Capítulo 31
"O bosque de folhas se cobrirá
Os pássaros cantaram docilmente
O canto do verão, o canto do fim
de um inverno duradouro.
Das árvores não se esconderam mais faunos
Esconderam guerreiros
Pelo rugido do leão lutarão."
•| ⊱✿⊰ |•
O florecer da primavera
E o desflorecer da esperança
Os castores tomaram a frente, e começaram a andar de mãos dadas; era tão fofo ver como eles eram um casal ainda tão apaixonados, mesmo após tanto tempo.. Lya pensara que era impossível existir um amor tão duradouro, e mesmo que existisse em algum momento iria acabar, e só ficariam juntos por conta de não terem mais opções, mas depois que viu toda jornada dos pequenos castores, ela pensou, que, talvez poderia existir um amor que fosse para sempre e sempre como o deles só que entre humanos.
Lya olhou para seu lado vendo Pedro andando meio atrapalhado e soltou uma risada, o loiro ficou meio sem graça e desviou o olhar.
— Não seja boba..– Disse Pedro em um fio de voz.— É difícil andar com um casaco pesado, ainda mais encharcado!
— Eu imagino..— Lya continuava com o mesmo sorriso.— Só achei engraçado..
— Não tem nada de engraçado..– Resmungou o garoto
— Não engraçado desse jeito!– Lya revirou os olhos e depois encarou o chão meio sem
jeito.— Foi um engraçado fofo, entende?
Pedro ficou um pouco corado, enquanto eles passavam próximos da cerejeira, os olhos de Pedro brilharam e o tom vermelho em suas bochechas sumiram tentando esquecer o pequeno elogio da amiga
Lya parou de andar olhando pra as flores dela começando a nascer novamente, era emocionante.
Lúcia estava tão surpresa com aquela grande árvore com vida, que passou por ela sorrindo de orelha a orelha. Susana estava orgulhosa por terem chegados ate ali, só de ver aquela árvore havia sido um grande prêmio.
— Não vai vim?— Perguntou Pedro olhando Lya ainda parada olhando a cerejeira.
Ela estava pensando no pequeno Pevensie, Edmundo
Cerejeiras lembravam ele, a arvore simbolizava esperança e renovação
E era esse sentimento que o garoto vinha trazendo a Lya, ele era o motivo de sua esperança está se renovando; a esperança de encontra-lo e pode levar ele de volta para casa, para as camas quentes de Londres, ao gosto do café com leite quente da tia Helen, para sua casa onde ele não sentia medo, ao pai; qual era a pessoal que ele mais sentia falta... A princesa gostaria de levar todos os irmãos de volta para o verdadeiro lar.
— Sabe, quando uma Cerejeira floresce ela quer mostrar que é fim do inverno e a chegada da primavera...– Disse a loira admirando a arvore ainda com os olhos brilhando, e em seguida encarou os irmãos que estavam ainda surpresos com toda situação.
— Isso quer dizer...– Pedro sentiu o coração bater mais rápido
— A magia da feiticeira..– Lucia falou começando a sorrir também
— Está enfraquecendo mesmo!– Completou Susana risonha.
— Iremos ter Edmundo de volta..– Lya respirou aliviada juntos dos amigos, e assim, seguiram o caminho cheios de esperança.
" A cerejeira desabrochou
Um novo ano, uma nova era está começando
Para um povo sofrido, um pouco de esperança
No coração da árvore, uma luz
Uma princesa, deixando seu propósito florescer junto da primavera."
Eles finalmente haviam chegado a uma parte da floresta que estava completamente coberta de terra e grama, havia alguns rastros ainda de neve mas ainda sim o lugar estava com varias arvores e o calor estava de matar!
— Melhor tirar isso!– Disse Lya segurando Lucia pelo casaco e o puxado com cuidado, a pequena estava suando tanto.
— Ela tem razão!— Pedro falou ofegante tirando seu casaco rapidamente e o colocando em um dos galhos da árvore e Susana fez o mesmo.
— Dissemos a vocês, queridos..– Murmurou a srt castor gentilmente, o modo que ela falava era sempre tão carinhoso e as crianças ficavam tão confortáveis com isso, Lya gostaria que a criada do tio, Marta, fosse da mesma forma.— Bem melhor sem, não é?
— Com toda certeza!— respondeu Lúcia após Lya ajuda-la e jogar o casaco no chão.
•| ⊱✿⊰ |•
Jadis encarava o rio agora descongelado, com sua água cristalina descendo pela cachoeira com ódio, embora a cena fosse tão linda até mesmo para ela. Naquela parte da floresta a neve houvera de ter começado a derreter também e muitas árvores renascer. Os olhos pretos, cheio de escuridão e rancor da rainha estavam arregalados.
Edmundo estava a sua direita, ele olhava animado para o imenso rio; deixou um sorriso quase não tão aparente escapar, para evitar uma bronca de Jadis. Ele estava gostando do clima quente e enquanto olhava para o rio, só pensará em um banho...
Ginarrbrik estava a esquerda de sua rainha suando igual um porco, principalmente em seu grande nariz e barba, aquele tanto se cabelo e barba fazia o calor piorar mais ainda; o que fez ele começar a tirar seu casaco para aliviar mesmo que pouco.
— Tão.... quentinho... aqui..– ele arrastou o casaco ate perto de seus pulsos, para tira-lo quando reparou a olhadela de raiva que Jadis o deu, o anão engoliu o seco com medo e rapidamente puxou seu casaco de volta.— Eu.. eu vou ver o trenó!
Ginarrbrik deus as costas andando rapidamente, e Edmundo riu baixo achando graça da situação.
Jadis já não era rainha antes, e agora, era menos ainda... Ate mesmo seus súditos estavam se rendendo ao calor, a rainha encarou Edmundo pronta para dizer algo rude, o que fez o sorriso do menino sumir
— MAJESTADE, ACHAMOS O TRAIDOR!– A voz do lobo, qual metia bastante medo em Ed foi-se ouvida, era Maugrim. O garoto virou rapidamente junto da rainha para ver o que eles traziam ou quem. Maugrim estava em bando, e um dos seus aliados estava segurando uma raposa na boca; que de imediato foi jogada no chão e choramingou com dor.— incentivando seus inimigos perto dos bosques.
Edmundo olhou atentamente para raposa, e seus olhos se encontraram
" — Senhor raposo!– A voz de Lya fora se escutada na mente do garoto
— Da nome aos animais daqui?— Desta vez sua voz ecoou em sua mente
— Ela não precisou, eu me apresentei desta forma a ela– Uma voz tranquila desta vez, que logo fez Edmundo lembra-se da raposa, querida amiga de Lya"
Ed olhou para a patinha da raposa vendo nela um laço azul, sem duvidas nenhuma ele sabia quem era o pequeno espertalhão.
— Oh! Que bom que apareceu. — Murmurou Jadis se aproximando e Edmundo fez o mesmo, ainda meio recluso não podia nem deveria demonstrar conhecer o animal, a raposa se levantou aparentemente com dor.— Foi tão útil aos meus lobos ontem a noite. Talvez possa me ajudar agora...
Edmundo ainda encarava a raposa e seus olhos ainda se encontravam, ele não queria mal ao senhor raposo. Esperava que o raposo não ajudasse Jadis, pois, assim ela não encontraria seus irmãos e nem Lya.
— Perdoe-me majestade.– A raposa abaixou a cabeça fazendo sua voz mais elegante.
— Ahn! Não gaste meu tempo com bajulações.– Jadis revirou os olhos fazendo cara feia.
Apesar da raposa saber o perigo que estava correndo; ele queria o bem mesmo que ainda fosse assombrado pelo mal. Ele fechou os olhos e os abriu desta vez encarando Jadis
— Não quero ser rude, mas... Não estava falando com a senhora.— Respondeu a raposa e direcionou o olhar a Edmundo.
O menino ficou meio confuso e olhou para Jadis que o encarou com raiva, e rapidamente voltou a olhar a raposa...
O que o senhor raposo houvera de querer ter tido aquilo? "Eu? Majestade? Como aquela tal profecia que os castores falaram?" Ed pensava.
Jadis deu um passo para frente balançando seu cajado o que fez a raposa andar um pouco para trás, mas era impossível para ela fugir, afinal havia um bando de lobos a sua volta e agora a rainha apontando o cajado para ele.
O senhor raposo encarou Edmundo rapidamente como se quisesse que o humano entendesse o que ele gostaria de dizer ou explicar; ou ao menos suas ultimas palavras a sua princesa. Mas agora..... uma palavra errada poderia botar tudo a perde.
— Aonde os humanos foram?– Jadis perguntou tentando manter a pouca calma que lhe restara.
A raposa fez uma cara triste, ele simplesmente não poderia dizer, estava comprometido a Aslam e a Lya; não entregaria o local onde estavam protegidos, mesmo que tivesse que pagar com a vida; vida, qual, era muito valiosa.
A rainha logo levantou seu cajado pronta pra o transforma em pedra
— NÃO! Espere!– Edmundo gritou indo para a frente da raposa, e Jadis abaixou um pouco o cajado esperando o garoto dizer algo útil. Edmundo teve que pensar rapidamente se não quisesse ver mais um amigo de Lya e de seus irmãos morre, igual ocorreu com Tumnus. Ele lembrou da noite na casa dos castores, sobre a profecia e o acampamento.— O castor falou sobre.... uma mesa de pedra! Que Aslam, tinha um exercito la!
Jadis ficou meio boquiaberto pensando enquanto encarava o humano tolo a sua frente.
— Um exercito?– Ela desviou o olhar mordendo a língua com nervosíssimo. E depois encarou a raposa e um sorrio apareceu no rosto da rainha
Edmundo ficou confuso e se virou olhando para o animal atras dele que se lamentava profundamente com a cabeça
Ed era realmente um tolo, como pode? Passou a localização aonde os irmãos estavam protegidos, havia sido por uma boa causa; mas como o sr raposo pensava ele daria a vida para que Jadis e seus malditos lobos não descobrissem isso.
— Obrigada, Edmundo.— A mulher murmurou risonha. E depois ficou seria voltando a olhar o senhor raposo.— Foi bom essa criatura ter visto um pouco de honestidade antes de...— Jadis jogou seu feitiço sobre a raposa.— MORRER!
A raposa tentou se mover mas o feitiço lhe pegou da mesma forma começando a transforma-la em pedra, a última palavra que escutou foi o grito de Edmundo dizendo "NÃO"
Ed segurou as lágrimas, como contaria isso a Lya? Como contaria sobre Tumnus a Lúcia? Tudo era sua culpa, ele voltaria um dia a ver os irmãos? A verdadeira rainha de Narnia?
Todas essas perguntas rodavam em sua mente
Enquanto ele olhava para a figura petrificada do senhor raposo bem na sua frente...
Naquele momento sua esperança estava a desflorescer.
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