivos? Brilhante – diz Tony e quando Steve abriu a boca pra responder é interrompido.
– Steve?
– Shari? – ele solta um riso anasalado – Oi, caramba – se abraçam – tudo bem com você?
– Tudo ótimo.
– Eu não sabia que você tava aqui.
– É sua mãe queria que fosse uma surpresa, então surpresa! – ela encolhe os ombros – e acho que estamos sendo maus educados – eles olham para Tony.
– Ah, é. Tony essa é a minha ex.
– Sharon. Para os mais próximos, Shari.
– Anthony, mas pode me chamar de Tony.
– É um nome bonito. Então espero não ter perdido a história.
– Que história? – Tony e Steve dizem juntos.
– A do pedido de casamento.
– Isso é verdade, por que não nos contam o pedido de casamento? Define muito o caráter de uma pessoa – diz Peggy que estava sentada no sofá ao lado de Sarah.
–Eu adoraria ouvir a história – diz Sarah. Sharon vai se sentar.
– Querem saber de uma coisa? O Tony ama contar essa história então eu vou deixar ele contar e nós vamos nos sentar e ouvir – diz Steve indo se sentar no braço do sofá ao lado da vó.
– Uau – fica na frente de Steve que sorria – Steve e eu... Steve e eu estávamos para completar nosso segundo ano juntos e eu sabia que ele tava louco para me pedir em casamento mas tava com tanto medo, que nem um passarinho. Aí eu comecei a deixar umas pistas, porque eu sabia que ele não teria coragem para... – Steve o interrompe.
– Olha não é assim que eu me lembro.
– Não? – Tony pergunta inocente.
– Não. Quer dizer, eu saquei todas as pistas. Porque esse homem é sutil que nem uma bazuca. O que me preocupava era ele achar a caixi... – Tony o interrompe.
– Oh a caixa que ele fez, ele passou tanto tempo recortando fotos bem pequenininhas dele e colando em volta. E quando eu achei e abri, corações bem pequenos voaram como confetes, quando pararam de voar eu vi a coisa mais linda...
– Era nada. Sem anel– diz Steve
– O que? Sem anel?– pergunta Peggy olhando para Sarah que dá de ombros.
–Não. Mas debaixo de toda a palhaçada, dentro da caixinha tinha um endereço de um hotel. Data e hora. Tipo coisa do Humphrey Bogart. Bom normalmente Tony achou...
– Eu achei que ele estivesse com outro e foi um momento terrível pra mim, mas eu fui ao hotel mesmo assim. Quando eu já estava lá e estava preste a bater na porta eu vi que a porta já estava aberta, e quando eu entrei – suspira – lá estava ele.
– Parado.
– De joelhos.
– Como um homem.
– De smoking, cercado de pétalas de rosa. Seu filho tava tão fofo – olha para Sarah – e ele tava tremendo tanto e então ele disse...
– Quer se casar comigo? Ele disse sim e fim – interrompe Tony e diz rapidamente – Quem tá com fome?
– É uma história e tanto – diz Sarah.
– Também achei né, amorzinho? – Steve pergunta para Tony.
– Awn, Stee você é tão fofo – diz Peggy pagando a mão do neto que se levanta indo para o lado de Tony.
– Confete feito à mão? – pergunta Natasha que é respondida com Tony fazendo um gesto de um coração quebrando.
– Aí e o beijo dos pombinhos? – Clint pergunta.
– É dá um beijo nele. – diz Pietro.
– Não pessoal – diz Steve.
– Steve um beijo – diz Peggy. Em volta todos estavam pedindo um beijo enquanto Sharon não parecia estar muito confortável com toda aquela situação.
– Qual é, Steve é um beijo – diz Bruce.
– Tá vocês querem um beijo? Aqui vai – pega a mão de Tony e beija.
– O que é isso? É pra beijar com vontade e na boca – diz Clint – Beija! Beija! Beija! – ele começa a dizer até que todos estão dizendo isso e batendo palmas.
– Tá bem.
– Certo – Tony se vira para Steve – anda beija logo – sussurra. Então... Um selinho acontece que rapidamente acaba.
– Stee! Dê um beijo de verdade! – diz Peggy.
– Mas vovó – diz Steve.
– Agora um pra valer – diz Natasha.
– Certo – diz Tony. Então eles se beijam, um simples selar de lábios mas que Steve não perdeu a oportunidade de segurar a cintura de Tony, e quando ele ia aprofundar o beijo, Tony o afastou envergonhado mordendo o lábio inferior.
– Eu estou tão feliz por vocês! Tão feliz! – diz Peggy abraçando os dois juntos.
[...]
Mais tarde, depois que a festa acabou, Sarah disse que levaria o filho e o genro para o quarto que ficariam. Peggy disse que iria para mostrar uma coisa a eles.
– Aqui está – diz Sarah mostrando o quarto.
O quarto era enorme com um sofá aos pés da cama de casal ao lado, tinha uma lareira com 2 metros de distância do lado direito da cama. Tinha uma porta de vidro pra varanda que tinha uma vista para o mar.
– Uau – diz Tony impressionado – esse quarto é lindo e olha só que vista.
– E essa aqui é a cama – diz Peggy apontando para a cama.
– Sim, excelente cama e então onde fica o quarto do Steve?
– Oh querido não somos ingênuos para achar que vocês não dormem no mesmo quarto – diz Sarah.
– Ah que bom porque a gente adora dormir de conchinha né, amor? – diz Steve passando o braço pelos ombros de Tony. Até que uma bolinha de pelos brancos entra correndo no quarto e vai na direção de Tony.
– Ai, ai! Oque que é isso? – diz Tony indo para trás de Steve após o cãozinho ficar pulando nos pés do moreno.
– Aí relaxa. Oi, pequeno – diz pegando o cãozinho no colo – quem é essa bola de pelo?
– Esse é o Kevin. Ainda estamos treinando ele, mas ele já sabe algumas coisas – diz Sarah.
– Só não deixe ele sair pra fora ou as aves irão pegá-lo – diz Peggy.
– Não, isso não é verdade. Não escuta o que ela diz não – diz Steve fazendo uma voz que as pessoas usam para falar com cachorros. Kevin começa a lembrar o rosto dele.
– Escuta filho aqui tem toalhas, lençóis e outras coisas se precisarem – Sarah aponta para o guarda-roupa.
– Se sentirem frio a noite usem isso, ele tem poderes especiais – diz Peggy que dá o lençol a Steve que entrega Kevin para ela.
– Que tipo de poderes especiais? – pergunta Tony enquanto Steve olha o lençol.
– Eu o chamo de fazedor de bebês – diz ela com um sorriso.
– Ah então eu acho que vamos ter muito cuidado com isso. Não coloca na cama! – diz Tony se alterando um pouco quando Steve joga o lençol na cama.
– Acho melhor a gente ir, foi uma tarde agitada hoje. Boa noite – diz Sarah saindo do quarto.
– Boa noite – Steve e Tony dizem juntos.
– Boa noite, meninos. Se divirtam essa noite – diz Peggy saindo do quarto com Kevin ainda no colo.
Tony Stark
– Você dorme no chão – digo olhando de relance para ele.
– Eu vou tomar banho – diz ele indo até a mala dele e pegando um pijama.
– Olha só nem sabia que tinha banheiro nesse quarto – inclino a cabeça para o lado.
– Você só está nesse quarto a 10 minutos, achava que já iria saber até os segredos daqui? – diz indo ao guarda-roupa e pegando uma toalha.
– Grosso.
– E grande também – após isso ele vai até o banheiro.
– Steve vai pro banho! – após dizer isso escuto a porta bater e vou procurar meu pijama e pegar uma toalha para mim. Não muito tempo depois, Steve sai do banho e eu entro.
[...]
– Então quer dizer que você não vê sua família faz... 3 anos? – digo ainda dentro do banheiro enquanto escovo os dentes.
– É digamos que eu estive meio ocupado no trabalho pra ter tempo pra ver minha família – ele diz de dentro do quarto. Meu pijama é apenas um short (é eu trouxe um short de pijama pro Alasca), abro uma brecha na porta para ver onde Steve estava e ele estava deitado no chão com o fazedor de bebês forrado no chão e está enrolado com outro, nos pés da cama.
– Steve.
– Sim?
– Pode fechar os olhos?
– Por quê?
– Só fecha.
– Tá bom.
– Tá com os olhos fechados?
– Tô.
– Tem certeza?
– Tenho sim, certeza absoluta.
Então eu abro a porta e saio correndo para a cama e me enrolando, passando por Steve.
– Esse é o pijama que você trouxe pro Alasca?
Suspiro com raiva e digo:
– Achei que tinha pedido para você fechar os olhos! – digo com raiva.
– Você vem pro Alasca e traz um short de pijama? – ignora minha pergunta.
– É porque era pra eu estar num hotel, lembra?
– Será que dá pra gente dormir em vez de discutir?
– Boa ideia – me arrumo na cama e então durmo.
★No dia seguinte★
Acordo com o som do meu telefone tocando.
– Steve. Celular – o telefone continua tocando e Steve parece não acordar – Steve! Droga. Steve, Steve, celular. Steve! – começo a procurar pelo criado mudo mas ao não achar vou para o criado mudo do outro lado da cama.
– O que foi? – responde sonolento.
– Cadê o celular?
– Na Mala, no bolso lateral – quando ele diz isso tento alcançar a mala ainda estando na cama mas por estar esticado até a mala caio da cama, mas consigo pegar o celular.
– Alô. Alô? Alô. Frank! Frank, você tá me ouvindo? Alô? Aí droga o sinal aqui é horrível, Frank. Espera só um instante – pelo sinal estar horrível eu estava falando alto para ver se Frank me ouviria mas, obviamente, não funcionou.
– Ai que droga! Tony! – Steve grita irritado.
– Só um minuto, Frank – digo baixinho e vou para a porta do quarto encontrando um roupão xadrez vermelho e saindo do quarto – Frank, sinto muito que ache que eu o pressionei a ir a Oprah, mas... claro que eu quero você feliz – saio para fora da casa, deixando a porta aberta e por estar descalço pego uma bota de chuva e calço – Frank, vai ficar tudo bem... Eu posso ligar pra eles e cancelar...
Narradora
Dentro da casa, uma bolinha de pelos brancos corria pela casa e ao ter visto Tony correu atrás dele para fora de casa.
– Você tem toda razão, Frank... é claro que eu estou ouvindo... sim... eu adoro ouvir você – Kevin, que estava olhando para Tony, agora latia para ele – Shh senta. Senta – diz apontando para o filhote – não, você não, Frank. Eu posso até ser cancelar mas eu acho que seria um grande erro. Porque, Frank, por tantos anos você me inspirou com suas belas palavras – escuta o barulho de uma águia que estava observando de uma árvore – e eu acho que – Kevin começa a latir e então a águia começa a voar e Tony apenas seguia seu voo com os olhos.
– Shh eu estou em uma ligação. Acho que já está na hora do mundo apreciar suas palavras também. Elas são tão cheias de paixão e eu acho que a gente poderia se dedicar e... – A águia começa a voar em direção a Kevin e ele começa a correr – eu só... eu só quero ver você feliz. Me dá esse cachorro! – a águia pega Kevin – só um minutinho, Frank. Me dá esse cachorro! Me dá! – ele joga o celular na águia que solta Kevin e Tony a pega logo depois correndo pra pegar o celular.
– Frank, me desculpe eu deixei o celular cair. Agora escuta, eu não quero convencê-lo de nada, mas esse é o seu legado, esse livro e eu acho que depende de você apresentar seu legado ao mundo – enquanto dizia isso, corria da águia com o cachorrinho no colo – me ligue amanhã com a sua decisão. Meu telefone fica ligado o tempo todo, Tchau! – colocou a mão, que consequentemente estava com o celular, na cabeça no intuito de se proteger da águia que pegou seu celular.
– Não! Espera! Não, não, não, não! Leva o cachorro. Leva ele – Tony então começa a correr atrás da águia erguendo Kevin – Eu preciso do celular. Pega o cachorro. Eu preciso desse celular! Pega o cachorro. Pega, pega.
De dentro da casa, as duas mulheres estavam rindo de Tony "brincando" com o cachorrinho.
– Bom dia, meninas – diz Steve que estava vestindo um agasalho cinza – vocês viram o... – A frase morre ali quando ele vê Tony correndo com o cachorrinho de roupão e botas de chuva.
– Ele tá brincando com a Kevin Achamos que ele não tinha gostado dela – diz Sarah.
– Você pode chamá-lo? Planejamos um dia inteiro para ele, e ele precisa se arrumar – diz Peggy.
– Diga que temos uma surpresa – diz Sarah.
Ele acena com a cabeça e sai para o quintal indo até Tony que ainda estava pedindo para a águia devolver o celular.
– O que você tá fazendo? – ele diz assim que chega perto de Tony.
– Sua avó. Ela estava totalmente certa. A águia veio e tentou levar a cachorro. Mas aí eu a salvei, então ela voltou e levou meu celular.
– Tá bêbado?
– O que? Não é sério, o Frank vai ligar para aquele celular.
– Relaxa, Tá? Vamos comprar outro celular com o mesmo número. Vamos até a cidade e resolvemos isso tá?
– Sério?
– Claro.
– Tá bom então... Vai pra casa – diz Tony colocando o cachorro no chão.
– Tem que se arrumar – diz Steve.
– Para que?
– Vai sair com a minha mãe e mais algumas pessoas.
– Eu não quero sair.
– Fazer compras, olhar a paisagem. E uma surpresa.
– Odeio compras. Odeio paisagem.
– Você vai.
– Não, eu não vou.
– Você vai.
– Eu não vou.
– Você vai. Agora me dá um abraço se não vão pensar que a gente tá brigando. E não queremos isso – diz puxando Tony que se recusa.
– Eu não vou te abraçar.
– Hora do abraço.
– Eu não quero... Steve – diz Tony que está com as mãos no peito de Steve e já está sendo abraçado por ele.
– Isso, viu? Que abraço gostoso, não é bom? – estava alisando as mãos pelas costas de Tony.
– Hum.
– O que acha disso? – ele desliza uma mão para a bunda de Tony – Pu-pu-pu – ele dá tapinhas na bunda de Tony.
– Mais um tapinha e eu corto seu pau enquanto você estiver dormindo.
– Tá bom – diz Steve se afastando.
– Então estamos acertados, não é?
– Sim.
Tony então coloca a mão na bochecha de Steve e diz:
– Noivo bonzinho – então dá um tapa no rosto de Steve que passa despercebido pela mãe e avó.
[...]
Steve Rogers
Tony já tinha saído com minha mãe e minha avó. Antes de minha mãe sair disse que meu pai queria me ver e eu, mesmo não querendo fui vê-lo que estava jogando golfe mas o alvo estava na água.
– Queria falar comigo?
– Sua mãe achou essas bolas ecológicas. Dissolvem na água. Eu não sei como ela encontra essas coisas, aliás... Ela está meio zangada, pelo que parece não fui o melhor dos anfitriões ontem. Foi um choque saber que você vai se casar, principalmente quando ninguém sabia que você estava namorando – Suspira – a questão é... Preciso me desculpar com você – estende a mão para mim.
– Aceito – vou até a sua bolsa de tacos e pego um.
– Tem mais uma coisa – volta a falar –andei vendo meus planos de aposentadoria e isso me fez pensar. Eu já fiz muita coisa nessa vida, eu praticamente construí um império inteiro com a sua mãe mas isso não vale de nada a não ser... – O interrompo.
– A não ser que você tenha pra quem deixar é já discutimos sobre isso.
– É e vamos continuar discutindo sobre isso. Você tem responsabilidades aqui, fui mais que compreensível a suas aventuras em Nova York, preciso que pare de perder tempo...
– Lá vamos nós de novo... Quando vai levar meu trabalho a sério?
– Quando começar a agir com seriedade.
– Sinto muito. Eu sinto pena de você, pai. Queria que tivesse outro filho. Um filho que quisesse ficar aqui, que quisesse assumir a empresa e que quisesse se casar com alguém que você aprovasse, queria mesmo. Mas esse não sou eu. Pode parecer estranho pra você, minha vida em Nova York, sentado em um escritório, lendo livros, mas é o que me faz feliz. Você entende?
– Se é isso que te faz feliz, filho, não tenho nada a dizer.
– Tá e quer saber de uma coisa? Não aceito suas desculpas. Divirta-se com o seu golfe – jogo o taco no chão e saio andando.
Bạn đang đọc truyện trên: AzTruyen.Top