Ele não acredito no que viu...


Daryl se misturava com a multidão, os passos rápidos e desajeitados enquanto tentava colocar distância entre si e aquele momento. Ele precisava de ar, precisava pensar, mas sua mente estava um caos.

Ele encontrou um lugar isolado, longe dos olhares curiosos e do barulho constante de Commonwealth. Sentou-se no chão, apoiando os cotovelos nos joelhos e enterrando o rosto nas mãos.

Maria. Ela estava ali.

Desde que ela tinha partido, Maria havia se tornado um fantasma que a perseguia. Não importava onde estava ou o que estava fazendo, ela sempre estava lá, na borda de seus pensamentos. O vazio que ela deixara parecia maior do que qualquer outro que ele já fizesse sentido.

Quando ela foi, Alexandria deixou de ser um lar. Ele parou de voltar para lá, preferindo vagar pelas florestas, lidando com o silêncio e a solidão à sua maneira. Mas ele nunca saiu sem aquela carta. O papel já estava gasto, as palavras gravadas em sua mente, mas ele não conseguiu deixá-la para trás. Era a única coisa que tinha dela, além das lembranças.

Agora ela estava ali, viva, real, em carne e osso. E aquele menino... Ele era o filho deles. O choque dessa constatação o faz estremecer.

Seu olhar caiu na carta, que ele havia retirado do bolso sem perceber. Ele a segurava firme, como se tivesse medo de que ela desaparecesse.

"Eu estou grávida... Eu estou perdida... Eu te amo."

As palavras ecoaram na mente dele, trazendo de volta a dor que sentiu ao lê-las pela primeira vez. Ele não sabia como reagir na época, e agora que a via ali, com o menino ao lado, essa sensação mesma de impotência o sufocava.

Mas junto com a dor, veio a raiva.

Será que ela tinha alguém? Será que havia outro homem na comunidade que havia criado o filho deles? Que espaço havia ocupado que deveria ser dele?

A ideia da enchia de uma raiva mal contida, queimando em seu peito como brasas incandescentes. Ele não conseguiu evitar a imagem do menino correndo para os braços dela, sorrindo como se tudo estivesse bem. Como se ele nunca tivesse existido para eles.

Daryl socou o chão com força, o impacto reverberando em sua mão, mas a dor física era nada comparado ao tumulto em sua mente. Ele se sentiu traído, abandonado, e ainda assim não conseguiu deixar de pensar que tudo isso era culpa dele.

Ele desviou ter carruagem. Devia ter lutado para mantê-la ao seu lado. Mas ele não fez isso. Ele deixou ir.

E agora ela estava ali, vivendo uma vida que ele não fazia parte, enquanto ele havia passados ​​anos tentando sobreviver a uma ausência que nunca ocorreu.

Daryl respirou fundo, tentando se recompor. Ele sabia que eu precisava enfrentá-la, eu precisava de respostas. Mas, ao mesmo tempo, o medo o paralisava.

E se ela não quisesse ele por perto?

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