Capítulo 21
A garota do lampião
Protege o filho de Adão.
— Ei!– Lya gritou vendo Edmundo olhar as colinas gêmeas novamente.— O que está fazendo aqui fora? Está o maior gelo..
Lya se aproximou cuidadosamente do garota, agradecia por tê-lo encontrando tão perto do dique.
Ela o abraçou por trás, sentindo o corpo do menino gelado, além dele está tremendo sem seu casaco.
— Eu tenho que ir.– Disse Edmundo meio confuso, ele estava realmente efeitiçado por Jadis. Lya segurou o garoto mais forte em seus braços, seu nariz encostava nós cabelos lisos dele, sentindo um vago cheiro de shampoo. O garoto sentia as bochechas corarem, por deus, como ele gostaria de permanecer daquele modo com ela, quente e acolhido. Mas sabia que quando Pedro aparecesse isso acabaria, então, porque não desitir logo e ir ao encontro da rainha? Jadis não o trocaria por Pedro.
— Não tem não, Ed.– Respondeu a menina.— Fique comigo.
— Porque eu ficaria com você, Lya?– o garoto soltou-se do abraço se afastando da loira.— Jadis pode me dar tudo, e você? Vocês não podem me dar nada!
— Você começou a acreditar que
não tem o que é preciso aqui?– Lya frangiu a testa e desviou o olhar vendo a sombra dos irmãos de Ed pela janela.— Eu e eles não somos tudo o que é preciso para você?
— Não..– Edmundo murmurou abaixando a cabeça pensativo e olhando para trás dele vendo o castelo de Jadis, aquilo era preciso para ele.
— Sabe, nunca vemos que as coisas que precisamos estão nos encarando.– Lya disse dando um pequeno sorriso para Edmundo e o encarando. O menino a olhou de volta, e os olhos de ambos se encheram com um brilho cintilante.
— Você não sabe o que está falando.– Edmundo respirou com certa dificuldade, o frio estava ficando pior.— Está só tentando fazer com que eu fique, mas depois escolherá ele, não é?
— Como?– A menina franziu a testa parecendo confusa.— O que quer dizer?
— Pedro.– Edmundo respondeu e olhou para a sombra do irmão na janela.— Você escolherá ele, então mesmo que eu fique, do que irá adiantar?
— Eu não estou entendendo..– Lya se aproximou do garoto que deu alguns passos para trás.— Porque eu escolheria Pedro?
— Porque ele te ama.– Edmundo abaixou a cabeça.
— E você não me ama?– A menina retrucou, deixando Edmundo vermelho.
— VOCÊ NÃO ENTENDE? Pedro te ama, assim, como um homem ama uma mulher.– Edmundo explicou voltando a olhar nos olhos de Lya.
— Está dizendo bobagem.– A garota riu meio nervosa, mas sentiu seu coração acelerar, ela sabia que aquilo não era tanta bobagem assim.
— Não, Lya. E no fundo você sabe disso também, sempre soube de certa forma.– Respondeu o de cabelos negros.— Ele é sua escolha para está ao seu lado no trono.
— PARA!– a menina falou um pouco alto, e estendeu sua mão para ele sentindo o coração doer. Não queria ouvir sobre os sentimentos de Pedro. Eles eram jovens para saber o que era realmente o amor, era isso o que a loira pensará, não queria falar sobre isso agora, ela não havia idade.— Minha escolha agora é não deixar você ir; Vamos para casa, Ed.
Edmundo olhou para a mão dela, ele pensava mesmo em segura-la. A menina ainda tinha os olhos brilhando pra ele, seu reflexo era bem visível na pupila dilatada da Plummer.
— Não quero o trono!– Disse Lya com a mão estendida ainda.— Eu quero ir para casa! eu carregarei você para longe dessa guerra. Essa guerra não é nossa
Edmundo ainda só a encarava os olhos dele encheram-se de lágrimas, mas qual, ele não soltaria. Ele não iria deixa-la ver o chorar, não de novo. "Você será um homem logo, Ed." ele lembrou das palavras dela, e agora, neste momento ele se sentia como um homem.
Um jovem homem com seu orgulho estúpido.
— Lembra quando eu disse que gostaria que todos eles sumissem, exerto você?– Perguntou o garoto meio sério e Lya afirmou com a cabeça.— Foi a coisa mais estúpida que já disse.
— Ed...– Lya murmurou sentindo como se tivesse levando um soco no estômago, aquilo doía, como doía.
— Talvez se eu tivesse desejado que você sumisse. Você não estaria me atrapalhando agora..– Ele completou, aquelas palavras ditas, também doíam nele.— Estive sozinho esse tempo todo, não preciso de você. E sim de Jadis..
Edmundo deus as costas e começou a correr abraçando si próprio, estava tentando se esquentar. Lya ficou parada o olhando ir e abaixou sua mão lentamente, em seguida lágrimas escorreram em seu rosto, fazendo um engarrafamento no queixo.
— Você não estava sozinho..– Lya limpou as lágrimas sussurando vendo o garoto desaparecer entre a neblina e as árvores. Seu pequeno garoto indo embora, ela não deixaria. Foi o que prometeu a si mesmo, não deixaria Jadis o tira-lo dela "bruxa!" Pensou a menina, desta vez resolvida ir atrás do amigo, ir atrás de Edmundo Pevensie. Ela o protegeria, como sempre fez.— Eu estive aqui o tempo todo, Ed.
•| ⊱✿⊰ |•
— Escutem, obrigado pela hospitalidade.– Susana se levantou do banco, olhando os castores, Pedro fez o mesmo.— Mas nós temos mesmo que ir!
— MAS NÃO PODEM SAIR ASSIM!– o castor se alterou ficando indignado.
— Ele tem razão...– Lúcia falou triste, era a única qual permaneceu sentada na mesa.— Temos que ajudar o senhor Tumnus!
— Não podemos fazer nada, não ouviu o que Lya disse?!– Pedro reprendeu a irmã e encaro o senhor castor.— Desculpem, mas está na hora de voltar pra casa.– Em seguida o garoto se virou.— ED!
Pedro chamou para que fossem embora, mas não viram o menino na escada mais, nem na cozinha, ou nos outros dois cômodos
— Lya?!– Lúcia chamou procurando a loira, os dois não estavam em lugar nenhum. Pedro sentiu uma raiva toma-lo, e olhou Susana.— Eles devem ter saído juntos, não é?
— Eu mato eles!– Pedro Murmurou.
— Talvez você não precise.– O castor se intrometeu na conversa dos irmãos.— Edmundo já esteve em narnia antes.. Lya sabe disso, não o deixaria sozinho sabendo que ele corre perigo.
•| ⊱✿⊰ |•
Lya tentará alcançar Edmundo, mas muito longe ele estava. A garota teve dificuldades em correr, o corte que havia feito no dia do bombardei em Londres, ainda doia. Ela supôs que tivesse aberto a ferida.
— Eu não vou desistir.– A menina disse para si própria e forçou os pés para irem mais rápido.
A noite já caia sobre ela, o frio e vento gelido era maior ali nas colinas
Edmundo estava perto da entrada do grande castelo de gelo, um castelo grande, parecia cristalizado, uma bela luz clara, o iluminava por completo. Seria uma vista linda, se não fosse o castelo de Jadis.
Para chegar até ele era preciso passar por um grande rio congelado, Lya tentou correr sobre ele, mas a dor em seu pé piorou logo vendo o sangue vazar por sua sapatilha, ela ainda sim forçou-se a andar, tinha que alcançar Ed, ela não subiu aquela montanha para sair sem o que veio buscar.
— LYA!– A voz de Pedro foi se escutada e ele correu sobre o gelo a segurando forte em seus braços, a menina estava fria. Parecia está pegando um grande resfriado.. Os Pevensie haviam a alcançado e o castor macho estava com eles, todos pareciam preocupados, o olhar de horror e medo era nítido no rosto de cada um.
— EDMUNDO!– Lúcia gritou vendo o irmão entrar no castelo, sua voz fez um eco alto.
— Shh..– Pediu o castor.— Vão ouvir você!
Pedro soltou-se de Lya pronto para correr para o Castelo
Mas o castor o puxou dando um pulo segurando sua mão
— NÃO!– Gritou o animal
— ME LARGA!– disse o menino com os olhos lagrimejando.
— Estão fazendo o que ela quer....– Disse o castor, no momento em que Lya caiu de joelhos. Susana se agaixou próximo da menina a cobrindo junto dela com seu casaco.
— Não podemos deixa-lo entrar!– Disse Susana chorando.
— É nosso irmão..– Completou Lúcia segurando o choro.
— ELE É ISCA!– o Castor tentou explicar e colocar consciência nas crianças.— A feticeira quer vocês 5!
— PRA QUE?!– Perguntou Pedro com raiva, era a segunda vez que Lya estava o vendo desta forma. Irritado não por conta de Edmundo ser um chato, mas sim, por medo de perde o irmão. Como no dia do bombardeio..
-— Ela não quer que a proficia se realize...– Lya respondeu se encolhendo nos braços da amiga, Susana a levantou com certa dificuldade.
— Ela vai mata-los!– Disse o Castor, e respirou fundo.
As crianças abaixaram a cabeça, e em seguida olharam para o castelo, vendo Ed entrar pelas grandes portas dele.
Todos ficaram em silêncio, Lya estava fraca até mesmo para chorar, sua missão havia falhado. E agora o que restará? Ir embora sem Ed? Por Aslam, ela jamais faria isso.
— TUDO ISSO É CULPA SUA!– Susana olhou para Pedro com fúria.
— MINHA CULPA?– O mais velho a olhou com indignação engolindo o choro.
— PRA COMEÇAR NADA DISSO TERIA ACONTECIDO SE TIVESSE ME ESCUTADO!– Susana gritou enfrentando o irmão.
— Ah... E você sabia o que ia acontecer?– Pedro perguntou sarcástico
—EU NÃO SABIA O QUE IA ACONTECER.– respondeu Susana o olhando de cima abaixo.— MAS DEVÍAMOS TER SAIDO ENQUANTO PODÍAMOS!
— Parem!– Gritaram Lúcia e Lya ao mesmo tempo, e eles as encararam.
— Isso não vai ajudar o Edmundo..– Disse Lúcia
— Brigar não vai nos levar de volta para casa com Ed.– Completou a loira.
— Elas tem razão!– Falou o Castor peludo ao lado das crianças e eles o olharam.— Só Aslam pode ajudar seu irmão agora.
Pedro abaixou a cabeça deixando algumas lágrimas caírem, Lya fixou seus olhos no loiro
Ela sabia a angústia que ele estava sentindo, falhou com o que prometeu a mãe, disse que cuidaria dos irmãos e da Plummer, mas olha onde eles estavam agora.
Ela acercou o garoto, pondo seus braços frígido em volta de seu abdômen, e encostando a cabeça em seu peito.
— Tudo ficará bem, não é?–sussurou a menina para o loiro.— Vamos ver Aslam, Pedro.
— Nós leve até ele.– Pedro concordou olhando para o castor a sua frente, e logo retribuindo o abraço da amiga.
Enquanto suas irmãs e o castor olharam para a porta, agora fechada, do castelo com afligimento.
Pedro apoiou o queixo na amada, e fechou seus olhos. Ele realmente precisará daquele vínculo.
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