Capitulo 20.

Terceiro dia...

O dia já está quase amanhecendo, meus olhos estão um pouco pesados. Lola parece está bastante cansada, avisto mais uma cachoeira. Não sei se já passei por essa ou se é ilusão da minha cabeça. Desço das costas de Lola e me jogo no chão. Lola bebe água da cachoeira e deita ao meu lado.

- Precisamos voltar, daqui a pouco Miguel vai acordar e tenho certeza que ele não ficará muito feliz quando não me ver no castelo.

Lola rapidamente se levanta, ela fica atenta olhando para a cachoeira.

- O que foi garota? - Pergunto.

Lola pula para dentro da água. Me levanto rapidamente e a fico observando. Ela anda devagar até perto da cachoeira, derrepente Lola pula e entra por trás da cachoeira.

- Lola! - Corro entre as águas atrás dela.

Passo pela cachoeira, estou molhada mais também bastante encantada. Há um corredor de pedra, não consigo ver o que há no final, mas há uma luz bastante forte. Ouço Lola relinchar me chamando a atenção. Corro atrás de Lola em direção à luz.

Assim que passo pelo fim do corredor meus se arregalam com a surpresa. O gramada é tão verde quanto o gramado do castelo. De longe consigo enxerga Lola próximo a uma casa de madeira. Corro em direção à casa, a Madeira parede velha e Lola relincha perto da porta.

- E se morar alguém aqui? - Sussurro para Lola.

Lola relincha novamente e bate com seu focinho na porta. Abro a porta com cuidado, a casa está escura, entro devagar sem tentar fazer barulho.

- Mamãe? - Melinda aparece em direção a luz que transmite pela porta.

Melinda está com uma vestido muito longo e sujo, seus cabelos estão compridos, seu rosto parece cansado e triste.

- Melinda... - Minha voz sai fraca, minhas pernas ficam fraca me fazendo cair de joelhos no chão.

- Mamãe! - Ela tenta correr ao meu encontro mais uma corrente presa ao seu pé lhe impede.

- Minha filha. - Rapidamente me levanto e corro ao seu encontro, lhe dando um abraço apertado.

- Eu pensei que ia morrer. - Ela começa chorar.

- Durante esses dois anos eu e seu pai nunca desistimos de te procurar... - Seguro seu rosto com minhas mãos - Nunca meu amor. - Abraço ela novamente.

- Me tira daqui, por favor. - Ela pede chorando.

Olho para as correntes grossas que parecem está bem firme no chão.

- Elas não deixaram nenhuma chave?

- Não... - Melinda começa a chorar - Eu estou com medo.

- Você é uma princesa, e nunca sentimos medo. Eu vou te tirar daqui. - Ando pela casa a procura de algo e não acho nada além de pratos sujos de comida.

Saio da casa, no meio da grama avisto uma estacada. Pego a estacada e corro de volta para dentro da casa.

Tento várias vezes quebrar a corrente, mas ela não se desfaz até a estaca quebrar e a corrente ainda está intacta.

- Não me deixa aqui, Mamãe. - Melinda começa a chorar novamente.

- Não irei te deixar, jamais.

Corro para fora da casa novamente e vejo uma pedra grande. Com muito esforço carrego a pedra para dentro da casa. Jogo ela em cima da corrente é assim ela se quebra.

Carrego Melinda lhe dando um abraço forte e apertado. Ela chora no meu ombro e me abraça com força.

- Vamos embora. - Corro com ela nos meus braços para fora da casa.

Lola relincha feliz assim que ver Melinda, Coloco Melinda montada em Lola e monto também.

- Vamos voltar para o castelo, tem muitas coisas que você precisa saber. - Beijo seus cabelos e dou tapinhas em Lola para que ela começa a correr.

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