Onib:

Viajei na velocidade da luz até a vila da folha, coloquei minha foice ensima dos meus ombros enquanto andava a procura do tal humano. Fechei os olhos e me concentrei, a energia dele vem da floresta. Andei calmamente até lá, o encontrei sentado embaixo de uma árvore, ele possuía um olhar confuso.

-Não se preocupe...humano, não irá doer nada...Bom, eu não irei sentir nenhuma dor...-Falei como se ele pudesse me escutar, me abaixei para ficar na altura dele. Por um momento eu realmente achei que ele conseguiu me escutar pois ele levantou a cabeça, o olhar dele é sombrio e eu consigo ler a alma dele. Como alguém doce como Amaterasu consegue ser amiga de um assassino? Eles são totalmente o oposto um do outro!

-Aí! -Ele gruniu de dor quando eu enfiei a mão no peito dele, provavelmente quando ele nasceu a alma de Amaterasu se fundiu com o dele. Vai fácil, eu retiro a alma dela daí e finalmente posso voltar a ter uma vida normal. Talvez esse humano morra se eu retirar a alma? Sim, mas fazer o quê, sacrifícios são feitos para um bem maior.

-AI! -Gritei de dor ao sentir alguém morder os meus dedos, retirei rapidamente minha mão de dentro dele e novamente o humano gritou de dor. -Filha da mãe, ele é um jinchuurik? Desgraçado, me morde de novo que eu acabo com você!

A besta que tem dentro dele quase arrancou meus dedos, a audácia.

O humano ruivo se levantou apressadamente e saiu andando de forma tensa, como eu vou recuperar a alma da princesa assim? Eu realmente foi ter que esperar esse garoto morrer para conseguir a metade da alma?

-Olha, eu to a um passo para largar esse emprego viu. Acho que é bem melhor eu me tornar um guardião ou reencarnar do que continuar a ser um ceifeiro...-Murmurei olhando para o céu. Se eu largar esse emprego e decidir reencarnar, será que minha vida vai ser mais difícil? Eu voltaria a ser um humano, do jeito que eu sou azarado eu ia sofrer minha vida inteira como humano.

Respirei fundo enquanto voltava para casa.

-Ei, eu to indo embora. Se você precisar de alguma coisa ou se sentir estranha, é só chamar meu nome, ta?

-S-sim. -Amaterasu murmurou, ela estava deitada em uma cama abraçada a um ursinho de pelúcia. - Aonde você vai, senhor Ceifeiro?

-Pra casa do caral...trabalhar, eu vou ir trabalhar. -Falei, eu preciso de calma e não posso me estressar. -Você esta bem?

-Eu acabei de descobrir que eu to morta a séculos! É óbvio que eu to maravilhosamente bem! -Ela falou, quem diria que ela conseguia ser sarcástica.