Capítulo 23
O túnel
— Rápido, mãe!– O castor entrou dentro da casa nervoso gritando pela mulher, pelo apelido carinhoso. As crianças viam logo atrás e trancaram a pequena porta do dique.— ESTÃO ATRÁS DE NÓS
— Lya está com febre!– Lúcia falou para a castora fêmea que estava colocando várias coisas em um tipo de mala.
— O QUE ELA ESTÁ FAZENDO?– Pedro perguntou ansiosa e preocupado com Lya, logo a colocou deitada sobre a mesa, vendo se a loira ainda respirava. A garota suava muito, estava mais pálida e ofegante.— Lya precisa de ajuda agora!
— Vão me agradecer mais tarde!– Disse a castora fêmea quase terminado de guarda as coisas na mala, e agora pegando algumas toalhas para guarda comida.— É UMA LONGA VIAGEM, e o castor fica de mau-humor quando tem fome!
— Eu já estou!– Gritou o castor macho.
— Susana, querida. Está vendo aquelas ervas que estão no armário?– perguntou a castora tentando manter a calma e Susana afirmou com a cabeça nervosa.— As pegue e misture com água quente, irá fazer a princesa melhorar em questão de segundos! Não é a primeira vez que isso ocorre.
Lembram quando disse que Lya viverá doente e Marta não entendia o porque? A menina se curava de repente, mas era tudo na verdade graças as ervas medicinais da dona castora, qual sempre cuidou da criança quando a pequena vinha a Nárnia. E o motivo dos resfriados e febres altas, vocês já devem saber o porque..
— Certo!– Susana correu até o armários pegando as ervas e misturando com a água quente, Pedro acariciava os cabelos de Lya enquanto Lúcia esperará na porta.
Por fim Susana percebeu a água começar a ficar amarelada, e fez cara de nojo, o cheiro também era horrível; azedo e forte.
— Pelo cheiro parece está bom! De a princesa, corra!– O castor macho Murmurou
— De bom não tem nada!– A garota resmungou pelo cheiro terrível.
Susana colocou o líquido em uma xícara, e correu até a mesa aonde entregou o resíduo a Pedro, o loiro sentiu vontade de vomitar só de sentir o cheiro do líquido. Enquanto a irmã
voltou a cozinha para ajudar a castora.
— De logo a ela!– Disse Lúcia se aproximando
— Mas isso parece horrível!– O menino resmungou
— Mas a ajudará!– Retrucou o castor.
— Tampe o nariz dela e jogue o líquido na boca!– Explicou a Srt. Castora.
Lúcia segurou o nariz de Lya e abriu sua boca, tentando ajudar o irmão mais velho
Pedro engoliu o seco: "Que Lya me perdoe por isso!" Ele pediu e em seguida derrubou todo líquido da xícara na boca da menina.
Lúcia soltou o nariz e a boca da mesma em seguida, eles encararam a princesa não vendo nenhum efeito diferente.
— Vamos precisar de geleia?!– Perguntou Susana fechando os panos quais estavam com comida.
— Só se a feiticeira servir torradas!– Pedro debochou irritado por Lya ainda não ter despertado e Susana o encarou feio.
Latidos dos lado de fora foram-se escutados
Eram os lobos da rainha, Pedro se afastou de uma das janelas e puxou Lúcia com ele, logo os lobos começaram a morde o teto do dique tentando-o quebrar.
— Não... Não!– A castora sussurou assustada.
— EDMUNDO!– Lya se levantou dando um grito desesperador, fazendo os lobos do lado de fora sentirem os ouvidos doerem, era um grito fino e ensurdecedor. Os animais pararem de bater no teto por segundos, o mesmo ocorreu com os que estavam dentro da casa.
— NOSSOS OUVIDOS!– Pedro gritou para ela, e Lya parou de gritar voltando a si, parecendo perdida.
— Lya?– Lúcia pareceu com apreensão após o grito da amiga.— Se sente melhor?
— O que houve?– Lya pareceu ainda está dormindo, estava confusa.
— Não temos tempo para isso, Princesa!– O castor tagarelou apressando-se, ao ver os lobos voltarem a quebrar o teto.
•| ⊱✿⊰ |•
Os lobos tentavam derrubar a madeira do teto do dique, estavam quase conseguindo em algumas partes.
Mas ainda era difícil para eles fazerem a passagem, eram grandes demais!
— Rápido.– Maugrim ordenou irritado.
No mesmo momento um dos lobos conseguiu com bastante esforço, destruir uma das paredes, assim entrando seguido dos outros.
O cheiro das crianças e dos castores ainda estavam no ar, mas não o encontravam em lugar nenhum, os lobos quebraram as mesas, as portas, as janelas; Mas ainda sim, nada de encontrar os humanos e os traidores.
Maugrim rosnou sentindo-se furioso, esperava encontrar Lya lá, assim, tentando tira-la de narnia e matar os outros, nem ele mesmo entendia porque querer salvar uma humana, mas desde quando ele viu Jadis tentar mata-la e não conseguir, isso o deu certa esperança. Um dos lobos, de sua acalteia começou a afiar as unhas em uma parede estranha, qual, rapidamente se abriu revelando a eles um cômodo secreto com um buraco cavado no chão. Não parecia tão fundo mas aparentemente eles haviam descido usando uma corda que estava grudada no teto, Maugrim rosnou sentindo o cheiro dos humanos ficar mais forte.
•| ⊱✿⊰ |•
— Nunca soube deste buraco na casa de vocês!— Lya falou tentando acompanhar os animais e as crianças correndo atrás deles, supresa com o túnel gélido e apertado. Pedro carregava uma tocha para clarear o breu.
— O texugo e eu cavamos!– Respondeu o castor correndo em 4 patas.— Vai sair perto da toca dele!
— Você disse que íamos sair na igreja!– A esposa resmungou. Desde menor, Lya se lembrará da amizade do castor e do texugo, naquela época a senhora castora e o castor apenas namoravam! E ela já se sentia trocada quando o marido sairá com o amigo texugo.
Lúcia acabou tropeçando nós próprios pés, caindo de cara na terra, e todos pararam de correr a olhando preocupados
— Lúcia!– Susana se abaixou no chão e segurou a mão da irmã para levantá-la
— Se machucou?– Lya se agachou verificando a menina enquanto Pedro a iluminavam.
Os latidos voltaram a ficar perto, Lya esbugalhou os olhos e se levantou indo para trás encarando a parte do túnel de onde eles haviam vindo, acabou-se debatendo com o corpo de Pedro.
— Se sentir medo, pode segurar minha mão.– Pedro falou baixinho no ouvido de Lya e ela se arrepiou um pouco, enquanto sentiu a mão do garoto deslizar sobre seu pulso até finalmente entrelaça seus dedos carinhosamente.
— Estão no túnel...– Lúcia sussurrou com medo e Susana engoliu o seco, os latidos ficavam cada vez mais alto.
— Rápido por aqui!– O castor gritou se apressando, e virando o túnel da direita as crianças correram.
— Rápido!– A senhora castora repetiu vendo Lúcia e Susana ficarem um pouco para trás.
— Corram!– Pedro gritou para as irmãs enquanto corria segurando a mão de Lya, que fazia uma cara de dor.
— Pedro, meu pé!– A menina reclamou sentindo a dor voltar no momento que eles viraram em outro corredor.
— Ei... Calma, aguenta só um pouco!– ele pediu nervoso.
As crianças continuam atrás do casal de castores e acabaram se encontrando em um caminho fechado, sem saída alguma, exerto por uma pequena passagem meio apertada para crianças do tamanho deles.
As crianças sentiram o medo tomar conta, e Lya apertou a mão de Pedro assustada. "Eu não quero que nosso fim seja virando comida de lobo em um túnel no sub-solo" pensará a garota.
— DEVERIA TER TRAZIDO O MAPA!– a castora gritou irritada, estavam perdidos em buraco qual o marido mesmo havia cavado.
— ERA O MAPA OU A GELEIA!– Retrucou o castor macho, e começou a escalar a parede seguido da mulher.
Pedro olhou para trás respirando fundo, deixando as irmãs irem primeiro
Em seguida Lya e ele ainda de mãos dadas, mas o menino ficou um pouco entalado por ser o maior dentre eles, Lya o puxou com força com a ajuda de Lúcia, finalmente tirando o menino do buraco, mais o impulso foi tanto que fez Lúcia escorregar para trás caindo de bunda no chão.
No lado de fora se encontrará, um barril qual foi usado por Pedro e o castor para tampar a passagem. Todos deram um suspiro aliviados, até se virarem para trás e se depararem com Lúcia caída por cima de pedras, quais pareciam texugos filhotes e do lado um texugo adulto com expressão assustado e triste, logo atrás um texugo fêmea caída, foi petrificada no momento que gritava. Havia mais animais petrificados no caminho, cachorros, javalis, gatos ... Eram os amigos do senhor castor, Lya saberá quem teria feito aquilo. Ela percebeu não haver nenhuma raposa, e se sentiu aliviada com isso.
— MALDITA BRUXA!– A garota sussurrou meio alto e com olhos enchendo de lágrimas.
Os Pevensies encarravam a cena sem reação, não saberá o que houvera lá; Apenas entendiam que era algo terrivelmente ruim.
Já o castor aproximou-se do amigo agora petrificado, sentindo um aperto no peito, junto da esposa.
— Eu sinto muito, querido.– Disse a castora abraçando o marido.
— Meu melhor amigo...– Disse ele segurando o choro, foi naquele instante que Lya percebeu que Jadis deveria ser derrotada quanto antes! Ela não suportaria ver mais famílias, animais, amigos bons sendo transformados em pedras. Talvez devesse ajudar, ela deveria mesmo colocar todo sua força naquilo! Poderia ajudar e ainda sim negar o trono.
— Senhor castor.– A loira se aproximou ajoelhando-se ao lado do animal e de sua esposa cuidadosamente, segurou sua pequena patinha e sorriu com tristeza.— Logo tudo ficará bem, teremos Edmundo de volta e você seu melhor amigo e todos outros quais foram condenados a esse castigo sem cabimento.
— Princesa...– O castor abraçou a criança juntamente de sua esposa sentindo o coração mais leve, era uma palavra da futuro real rainha de Nárnia, todos Reis e rainhas cumprem o que é dito.
A menina se levantou voltando a se aproximar de Pedro e os outros, ela encarou o loiro que parecia confuso e chateado.
— Mas o que houve aqui?– O menino pediu uma explicação encarando a amiga ao seu lado.
— É o que acontece com quem brinca com a feiticeira..— uma voz pesada mas agradável foi-se ouvida, Lya olhou para as tocas dos animais mais a frente e viu o Senhor raposo no telhado de uma delas. A garota sorriu vendo ele, agradecendo por o amigo está vivo. Enquanto todos deram passos para trás assustados e surpresos.
— Senhor Raposo!– A menina tentou se aproximar mas foi puxada para trás por Pedro, que segurou. Era uma raposa! O que Lya achará que estava fazendo?
– De mais um passo traidor!– O castor foi para cima da raposa e sua mulher tentou segura-lo.— E eu te faço em pedaços!
A raposa começou a rir ironicamente
— Traidor?– Lya perguntou olhando desta vez apreensiva para o amigo raposo, ela não conseguia ver mal nenhum no espertalhão, porque ele seria um traidor? "Serei fiel a ti" as palavras ditas aquele dia por ele voltou a rodar na mente da loira, se ele era fiel a ela, era fiel a Aslam.— Impossível ele ser um traidor!
— Relaxa...– Disse a raposa descontraída pulado de cima do pequeno telhado ficando frente a frente com o castor.— Eu sou um dos mocinhos!
— É? Pois se parece muito mais com um dos vilões!– O castor macho ainda tentava ir para cima da raposa vermelha que revirou os olhos, os castores não iam com a cara da raposa por conta dela ser da mesma "família " que os lobos, fora a fama de trairá que toda especia havia de ter.
— Não é porque ele parece com um lobo, que significa que ele seja como eles!– Lya defendeu um pouco irritada com as palavras do castor, Enquanto Pedro usava seus braços para proteger as irmãs e a Plummer, as deixado atrás dele. Os Pevensie estavam com medo! Já Lya era segurada para que não corresse para aquele animal carnívoro.
— Sim, Princesa.. Uma infeliz semelhança familiar.– Mais uma vez a raposa revirou os olhos.— Mas falemos de raças depois, agora temos que ir..
Os latidos e uivos dos lobos novamente se aproximara, todos olharam para trás e depois para a raposa. Deveriam confiar em um animal traiçoeiro como ele? Lya era a única que sabia a resposta.
— O que você sugere?!— Pedro perguntou amedrontado e a raposa sorrio sarcasticamente.
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